[Breathe] – Lilycove City –

Lista de TM's:
~> Ensinar Flamethrower e Dig para Vulpix;
~> Ensinar Brick Break para Teddiursa. Retirar Bulk Up;
~> Ensinar Brick Break para Miltank. (Acabei de retirá-la do Day Care!);
~> Ensinar Brick Break e Swords Dance para Drilbur. Retirar Scratch e Mud Sport;
~> Ensinar Flash Cannon para Nosepass. Retirar Stealth Rock (Acrescentar nas Particularidades: "(Egg Move: Stealth Rock)", por gentileza!);
~> Ensinar Stone Edge para Minior;
~> Ensinar Calm Mind para Elgyem. Retirar Psybeam;
~> Ensinar Calm Mind para Solosis. Retirar Hidden Power.

Foi com um sorriso breve que a ruiva agradeceu a oferta que também viera do moreno - embora aparentemente ele não pudesse aproveitar dos seus naquele momento, a gentileza de mão dupla parecia já virar algo quase rotineiro, ainda que apenas ocorresse consigo nos breves momentos de permanência aos arredores e no interior do Centro. Assim que alcançaram o balcão, a moça não se demorou em entregar suas esferas bicolores para que a enfermeira pudesse recuperá-los (e, bem, para que também seguisse seus treinamentos com tranquilidade), e se aproveitou daquele curto período de espera para checar os discos de habilidades em posse de Tyrant e, então, aos poucos iniciou o processo de ensiná-los para alguns de seus companheiros.

Também durante essa atividade se limitou a ouvir - tão atentamente quanto possível - as palavras ditas pelo rapaz. O olhar se esquivou da pokédex para o treinador com sutileza diante à menção da palavra "complicações" mas, bem, visto que ele não se prontificara a detalhá-las, não tinha certeza se tinha o direito de adentrar no assunto e, levando este fator em consideração, julgou que o ideal a ser feito era deixar aquela parte de lado - a maneira como o moreno parecia ter feito questão de dá-la por encerrado, em realidade, serviu apenas para confirmar suas suspeitas de que ainda era algo sensível à Tyrant, e exatamente por conta disso não tinha vontade alguma de cutucar o vespeiro. Também tinha seus próprios demônios, afinal, e não era fácil lidar com eles; Sendo assim, a maior reação que esboçou ao jovem se resumiu a um mero balançar de ombros, junto de um assentir de cabeça que se limitava a concordar que sim, pelo menos "conseguiram voltar".

...Foi a partir daí que as coisas ficaram estranhas.

Em primeiro momento, quando as descrições do estado do Monte Pyre escoaram da boca do treinador, a resposta imediata foi o congelamento dos orbes sobre a gelatina flutuante, o último pokémon no qual utilizaria os discos de habilidade que conseguira emprestado. Um estremecer inquieto percorreu sua espinha a cada palavra dita pelo Ranger; Repentinamente, sentiu a garganta seca, e os dedos sobre o aparelho eletrônico rubro tremularam com discrição enquanto o cérebro processava as informações a respeito do terreno eletrificado e dos selvagens encontrados por ele - e, ainda que não chegasse a questionar quantos ou que Torres sequer se pronunciasse a respeito, em seu íntimo já tinha certeza absoluta de que não seriam mais que sete e tampouco a menos. Os ombros se retesaram com sutileza quando o cadete passou a comentar a respeito do topo do cemitério vertical e, naquele instante, não se importou com as fisgadas doloridas que perpassaram por entre seus músculos por conta do “movimento”: Quando enfim suas suspeitas foram confirmadas a respeito de como se findaria aquela narrativa (aliás, extremamente alienígena para si foi o sentimento crescente de animação que sentiu nas palavras do companheiro), a única coisa que restava na expressão se resumia à breve opacidade que lhe enevoava os orbes acinzentados.

Não reagiu, num primeiro instante. Encontrou graça particular na informação recebida - a respeito do jovem ter simplesmente varrido um rei destronado com um único espécime elétrico -, e exatamente motivada por ela que um sorriso sem emoção bailou pelo canto dos lábios, singelo o suficiente para passar por inexistente; Naquele momento tão ínfimo, não tinha certeza se não apenas ela era alvo de psicodelia ou se o relato do treinador era a confirmação necessária de que todos os acontecidos não se resumiam à devaneios e delírios esquizofrênicos atraídos por um coma na maca do Centro Pokémon.

A primeira reação mais física que ocorreu foi quando a cabeça pendeu com suavidade um pouco para trás, e as pupilas se perderam entre o teto decorado com lâmpadas fosforescentes. Não soube dizer ao certo quanto tempo divagou enquanto observava a luminosidade quase ofuscante mas, eventualmente, as mãos pareceram receber a carga de energia necessária para se movimentar: Longe de possuírem velocidade, entretanto, foi com simplicidade que largaram a pokédex em cima do balcão e, a seguir, os dedos se aventuraram entre um dos bolsos para retirar a lembrança cintilante que encontrara entre os pertences após o retorno à consciência - fosse do Pyre ou realmente apenas dos limiares azarados da 121, não importava.

— ...Parecida com essa aqui? — Questionou, simplesmente. Foi nesse momento - e apenas nele - que os orbes abandonaram seu ponto “fixo” num além imaginário para que pudessem repousar outra vez na imagem do treinador que a acompanhava, o queixo se baixando novamente para acertar na altura original em que deveria estar posicionado.

Não sabia se era destino ou ironia, aquele encontro.
Mas ali estavam.

