Pokémon Mythology RPG
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#003 — Uma turminha do barulho

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Uma turminha do barulho.


A capa amarela de Ryosouke rapidamente se tornava comunitária: com a ideia de Don, todos os três mosqueteiros se encolhiam juntos embaixo do tecido e caminhavam para o que pensavam ser o caminho mais tranquilo dentre os disponíveis.

Não poderiam estar mais enganados.

15:15h, zona sul da floresta.


A vegetação da rota cento e vinte um não era nada incomum se comparada ao restante de Hoenn: árvores de copas altas e raízes aéreas com bons intervalos entre uma e outra enfeitavam o bioma, com arbustos e pequenas plantas ornando a distância entre os vegetais antes mencionados e o chão composto de folhiço encharcado. Como dito anteriormente, a iluminação presente não era das melhores, afinal, a tempestade era tanta que seria praticamente impossível as nuvens se dissiparem.

O solo era um tanto quanto desnivelado, já que a rota funciona como a base de uma montanha, terminando um pouco antes da principal subida de fato para o Mt. Pyre. Por isso, ter bastante cuidado onde pisa é fundamental; apesar de não ser tão íngreme ao ponto de fazer uma pessoa despencar, pode ser um tanto quanto desagradável para se colocar de pé novamente.

A floresta parecia deserta e certamente estava silenciosa, com trovões compondo repentinas melodias de minutos em minutos, assim como árvores que caíam logo em seguida em virtude dos raios e do vento. O padrão era exatamente esse, salvo quando nenhum vegetal caía por sorte. Assim sendo, o que viria logo a seguir seria, no mínimo, estranho.

À direita dos rapazes um estrondo semelhante ao que já estavam acostumados a ouvir ecoou por toda floresta, dessa vez bem próximo. O problema era que nenhum raio fora visto ou sequer iluminou a copa das árvores como de praxe. Para melhorar ainda mais a situação, caso dessem mais alguns passos, chegariam a uma enorme lareira, marcada por diversas árvores abatidas, todas com marca do que parecia ser uma enorme garra, cortadas ao meio — sem dúvidas não sendo obra do fenômeno natural. Mais bizarro do que isso era um leve choro bem fino que vinha de trás de uma das árvores na mesma direção que o barulho fora escutado... Será que algum dos três seria corajoso o suficiente para investigar?



Progesso da rota — Joe :


Progesso da rota — Don :


Progesso da rota — Ryousuke :



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Dominic nem esperava o Ryousuke responder e rapidamente tirava a capa de chuva do jovem, "distribuindo" para os três heróis; que se encolhiam naquela capa e em passos sincronizados caminhavam em direção da floresta.

Assim que adentravam na floresta, Joe saía de baixo daquela capa de chuva, era um lugar apertado demais para seguir junto por toda rota. Correu para se proteger de baixo da alta copa daquelas árvores, aproveitava também para desprender seus dreadlocks e ficava balançava sua cabeça, a fim de "secar" seus cabelos que estavam encharcados. Voltava a prender seus cabelos e a caminhar juntamente de seus parceiros, sempre com passos curtos e tomando cuidado para não pisar em algum errado, todo aquele ambiente de raízes aéreas, chão desnivelado e uma florestava acabava despertando um flashback na cabeça do rastafari, que lembrava de sua primeiro rota em que passava momentos de tensão quando pisava em falso em um buraco, ficando preso por algum tempo.

— Ei, pessoal. Tomem cuidado por onde pisam. Já fiquei preso em um buraco nessas raízes aéreas e não é nada bom... Acreditem em mim. — Disse para Dominic e Ryousuke.

Após alguns minutos de caminhada, a floresta que parecia silenciosa logo se revelava o contrário disso. Um forte estrondo invadia o local, mas o curioso era que nenhum raio era acompanhado junto. Certamente era alguma criatura raivosa e pelo jeito era bem perigosa. Aquilo fazia o jovem ficar preocupado, praticamente com medo da aonde estava se metendo e com as mãos trêmulas puxava de sua mochila um baseado de cannabis misturado com outras ervas relaxantes.

— Desculpem, mas essa situação não tá tranquila não. — Ao final de sua frase, colocou o baseado na boca e acendeu com seu isqueiro, dando duas tragadas conforme diz a tradição. — Servidos? — Perguntou soltando junto a fumaça pela a boca e estendendo a mão para quem quisesse. Logo continuou a caminhada com o grupo até que chegavam a uma enorme lareira, marcada por diversas árvores com marcas de uma enorme garra. Deixando a situação mais bizarra ainda.

