Foi com um arquear de sobrancelhas que o rapaz inicialmente reagiu à incerteza da moça sobre seguir ou não em frente na direção do distante ponto de origem da tempestade, situado casualmente no cume do Monte Pyre. Enquanto o olhar da circense se perdia no horizonte, era vagarosamente que a postura corporal do loiro se alterava, seus braços se cruzando em frente ao corpo e um balanço negativo de cabeça se mostrava mais que suficiente para expor a mescla de sentimentos que passavam por seu coração - uma mistura explícita de decepção e incredulidade.
— Não sabe se deveria ir? Tá brincando, né? — O cenho se franziu, e então a expressão relaxou quando ouviu o questionamento da acrobata: E foi com uma risada entre a graça e o deboche que a respondeu. — Cara, você tá com medo do Monte? — A ponte do nariz se franziu, e os cantos dos lábios se torceram num sorriso divertido. — Tá de sacanagem comigo? É uma das coisas mais legais que tão rolando há sei lá quanto tempo! — Exclamou, dramaticamente largando os braços para cima antes de recolhê-los outra vez, cruzados em frente ao peito. — Cê não tá ligada o tanto de gente que tá tentando chegar lá, né? — Perguntou, dando um sorriso travesso. Então, se inclinou mais para perto, e o tom de voz repentinamente se baixou: — E, sabe mais? Tem gente que diz que o próprio Kyogre apareceu por lá... — Segredou à moça, antes de finalmente se afastar. — Se você quiser perder, aí é por sua conta! — Ele sorriu, movimentando os ombros tranquilamente. — Mas, eu vou direto pra lá. Meu tio tá me esperando pela orla, ele arranjou um barco pra atravessar. Se tu quiser ir, a gente te dá uma carona, como agradecimento pelo... Guaxinim... — Fez uma careta, revirando os olhos. — Mas só se esse teu bicho não me morder! — Acrescentou, rápido, apontando para a buldogue que acompanhava Saint'Clair. — E aí, como vai ser?
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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?