Pokémon Mythology RPG
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[Breathe] – Lilycove City –

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Aquela era uma manhã escura.

Já fazia algum tempo desde a última vez que o olhar se perdia no horizonte, enquadrado pelos limites lisos de uma janela. Sua tonalidade cinza vagueava por aquela idêntica que coloria o distante céu do Monte Pyre, ainda assolado por poucos raios e trovões que rasgavam a garganta nublada e torturavam a terra úmida pelo choro celeste - os dedos se pressionavam com delicadeza pelo parapeito do retrato do mundo exterior, e a brisa fria soprava com frustração as madeixas avermelhadas que escorriam pelos ombros. Um barulho irritante e agudo soava ao fundo do quarto, próximo à cabeceira; Por quase três minutos completos o alarme berrava em insistentes clamores para ser ouvido por aquela que o programara, sem obter nem mesmo um ínfimo sucesso no trabalho para o qual fora designado.

Sem nenhuma emoção e em movimentos quase mecânicos, um dos braços se estendeu em exposição silenciosa ao lado de fora da estrutura na qual encontrara abrigo. Foi em silêncio que observou enquanto a garoa finíssima, quase inexistente, umedecia a superfície de sua epiderme pouco a pouco, tornando disforme à visão as áreas em que acertava: Tímidas, deslizavam até a borda do membro superior e pingavam em direção à calçada alguns metros abaixo. Naquela mesma posição manteve-se por segundos, minutos até; Tempo suficiente para que o estridente relógio abandonasse seu posto e por fim se silenciasse, em desgostosa rendição. O fato não a abalou simplesmente por não se importar com sua existência - não era de hoje, tampouco de ontem, que o alarme estava acertado. Em verdade, não tinha lugar algum para ir, e o sonoro aviso apenas existira por não tê-lo desligado previamente.

Não fazia tanto tempo desde que retomara a consciência: Apenas dois dias, e aquele era o primeiro em que não estava aprisionada à uma maca. Não havia contatado ninguém - não exatamente por não poder, pois sequer havia tentado. Naquele instante, não era uma de suas preocupações: Distante, o pensamento ainda bailava com delicadeza por todos os acontecimentos pelos quais passara nas vísceras do Monte Pyre. Chegava a ser engraçado o quão vívidas eram suas memórias e, ainda assim, sequer tinha certeza se eram reais, visto que a única afirmação recebida ao despertar entre equipamentos e enfermeiras foi a respeito de seu corpo encontrado na entrada da cidade, vítima de um raio qualquer em meio à tempestade. Recordava com uma clareza impressionante o olhar escuro do gigantesco e imponente alado que fazia do pico do cemitério o seu ninho, a maneira como suas penas espinhentas se balançavam em meio ao abraço da estática que o envolvia e se dissipava por todos os diferentes níveis da montanha, os guinchos que ecoavam por toda a ilha que carimbavam sua presença e o temor na alma de todos que o ouvissem.

...Ao longe, a luminosidade de um raio rasgou os céus.

Os orbes acinzentados esquivaram-se por um breve momento, observando as nuvens que não pareciam mais tão carregadas quanto antes. Foi de maneira mecânica que o braço foi retirado da chuva; A mão seca agarrou-se quase à altura do ombro e deslizou por toda sua extensão, escorrendo o excesso das gotas aquosas e as lançando ao chão em um movimento parvo, enquanto afastava-se sem pressa da janela e permitia que o corpo tombasse contra o colchão para si reservado. Sem emoção, fitou o teto de tinta branca enquanto permitia que os pulmões se inflassem pacientemente de ar antes que o estoque escapasse por uma fresta ínfima dos lábios. Seus músculos ainda ardiam em resposta à qualquer tentativa de um gesto mais brusco, assim como alguns curativos restavam espalhados pelo corpo - nada disso importava, afinal, tudo se resumia ao seu azar de ter sido vítima da fúria da tormenta que chicoteava qualquer desavisado que atravessasse seu caminho.

...
Não conseguia engolir essa versão.

Foi numa queda silenciosa que a cabeça (e apenas ela) se virou no travesseiro. Os orbes pairaram perdidos por um instante antes de se afixarem em uma diminuta esfera tão resistente quanto um diamante - o braço mais próximo se movimentou para recuperar a relíquia entre os dedos e, silenciosamente, a trouxe para perto de si. Observar a maneira como as infinitas cores fluíam com a delicadeza da maré em seu interior apaziguava sua alma a níveis quase estrondosos; Eram inúmeras as sensações que vibravam por seu peito em reação à objeto tão minúsculo e, exatamente por isso, se via incapaz de aceitar a teoria de que todas as experiências pelas quais passara ao longo das rotas anteriores se resumiam em delírio inconsciente causado por uma coincidência da natureza. Aquela esfera entre seus dígitos era o maior fator que embasava suas negações, mas também não era somente: O desaparecimento "mágico" de seus recursos, o surgimento dos animais exóticos em seu depósito (havia checado anteriormente) e até mesmo uma pequena "almofadinha" bicolor havia encontrado entre seus pertences, tão parecida com duas que já possuía no estoque.

Ao mesmo tempo, era a incerteza que se apoderava mais e mais de seu coração. Temia o abraço dos fantasmas e demônios que sussurravam em seus ouvidos, e também a possibilidade de que sua sanidade há muito se esvaía de maneira exponencial. Não só uma vez que se aventurara em lugares em condições... Estranhas, ainda que fosse a primeira que em momento algum havia chegado a atravessar alguma barreira e/ou vórtex que distorciam por  completo a realidade ao seu redor - a menos que aquela mencionada pelo Team Aqua fosse passível de fazer parte da conta. A verdade é que quanto mais e mais tentava refletir a respeito de toda a sua situação, mais ainda colocava em xeque a possibilidade de que os delírios fossem os responsáveis por se apossar gradualmente das aventuras nas quais se arriscava; Até para si mesma algumas de suas experiências pareciam patéticas ou surreais o suficiente para se passarem com tranquilidade por fantasias de uma mente atormentada ou, bem, de uma com bastante imaginação.

...O corpo se virou no colchão, enquanto ainda observava a relíquia e a movimentava silenciosamente entre o médio e o indicador. Não tinha ideia de qual seria a serventia de tão peculiar objeto - e tampouco as enfermeiras que chegara a perguntar a respeito. Particularmente, queria acreditar que existia algum significado esplendoroso por trás daquele arco-íris finito; O desejo de que pudesse se tratar de uma lembrança de um rei derrotado (ou talvez não necessariamente, visto que as últimas cenas daquele encontro fatídico ainda se estampavam como um borrão confuso em sua memória) como reconhecimento ao esforço era latente, ao ponto de fazer estremecer sua estrutura - mas, bem, não saberia quanto tempo levaria para desvendar os segredos da esfera vítrea e, sinceramente, sequer tinha consciência se algum dia chegaria a fazê-lo ou mesmo se eles realmente existiriam.