— Eita! — Disse assustado e dando mais dois tragos em seu cigarro para conseguir manter sua sanidade. — Vocês estão percebendo essa merda toda? O rugido de antes e agora essas garras... Acho que escolhemos o caminho errada, pegar um resfriado na praia nem seria tão ruim assim... — Soltou uma risadinha forçada, para tentar acalmar a situação. Porém tudo estava prestes a piorar quando um choro era possível de ser escutado. E é claro, como Joe tinha um coração bondoso, ele iria querer ajudar. — Bem, eu ia falar pra gente voltar, mas agora não dá mesmo. Precisamos ajudar seja lá quem estiver precisando de ajuda. — Apagou seu cigarro e guardou na mochila, tomou a frente da situação indo em busca do desconhecido, esperando que seus amigos também fossem junto.

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Aproveitando do "teto" que a floresta proporcionaria para o trio, Ryousuke julgava que estaria seco o suficiente para retirar-se da proteção da capa de chuva dividida entre os três, pegando-a para si e a chacoalhando algumas vezes para tentar secá-la. Quando visse que estaria seca o suficiente, vestiria-a mais uma vez.

Ele ouvia o aviso de Joe e mantinha seus olhos focados na sua trajetória, mostrando que ainda conseguia raciocinar medianamente diante daquela situação, apesar da cara do ruivo não estar nada tranquila. Exibia um olhar arregalado de medo e um sorriso torto, como se tentasse convencer a si mesmo, mentalmente, de que estava tudo bem. Mas o suposto "trovão" sem flash de luz acabava-lhe mostrando que poderia não estar, fazendo seu coração bater aceleradamente.

Apesar de tentar lidar com o medo através de murmúrios para acalmar-se, Joe parecia ter um outro jeito de relaxar na situação, oferecendo aos colegas. Ryousuke fazia um sinal negativo com a cabeça. — D-Desculpe. Não gosto de cigarros... apesar desse ter um cheiro bem diferente. É coisa de marca? — Ele perguntava, inocente.

Apesar de inicialmente distraído por conta da curiosidade em Joe, ele acabava deparando-se com a cena da lareira; Inúmeras árvores assassinadas, com marcas de garra pelos troncos. O esguio pulava de susto, puxando Youma para si e lhe apertando fortemente; o fantasma, apesar de incomodado, era a única forma de proteção de Ryousuke no momento.

A-a-ainda dá tempo de v-volta-- — Ele começava a sugerir, mas interrompia a si mesmo ao ouvir os finos choros proveniente de alguma das árvores. Incapaz de ignorar aquilo que parecia ser um pedido, calou seu bico e passou a seguir Joe sem hesitação... Apesar de começar a suar nervosamente.

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A ideia da capa de chuva era aceita, ou imposta, e ate que funcionava muito bem. Com o trio andando no mesmo passo, progrediam na floresta pouco a pouco. O caminho era difícil, galhos retorcidos e solo bem lamacento oriundo da chuva que castigava todo o ambiente.

Já acostumado com a acústica, os garoto seguiam sempre com o mesmo padrão de acontecimentos. Um flash forte, seguido de um descarga elétrica e após milésimos de segundos, o forte estrondo. Para cara flash que seguia, Dominic parecia se encolher junto com Rockie, esperando pelo forte barulho que parecia incomodar também o treinador.


- Chuva de merda. Que ideial genial a nossa. Vir para esse cu de lugar, cu de monte. Pra gente tomar no cu, né? Deve ser.. cu cu cu cu cu cu.. – De maneira irritante, Dom resmungava repetidamente enquanto andava.

Ate que, sem o aviso prévio, um enorme estrondo ecoava. –PORRA!–. Este causava um grande susto no garoto zumbi, que berrava um forte palavrão bem característico. Rockie se encolhia de vez e parecia sumir dentro do agasalho e seu treinador sentia um forte arrepio, sem saber se era de medo ou um mal pressagio. O tal barulho parecia diferente dos demais, aliando a paisagem recente com arvores derrubadas e marca de garras em todos os lugares, definindo que algo perigoso estava próximo.

- Essa porra tá parecendo uma zona de guerra e deixa-me perguntar: Para onde iremos??? Para o barulhoooo. Aeeeeee! Merda completada com sucesso, não é senhores? – Dominic continuava reclamando, a chuva com trovoes parecia mesmo incomodar o garoto.

