Treino Difícil, Combate Fácil!

Tomando um pouco de fôlego, o fantasma acumulou saliva novamente, uma leve névoa arroxeada já começando a ficar visível ao redor de seu corpo. Tentou outra vez efetuar uma cusparada e, embora não fosse longe o suficiente para acertar alguém se o adversário não estivesse em uma batalha corpo a corpo, pelo menos já era melhor que uma baba escorrendo pelo queixo.

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Aparentemente, não. Mas, ao efetuar mais uma tentativa, o chão pareceu sofrer um leve tremor - fato que incentivou a âncora, embora tenha parado por um breve momento após isso para descansar. Nada mais justo, certo?

Sentir o efeito do movimento quase dominado por Jones servia quase como uma clarividência. O tremor da terra, ainda que suave, fazia seu corpo balançar, e todo o poder oculto pelo solo vagarosamente era compreendido por seu ser.

Com mais facilidade e controle de si mesmo, o balão começou movimentos giratórios de um sentido só, gradualmente aumentando sua velocidade. Uma fraca aura azulada cintilou ao redor de seu corpo, por um breve momento, mas logo se apagou.

Speed - Banette + Lampent escreveu:

Ao observar o andamento (ou seria corrida?) do treino, por bem, o monotreinador decidiu que talvez valesse a pena diminuir um pouco o ritmo de seus parceiros - assim como o seu próprio, visto que os acompanhava. Quem sabe se assim não poderiam resistir por mais tempo?

Hawlucha escreveu:

Embora as palavras de Will fossem verdadeiras, talvez o momento de proferi-las não houvesse sido exatamente o ideal - mesmo que não fosse um animal irritadiço para com o carateca, toda a situação era extremamente recente, e a mera imagem de se imaginar completamente depenado havia sido, para dizer o mínimo, frustrante. Mesmo para o mais rígido dos mestres, é necessário ter a consciência de que existe o momento de ensinamento, assim como o de compreensão - e, por que não, acolhimento?

O animal desviou o olhar, em silêncio sepulcral. Não parecia disposto a absorver e deixar para lá, mas pelo menos não aparentava estar fechado e raivoso o suficiente para ignorar um treinamento, se tivesse de fazê-lo - apesar de que não parecia indisposto nem ao primeiro contato. Mas, bem, restava ao seu treinador decidir como proceder.

O samurai, em primeiro momento, apenas fechou os olhos. A ponta de seu chifre se iluminou, e a clareza logo se espalhou por todo o corpo, enrijecendo-lhe os músculos e os deixando mais expostos. A claridade foi diminuindo vagarosamente, mas ao contrário do que deveria, não desapareceu: Um brilho azul celeste correu por todo o corpo do aquático, e então pulsou na direção do chifre, sendo expulso de uma vez em um feixe luminoso na direção do céu. Como um passe de mágica, nuvens espessas e escuras se formaram acima da arena, quase na mesma hora que Hyperion liberou um trovão que rasgou-as ao meio e, então, o mundo desabou em forma de chuva.

O estrondo protagonizado por Electabuzz, embora ótimo para Samurott, foi um pequeno empecilho no progresso de Tank, que abriu os olhos novamente para verificar a situação. A chuva que caiu, porém, foi eficiente em se tratando de acalmá-lo, enquanto as gotas suavemente umedeciam sua pele fria.

Sp.Attack - Electabuzz + Noibat escreveu:

Sem nenhuma dificuldade, com todo o seu poder, Hyperion conseguia libertar trovões acumulados, que agora rasgavam as nuvens criadas por Netuno, criando na arena uma pequena tempestade particular de ambos os pokémons. Noibat, infelizmente, tinha mais dificuldade, apesar de ser capaz de lançar algumas lâminas de vento eventuais, não muito grandes.

Admirado, Deino encarou seu próprio estado, os pelos em pé, a energia elétrica correndo por suas veias - e, embora não despertada por ele próprio, era um avanço incrível. O animal esfregou uma das patas no chão, e uma pequena faísca cintilou no contato do piso. O dragãozinho emitiu um barulho animado, erguendo o pescoço rapidamente para checar se Allstar havia visto seu progresso especial. Parecia, finalmente, ter encontrado o incentivo que precisava!

