[Teatro Continental] Daisuke, no país das maravilhas?

De repente o pokémon respondia minha pergunta, falando na língua humana. Isso me assustou bastante e cai pra trás, sentado. - Caralh... Caramba. - Eu me lembrava que aquilo era peça que com certeza teria crianças assistindo, então segurei meu palavrão.

- Um Delcatty falante, como isso é possível? Com certeza você é obra de um experimento científico. Isso explica a aparência, a fala e sua falta de memória. Aliás, me chamo Alisson. - Eu me levantava batendo na minha roupa na parte traseira, como se limpasse a sujeira de terra e folhas.
- Eu estava apenas dando uma volta e imaginando como este lugar seria bom pros negócios de meu pai. Eu tinha a pretensão de voltar pra casa, mas aí você apareceu. E acho que será uma bela atração para nós, mas talvez seja um problema também, seus criadores podem vir atrás de mim. Ah, fo... dane-se. Pokébola vai! - Repentinamente eu lançava uma pokébola na tentativa de capturar o estranho felino, mas daria certo?

Magicamente o Delcatty deu um downgrade em si mesmo e voltou a ser um Skitty. Eu não sabia como isso era possível, mas depois de tudo que vi, dificilmente algo mais vai me surpreender.

- Como assim? Você já é de alguém? Ah é, seu criador... Esqueci disso, foi mal aí. - Eu dizia recolhendo a pokébola.

Eu começava a seguir o felino assim como pedido. - Calma aí que eu não vôo não. - Eu dizia enquanto tentava acompanhar o agora tranformado, Skitty.

O Skitty me levara para um lugar mais profundo e desconhecido da floresta e, aparentemente, habitado. Uma musicista vivia ali e queria algo comigo. Talvez o que o gato queria dizer com lutar, seria que como havia moradores, não poderia construir um negócio aqui em cima deles, seria necessário comprar suas propriedades e como sempre, essas pessoas são bem teimosas pra se converncer.

- Bom, já que convidou... Deixe-me apresentar, me chamo Alisson. Prazer. Deixe-me lhe perguntar, existem muitas pessoas morando aqui? De 1 a 10 que nota você daria para a frenquencia de pessoas visitando essas redondezas? É comum criaturas anormais como aquele "Skengar" aparecerem por aqui? - Eu fingia tirar um bloquinho de anotações para não esquecer as respostas da moça, pois seriam importante para o futuro negócio.

Depois que a mulher tira uma garrafa de refrigerante da parede, eu encaro aquilo e deixo o copo cheio em cima da mesa, sem tomar um gole. E fico prestando atenção no que ela diz.

- Quando você diz que "Todos aqui são nota 0", você se refere a frenquencia de visitantes ou aos moradores. Porque o apelido deste homem é "Rei de Copas"? Ele é um bom jogador de cartas? Cuidando de suas cabeças? "Diferentes do mundo lá fora", faz parecer que estamos em outro mundo, aliás, verdade, qual o nome desse lugar, não sabia que havia pessoas vivendo aqui nessa floresta. Desculpa te encher de perguntas, mas sua resposta só me trouxe mais delas. - Eu continuava olhando atentamente para a moça com o bloquinho e o lápis em mãos.

Eu ouvia atentamente as respostas da mulher. Quando eu ia lhe indagar sobre "não ser o mesmo mundo", fui interrompido por uma outra pergunta, talvez inocente, talvez suspeita, mas não vi motivo para esquivar-me de respondê-la.

- No momento carrego apenas 3 pokémon, Scyther, Tangela e Chinchou. Por quê? - Eu respondia e acabava por esquecer de perguntar sobre estar em outro mundo.