Pokémon Mythology RPG
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Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede

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pokemons :



Aquela reunião já havia se ido da memória, quase que como um sonho bobo de marca efêmera. Esvaiu-se da memória mas deixou o rastro de um sentimento; a ansiedade, o frio na barrida, as cócegas nos pés. Mesmo que confirmada a história já nem sequer tinha certeza do que havia perguntado à Nicholas mais cedo. Sabia que lhe queria por perto e nada mais. Inclusive, onde está o rapaz? Larguei-o para que fosse até Lilycove e ainda não chegara. Como leva tanto tempo para voar de um lado à outro do continente? Já devia estar aqui! Esse evento tem que ser interpretado pra ontem! Cruzei os braços irritadas, apoiei-me na parede do teatro municipal e fiquei batendo o pé esquerdo no chão ininterruptamente, num misto de angústia e irritação. Se ele não chegasse à tempo, eu entraria? A duas rotas atrás eu diria que sim, agora? Não mesmo. Queria-o por ali, nem que fosse assistindo.

Encarei o relógio ao centro da praça, pouco distante do teatro. O centro cultural de Forina era bastante bonito mas, neste exato momento, eu queria que ele explodisse. Não aguentava mais ouvir o barulho do ponteiro de segundo se movendo e aquele gigante relógio centralizado só me dava mais certeza de que não daria tempo. Éramos a última peça, entraríamos em cinco minutos e eu ainda nem havia colocado minha roupa! Ah, que inferno; onde eu fui me meter.

A boca seca, os pés cansados e a dor de estômago de nervoso me fizera sentar ali no chão mesmo; agora de um ângulo agudo encarava o relógio em conjunto ao céu. Três minutos e eu não entraria sem o Nicholas. Oh deus, isso é um tipo de encontro? Por que se for, é completamente deselegante me deixar esperando assim! Revirei os olhos mais uma vez e quando minha íris retornou ao centro sorri. Ao fundo da praça, num passo calmo, que não condizia em nada com minha euforia, vinha Nico, como se nada tivesse acontecido. Não é possível! Sua calma me dera ódio, e o ódio move tudo; corri para dentro da construção histórica e sem olhar nada em volta fui aos fundos. Precisava de uma espécie de funcionário, contratado, ator, sei lá! Alguém ai? Corri por entre os corredores antes mesmo do treinador entrar no prédio. Alguém? Oh, achei! Corri até o primeiro figurante que vi e gritei:
- Ok, chegamos. Vou ali me vestir rapidinho. Tenho o que? Dois minutos? Juro que consigo. Nicholas ta vindo também. Ta ali na porta. Ele é lerdo mas vai dar certo - Numa velocidade irritante proferi. Setenta frases por minutos; a dúvida do rapaz à frente era se eu era uma atriz ou uma versão feminina do Eminem.

- O próximo espetáculo só começa em uma hora - Falou ele, confuso.
- Mas não começa às cinco horas? - Retruquei - Tenho certeza que o horário está marcado para cinco horas, olha só - Tirei do bolso lateral da mochila a PokeDex e abri sua tela. Quando dei por mim não tive nem coragem de mostrar-lhe nada; eram quatro da tarde, não cinco. Oh Winnie, você precisa parar de fingir que sabe ler relógios de ponteiro - Ah.... Desculpa - Terminei, abaixando a cabeça e indo em direção à porta devagar. Inclusive, porta essa que já emoldurava a figura de Nicholas.

Continuei num passo lento, deixando no plano de fundo o figurante e indo ao encontro da minha dupla. Meu rosto não saia do chão e encontraria o rapaz ainda olhando para baixo. Provável que até trombasse em algo por não olhar por onde ando; assim disse, assim fiz, professei e... tropecei. Era alguma coluna muito mal colocada no salão de artes; fora só uma cambaleada que não me afetou em absolutamente nada. Era impossível destruir-me mais do que eu já estava destruída. Não era possível manchar mais minha auto-imagem, quebrar mais minha auto-estima ou provocar mais um auto-ódio. Vocês tem noção do quanto passei mal por não saber ver um relógio de ponteiro direito? Pois bem; eu já havia chegado em Nicholas mas meu rosto continuava virado ao chão. Numa voz completamente nua, seca e baixa disse:
- Oi - Não olhei-o no rosto. Nem nos ombros, nem na barriga. Limitei-me a vê-lo pelos joelhos e os pés.