Um suspiro indiferente escapou de seus lábios - estava cansada.
Cansada da fraqueza física e mental que a assolava constantemente, e chegavam até mesmo a afetar seus pokémons diante de decisões mal planejadas ou estúpidas à situação, principalmente. Naquele instante único de quietude - interrompido somente pelo assobio agudo dos ventos que rodopiavam do lado de fora -, desejou um pouco de paz ao próprio coração maltratado. Questionou-se até mesmo a justiça que residia no fato de não ter se afogado junto à sua terra natal quando a grande baleia lendária afundou os dois continentes que passara toda a sua vida. Em pensamentos sórdidos, sussurrou angústias ao mar distante e também à Arceus; Em preces quase acidentais, desejou que todo o peso em seu coração a deixasse livre para enfim partir, assim como ocorria com as sombras de correntes que aprisionavam seus membros à um passado sombrio e sem sentido.

...Por um instante que fosse, as pálpebras se cerraram.
E, em silêncio, curtiu a própria escuridão.

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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LILYCOVE CITY
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Lilycove era mais uma daquelas cidades onde você sequer sabia por onde começar a explorar. Shoppings, lojas, grandes eventos e diversos treinadores poderiam ser encontrados ali, vivendo suas vidas de forma pacata ou sendo completamente efêmeros e gastando seu dinheiro com as variedades presentes no grande Department Store; o turbilhão maior dessa vez, não era um mal causado por uma equipe mal encarada e que tinha propósitos chulos, com planos frustrados. Não, agora algo muito maior se encontrava como epicentro da grande calamidade pública atual. As nuvens negras que se dissipavam conforme afastavam-se do grande cemitério denunciavam a origem da tormenta que atraía jovens dos mais longínquos pontos de toda a Hoenn, e esse fora, de alguma forma e por algum momento, o alvo da garota em questão.

Natalie fora mais uma vítima do acaso e sobrecarregada com o furacão de emoções e eventos que circundava o Mt. Pyre, sequer sabia como parara ali; era simples a explicação, mais simples do que ela realmente gostaria mesmo de fato sendo o que ela deveria querer. Atingida por um raio durante a escalada ao monte, a garota fora encontrada do lado de fora da grande metrópole, completamente sem consciência e grandemente danificada; aquilo fora... demais. A dor físico-mental causada pelo ataque era excesso até mesmo para a forte ruiva; mesmo desacreditando das responsáveis pelo hospital que lhe atendeu, uma parte do coração de Chase queria crer que não era muito mais de uma medíocre aventureira azarenta mas, a parte que falava mais alto, sabia que isso não passava de uma mentira. Mediocridade nunca fez parte de seu cotidiano. Levando em conta a quantidade de aventuras que seus olhos já compartilharam e a estranheza que cada uma delas apresentava tornava-a o completo contrário de normal; em meio a tudo isso, seus pensamentos não pousavam em uma coisa sequer. Mente de macaco era um termo usado para representar alguém que não paravam em galho algum, ficavam a pular de raciocínio em raciocínio, em questão de segundos alterando até mesmo seu humor e decisões já tomadas.

Andando pelo quarto, indo até a janela, rolando na cama. Nada disso ajudava a pobre e sofrida senhorita a descansar; seus olhos pregados ao teto tentavam se fixar em algo inexistente naquele plano, e que só fazia sentido na própria cabeça conturbada que comandava nesse momento as ações dela. Descrença era o que lhe representava; como explicar, com um raio caindo sobre seu crânio e consumindo seu corpo, a existência de diversas coisas antes não contidas ali? A falta de itens, a recruta de novos Pokémon e uma pequena pedra misteriosa que representava tudo que sua mente queria agarrar-se. Se pendurar entre a realidade e a insanidade era um caminho sem volta, e ela estava bastante ciente disso desde que acordara uma vez mais, como renascida da nebulosa; esse era, obviamente, um título imaginário que não representava nada mais do que o auto julgamento presente dentro dos próprios problemas tortuosos da ruiva. Ainda assim, representava muito do que sua vida toda lhe fizera enfrentar. Sempre voltando, enfrentando o pior, garantindo sua sobrevivência e ficando mais forte onde o externo lhe enfraquecia; mas até quando?

Respirando fundo, cerrando os olhos e sentindo o peso de sua consciência cair sobre si, Natalie esperava que tudo fosse melhorar num piscar de olhos, mesmo que no interior soubesse que não funcionava dessa maneira. Ela tinha de lutar, mais uma vez, mesmo cansada, mesmo pendendo a desistência. A vida lhe forçava a lutar, todos os dias, fosse com segundas visões, ou com si própria; era seu outro ciclo, que representava a segunda parte de sua tortura interminável. Dois estrondos interromperam toda a sequência de pensamentos que a mente conturbada da garota levava, fazendo-a abrir seus olhos de forma involuntária e seus ouvidos tomarem atenção a voz que viera a seguir. - Café da manhã em cinco minutos! - O tom denunciava a dona das doces cordas vocais, e a enfermeira logo prosseguia para o próximo quarto. Pelos primeiros cinco minutos, seria um dia bastante longo, mais do que Chase precisava.

PROGRESSO :

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Quando as pálpebras se entreabriram outra vez em resposta à batida sonora na madeira da porta, a ruiva já não tinha certeza de quanto tempo havia se passado. Disperso, os orbes acinzentados vagaram sem rumo pelo campo de visão que lhe era disponibilizado antes de repousarem na maçaneta imóvel da passagem única (ou, pelo menos, única normal) que dividia exterior e interior do cômodo. Chegou a escutar o zumbido que se mesclava às palavras da provável enfermeira do outro lado da porta, entretanto, não deu-lhe a devida atenção; Desinteressada, se movimentou de maneira inquieta sobre os lençóis até que a visão alcançasse as janelas despretensiosamente abertas do outro lado, permitindo que a brisa fria inundasse o quarto e que algumas gotículas casualmente assopradas para dentro umedecessem o parapeito. Foi com um sorriso torto e sem emoção que observou o céu, o pensamento de que o Inferno alcançara os mais altos níveis do Paraíso repentinamente assaltado-lhe a mente outra vez - talvez do mesmo jeito que o desespero e também a indiferença acabaram adentrando as estranhas de seu peito, estabelecendo-se com tranquilidade ao fincar raízes em seu coração.

Não sentia fome, frio, ou sequer vontade de se mexer. O agora costumeiro cachecol listrado repousava pacientemente enrolado no pescoço, levando em consideração o clima que se embrenhava pelas esquinas da cidade - e, com uma delicadeza quase surreal, a mão livre encontrou espaço para sentir o encontro das linhas tricotadas. Uma carícia gentil foi imposta entre os entrames do tecido e, em súbita quietude serena, um suspiro tremulado veio e foi junto à sua respiração; Não por muito tempo durou aquela paz, visto que logo até mesmo os fios avermelhados espalhados pela cama se transformaram em um detalhe incômodo para si. Neste momento, ainda que em ritmo lento, o torso se descolou do colchão e endireitou na vertical, permitindo que os fios cereja se acomodassem pacientemente sobre os ombros e, com um novo suspiro (pesado, desta vez), arranjou um breve impulso para abandonar o móvel morno. Os ombros se movimentaram preguiçosamente, e a ruiva levou uma das mãos para esfregar uma das bochechas com vagarosidade.