Em uma última tentativa, o fantasma puxou, num barulho alto, líquido do fundo de sua garganta. Por um breve momento, seus olhos cintilaram numa aura arroxeada, e numa rápida cusparada, uma meleca negra rasgou o ar, caindo no chão alguns metros além. Da gosma, uma fraca fumaça começou a ser expelida, como se fosse puro ácido.

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Após um pequeno momento de descanso, Jones tirou um segundo para respirar. Seu leme girou para lá e para cá e, num salto, seu corpo perdeu o apoio do chão por alguns segundos - então, com violência, mergulhou com tudo em direção ao chão. Com o peso, o chão rachou, e um tremor poderoso chacoalhou toda a arena, interrompendo o treino e mesmo desequilibrando alguns dos animais (e os treinadores).

Dusclops, já sentado, não sofreu com os efeitos negativos do término do treinamento. Sentindo seu corpo vibrar, as bandagens se remexendo, seu olho se abriu de repente ao fim do tremor. Num salto rápido, abandonou a pose de lótus e virou o rosto na direção de seu treinador. Parecia ter encontrado a direção - mas quais seriam as ordens?

Por estar flutuando, o balão não teve nenhum problema com o poderoso tremor causado pela âncora. Então, girou, girou e girou - cada vez mais sua velocidade aumentava, e os tecidos de seu corpo começaram a se erguer junto. O corpo do animal começou a brilhar em azulado, os "fios" pendentes pareciam mais rápidos e fatais. Quem sabe que tipo de efeito teria em uma batalha?

Speed - Banette + Lampent escreveu:

Banette, infelizmente, teve que lidar com o tremor - e isso resultou em tropeços ao longo do caminho, mas felizmente a fantasma não teve o azar de dar de cara no chão, embora tenha encarado Dave Jones com uma raiva cintilante no olhar. Já Lampent, outro não afetado, freou e zuniu para perto de seu treinador, usando o próprio corpo para apoiá-lo e impedir sua queda.

Hawlucha escreveu:

Aparentemente, o clima só ia de mal a pior entre treinador e pokémon - principalmente pela maneira como a atitude do carateca se divergia entre carinhosa para alguns e "indiferente" (senão pior) para... outros. Se antes Will ainda tinha alguma abertura para melhorar a situação, agora a expressão do voador se fechou de vez: De qualquer jeito, em silêncio, caminhou para a arena com os outros, embora se desequilibrando no meio do caminho pelo terremoto que invadiu o campo de repente. Quem o impediu de cair foi Drogon, que num voo surpreendentemente rápido (talvez por estar mais perto), empurrou o próprio corpo contra o peito do lutador e o auxiliou a recuperar a postura.

O terremoto, infelizmente, foi uma quebra completa da paz do pobre anfíbio. Ele franziu o cenho, abrindo os olhos rapidamente e encarando a âncora do outro lado do campo, frustrado. Porém, a chuva que ainda caía foi o suficiente para o acalmar, e seu corpo aos poucos foi relaxando outra vez. Além disso, ainda se deliciando com os resultados de seu treinamento, Samurott: Que foi quem apoiou Allstar para impedir que o treinador se machucasse com os efeitos do terremoto.

Sp.Attack - Electabuzz + Noibat escreveu:

Após um breve momento de descanso, os animais retornaram aos seus constantes treinos. Enquanto Electabuzz trabalhava em qualidade, Noibat se concentrava em quantidade, lançando lâmina após lâmina no céu.

Deino foi um dos muitos afetados pelo tremor da terra. Sem apoio, o pobre dragão bambeou pela arena, e as pernas não tiveram força para se segurar, o fazendo cair com tudo no chão. A parte ruim é que isso fez choramingar de leve, mas a boa foi que a eletricidade em seus pelos pareceu se expandir por um breve momento (talvez "ativada" pelo impacto sofrido?), espalhando faíscas ao seu redor.