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O relógio de pulso em forma de Bronzor de Nicholas apontava quatro da tarde quando ele saiu do Centro Pokémon. A sua apresentação no teatro aconteceria às cinco horas e ele havia combinado com Winnie de chegar ao local ao menos trinta minutos antes. Ainda faltava cerca de uma hora para sua apresentação, mesmo assim resolveu que iria logo para o teatro continental. Provavelmente a garota já estaria lá, ela seguramente precisaria de tempo para arrumar seu figurino. Já o traje do ruivo seria algo mais rápido, aproveitou sua ida para Lilycove e comprou uma bela armadura branca com detalhes dourados. Ficou feliz de lembrar-se à tempo de usar seu Honedge no lugar de Bronzor, já que o Pokémon combinaria muito melhor com a peça, era uma pena que ainda não o tivesse evoluído.

Enquanto caminhava em direção ao teatro o Rocket pensava em tudo que aconteceu durante a manhã. Por algum motivo sua memória começava a esmaecer e ele não conseguia lembrar-se de como tudo ocorreu. Mas algo não saia de sua memória; o beijo. Aquele foi seu primeiro beijo. Também teria sido o de Winnie? Levando em consideração como a garota estava nervosa e corada era provável que sim. Por que ele havia lhe beijado? Não tinha certeza, mas lembrava-se da sensação que teve no momento e o desejo que fora mais forte que seu receio.

O que aconteceria agora entre os dois? Ele não tinha sabia, afinal isso não dependia apenas dele. Será que a garota iria fingir que nada aconteceu? Talvez ela já tivesse esquecido assim como ocorria com as memórias de um narrador de cueca e do Leandro vendo pornô. Não obstante, ele tinha certeza que não queria esquecer. Desde que se separou de Winnie seu pensamento estava nela e como seria no próximo encontro. A vontade de sentir seus lábios mais uma vez tomava conta de sua mente.

Ao se aproximar do  teatro avistou a garota de cabelos rosas do lado de fora. Ela parecia bastante ansiosa e no momento que o viu saiu correndo para o interior do local. Por que ela havia feito isso? Será que estava fugindo de Nicholas? Talvez ela tivesse desistido de participar de peça. O ruivo apertou os punhos aborrecido. Desde quando ele ficou tão inseguro? Ele nunca havia sido inseguro com nada, pelo menos não dessa forma. Entretanto também era verdade que nunca havia se interessado por uma garota. Isso era estar apaixonado?

Para seu alivio ao adentrar no teatro a garota já estava vindo em sua direção. Ela não havia fugido afinal. Ele notou que ela estava nervosa e bastante tímida, tanto que acabou cambaleando ao trombar em uma coluna. Ao se aproximar ela apenas proferiu um oi cabisbaixa, não atrevendo-se a olhar o rosto de Nico. - Oi, Winnie. - Ele proferiu ao mesmo tempo em que colocava a mão direita no queixo da garota e levantava sua cabeça para que ela lhe olhasse. - Desculpa a demora, eu parei para comprar uma fantasia. - Explicou-se sorrindo e apontando uma grande caixa que levava nas costas.

Spoiler :

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Nicholas se desculpou. Oh, pelo que? O erro fora todo meu e ele estava adiantado, não? Bem, não sei ao certo. Essa fora a deixa para eu levantar o rosto e finalmente olhar seu rosto mas não sem antes passar por cada milímetro do seu corpo. Dos pés ao cabelo, literalmente! Parei só no topo de sua testa onde vi um pelo da sobrancelha fora do lugar. Senti-me autorizada a consertar. Onde estava com a cabeça, Winnie? Ah, que seja! Ergui minha mão e botei o fio na marca acima do olho novamente. Fiz isso tudo corada e, ao fim, olhei-o pelo canto do olho, com um sorriso pequeno e disse:
- Desculpa pelo que? Você ta adiantado - Fingi que nada ocorrera, como de costume - Acho que vou lá me arrumar. Você devia ir também, armaduras demoram, né?