Seguindo o caminho por mais alguns passos, era possível notar que uma clareira se formava mais a frente. Descampado este, que parecia ser o ponto de origem das atividades sonoras, além das marcas se intensificarem também nesta área. Para completar toda a problemática que estavam se metendo, um choro fino parecia ecoar em meio toda aquela confusão sonora e visual.


- Pfff.. Vocês sabem que isso é uma armadilha? Chorinho no meio da floresta? Pelo amor.. – Antes de completar sua frase, os dois integrantes do trio tendiam para averiguar o a fundo do que era aquilo tudo. – E lá vamos nós! Direto pra pica. Isso aí bonde. – Dominic andava e bicava o que via, pedras, galhos, sem controlar sua insatisfação.

Mesmo sem concordar muito com aquilo, Dominic estava no grupo e a democracia prevalecia. Se os dois gostariam de ver o que era e, possivelmente, ajudar quem estivesse precisando, o zumbi iria junto com seus companheiros nessa missão.



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Uma turminha do barulho.


Movidos por motivos completamente diferentes, nossos três mosqueteiros decidiam por caminhar diretamente até o barulho de choro que ouviam incessantemente atrás de uma das árvores. Enquanto Joe queria ajudar, Ryousuke tinha medo e Dominic estava puto com a situação, afinal, em um ambiente macabro como esse, será que seguir o berreiro fino e misterioso era a escolha certa a se fazer?

Os treinadores, com o rastafari seguindo na frente do grupo, caminhavam com certa precaução até atrás da árvore, somente para serem surpreendidos por um Minccino completamente amedrontado e com sua pelugem coberta de sangue. O roedor, ao ver que havia sido descoberto, tentava subir no tronco do vegetal o mais rápido possível, mas parecia que lhe faltava força, caindo quase que imediatamente de costas no chão. O Pokémon, então, começava a chorar ainda mais, balançando seu corpo de um lado para o outro, cobrindo o rosto e praticamente aceitando fosse lá o que os três quisessem fazer com ele.

O mais curioso disso tudo era que a fonte de sangue não parecia evidente... Até o monstrinho virar de costas. Minccino não possuía... cauda? Ao invés disso, o sangue pingava de onde deveria ter um rabo, ou melhor, a continuidade dele, já que havia somente um toquinho no lugar — quase como se o corte tivesse sido feito às pressas há alguns minutos. No final das contas não importava, dado que novamente o estrondo era escutado — sem sequer sinal de um dos raios — dessa vez a pouquíssimos metros dos treinadores.

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O barulho fora suficiente para que Minccino, assustado, começasse a correr com certa dificuldade. Sem orientação nenhuma, pois seus olhos estavam cobertos de sangue, o pequeno disparava e batia no joelho de Dominic, escalando a roupa do rapaz logo em seguida. Não muito feliz com o acontecido, Rockie tentava empurrar o roedor de cima de seu treinador, mas o mesmo parecia estar segurando na blusa do rapaz como se sua vida dependesse disso.

E talvez dependesse.

Além desse fator preocupante, repentinamente o já cortante vento agora se tornava gélido, o suficiente para fazer qualquer espinha se arrepiar. As nuvens começavam a se organizar de forma que escondessem quase que completamente os tímidos raios de sol, deixando a floresta ainda mais escura e amedrontadora. Youma rapidamente agachava sua cabeça, com sua orbe vermelha balançando de um lado para outro, como se sentisse o perigo se aproximando.

Silenciosa, a floresta ecoava todo e qualquer barulho.

Ao longe passos leves conseguiam ser escutados pisando sobre galhos e folhiço, assim como uma voz feminina, que murmurava uma canção que ecoava por todo local.



Progesso da rota — Joe :


Progesso da rota — Don :


Progesso da rota — Ryousuke :



_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Mesmo contrariado, Dominic segue seus amigos em busca do murmúrio de sofrimento. Ao darem a volta na grande arvore, era possível ver uma espécie de roedor coberta de sangue. Por mais frio que fosse o ser humano, uma visão daquela não era digerida facilmente por ninguém. Não eram tripas para fora, ou uma cena de morte chocante, mas logo que se deparava com a pequena e meiga, criaturinha, a pergunta que surgia era: “Quem seria capaz de uma atrocidade dessa?”.