Imersa entre a monotonia e o desamparo, pôs-se a arrumar os próprios pertences. Não tinha tanto a se fazer: Muitas coisas havia perdido durante a ida até o monte, fato provado com facilidade ao erguer a mochila e a sentir quase incoerentemente mais leve e, para além disso, não era como se houvesse desarrumado seu inventário durante a estadia no Centro Pokémon - como poderia, desacordada? -. Não foi com vontade e tampouco interesse que se adiantou naquela brevíssima tarefa, entretanto; A única coisa que a "motivava", em fato, era um pensamento incômodo que se mantinha de plano de fundo desde antes de até mesmo ter sequer posto os pés no Monte Pyre: E era a respeito dos pokémons que havia levado junto à jornada, ainda que não se limitasse unicamente aos seis que tivera disponíveis.

Veja bem - ainda sofria do martírio velado ao se aperceber de que, mesmo após tanto tempo desde o início de toda aquela jornada salpicada de caos e lamentações, com tanta facilidade era capaz de encontrar oponentes (selvagens!) que simplesmente eram capazes de esmagar até mesmo o mais potente de seus companheiros. Em meio à todo seu desejo de inércia, tal ridículo detalhe se sobrepunha com simplicidade invejável e era justamente ele o responsável por arrancar-lhe da cama (e do quarto) ainda que com tanto atraso - visto que o dia anterior fora gasto escondida debaixo dos lençóis -. Felizmente, todos eles já estavam devidamente recuperados (amém, enfermeira), e não enxergou necessidade de ir em busca de quaisquer interações... Humanas, naquele momento. Os passos a guiaram vacilantes para o lado de fora da estrutura, o olhar baixo durante todo o caminho evitando qualquer contato visual com os arredores e, consequentemente, com as pessoas que ocasionalmente passassem por ali.

Quando finalmente encontrou um espaço suficiente para si e seus pokémons, libertou-os: Primeiro somente ao trio que o acompanhara na subida constante rumo ao pico do cemitério vertical e, se não fosse capaz de convencer ninguém mais a respeito de suas experiências por lá, pelo menos tinha plena consciência de que os participantes daquela ocasião não simplesmente esqueceriam de todas as dificuldades encontradas ao longo do Pyre. Com isso em mente, não receou libertar Nidoking, Rotom e até mesmo - olhe só! - Nosepass; Foi com um olhar opaco que observou enquanto os espécimes se moldavam sobre o solo por meio de feixes luminosos e, então, um alívio sereno enlaçou-lhe o coração ao vê-los mais uma vez em perfeito estado. Manteve-se em silêncio em um primeiro momento e, então, uma das mãos esfregou vagarosamente um dos lados do rosto, inquieta.

— ... ...Desculpem. — Sussurrou, então. Com a falta de uso, o timbre naturalmente se alternara para um tom mais rouco, o qual não chegava a realmente incomodá-la. — ...Se eu tivesse planejado um pouco mais, nós... ... ... — Não concluiu as palavras - simplesmente não foi capaz, ao sentir o peso do nó que se formara na garganta e, com um apertar de pálpebras, silenciou-se de vez e desviou o rosto na direção do concreto. Não esperava resposta dos espécimes - mas também não chegou a ser particularmente surpreendida ao sentir as patas arroxeadas do grande bípede apoiando-se com paciência em seus ombros (que se encolheram), oferecendo-lhe um afago carinhoso. Mas, oh, não entenda errado: O costume quanto ao jeito carinhoso já havia se instalado em seu coração há muito, e apenas por isso não sofreu de nenhum sobressalto diante da gentileza do roedor. — ...Eu... Quero trabalhar um pouco com vocês. Pra caso precisemos, no futuro. — Acrescentou, após longos segundos de silêncio. A verdade era que se sentia exausta, ainda - entretanto, também tinha a consciência de que se permitiria afundar por completo caso se trancasse num quarto de hospital/hospedaria.

...Não existia ninguém ali que pudesse arrastá-la para fora do poço.
TM Rain Dance

Não se demorou muito mais antes de libertar os pokémons que faltavam. O primeiro à que deu atenção foi o jovem cavalo marinho que, sinceramente, não havia tido o mais extenso período para aproveitar: Foi com tranquilidade que observou enquanto o aquático desviava o olhar escarlate na direção do céu nublado, o peito subindo e descendo indicando a constante respiração do animal - e também era a única coisa que se movia, visto o jeito estático como curiosamente observava as nuvens cinza-claro que cobriam toda cidade.

— Ei, amiguinho. — Chamou. Foram precisos alguns segundos antes que a atenção de Horsea fosse finalmente desviada em sua direção e, mesmo após isso, a única reação arrancada do pequenino foi a maneira como o corpo se encolheu mais em direção à própria cauda, principalmente ao reparar no grupo que se reunia ao redor - o que particularmente foi até amável, se parasse para pensar. — Não precisa se preocupar. — Afirmou ao menor, que fitou a ruiva em breve desconfiança. — ...Somos todos seus parceiros aqui. Tudo bem? — Acrescentou, abaixando-se e estendendo a mão vagarosamente para afagar com gentileza a cabeça do pequenino com a ponta dos dedos, que logo se afastaram. — ...Eu estava pensando... — Disse, ajeitando uma das madeixas por trás da orelha. — Sabe, fiquei sabendo que você é um dos que gosta de chuva. E, considerando que precisa aprender um pouquinho... Estava pensando em aproveitar o tempo para que pudesse se inspirar um pouquinho. — Comentou, descontraída. Um sorriso sutil foi tudo que ofereceu ao pequeno, enquanto se erguia outra vez. — Aproveite a garoa um pouco. Vamos começar a despertar essa energia aquática dentro de você, que tal? Aí você vai poder até fazer uma nuvem pra uso próprio... — Sugeriu, com uma pequena piscadela.
Treino de Sp.Def (Nidoking) + Treino de Sp.Atk (Elgyem)

Passou então ao seu jovem alienzinho - e ao bípede, que pacientemente aguardava ao seu lado. Não era a primeira vez que os monstrinhos passavam por treinamento e, mais importante, já haviam trabalhado juntos antes. Considerando suas intenções naquele momento, achou por bem mantê-los próximos, ainda que um pouquinho afastados de Horsea: Tinha consciência do poder que os dois emitiam e, bem, não queria correr o risco de intimidar o menorzinho ali, huh?

— Zuby, Vinícius, aqui, vocês dois. — Chamou, afastando-se alguns passos e aumentando a área de treinamento de seus pokémons. Com suavidade, movimentou os ombros e respirou fundo, observando enquanto a dupla se posicionava mais próxima. — Eu quero trabalhar com vocês a defensiva e a ofensiva. — Explicou, voltando o olhar brevemente para o arroxeado. — ...Zuby, eu sei que você recebeu umas poucas e boas lá atrás... — Comentou, apertando suavemente os dedos contra a palma, inquieta. — ...Não vai mais acontecer. — Prometeu, balançando a cabeça em negativa. — ...Vamos começar com calma, tudo certo? Zuby, tire um tempo para se esticar: Os braços, as pernas... Respire, se concentre e prepare. E, Vini... — Acrescentou. Um sorriso curto pincelou os lábios quando o olhar esverdeado do alienígena se esquivou da própria mão para encará-la, daquele jeito quase inocente. — ...Comece a se concentrar. Encontre a energia psíquica dentro de você e a deixe fluir; Não precisa de pressa. Só... Relaxe. Ok?
Treino de Speed (Rotom)

O próximo da fila era o fantasma elétrico, que aguardava não tão pacientemente assim. Movendo-se de um lado para o outro insistentemente, o sorriso praticamente eternizado do pokémon chegava a ser um mistério para si. O flutuante animal apenas se acalmou quando a atenção da ruiva se voltou totalmente em sua direção, ainda que as faíscas continuassem a sair agitadas ao redor do eletrônico possuído pelo alaranjado.