Dito isso pousei minha mão em seu ombro, aquela mesma mão que consertara sua sobrancelha mais cedo. Desci numa espécie de escorregão, deixando confortável o toque para minha altura e apertei de leve o braço do rapaz. Suspirei e dei meia volta, dando as costas à Nico e andando em direção ao camarim. Rezei para que, no caminho, não encontrasse o figurante que me esclarecera tudo sem dizer nada.

Minha prece foi atendida e sem mais interrupções cheguei ao tal vestiário feminino. Ao contrário de Nicholas eu não havia comprado nada; planejei um dos meus vestidos e vasculhei o camarim para mais ideias; talvez por isso fui me arrumar tão cedo, para garimpar! Eu seria a protagonista, a Alice dos contos de fada e, por isso, não podia me apresentar com qualquer coisa. Vasculhei as araras do espaço com bastante tempo (uma hora, para ser mais exata) e encontrei um vestido azul que me fizera desistir do planejado. Para melhorar a situação ele cabia no meu corpo perfeitamente! Ok, não tão perfeito mas, felizmente, o colete branco, o avental e a pequena gravatinha branca ajudavam a ajustar; o conjunto em si vestia como uma luva.
Laço pra lá, amarração pra cá, um pequeno nó-em-linha e voilá], estava pronta! O vestido de tamanho padrão se encaixou e agora eu já podia subir em palco. Até que não demorara tanto, né? Oh, não. Eu nem vi o tempo passar! Tirara minha roupa e junto dela perdi quarenta minutos! Corri já vestida e com todos os acessórios no lugar, alcancei a penteadeira do camarim e lá sentei. Gastei mais dois minutos encarando cada defeito do meu rosto enquadrado; perdido o tempo da auto-deterioração pude começar a me maquiar. Nunca fui uma menina muito jeitosa; aprendi o pouco que sei durante minha viagem mas era com isso que eu lidaria. Catei da bolsa os materiais básicos: base, pó, corretivo e rímel. Isso era mais que o suficiente para eu estar minimamente apresentável. Joguei tudo no rosto e nivelei com um pincel. Selei a pele usando o pó e com a esponja fechei os poros. Por fim passei o rímel, na pressa, tendo a sorte de não borrar. Agora sim! Voilá! Estava pronta.

Tínhamos ainda cinco à três minutos e optei por passar esse tempo com Nicholas. Saí do vestuário, atravessei todo o corredor de camarins e fui ao saguão, esperando que ele se juntasse à mim instantes antes de entrar. Dali em diante era cruzar a porta-corrida e surgir atrás da cortina vermelha.

OFF: Imagem meramente ilustrativada Winnie

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- Sim, elas realmente demoram. - O ruivo respondeu não dando muito importância para isso no momento, seu olhar e pensamento estavam totalmente focados no rosto de Winnie. No momento em que a garota apertava seu braço fazendo seu corpo estremer levemente ele apenas acariciou o rosto dela, deixando que fosse se arrumar. Observou ela ir embora e continuou parado por alguns segundos, até que percebeu que Winnie já havia adentrado no camarim.

Resolveu não perder mais tempo, pois realmente levaria algum tempo para que se equipar. Ainda mais levando em conta que nunca havia usado uma armadura como aquela. Adentrou em um dos camarins vazios e colocou a grande caixa no chão e a abriu. A armadura de placas brilhou contra a luz, realmente era muito bonita. Entretanto, nesse momento isso não estava na mente do Rocket. Como ele vestiria isso?

Decidiu começar separando as peças. Primeiro tirou o elmo, depois a couraça, as grevas, manoplas, espaldas e por fim o escarpe. - Por onde eu começo? - Avaliando onde cada peça ficaria decidiu que provavelmente deveria começar pelas grevas que protegiam a parte inferior de  suas pernas. Colocou a peça esquerda em volta de sua perna e notou que as amarras ficavam na parte de trás, teve que elevar a perna em cima de uma cadeira para conseguir realizar a amarra. Mesmo assim não era tão fácil quanto ele imaginava, como era uma armadura pesada e real, possuía diversas amarras para que não soltasse com facilidade. Ele não havia contado o tempo, contudo gastou cerca de 10 minutos apenas para colocar as duas grevas.