Sp.Attack - Gengar + Drifblim escreveu:

Terminado ambos os aprendizados de movimento e finalmente livres, o treinador optou por manter seus pokémons trabalhando. Ambos os pokémons, agora com quase nenhuma dificuldade, colocavam em prática seus golpes recém aprendidos, disparando esferas de natureza e ventanias em conjunto.

Dave Jones não era um pokémon apressado - e isso se denotava agora com a paciência e quietude que encarava Will em busca de algum auxílio com qual direção deveria seguir em seu novo treinamento. Seu leme girava calmamente enquanto era estudado pelo carateca, absorvendo suas instruções em silêncio. Apenas pela sua expressão - apesar de que o pokémon quase não tinha nenhuma -, era impossível dizer se havia compreendido completamente as sugestões de Allstar, mas nem por isso deixou de tentar. O fantasma se balançou de um lado para o outro, devagar, como se fosse a haste de um metrônomo.

Com uma última respiração, o ciclope fechou os olhos por um breve momento. A energia recebida há pouco ainda fazia tremular todo o seu interior, e o pokémon desferiu um soco no chão. Em primeiro momento, não pareceu ter tido nenhum efeito, mas algumas rachaduras se abriram no local do impacto.

Speed - Banette + Lampent escreveu:

Com a consciência de que seu treinador estava bem, Lampent emitiu um baixo som aliviado, suas chamas aumentando com sutileza em resposta ao agradecimento. Banette, insistente, manteve seu foco nas pequenas corridas que variavam em aceleração e freio. Já a lamparina, acompanhou o ritmo de seu treinador, o olhar preocupado se esquivando de quando em quando na direção de Dusclops.

Nem treinador entendia pokémon, nem pokémon engolia o treinador. Cada qual tinha bons motivos para se frustrar com o outro, e nenhum dos lados parecia disposto a ceder (ou pelo menos começar a fazê-lo) - fato que é ruim para qualquer tipo de relação. Ainda que mantivessem uma postura relativamente centrada um para o outro (fato provado quando Hurricane manteve a disposição para o treinamento), não é apenas isso que existe entre laços formados, e jamais deve ser. Temperamentos e importâncias não são iguais para todos - então, por qual motivo seriam entre os pokémons?

Qualquer dos jeitos, como bem dito, toda a situação não parecia drástica o suficiente para que Hurricane abandonasse tudo em frustração. Ainda que sem encarar sequer o rosto de Allstar, se colocou em posição antes de disparar pela arena, a ponta do cachecol balançando por trás de seu corpo, os pés traçando constantes formatos de raios invisíveis pelo chão. A cada mudança de direção, a imagem do voador parecia se desfocar e separar brevemente, cada vez mais frequente, mas ainda parecia faltar um pequeno "empurrão" para que dominasse a técnica.

Mesmo que sem responder, o anfíbio absorveu em silêncio as palavras de Will, assim como fazia com as gotas de chuva que refrescavam todo o seu corpo. Era verdade, afinal, que em uma batalha não teria as regalias de sonhar com tranquilidade: Então, com isso em mente, aos poucos, uma energia meio rosada parecia cintilar na espiral de sua barriga, suave - doce, até, poderia arriscar.

Sp.Attack - Electabuzz + Noibat escreveu:

Após uma pequena pausa, a dupla voltou ao seu antigo trabalho de acumular poder e o liberar de uma só vez. Electabuzz, como havia sido durante todo o treinamento até então, tinha mais facilidade com o trabalho, enquanto Drogon ainda mostrava dificuldade em manter uma grande quantidade de energia.

Socorrido quase que imediatamente pelo carateca e conseguindo se firmar de pé outra vez, o dragãozinho aproveitou a oportunidade para um pouquinho de manha quando recebeu o breve carinho de seu treinador, esfregando a cabeça contra sua palma, emitindo um barulhinho baixo. Sorriu com a animação de Will, e balançou o pescoço para cima e para baixo em uma afirmativa. Tirando alguns segundos para se concentrar, Kron esfregou suas patas dianteiras no chão, emitindo pequenas faíscas - então, com um curto recuo, as ergueu e bateu com tudo contra o piso. Uma energia elétrica explodiu repentinamente e, embora nada grandioso se comparado com Hyperion, uma onda luminosa se espalhou em um raio de alcance próximo.