— ...Rotom, você precisa lidar melhor com a velocidade. — Começou, indicando as rodas do animal. — Eu sei que você é rápido. Mas, algumas espécies são mais... E eu quero que consiga contornar quando se deparar com uma dessas. — Explicou, segurando um dos braços com a mão oposta. — Não quero que comece de uma vez, também. Aqueça esse motor e se prepare pra correr, tudo ok? — Pediu.
Treino de Def (Nosepass)

Por fim, a estatueta. Ao contrário do que acontecia há alguns dias atrás, não foi com receio que se aproximou do narigudo: Pacientemente se abaixou à frente do azulado, apoiando com delicadeza os dedos sobre um dos bracinhos apontados do pedregulho. Com o olhar fixo naquele que o animal escondia por detrás da máscara enegrecida, os dígitos afagaram suavemente a superfície lisa do formato geométrico que o compunha - a expressão leve. Era fato que haviam tido suas complicações no começo mas, oh, estavam tão melhor agora! Não tinha como afirmar com certeza que conquistara o coração do rochoso mas, bem, aquilo era um objetivo que realmente almejava alcançar.

— ...Você, Nose... — Começou, ajeitando uma das madeixas atrás da orelha. — ...Eu também quero te ajudar a resistir um pouco mais às investidas de outros pokémons. — Disse, segurando com tranquilidade o bracinho apontado do pokémon-bússola. — Isso também é algo que pode te ajudar a se preparar melhor para a evolução. — Acrescentou. Ainda se recordava bem do encanto do narigudo ao testemunhar a metamorfose de Gloom para o belíssimo Vileplume e, bem, também não havia esquecido da própria promessa de que ele teria a mesma oportunidade em breve, e muito menos do ânimo do baixinho diante de tal possibilidade. — Primeiro de tudo, relaxe e limpe a mente. Vamos trabalhar juntos com a sua defesa, tudo bem? Eu sei que você não gosta de virar saco de pancadas - e a melhor forma de evitar é se não sentir, né? — Comentou, com um sorriso breve. — Bem. Relaxe. Só estamos começando. — Concluiu, erguendo-se outra vez e afagando com paciência a cabeça do animal.

Então, aguardou para observar a organização inicial de seus companheiros.

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LILYCOVE CITY
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O fato era que, a esperança e animação que a garota portava consigo, quase sempre, estavam em falta. Não por opção própria ou por vontade de simplesmente não querer se levantar da cama; era mais do que isso. Não era o "não querer levantar" mas sim a carência de energia para fazê-lo. Cansaço poderia dominar alguém, mas vazio era ainda pior, e ela sabia/vivenciaria isso. Um movimento simples de observar o céu se acariciar valiam mais a pena do que encarar o mundo lá fora, ficar consigo mesma era melhor do que se dar por vencida meio a diversidade de pessoas, gostos, afazeres, atividades, e tudo mais que houvesse nas vidas cotidianas de todos que não haviam passado pelo que ela passara. Natalie Chase havia mudado, mudado como as estações progrediam durante o ano. Mudado como as árvores que desabrochavam flores na primavera e deixavam o frio levar suas folhas no inverno. A transformação era inevitável, estávamos fadados a isso como seres pensantes e mesmo que doesse, era necessário. Natalie Chase havia mudado. Pàra bem ou para mal, ainda havia de se descobrir.

Com toda a força do mundo, reunindo o que restava de ATP em suas correntes sanguíneas a ruiva pôs-se sentada a cama, e num movimento automático começou a arrumar seus pertences, mesmo que não fossem muitos. Aquele fato tornara a lhe atormentar, como havia gasto tanta coisa? Se fosse verdade o fato dela sequer ter chego ao final da Rota 121, onde depositara tanto esforço físico, mental e financeiro? Seus investimentos em itemização e na preparação para a escalada simplesmente não estavam consigo, como já analisara anteriormente, mas até que ponto isso implicava em verdade por detrás da que fora dita por quem a "encontrou"? Até que ponto todos acreditavam na mentira que ela vivia agora? Era algo a se pensar, mesmo que depois, e atrasar isso sem dúvidas trariam mais danos que benefícios, mas não era o momento. De relance, do lado de fora da janela, alguns pássaros puderam ser ouvidos com mais clareza, como se mostrassem mais alegria do que a própria protagonista, e realmente a tinham. Como poderiam tais animais tão simples e "irracionais" terem mais gratidão do que a jovem? Como poderia alguém como ela ser tão amargurada a ponto de conseguir menos do que um sorriso numa manhã tão bela como aquela? Calejada, Natalie se retirou do quarto, sem se preocupar muito mais com seus fantasmas, a menos os dela.

Agora, era hora de cuidar de quem cuidava dela, fortalecer seus Pokémon era prioridade para daqui a frente, mitigar as perdas e prevenir futuras desavenças (principalmente com a rocha que Chase insistia em treinar). Uma coisa era fato, os monstrinhos que a acompanhavam eram grandes lutadores, portavam habilidades diversas e em conjunto, representavam uma bela powerhouse entre os outros estocados no Storage pertencente a garota. Ainda assim, eles quase não foram capazes de derrotar o poderoso lendário, se é que isso realmente aconteceu; mesmo com isso, era tarefa da treinadora a de fortalecê-los sim, principalmente com um grande evento se aproximando. A Battle Tower provavelmente reuniria diversos treinadores e jovens de toda Hoenn, e ela deveria estar preparada para enfrentar cada um deles, se quisesse sair vitoriosa; com isso vinha a tona a responsabilidade de fazer jus a sua conquista própria, e se isso significasse isolar de tudo e todos, que fosse. Natalie sequer ligava tanto assim para interações humanas, ainda mais numa situação como essa; com esse pensamento seus passos levaram o corpo cansado até a parte de trás do Centro Pokémon em que estava hospedada. Lá residia um campo de treinamento que era cedido para treinadores viajantes, e assim ela também poderia utilizá-lo.

Foi então que, depois de se dar certo espaço ela liberou seu trio, primeiro, aquele mesmo que a seguira com força e foco até o pico do cemitério e que juntos derrotaram o Zapdos, ao menos em sua memória apenas; Zuby era o mais próximo de Chase, buscando sempre acudir a garota e isso fora demonstrado quando ela pareceu não conseguir segurar mais seu próprio corpo. O sentimento de desabamento atingira a garota com força, mas o venenoso estava ali para ela, junto com o fantasma elétrico que sequer tentou esconder o quanto estava preocupado com a jovem e seu estado físico. El não estava preparada para um treino puxado, sabia disso e era um fato, mas a vontade de sua alma era maior que as limitações físicas, e isso bastava. Com uma missão maior do que ela poderia sequer entender, iniciou sua sessão de treino focada em se preparar para o futuro, como sempre fora, mas com um toque de renovação maior. Era um fechamento de ciclo para Natalie, e ela saberia disso em breve.