- Certo, agora vamos colocar isso. - Proferiu ao pegar partes da escarpe referente ao sapato e o resto das penas que ainda estavam desprotegidas. Logo descobriu que o escarpe era ainda mais complicado do que as grevas e nisso acabou perdendo mais vinte minutos. - Agora vou colocar a couraça. - Não demorou para notar que a couraça era a parte mais pesada da armadura, dividida em duas peças com várias amarras nos ombros e nas laterais. Para colocá-la ele teria que segurar as duas peças no corpo ao mesmo tempo em que fazia as amarras, ou seja, fisicamente impossível. Ainda assim tentou realizar o feito recostando-se na parede para apoiar a parte de trás da couraça ao mesmo tempo em que tentava segurar a outra parte e realizar os nós laterais, como esperado não deu muito certo.

Nico deu um longo suspiro desistindo de colocar a couraça. Ele também não poderia colocar as outras partes antes disso. Talvez o elmo? Será que ele ficaria bem usando apenas um elmo e o sapato encouraçado? Tinha certeza que não. Abriu a porta do seu camarim a procura de alguém, entretanto não tinha uma alma à vista. Provavelmente todos estavam ocupados com a peça em andamento.

Ao olhar no relógio notou faltava cerca de cinco minutos para sua própria peça. Será que Winnie já havia acabado com o preparo de seu figurino? Ele tinha certeza que sim. Apesar das mulheres demorarem para fazer maquiagem, com certeza não levava o mesmo tempo de uma pessoa sozinha colocar uma armadura. Sem outra escolha pegou seu PokéNav e mandou uma mensagem apressada.

Nico escreveu:
Err... Preciso de ajuda.

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Largara minha mochila no Camarim; onde eu estava com a cabeça? Por um segundo havia esquecido não só minhas coisas lá como também os pokemons que usaria. Droga! Eu definitivamente não posso entrar com ela mas ao menos precisava pegar meus pokemons. Corri ao vestiário mais uma vez e num assalto tomei para mim os três monstrinhos escolhidos. Soltei-os rapidamente e antes de voltar ao saguão decidi dar uma última olhada na PokeDex. Oh, que feliz decisão! No visor estava o nome de Nicholas que me pedia ajuda; é claro que ajudo, com todo o prazer. Larguei o aparelho dentro da bolsa e fui com Skoll, Vili e Loki procurar o rapaz pelo corredor. Atravessei a área masculina e bati na porta do único camarim entreaberto ali; não esperei que abrisse, não tinha tempo para isso, apenas olhei na fresta da porta, vi o movimento do cabelo ruivo e entrei sem cerimônia. Preocupada com a privacidade do garoto tomei cuidado em abrir só o necessário para entrar, feito isso, fechei-a bem.

- Ok, por onde eu começo? - Indaguei, olhando a quantidade de peça espalhada ao chão e só então subindo o olhar à Nico - A gente tem três minutos, precisamos correr.
Meu olhar fora tão apressado que só agora reparei num detalhe importantíssimo: Nicholas não usava blusas. Isso não é intimidade demais? Oh deus, o que eu faço agora? Num rubor silencioso virei o rosto, tentando não encará-lo demais. Poderia relatar aqui se a imagem era bonita ou não mas, sinceramente, fiz tanto esforço para não olhá-lo que não lembro. Carreguei a parte de trás da couraça olhando para o chão e quando tive que tocá-lo no dorso fiz questão que fosse rápido; levei uma mão ao peito dele, encaixando a parte posterior e, com a outra pressionei o equipamento na região da lombar. Esta fora a única vez que vi Nico de verdade até então, certificando-me de que as peças estavam encaixadas:
- Pode amarrar, acho que é mais fácil pra ti fazer assim - Sugeri, numa tonalidade completamente sem graça - Isso ta certo? Não sei, parece estar.

A pergunta era retórica ainda assim Vili respondeu com um balançar de cabeças afirmativo. Skoll também parecia concordar e Loki? Bem, Loki brincava com o capacete de Nicholas e vê-lo erguendo aquilo me fez pensar no óbvio:
- Scyther ou Steelix não podiam te ajudar? - A pergunta saíra no automático e só depois de pronunciá-la reparei o quão mal agradecida eu soava - Oh, não que eu não quisesse fazer....... Só para saber mesmo. Incomodo algum. Quer que eu faça mais alguma coisa?