Tratava-se de um gracioso Minccino, um pokemon que exalaria beleza e alegria, mas este, só exprimia medo e sofrimento. Ao ver os três rapazes, se encolhia e parecia aceitar a morte totalmente indefeso, aquela cena mexia com Dom. O garoto zumbi, por mais ardiloso que fosse em alguns momentos, odiava quem praticava maus tratos com seres inofensivos. O roedor em questão, ao virar de costas procurando uma saía, deixava à mostra seu rabo faltante, dando explicação ao sangue que pintava aquela cena de horror.


- Puta que pariu.. Como alguém consegue fazer isso? – Dominic passava as mãos em sua cabeça, desarrumando os cabelos, bem indignado. – Calma, calma, não vamos te machucar, pode vir aqui, devagar. – O garoto abaixava, para ficar em um nível de altura mais confortável para a criatura e tentava uma aproximação pacifica.

A tentativa de interação era cortada por mais um estrondo. Desta vez, bem próximo de onde os treinadores estavam. Dominic se assusta e tenta buscar olhando ao redor a direção de origem do estrondo. Nesse momento, o roedor fica fora de controle. Seu nervosismo toma conta, como se soubesse que algo de muito ruim se aproximava. Correndo, ele acabava por tropeçar no joelho do zumbi e imediatamente tentava subir em seu colo. Dominic tentava afagar a criatura e dar uma certa segurança, mas eis que surge Rockie com seu ciúme doentio. A símia, com sentimentos a flor da pele, ataca o pobre Minccino que já estava seriamente machucado para afasta-lo de seu dono, criando uma tremenda confusão.

- PORRA! ROCKIE! TA ZUANDO KRL? – Dominic se irrita e pega a macaquinha pela nuca enquanto segurava o roedor com a outra mão. – O bicho tá machucado! Você se lembra de quando você a criatura machucada? Essas cicatrizes aí, você já esqueceu? Quem cuidava de você? Tenha mais respeito, se controle porra! – A símia parecia não ligar muito para o discurso no momento, mas sossegava, dando apenas algumas rosnadas para o roedor que tremia de medo. – Desculpe mas acho que você escolheu o colo errado amiguinho KKK. Segura essa pica aí Ryo, cuida dele. Rockie tá com a “macaca” hoje. – Dominic dava a pobre criatura ferida para o garoto ruivo tomar conta. – Que que tá acontecendo? Não tá vendo a quantidade de merda que ta rolando, é hora de ciúmes? Pelo amor.. fica na moral. Consegue? –RWAAARRRT! RWAAAARARR- Parecia uma discussão de marido e mulher, mas se tratava apenas de Dominic e Rockie tendo uma leve DR.

A aventura, que vivia um momento de “confusão”, era cortada por um vento morbido que arrepiava ate os mais audazes. A floresta parecia um final de tarde, com nuvens deixando-a mais escuros, um cenário que se montava rapidamente durante aquele momento que descobriam o pobre Minccino. De longe, era possível ouvir uma canção em forma de eco sendo difícil de distinguir de onde vinha. Galhos quebrantes aumentavam a tensão, parecia que o que vinha, se aproximava lentamente conforme a musica tocava.

- Caralho.. caralho. Tô ficando puto com esse lugar galera. Não tem nada de bom, tem? Olha o estado do Minccino! E agora essa cantoria na florestinha. Tô de saco cheio. Não sei vocês, mas eu não vou correr não. – Dominic dava alguns passos a frente, mais para o centro da clareira e colocava suas duas mãos próxima a boca, como se usasse um megafone. – OOOOOWWWWW FILHA DA PUTA! VAI FICAR CANTANDO OU VAI APARECER LOGO? Pronto, agora ela deve ter certeza de onde nos estamos e vai vir logo, quem queria correr se fudeu, beleza? – Dominic chamava o som da morte para onde estavam, talvez não fosse uma boa ideia. Mas estando em território desconhecido, certamente seriam encontrados de qualquer jeito.


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Assim que o trio acabava deparando-se com a origem dos choros, encontravam uma imagem um tanto grotesca, mas também lamentável; uma pequenina criaturinha, ensanguentada e quase sem forças para se recuperar. Ryousuke encarava a cena com uma das mãos tapando a boca entreaberta, cujo olhar exprimia um misto de horror e pena.