HORSEA - 1/4

O primeiro a sentir a renovação de Chase fora o cavalo marinho Kantonense, tal qual não tivera tanto contato em momentos anteriores, mas que agora seria de fato o momento para criar laços; afinal, que tipo de treinadora era ela, que sequer conhecia seus monstrinhos? Horsea era uma espécime adorável e fofa, com um grande potencial evolutivo e que se tornava bastante forte com o cuidado certo. Foi inspirado pela chuva que o jovem animal pareceu se deixar levar pela mestra; não totalmente, ainda relutava com a presença dos grandes monstros ali, mas já era o suficiente para se dizer que tudo estava encaminhado. Ouvindo com atenção a voz dela e aceitando o afago de bom grado, ele pareceu reagir pouco, soltando alguns centímetros de sua cauda e mantendo a postura ereta; ele sentia conforme as gotas de chuva caíam sobre seu corpo e aquilo lhe fazia bem, era como estar em casa, de volta no mar mas de uma maneira diferente. Por enquanto, não havia muito o que se fazer além de se conectar com isso.

NIDOKING + ELGYEM

A próxima etapa era focar numa dupla que era bastante familiar um com outro, e que poderiam ser uma boa pedida se assim fosse decidido pela treinadora; o primeiro passo fora o de se afastar do pequeno aquático a fim de não assusta-lo com a quantidade de poder de ambos, o que de fato era uma boa ideia se não fosse o fato deles ainda estarem bem próximos e que poderia acontecer de acerta-lo mesmo que sem querer. Bem, ela havia se prevenido, e por enquanto bastava. Os dois Pokémon pareciam bastante interessados em se fortalecerem, ouvindo os comandos de Natalie o primeiro, Zuby, pareceu mais animado que o outro, Vinicíus, para treinar. Com entusiasmo ele começou a esticar-se, batendo algumas vezes contra o chão com suas poderosas patas e grunhindo como um lutador, que dizia "pode vir com tudo!". O Elgyem era um pouco mais tímido, mas não por personalidade e sim por uma questão de preparação; sua energia precisava estar em sincronia e ele precisava de silêncio próprio para isso. Não demoraria para estarem aquecidos o suficiente, e assim continuaram até sua mestra retornar.

ROTOM

O fantasma de eletrodomésticos, completamente em oposto ao Horsea, era hiperativo e não parava por um segundo sequer. Sua atenção voltou-se a ruiva quando esta aproximou-se e ele pareceu emitir um barulho estranho com o cortador de grama que possuía, indicando que estava pronto para o que ela quisesse fazer; diferente das outras vezes, contudo, ela não queria que ele aprendesse um movimento novo e isso para ele era um pouco decepcionante. Bem, ao menos ele poderia correr, e velocidade era algo que ele adorava; com isso, ele se colocou no chão por um tempo, iniciando o processo de roncar seu motor, cada vez mais alto, e depois de voltar a flutuar repetir o processo. Ele continuaria a não ficar parado e isso de certa forma, para o processo era algo bom.

NOSEPASS

Por fim, o último alvo da garota era a grande bússola de pedra que encarnava a estatueta baseada nas grandiosas construções encontradas em uma ilha afastada que Natalie ouvira falar um tempo atrás. A relação da dupla era conturbada, passaram por diversas coisas e de fato estavam bastante próximos agora; não tanto quanto a treinadora gostaria, mas o suficiente para que ele simplesmente não reagisse a seu toque, e até lhe deixasse aproximar com atenção. Certa cautela tomara conta do rochoso quando ela disse "aumentar a defesa". Ela o usaria para apanhar? Resistir significava levar golpes, e depois da última aventura, isso era a pior das situações para o pobre Nosepass; ele se rebelou, por um instante, abaixando os braços e fazendo um movimento de andar no mesmo lugar, levantando novamente as pedras do lado de seu corpo, repetindo o processo várias vezes. Não seria fácil bater nele daquele jeito, e bem, esse era o objetivo não é?

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TM Rain Dance

Foi com tranquilidade que a ruiva observou a maneira tímida que Horsea aos poucos se colocava à disposição para o treinamento necessário. Após tudo que já tinha dado errado ao longo do caminho, enxergar a tranquilidade de pelo menos um de seus pokémons - ainda que ele não houvesse sido arrastado pelo caos da tormenta - era como um bálsamo silencioso. Não tinha certeza a respeito de se as coisas se encaminhariam assim com o resto da equipe recém-capturada mas, oh, por enquanto não tinha tempo e nem motivo para pensar a respeito.

— Muito bem. Horsea, faça o seguinte. — Chamou a atenção do pequeno, ajeitando brevemente uma das madeixas cereja por detrás da orelha. — Quero que mire um Bubble para cima. Não precisa ser muito forte, é só para começarmos a trabalhar - sinta-o espocar e você terá uma versão beeem mínima do que poderia ser uma chuva. Comece a se basear daí. — Pediu.
Treino de Sp.Def (Nidoking) + Treino de Sp.Atk (Elgyem)

— Zuby, Vini. — Foi a dupla que chamou a seguir. Chase fitou por uns instantes o brevíssimo progresso de seus pokémons no que dizia respeito a "aquecer" e, então, balançou a cabeça com sutileza. — Zuby, quero que tire um tempo para respirar fundo e se concentrar. Por enquanto, relaxe os músculos e se concentre apenas no ir e vir da respiração, tudo bem? — Sugeriu, voltando os orbes para o pequeno alienígena. — Já você, quero que comece a preparar para moldar a energia psíquica em plano físico. Não precisa externá-la por enquanto, mas a sinta fluir por entre seus dedos. — Instruiu. Acreditava que em breve ambos estariam prontos pra realmente começar, mas aquele treinamento não era o tipo que se findava em um minuto apenas. Paciência era o ideal, huh?
Treino de Speed (Rotom)

E falando em paciência, não foi com surpresa que enxergou o fantasmagórico elétrico praticamente pipocando entre flutuações e aquecimentos no seu motor. Para si, era ótima a disposição que ele apresentava para correr, considerando que era exatamente isso que precisava naquele momento.

— Rotom, vá com um pouco mais de calma. — Pediu ao pokémon, sem realmente repreendê-lo. — Nós vamos ter bastante tempo por aqui, eu imagino. Então... Quero que teste a potência do seu motor, no começo. Ligue-o, aumente gradualmente, diminua da mesma forma... Se fizer tudo de uma vez, você vai só se exaurir logo no começo. — Explicou. — E tenho certeza que não quer isso, né? — Questionou. Em realidade, uma parte de si duvidava bastante que o elétrico em algum momento se cansasse de verdade, além das situações em que era forçado ao nocaute, mas... É.
Treino de Def (Nosepass)

Já ao pedregulho, por outro lado, compreendia a aparente frustração demonstrava pelos movimentos bruscos e pesados que ele demonstrou diante do início do treinamento. Tinha sorte que o azulado estava mais receptivo às suas ordens após toda a confusão que passaram ao longo da odisseia anterior nas entranhas da 121 e do cemitério vertical (que, sim, tomaria por verdadeira), mas ainda era compreensível seu desgosto com o pensamento de simplesmente ter que receber uma ofensiva e ser obrigado a segurar as pontas.