Não olhei no relógio do rapaz mas estava certa de que a gente não tinha mais que alguns segundos; se é que tivéssemos isso. Catei o novo brinquedo de Loki e as ombreiras do chão, dei uma para ele e a outra tratei de colocar eu mesma; tentei agilizá-lo ao máximo:
- Acho que tem o tempo do apresentador falar algumas coisas, todo mundo sentar e a organização do palco, ainda assim, é melhor a gente correr - Disse, entregando o elmo que antes Loki brincava. O ursinho não pareceu muito contente em perder o brinquedo mas aceitou que não era dele.

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Para a sorte e felicidade de Nicholas a sua parceira de teatro não demorou a chegar no camarim. Ela também não perdeu muito tempo fazendo perguntas e foi logo lhe ajudando, já que eles não tinham muito tempo. Ele notou que ela estava um pouco nervosa, já que ele estava com o peito nu e isso apenas fez com que sorrisse. - Ok, eu amarro. - Começou a fazer as amarras ao mesmo tempo em que ela segurava a couraça, agora ele tinha um pouco mais de prática com o processo.

Quando Winnie inquiriu se Scyther ou Steelix não poderiam lhe ajudar ele sentiu-se um idiota. Em nenhum momento passou pela sua cabeça usar seus Pokémon, se tivesse feito isso teria terminado há muito tempo. - Isso não passou pela minha cabeça. - Ele respondeu um tanto envergonhado por admitir. Foi então que notou os Pokémon que ela havia usado como exemplo. - Espera, você disse Steelix? - Então ele avaliou com o olhar o tamanho do camarim comparado ao seu Steelix. E Scyther também não era um bom exemplo, já que o Pokémon provavelmente fatiaria o corpo do seu treinador.

- Ainda assim, eu realmente poderia ter usado Klefki ou o Haliax. - Replicou suspirando. - Agora só preciso colocar a parte dos braços, manoplas e o elmo. - Como essas partes não eram tão difíceis eles conseguiram em poucos segundos. - Como eu estou? - Perguntou logo depois de liberar seu Honedge e o segurar em uma posição que em sua visão o deixava imponente. - Ah, eu separei isso pra você usar. - Proferiu apontando o Black Glasses que havia deixado em cima da mesa.

- Eu estou em uma armadura que pesa quase 50 quilos, eu não consigo correr. - Ele respondeu em um tom de voz similar a um choramingo.


Off: Armadura

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De fato Steelix era uma opção horrível; ele não cabia em nem deveria caber naquele camarim. Imaginei a cena e com essa imagem veio uma risada silenciosa, que mudara por completo minha feição:
- Ok, Steelix foi uma ideia horrível mas ainda acho que.... Ah, deixa, só disse os primeiros que vieram na minha cabeça. Desculpa - Pedi, sem entender ao certo o porque das desculpas; eu realmente pensei em discutir sobre a utilidade de Scyther mas desisti antes que o fizesse e como não consumi o ato, não tinha porque pedir desculpas, né? Oh, que seja! Afastei-me um pouco para der um panorama geral de Nicholas. Vê-lo todo montado e com Honedge ao lado me fez sentir um misto de orgulho e admiração - Você está perfeito! Ainda que não dê para saber que é você dentro dessa lataria toda......... - Disse, sem ter certeza se a frase era coerente e própria.

Aproximei-me do rapaz mais uma vez e ao fim do segundo passo recebo mais um de seus presentes. Um empréstimo talvez? Não sei mas Nicholas fazia isso demais; devia parar de me mimar assim. A atitude aleatória me lembrara as Sitrus Berrys de Blake ou ainda o TM de Daisuke; as duas outras ocasiões eram esporádicas mas com Nico estava virando religioso:
- Ok, te devolvo no fim do evento. Inclusive, você deveria parar com isso, eu vou ficar mal acostumada - Proferi, numa brincadeira e riso bastante sério - E ok, não precisamos correr, vamos andar.... com calma e... chegar até lá na velocidade que precisar, ok? - Pude ter soado um pouco preocupada mas não o quis.