Dominic parecia tomar a iniciativa perante aquele evento, e acabava com a criatura tentando se enfiar em seu colo para se proteger dos estrondos. Algo que não seria um aparente problema, mas a companheira do jovem de cabelos roxos pareceu não saber lidar com a situação e tentava atacar o pobre roedor. Ver Baresi brigar com a sua criaturinha seria cômico caso estivessem numa hora tranquila, mas não era o caso.

Ryousuke, um pouco hesitante, acabava se aproximando para ajudar a separar a briga, e terminava saindo com o roedorzinho ensanguentado em mãos. De certo, ele teria desmaiado ali mesmo ao ver um Pokémon encharcado do próprio sangue. Mas sabia que aquela não era a hora de fraquejar, já que havia alguém precisando de sua ajuda.

N-Não se preocupe... Você vai melhorar. — Ele tentava exprimir palavras para acalmar o Pokémon. Ligeiro, removeu uma das Potions que havia comprado anteriormente, preparando-se em seguida. — V-vai arder um pouco, ok? Aguente firme! — Dizia, em seguida exprimindo o líquido contido no recipiente nos ferimentos, dando atenção especial à sua cauda.

Acabou tendo que usar uma muda de suas próprias roupas para estancar o sangramento da criaturinha. Não pareceu importar-se tanto em fazê-lo, no entanto; estava muito mais preocupado com ela do que em ter vestimentas limpas.

O eco da canção repentina, junto do gélido vento que a acompanhava, acabava fazendo com que o esguio suasse frio. Mas ao ver que Don não parecia estar com medo daquilo, o jovem ruivo acabava raciocinando que, o que quer que fosse, poderia ter sido o responsável por machucar o roedorzinho. Franziu seu cenho.

Com a criaturinha no colo, ele novamente apenas tratou de seguir a pessoa que liderava o bando para alguma confusão, sendo este, desta vez, Dominic. Youma seguia-lhe logo ao lado, parecendo ciente de que o que estaria ali fosse algo perigoso.

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Joe tomava a dianteira da situação, assumia para si um trabalho de líder mesmo que momentâneo. Sendo tomado totalmente pelo seu lado bondoso, o treinador saía em disparada mata a dentro, em busca da pessoa ou criaturinha que estava chorando. Não demorava muito para encontrar quem estava chorando, se tratava de um Minccino com sua pelugem coberta de sangue e o choro cada vez mais forte. Imediatamente um flashback voltava para a cabeça do rastafari, que lembrava de sua primeira rota e o falecido Poochyena, aquilo fazia todo o choque ser ainda maior para o mesmo, que recuava alguns passos para trás e virava de costas para não ver mais aquela cena.

— De novo não, de novo não... — Ficava repetindo para si, enquanto andava de um lado para outro e passando rapidamente as mãos seus dreadlocks. Acendeu novamente seu baseado e ficou tragando repetidamente, em busca de sua calmaria.

Por sorte, Joe estava acompanhado de seus amigos que conseguiam cuidar muito bem daquela criaturinha, fornecendo atenção e uma potion para curar seus ferimentos. Dominic mesmo brigando com sua Aipom, se importava com o roedor em questão e tentava ajudar do jeito que conseguia. Por incrível que pareça, quem se saíria melhor naquela situação era o tímido Ryousuke, sendo bem atencioso e cuidando dos graves ferimentos.

O forte estrondo era novamente ouvido e com ele um vento gélido que batia no corpo do magrelo, por não está devidamente agasalhado o fazia arrepiar todo e tremer brevemente de frio. Aquilo de certa forma acabava sendo benéfico para Yokosuka, que conseguia voltar para a realidade e ia em direção de seus amigos.

— Ryousuke, como... o pequeno... está? — Falava pausadamente, parece que o efeito da cannabis começava a fluir por todo o seu corpo pouco a pouco. No final de sua pergunta, era possível ouvir uma criança cantarolando alguma música e que na cabeça do jovem chapado, ouvia algo totalmente diferente. — Caaaaa...ra...lhooo... Olhem essa música! — Pigarreou. — Ciranda, cirandinha... Vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. — Começou a cantarolar no ritmo que a menininha estava cantando. Logo Dominic acabava cortando a cantoria com toda sua gritaria. — Ow! Ow! Tá roubando minha brisa. — Disse e por precaução sacou a pokebola de seu Shroomish, estava pronto para usar seu monstrinho caso a situação ficasse pior.


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Uma turminha do barulho.


15:23h, zona sudeste da floresta.