— Nose, eu sei que você não gosta dessa ideia. — Disse ao animal, encolhendo os ombros com brevidade. — Mas, eu não posso proteger você o tempo todo - e tenho certeza que também não quer isso. Às vezes, a gente encontra uma situação que simplesmente não tem como evitar... ...A menos que o que você queira seja passar o resto da vida numa pokéball. — Acrescentou, indicando a esfera vazia da estatueta entre seus dedos (ao pegá-la por um momento meramente para reforçar sua ideia). Foi com paciência que a guardou outra vez e, bem, respirou com profundidade enquanto o observava. — Mas, não se preocupe. Nós vamos devagar por aqui, ok? Tire um tempo para respirar, controle um pouco o ritmo da respiração. Inspira, expira, inspira... — Sugeriu.

É. Seria um loooongo trabalho.

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LILYCOVE CITY
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HORSEA - 2/4

Natalie mantinha bem a calma ao ver o desempenho duvidoso do pobre cavalinho, mas até quando? Ela teria os culhões para aguentar vê-lo fracassando diversas vezes sem se estressar, e ainda conseguir ensinar ele a como dominar o movimento? Bem, teria de ter, do contrário tudo aquilo seria em vão e ele sairia mais danificado do que fortificado. Não importava quanto tempo realmente demorasse, ela teria de ir até o fim e incentivar o pequenino o máximo que conseguisse até que ele invocasse a chuva que ela queria. Virando-se para a mestra quando ela o chamara, Horsea observou com atenção os comandos dela, e assentiu com sua minúscula cabeça para franzir o cenho fingindo estar com raiva, mas só o deixava mais fofo; esticando o pescoço e encarando o céu chuvoso, o pequenino disparou uma boa quantidade de bolhas que subiram até certo ponto e depois explodiram, fazendo com que toda a água caísse nos olhos dele. Aquilo fora frustrante e ele só se debatia tentando tirar as gotas dali, até conseguir e simplesmente começar a chorar.

NIDOKING + ELGYEM

A dupla parecia... impaciente. Bem, pelo menos Zuby sim; o falso Zubat queria logo ser atacado e aguentar umas boas porradas para se mostrar ser forte por sua mestra, mas ela só queria que ele continuasse a se alongar e ficar preparado para o ataque. Poderia acontecer logo, mas ela continuava adiando e ele já estava bastante desanimado, da mesma forma que se animara anteriormente; do lado contrário, o alienzinho pareceu pouco se importar com o grandão, e focou-se ainda mais no seu interior, deixando a energia dentro de si fluir como deveria e isso até fez suas luzes dos dedos se acenderem e começarem a piscar de maneira pouco suspeita. Aquilo só fez Nidoking ficar ainda mais "furioso" com a situação, e ter de realmente respirar fundo para simplesmente não socar a cara do pobre verdinho; afinal, ele ainda era um grande Pokémon conhecido por ser raivoso, não é?

ROTOM

Pedir para um Rotom se acalmar era quase como pedir para Shianny não escrever textões, quase impossível de acontecer. O fantasma queria correr logo, queria cortar tudo e ir para a floresta continuar o processo na grama dali, mas a sua treinadora queria fazer uma baboseira de teste de aceleração, como se aquilo fosse resolver alguma coisa; diferente do terrestre, ele não obedeceria com tanta vontade a voz da garota. Sendo assim, o hiperativo apenas colocou-se no chão e começou a roncar seu motor; num arranque ele começou a correr, primeiro em direção ao Zuby, mas logo desviara para não se meter com o grandão. Já Horsea, não teve a mesma sorte, o cavalinho viu o outro Pokémon flutuando e cortando o ar a sua frente, e tudo que ele fez fora correr para longe. Era uma cena engraçada, o pequeno aquático flutuando por sua vida enquanto Rotom dava uma risada macabra e corria atrás dele sem sequer sua capacidade total, apenas para literalmente brincar com ele.

NOSEPASS

A estátua pareceu se acalmar brevemente com o comando de Chase, mas não por realmente a estar obedecendo; ele parecia bravo com Rotom por estar fazendo aquilo com o Horsea, e isso foi demonstrado na maneira em que ele começou a se movimentar, com mais força e de maneira mais pesada, batendo os pés com força no chão. Ele não suportaria ver alguém como aquele fantasma de araque fazer algo daquela maneira com o colega de sua equipe, mesmo que não o conhecesse direito; isso fora suficiente para, quando a dupla passasse por perto dele, o Nosepass parasse na frente do elétrico e ele batesse com força contra sua pele rochosa. Aquilo fora o bastante para amassar uma parte do eletrônico que era dominado pelo Pokemon, deixando este ainda mais furioso e fazendo ele usar sua eletricidade contra a bússola, que contra atacou lançando uma rocha que socou o fantasma contra o chão. Natalie deveria intervir logo se quisesse que aquilo não acabasse numa ida ao Centro Pokémon de emergência.

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TM Rain Dance

Apesar de não ser a primeira vez que fazia uma sessão de treinamentos com seus pokémons, definitivamente era a que enxergava um aquático fazer manha por conta de algumas gotículas de água caindo em seu corpo - ou seja, o leve erguer de sobrancelhas se fez inevitável diante daquela situação. Entretanto, independente da estranheza do momento, a ruiva se limitou a se aproximar do pequenino e ao seu lado se abaixou, tocando com suavidade a cabeça do cavalo e afagando-a com tranquilidade.

— ...Ei... — Chamou, tranquila, enquanto usava uma das mãos para "enxugar" a parte inferior dos olhos do cavalinho. — É só água, Horsea... — Comentou, com um leve ar de graça. — Mas, se você não gosta, pode aprender a controlar. — Sugeriu, recolhendo o braço para perto. — Já que você se incomoda, não precisa repetir as bolhas, tudo bem? Acho que você já entendeu mais ou menos a ideia do que tem que fazer, também... — Acrescentou, se erguendo outra vez. — Que tal você tentar condensar essa energia pra formar uma nuvem? — Pediu. Não tinha certeza se daria certo, mas não custava nada tentar.
Treino de Sp.Def (Nidoking) + Treino de Sp.Atk (Elgyem)

Era nesse ponto, porém, que as coisas começavam a ficar estranhas. Inicialmente, não chegou a reparar diferença alguma, mas foi o olhar estampado na expressão de Zuby que a fez franzir o cenho, discreta, pelo simples fator de que aquele ar no bípede era completamente anormal - principalmente se fosse considerar que nunca havia visto o arroxeado assim, salvo em casos que tinha uma ameaça iminente contra si, vulgo como ocorria durante seu enfrentamento com o trio Aqua encontrado no cemitério vertical.