Minha repetição nervosa talvez foi um tiro pela culatra mas queria criar um ambiente confortável para que ele andasse com aquilo. Pera ai, cinquenta quilos? Esse troço pesa mais que eu! Nicholas vai conseguir atuar horas com esse traje? Oh deus; certeza que cansará e arrancará do corpo mais cedo ou mais tarde e eu...? Bem, eu vou ficar olhando e tentando não rir, ou ainda encaixar aquilo na história de alguma forma. Eu acho.

Atravessamos o corredor do camarim e já íamos para detrás das cortinas, encontraríamos o resto dos personagens lá. Na parede do saguão estava o cartaz da peça de hoje: Alice e o Cavaleiro branco Através da Quarta Parede. Era um nome bem ruim, né? Bem, não fora eu que criara mas o cartaz ficara bem bonito. O vermelho do fundo mesclado com o chão quadriculado da base deu um efeito bastante psicodélico e desenhou bem a ideia simples: mesclar o teatro-improvisado com a história de Alice Através do Espelho. O tabuleiro de xadrez era metafórico mas de suma importância! A baixo do poster uma pequena sinopse compunha a chamada da peça:

Num presente nada distópico o xadrez perdeu a validade na elite e nobreza britânica. Todas as peças pareciam cair num limbo de nostalgia, tédio e um niilismo insalubre. Com um tremendo mal-estar generalizado as peças espelhadas aceitaram sua inércia e se limitaram a serem convocadas em tediosos programas "vs I.A" que rapidamente eram esquecidos e algumas rememorações saudosas de homens velhos. Humpty Dumpty, Tweedledee, Tweedledum, a Rainha Vermelha, a Corsa e outros personagens aceitaram seu desaparecimento vertiginoso na memória dos ingleses, Alice e seu Cavaleiro não. O peão e o cavalo branco num lapso de insanidade decidiram que não teriam o mesmo destino! Pularam para fora do espelho e procuraram adentrar as novas modalidades de jogos do presente. Atravessaram a sala de estar, encontraram o escritório e voilá! Caíram na internet. Agora o desafio era outro: ser Alice e o Cavaleiro branco dentro do mundo online. Claro que os fugitivos não pensariam pequeno; tentariam povoar os personagens dos maiores jogos do momento, tendo a oportunidade de viajar por Overwatch, World of Warcraft, Fortnite, Counter Strike e/ou League of Legends.


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ALICE E O CAVALEIRO BRANCO ATRAVÉS DA QUARTA PAREDE

Os dois estavam com pouquíssimo pouco tempo para se preparem para a peça, no entanto, com toda a vontade de alguma criatura superior conseguiram enfiar o jovem Nicholas dentro da pesada armadura. Infelizmente, aquilo não lhes permitia irem andando muito rápido já que carregar mais cinquenta quilogramas sobre o corpo não era uma tarefa exatamente fácil, porém eles estavam com sorte, a sua peça iria ser iniciada por um narrador que lia uma breve sinopse para aqueles que não teriam prestado atenção nos cartazes espalhados e até mesmo para relembrar os mais atentos após tantas peças já feitas naquele dia.

- Num presente nada distópico o xadrez perdeu a validade na elite e nobreza gallariana. Todas as peças pareciam cair num limbo de nostalgia, tédio e um niilismo insalubre. Com um tremendo mal-estar generalizado as peças espelhadas aceitaram sua inércia e se limitaram a serem convocadas em tediosos programas "vs I.A" que rapidamente eram esquecidos e algumas rememorações saudosas de homens velhos. Humpty Dumpty, Tweedledee, Tweedledum, a Rainha Vermelha, a Corsa e outros personagens aceitaram seu desaparecimento vertiginoso na memória dos ingleses, Alice e seu Cavaleiro não. O peão e o cavalo branco num lapso de insanidade decidiram que não teriam o mesmo destino! Pularam para fora do espelho e procuraram adentrar as novas modalidades de jogos do presente. Atravessaram a sala de estar, encontraram o escritório e voilá! Caíram na internet. Agora o desafio era outro: ser Alice e o Cavaleiro branco dentro do mundo online. Claro que os fugitivos não pensariam pequeno; tentariam povoar os personagens dos maiores jogos do momento, tendo a oportunidade de viajar por Overwatch, World of Warcraft, Fortnite, Counter Strike e/ou League of Legends. - ele entoava com uma voz de galã dando alguns passos pelo palco, enquanto isso, o par já estava bem perto da escadas para o palco e após o narrador terminar a sinopse as cortinas se fecham por alguns segundos para os atores se prepararem.