A choradeira, que antes apavorava nossos heróis, acabava por tocar seus corações quando se depararam com um Minccino decepado, sangrando e aterrorizado sabe-se lá pelo quê. O roedor tentou procurar abrigo em Dominic, mas logo fora enxotado por Rockie em uma crise de ciúmes; sendo assim, Ryousuke agora carregava o pequeno e aproveitava para curar seus ferimentos. Joe, por sua vez, não sabia lidar muito bem com a cena que encontrava: todo aquele sangramento engatilhava o rastafari, que recorria à sua erva medicinal, acalmando seus nervos e, por algum motivo, começando a fazer piadas da situação que se encontravam.

Mas logo a brincadeira de Yokosuka era interrompida por Baresi, que com raiva começava a berrar para os quatro ventos para quem estivesse murmurando que aparecesse de uma vez. Assim que o garoto-zumbi terminou sua frase, a voz parava, dando algumas risadas macabras antes de cessar de vez.

E por alguns segundos, somente o silêncio reinou.

Youma agora fitava uma árvore à poucos metros na frente dos rapazes com certa inquietude. Sua orbe vermelha estava fixa observando aquela planta e seu corpo flutuava como se esperasse o momento certo para atacar — ou se defender. O vegetal parecia maltratado, com algumas marcas de machado distribuídas em seu corpo, mas ainda de pé. Não demorou muito e de trás daquela árvore um choro semelhante ao de Minccino era ouvido novamente, agora bem mais alto e desesperador que da última vez. No fim, nossos heróis sequer precisariam investigar: sem muitas delongas outro roedor da mesma espécie saiu de lá, cambaleando e aparentemente machucado, mas com o rabo e qualquer outra parte do corpo ainda inteira.

O pequenino começava a caminhar na direção dos três, com os bracinhos esticados e os olhos cheios d'água. Youma parecia flutuar para trás, se colocando na frente de Ryousuke e tentando empurrá-lo também somente com a força de seu corpo. O primeiro Minccino saltava do colo do ruivo, caindo ainda meio que sem jeito no chão e caminhando lentamente na direção do segundo roedor, passando Joe e Dominic que estavam na frente, feliz por estar vendo um companheiro de espécie.

O mais curioso acontecia agora: o segundo Pokémon, ao ver que o primeiro estava caminhando até ele, voltava de ré, retornando para o que parecia ser a parte de trás da árvore. Minccino, mesmo com bastante perda de sangue e um pouco receoso, dava contestes passos naquela direção.

O silêncio continuava...



Progesso da rota — Joe :


Progesso da rota — Don :


Progesso da rota — Ryousuke :



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- Especialista II Psychic;
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O garoto berrava e o cantarolar ameaçador parecia zombar da intimidação. Com um risada macabra no ar, a cantoria parava, dando um ar intenso ao lugar. O silencio tomava conta do ambiente, o que era engraçado, pois a ausência de som parecia causar um impacto mais amedrontador nos ali presentes.

- Pensei que iria vir direto contra a gente.. Ficar nessa expectativa de aguardo, não é uma coisa boa.

Dominic que ate então estava agindo como uma criança mimada começava a analisar a situação mais a serio. Um pokemon extremamente ferido e um mal que parecia observa-los de longe em meio a clareira, a situação era complicada e o garoto tentava processar aquilo tudo a fim de arrumar uma maneira de saírem bem daquele lugar.

- Ficando nesse campo aberto da clareira estamos em má posição. Precisamos voltar para a floresta. Estamos visíveis e expostos aqui, vai dar merda. Vamo, você já curou o jamanta sem rabo ai, né Ryo? – Assim que o garoto começava a agitar as coisas para partirem dali, um novo choro era ouvido bem próximo ao grupo. – Caralhooooooo, esse chororo tá me deixando puto!

Enquanto resmungava, outro roedor parecia sair de trás da grande arvore e estava, também, machucado. Cambaleando, o outro Minccino parecia se aproximar dos garotos assim como havia feito o primeiro. Enquanto vinha, o roedor que havia recebido a potion ia ao seu encontro, mas esse novo corre de maneira assustada. Aquilo intrigava o garoto zumbi, e de maneira súbita, sem ter muito tempo para analisar sua ação, Don arremessa uma pokebola no primeiro Minccino.

- Não vai pra ai seu animaaaal! É armadilha! – O garoto gritava e arremessa o aparelho rubro, com a intenção de retardar a ação do roedor e protege-lo.


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