Como o roedor não fizera nada, porém, a moça também não chegou a pontuar aquela diferença, limitando-se a observar, até porque a situação não parecia incomodar ao indiferente alienígena - deixou-o ter o próprio tempo lidando com sua energia e só quando reparou nos brilhantes leds em suas mãos que finalmente resolveu se intrometer:

— ...Vinícius, agora vamos liberá-la devagar. Não precisa ir com força total, vá com calma: Seu alvo é o Nidoking. Zuby, você... — Observou o arroxeado, com um breve olhar de repreensão. Não era o primeiro treino do terrestre - ele sabia muito bem como funcionava para estar impaciente daquele jeito. — ...seu trabalho vai ser simplesmente defender. Se concentre e vá acostumando devagar com a carga de energia psíquica. — Disse, apenas.
Treino de Speed (Rotom)

A última gota, porém, veio com a atitude do elétrico que, assim como a de Nidoking, simplesmente não fazia sentido. De todas as interações que já havia tido com o fantasma, aquela era a mais absurda pelo fato de que ele resolvera mera e somente ignorá-la? Era algo extremamente destoante do animal - claro, tinha a consciência de que ele parecia interessado em alguns "sustos" bobos (oras, já o fizera com Luch, inclusive!), mas em um momento de treino? Era incapaz de compreender.

Rotom! — Exclamou, o tom aumentando para se fazer ouvir - dessa vez, entretanto, a repreensão era claríssima na voz. Chega. — Afirmou. Não entendia aquela mudança drástica no comportamento de seus pokémons, principalmente porque ela própria já os conhecia tão bem; Faria sentido se fosse a estatueta próxima, mas aqueles dois? Bem, pelo menos acreditava que ele não continuaria com aquela palhaçada. — Deixe o Horsea em paz. Não é com ele que você tem que ficar. — Afirmou. Era... Frustrante. Que ataque repentino de rebeldia era aquele, afinal?
Treino de Def (Nosepass)

Mas, não, não foi resolvido. Como se não bastasse aquela porcaria toda, o pedregulho também se posicionara em defesa do cavalo marinho (bem, talvez compreensível) e tudo se tornou um projeto de guerra de carrinho de bate-bate entre as pedras arremessadas, o eletrônico e o narigudo(cuja única vantagem era ser bom pra defesa do animal, ironicamente). A breve interação passou por seus olhos sem que esboçasse reação à princípio - veja bem, estava cansada. O desânimo daquela patifaria a atingiu com uma força inigualável e, naquele exato momento, quis desistir de continuar o treinamento e simplesmente ir embora.

E, sinceramente?

Não teria problema nenhum em fazê-lo.

— Vocês dois... — Respirou fundo. Chega, vocês dois! — Exclamou. Não sabia se faria alguma diferença mas, hah, não estava com humor para aquela situação. — ...Se vocês não pararem agora, encerramos por aqui. Eu não quero esse tipo de atitude agora. — Emendou, o olhar se desviando para o elétrico.

...Cansada.

Estava cansada.

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LILYCOVE CITY
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ROTOM

A situação criada pela dupla sequer dava tempo de Horsea executar o que a treinadora havia ordenado, afinal estava ocupado demais correndo por sua vida. Mesmo assim, com apenas o comando de voz vindo da garota o fantasma parou e se aproximou dela com uma expressão triste e sem querer realmente parecer culpado; parte de Natalie deveria saber. Ela não era a única que havia mudado com o Pyre. Seus monstrinhos não resistiriam a tamanha aventura sem também questionarem sua própria existência, era algo grandioso demais para sua consciência simples e rendida a instintos. E meio a quebra de seus estereótipos (criados por sua própria treinadora), o Rotom só queria fazê-la sorrir com uma brincadeira inocente, afinal ele nunca de fato machucaria o pobre cavalinho. Todavia, Chase não conseguira compreender o senso de humor do elétrico e isso fora suficiente para fazer ele se arrepender, e uma tristeza profunda se abater sobre o mesmo; agora ele estava desanimado. Decepcionado consigo mesmo por ter se deixado levar à mísera vontade de seu eu selvagem, o pobre Pokémon sequer tinha vontades de treinar, principalmente depois de contemplar a face raivosa e vazia de sua mestra. Ele não a reconhecia mais, e talvez não fosse o único.

NOSEPASS

A bússola por sua vez não tinha tamanha conexão com a treinadora, mas era esperto o suficiente para saber a hora de parar, e sem a ameaça do cortador ao aquático, apenas optou por dar uma trégua. Aquilo havia sido bastante interessante para a defesa do rochoso, afinal se tratava de uma situação orgânica em que ele colocava a prova seus atributos, e isso valia muito mais do que uma situação criada e executada de forma artificial. Veja bem, ele não via problema em servir de saco de pancadas se fosse para defender alguém indefeso, e isso trazia a tona um lado da personalidade dele que a ruiva sequer conhecera anteriormente, mas que ele dera o luxo a ela de conhecer. Em resposta, ela apenas o menosprezou, e isso causou certa frustração nele, mas não o suficiente para desanima-lo. Agora, mexendo os braços e pisando firme novamente, ele se mantinha enérgico o bastante para enfrentar o que quer que fosse, dizendo a sua não-tão-treinadora-assim que eles poderiam finalmente ter a sessão que ela tanto queria.

HORSEA - 3/4

Passado o perigo eminente, o cavalinho voltou a posição inicial, ainda trêmulo por conta do susto que levara segundos atrás. Bom, não era das piores situações, já que Horsea agora olhava para o Nosepass com certo apreço; ele estava feliz por ter sido defendido pelo narigudo e fazia pequenos sons em direção a ele, como quem quisesse ir lá agradecer, mas as palavras da garota vieram e lhe tomaram toda a atenção. Ele queria, sim, aprender a dominar seu próprio tipo, mas a sensação de não conseguir era maior e isso consumia o pobre equídeo; ainda assim, ele tinha a grande vontade de impressionar Natalie. Queria ser forte como o Nosepass, e usaria essa força interior, moral e psicológica, para poder criar a nuvem que ela tanto queria; mirando seu bico acima, ele emitiu uma força azulada que formou uma pequena nuvenzinha de chuva, causando uma pequena garoa acima dele mesmo e assim fazendo o bebê comemorar em felicidade e caminhar até o aliado rock type para que ele vesse o que havia conseguido.

NIDOKING + ELGYEM

O Nidoking obedecera com entusiasmo a treinadora, como se o que tivesse acontecido anteriormente simplesmente não tivesse acontecido e assim segurando com sua própria força as pernas e apontando o chifre para o pobre Elgyem. Para o roedor, a defesa especial era pela cabeça e assim ele receberia os ataques por ali; Vini por sua vez parecia confuso pela forma que o grandalhão agia mas até se divertia um pouco. Bem, era suficiente para dar início, e a liberação da mestra viera como uma luva para a situação; o alienzinho começou a liberar sua energia que tomou forma física e um tom arroxeado no ar. A onda vibrou e balançou atingindo devagar a carapaça de Zuby, e sequer fazendo algum efeito; ele grunhiu como quem dizia "pode mandar mais", bem divertido e incentivando o novato para que melhorasse seus ataques. Bem, o quer que tivesse acontecido, havia funcionado e agora tudo estava fluindo como deveria.