Já agora... O título da peça era um tanto quanto familiar para os dois... Qualquer coisa sobre a quarta parede... Estranho... Seja como for, ao iniciarem a sua subida ao palco uma jovem garota que estava responsável por orientar alguns dos holofotes viu o quão difícil era para o rapaz se mexer com todo aquele peso e decidiu dar-lhe uma pequena ajuda... Sua Gothita que seguia as ordens da treinadora movendo os holofotes como lhe era ordenado usava Telekinesis na armadura do garoto, que o deixava extremamente mais leve, porém, a armadura era tão pesada que ainda permitia a Nicholas assentar os pés no chão, porém como se não tivesse nenhum peso vestido. Ela lhes piscou o olho indicando que estaria os ajudando sempre que o efeito do golpe acabasse. Contudo... O efeito sem aviso foi uma espada de dois gumes pois surpreendeu Nicholas de uma forma que o mesmo acabava tropeçando sobre seus próprios pés e, em um movimento de puro instinto, agarra a moça, provocando uma queda, durante a mesma os mesmos rodam em pleno ar e o elmo do jovem se abre, revelando a face do mesmo, no fim Nicholas é o primeiro a atingir o chão, acabando protegido por sua armadura, e Winnie cai sobre o mesmo e sem conseguirem controlar seus movimentos e, em uma cena bem clichê de seriado adolescente, eles se "abraçam" em um beijo enquanto as cortinas se abrem revelando vários outros atores sentados no que pareciam ser carros de corrida.

O público fica chocado por um momento ao ver o casal no centro do palco dando um beijo, mas logo se recompuseram achando que tinha sido uma forma de o diretor deixar claro quem era o par romântico da peça e que poderiam aguardar muitos mais beijos. Alguns figurinos menos experientes também tinha caras de chocados mas que logo voltavam ao semblante adequando ao perceberem que estavam agindo como amadores. Ao lado dos de Winnie e Nicholas estava uma mota de dois lugares. Uma mota com sidecar.

Mota Sidecar :


- Em sua primeira aventura pelo mundo da internet os pombinhos acabaram caindo no mundo de Mario Kart e mais precisamente em meio a uma corrida que estava prestes a se iniciar! E parece que eles não conseguiram conter as suas emoções de tão animados que estão! - o som dos semáfores alterando suas cores começava, já o narrador se pronunciava de forma bem improvisada perante o súbito acontecimento.

PROGRESSO WINNIE :


PROGRESSO NICHOLAS :



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VIRTUUM :

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Andar naquela armadura realmente não era fácil para Nico. Ela começava a se arrepender de usar algo tão pesado. Para sua sorte, a moça que controlava os holofotes de alguma forma fez com sua que Gothita  deixasse a armadura do ruivo mais leve. Ele ficou muito agradecido inicialmente, no entanto como estava desacostumado com a falta do peso acabou tropeçando e caindo no chão. Não bastava cair sozinho, acabou levando Winnie consigo. Ao tropeçar seu elmo também acabou se soltando,  revelando seus cabelos ruivos que não combinavam tanto com seu personagem. Por sorte a garota caiu por cima dele e não o contrário, pois mesmo sem o peso da armadura ele provavelmente lhe machucaria. Nesse momento os dois apenas ficaram se observando por algum momento, com o longo cabelo rosa de Winnie cobrindo seu rosto e a visão de todos que os observavam. Provavelmente isso fez com que todos pensassem que a dupla de atores estavam se beijando, não obstante eles ainda não estavam tão seguros para repetir o momento dessa forma.

- Desculpa. - Nico murmurou para que apenas Winnie escutasse e visse, antes de se levantar. - Desculpe-me, Alice. Deixe-me ajudá-la. - Proferiu logo em seguida ao mesmo tempo em que estendia sua mão para a garota. Depois de lhe ajudar começou a olhar em volta, procurando seu elmo. - Ah, ali está! - O Cavaleiro Branco então foi em direção ao seu elmo e o colocou de volta, embora um pouco torto.