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TM Rain Dance

Uma coisa que poderia agradecer era que pelo menos o caos não havia se alastrado por todos os bichinhos que jaziam em campo: Uma prova disso era o próprio cavalo marinho, que se alegrava com o projeto de nuvem tão perfeitamente moldado - claro, ainda era pequena e derramava uma chuva não lá muito potente, mas já era algo ótimo para uma primeira tentativa.

— Horsea? Tente acumular um pouco mais de energia e aumentar essa nuvem. Deve ser o suficiente para conseguir fazer a chuva dominar o campo. Não precisa fazer tudo de uma vez: Acumular já deve ser bom. — Sugeriu ao pequenino.
Treino de Sp.Def (Nidoking) + Treino de Sp.Atk (Elgyem)

Os próximos que receberam sua atenção foram aqueles que trabalhavam na área especial da coisa - literalmente -. A dupla já se conhecia de outros carnavais, então não acreditava que teria lá muitos problemas com ambos os pokémons mas, a considerar como as coisas iam ultimamente, cuidado nunca era demais.

— Vini, você já sabe - quero que vá aumentando a carga aos poucos para que o Zuby consiga uma boa concentração e se adapte com a força que você manda. Por enquanto, vamos manter essa linha, tudo bem? — Pediu. Não era nada diferente do que antes além de uma força um pouco mais elevada, mas certamente já seria útil.
Treino de Speed (Rotom)

Finalmente, a atenção se voltou ao elétrico. Os orbes passearam pelo fantasma por alguns segundos, observando aquele eternizado olhar vítreo em seu rosto; Silenciosamente, se abaixou ao seu lado e os dedos roçaram com delicadeza por sobre sua carroceria em carícia amena. Naquele instante, quis manter a quietude, tentando reorganizar a paciência dentro do próprio coração - e se reservou ao momento único com o pokémon que já há tanto mantinha ao lado.

— ...Agora não, Rotom. — Foi o que sussurrou. Ainda sentia a ardência dos ferimentos espalhados pelo corpo, resultantes da explosão da poderosíssima bola de boliche que os atropelara no Monte. Se prestasse atenção, seria capaz de ouvir o eco da agressividade e das lamúrias que serpentavam por cada canto do cemitério vertical - e, mais importante, o bater de asas e o olhar penetrante do Rei destronado que aguardava em seu cume. — ...Só... Agora não. — Reafirmou. Os dígitos abandonaram o toque gentil para que pudesse se erguer outra vez, e uma das palmas esfregou vagarosamente a bochecha que formava par; Respirou, com profundidade. — ...Tudo que eu preciso é que você corra. — Foi o que disse, fitando o cortador de grama. — ...E então, depois de tudo, não precisaremos mais. — Murmurou, o olhar opaco ocultando - ou carregando? - os fantasmas que tanto insistiam em lhe perseguir e, ironicamente, era com um que tinha que lidar naquele momento.

Hah...
Treino de Def (Nosepass)

Por fim, o inexpressivo narigudo. Este, observou com mais atenção, ainda que parecesse tão dissociada de si mesma; Analisando de maneira quase parca os movimentos da estatueta, vigiando a dureza com a qual insistentemente batia o pé no chão - desta vez, de maneira literal, ao contrário do que tanto costumara fazer há tempos atrás.

— ...Nosepass... — Chamou. Já não tinha tanta certeza se deveria ter arriscado sair da cama mas, oh, já não estava ali? Era apenas mais um dia pesado, como tantos outros. — ... ...Quando você pensa em defesa, o ideal é tentar fazê-la para que possa estender a quem fica ao seu lado, e não só um ou outro. — Comentou, mexendo vagamente um dos ombros em fraquíssimo movimento circular. — Já tem muita coisa exterior que temos que lidar pra ainda acrescentar uma guerra interna à somatória, não? — Perguntou. — Quando você endurece e se mantém firme, é por todos, assim como também lutam pra que seu auxílio seja suficiente. Você devia manter isso em mente.

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HORSEA - 4/4

O equino parecia muito mais confortável agora, não só com a treinadora como com o restante de sua equipe e isso era visível; mesmo que fosse novato, seria fácil para um Pokémon sem personalidade definida se adaptar de maneira aplicável a um time recém conhecido. Afinal, ele poderia simplesmente se aceitar como era ou se moldar para ajudar a todos, ou nenhuma das opções anteriores; era impossível prever o que Horsea se tornaria no futuro, como seguiria seu próprio caminho, mas o que importava era o agora. Agora, ele invocava toda a sua energia aquática para disparar um único jato ao céu; disparo esse que se desfez em minúsculas gotículas que se nebulizaram e formaram uma grande nuvem d'água. A torrente teve início logo em seguida, e se juntou a chuva já existente ali, inundando a terra com sua pureza e criando lama naquele campo de areia batida; era o fim do treino do pequenino, com um sucesso mais do que merecido e trabalhado.

NIDOKING + ELGYEM

Mais calmos, a dupla de venenoso/psíquico poderia focar mais no processo de canalização e assim, garantir que o treino fosse um sucesso; com a liberação de sua mestra, Zuby pareceu se concentrar ainda mais naquela energia que recebia, algo como se sentisse ela fluindo do alien para o ar e depois para si. Era quase como um sopro, uma rajada de vento espiritual que atingia o topo do chifre existente na testa do arroxeado e que fazia no máximo cócegas para o grandão; Vinicíus por sua vez usava o máximo que podia de sua força para não forçar de mais e não acabar machucando o aliado. Afinal, Nidoking ainda era fraco contra Psychic moves, não é? Ainda era perigoso demais aposta-lo num desafio contra um Elgyem, mas Natalie parecia bastante interessada na interação da dupla.

ROTOM

A reação do bichinho fora a melhor esperada pela pequena garota, ele poderia simplesmente ignorar a garota e continuar a assustar os outros Pokémon, mas optara pelo melhor; ele queria melhorar, não só por ele mesmo mas também por tudo que ele representava para Chase. Um de seus monstrinhos mais fortes, um de quem ela mais confiava, e que para ele deveria ser importante o bastante para que focasse no que ela precisava de si; e assim, ele o fez. Como a treinadora pedira a primeira vez, ele testou a aceleração de seu motor; ligando, arrancando, e parando. Ele repetiu o movimento várias vezes e depois esperou por mais comandos.

NOSEPASS

Para alguém como Nosepass era difícil entender o conceito de "ajudar a todos". Ele queria proteger quem gostava, não a todos e sequer entendia o porquê da garota pedir isso a ele; ele não tinha como salvar a todos, teria de se sacrificar no meio se o tentasse, mas ela parecia não se importar. Ele poderia manter em segurança quem estivesse a seu alcance, mas nada além disso; contudo, era suficiente para por enquanto que tentasse se fortalecer por seus próprios motivos, e não porque a chatonilda queria. Ele iria ficar mais forte, para proteger quem gostava, e não quem ela queria; assim, manteve-se parado, como uma verdadeira estátua esperando um ataque que nunca veio, mas que teria retaliação caso acontecesse.

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