- Oh, veja, Alice! -  Ele exclamou ao apontar para a moto. - O que seria isto? Parece-me com um cavalo! - Então se aproximou. - É algum tipo de cavalo, no entanto duas pessoas podem montar! - Ao observar o veiculo rapidamente notou que um dos lados conduzia. - Eu irei montar desse lado! Como você sabe, tenho bastante prática na nobre arte da equita... - Não conseguiu terminar sua frase, pois local que subiu na moto acabou tombando para o lado do sidecar, caindo com os pés para cima.

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Nicholas caira. "Ele está realmente incorporando o personagem", pensei baixo mas deixando escapar um sorriso bobo enquanto estava em cima do rapaz; sorriso ele que serviu de pretexto para sair de cima e logo mais me ajeitar novamente. Oh deus, Nico! Meu vestido está todo torto de novo. Ajeitei o babado, o laço, os botões e a manga e pronto, inteira novamente: até parecera parte da cena mas, até então, eu nem havia me tocado que tudo isso havia começado! Ainda despercebida tratei de colocar o elmo do rapaz no lugar e só então olhei pra frente e vi... plateia? Ok, estou no meu pior lugar de novo. Num tremelique só me botei na frente, ainda muda, tentando me acostumar com a ideia de que eu não sou eu. Nessa hora lembrei de Matthew; melhor que Nicholas não soubesse nisso mas respirei fundo e pensei em como "Thito" poderia ajudar.

Incorporar um papel; meu rosto estava à mostra mas eu não era Winnie ali, isso era exatamente o contexto em que Matthew criou Thito: poder participar de Contests sem se sentir muito exposto. Talvez era melhor que eu fosse Alice à que Winnie ainda que não consiga fugir de mim. Depois de um tempo de mudez pura voltei à mim, agradeci muito à deus e à Nicholas mentalmente: o rapaz não deixara que o silêncio tomasse o local. Para mim a peça só começou aqui. Mudei meu semblante para irritada e coloquei minhas mãos na cintura:
- Cavaleiro... você está dizendo para mim que isso parece um cavalo? Sai dai - E empurrei-lhe com as mãos, levando-o para longe do veículo motorizado - Isso aqui é um Carro. Já viu um? Não pode cair o tempo todo igual você sempre faz, se cair de um carro você morre e... bem, todo mundo sabe que esse jogos onlines tem respawn mas é melhor não te deixar no volante, a cada morte sua a gente vai perder muito tempo.

Alice era uma típica menina Inglesa, isso significa o óbvio: podia ser de qualquer universo, ainda assim, teria vivido a realidade (ainda que do fim do século XIX), coisa que o cavaleiro branco não vivera. Isso por si só me fez montar o papel; eu devia ser mandona, chata e curiosa mas, acima de tudo, sensata. Alice sempre foi o único pilar de sensatez do universo de Lewis Caroll e talvez por isso o mais chato:
- Cadê sua caixinha? Aposto que tem uma invenção pra nos ajudar. Vai, senta ai do lado, se for cair pelo menos tente cair em cima de alguém - Ordenei e num pulo só cai para minha cadeira.

Ao menos uma coisa me animara: era um triciclo. Se fosse uma moto normal com certeza o cavaleiro iria se jogar mais cedo ou mais tarde mas com três rodas posso afirmar bastante confiante de que aquilo era um cavalo de rodinhas. Ri por dentro e por fora; enquanto Alice se mantinha risonha Winnie gargalhava, não sabia se havia sido de propósito ou não mas a primeira conversa que Alice e o Cavaleiro Branco têm no livro é sobre ter um cavalo de rodinhas.
Enquanto relembrava o infanto-conto de Alice esperei Nico sentar; talvez ele tivesse alguma dificuldade, seja pelo personagem seja pela armadura mas uma coisa era certa, eu o apressaria o tempo todo:
- É uma corrida, você devia sentar logo - Bufei já cansada - É nossa chance de voltarmos às vitrines, anda, anda, anda - Pedi.

Enquanto o rapaz fazia sabe-se lá o que tratava de ligar a moto. Apalpava a região da ignição e procurava alguns itens úteis ou coisas para guardar na caixinha do cavaleiro; que inclusive eu esperava que Nicholas tivesse trago, seria bem útil para aquele jogo.

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