~> Retirar Power Belt de Nidoking; Equipar em Ivysaur (Vou retirá-lo logo após essa batalha, então não precisa editar os itens).

Era difícil dizer se as coincidências daquele encontro eram extremas demais ou se já poderia começar a lidar com alguma teoria conspiracionista a respeito de que, sei lá, seres superiores e invisíveis seriam os responsáveis pela apresentação de dois treinadores com, senão tanto, o suficiente em comum para aquela ocasião: Primeiro o detalhe mais importante que era aquele acerca da pedra misteriosa também adquirida pelo moreno ao - vejam só! - derrotar o gigantesco alado elétrico. Este foi o primeiro ponto o qual a moça prendeu o próprio foco, os orbes vagando entre uma e outra sem saber ao certo como distinguir ambas: Caso acabassem se batendo e derrubando os respectivos presentes, tinha quase certeza de que poderiam trocá-los e sequer se dariam conta do fato.

— ...Corporação Devon? — Foi tudo o que disse, os orbes acinzentados pairando entre o objeto e os escuros alheios do rapaz. Era fato que já havia se apercebido da peculiaridade da pedra mas, sinceramente, sequer tinha tido o pensamento - até então - de tentar descobrir se aquela ínfima lembrança (que continha dentro de si um universo) traria consigo alguma utilidade mais... Importante, por assim dizer. — ...Vou tentar manter isso em mente. — Comentou, embora ainda meio dispersa. Não teve muito tempo para pensar a respeito, considerando que a enfermeira logo retornou com as esferas de seus bichinhos e, então, finalmente pôde guardá-las consigo outra vez.

Foi mais ou menos nesse momento, quando as esferas - e as pedras - eram guardadas, que a segunda coincidência veio à tona, da maneira mais sutil e até acidental: Um movimento nada calculado e bem posicionado que refletiu a luz na joia do objeto pendurado na mochila do Ranger que, querendo ou não, foi o responsável por atrair o olhar da ruiva em sua direção. Aperceber-se da existência da circunferência inicialmente fê-la franzir o cenho com sutileza e, num gesto quase automático, os dedos se esticaram para apoiar o anel sobre o indicador e o médio para uma inspeção mais cuidadosa. Os detalhes do acessório, tão familiares para si, vieram como um estalo mental e, sem pressa, os orbes se ergueram outra vez para o rosto do companheiro.

— Tyrant. — Murmurou. Piscou uma, duas vezes, antes que a ideia da situação se assentasse em sua cabeça com paciência invejável. — ...Tyrant. — Repetiu. Foi a voz de Nicholas que alcançou seus ouvidos num sussurro quase delicado - irônico, parando para pensar na imagem do ruivo - e, com um leve balanço de cabeça, afastou a mão do "chaveiro" carregado pelo treinador. — ...Você é um dos Superius, não é? — Questionou, enfim. Ele entenderia - sabia que sim. Senão, teria a confirmação de simplesmente ter se enganado e, daí, era só fingir que nada tinha acontecido.

— ...É. Não dava pra ver muita coisa lá, indo às escuras. — Comentou, num dar de ombros sutil quanto ao comentário do rapaz. — ...Tenho uma sugestão para você. Não quer fazer uma revanche das lutas que tivemos agora? — Sugeriu, enquanto se encaminhavam para o campo no exterior do Centro. — ...Não sei se vai ter algum contraste grande no decorrer, mas quero ver se eles vão sentir alguma diferença da primeira vez pra essa. — Formal demais, talvez? Bem, não importava.

Com isso em mente, libertou outra vez a gramínea inicial. O novo item que havia equipado - pouco antes de abandonar o interior da enfermaria - parecia deixar a quadrúpede mais pesada, o que provavelmente acabaria impactando em sua velocidade durante o embate mas, enfim, elas por elas. De qualquer jeito, sua intenção era comandar simplesmente um Leech Seed e um Giga Drain - talvez fosse o suficiente por hora?

Se não fosse, logo saberia, de qualquer modo.

Dois pontos eram importantes de se ressaltar após o curto período de tempo que separava a caminhada do Centro até o campo de batalha: Um era o fato de que realmente estava correta a respeito da participação (e cargo!) do treinador na sociedade, perpetuando as coincidências que os atingiam até então e, bem, o segundo era que mais uma vez a gramínea não tinha sorte alguma em perdurar naquele combate, independente de ter tido uma breve oportunidade para se fortalecer com o último enfrentamento e da tentativa de mudança de comandos. Sua resposta àquele fato se resumiu em um balanço de cabeça e um encolher sutil de ombros, oferecendo um sorriso quase sem graça em reação ao comentário do moreno.

— É, acho que pelo menos por enquanto a Ryo não tem muitas chances com essa sua Lampent. — Comentou, distraída. — Fazer o quê, né? — Deu de ombros, enquanto retirava o item da pequena e o guardava entre os pertences. — Uma bicicleta encubadora? Olha, eu tenho certeza que isso seria uma mão na roda... Ou no guidão, no caso? — Riu, refletindo a possibilidade daquele tipo de transporte. Seria definitivamente bem melhor se pudesse não se preocupar com os ovos, mas imagine só o preço daquilo... E, naquele exato momento, mal tinha o suficiente para um breed sequer!

— Ariel, vamos seguir com dois Facades. — Instruiu ao libertar a serpente marinha. O ranger ainda apostava no envenenamento da besta, mas aquele Agility também poderia trazer complicações para si - já tinha se ferrado um pouquinho no passado por conta de um daqueles... Bem, pelo menos a serpente não era obrigada a lidar com nenhuma paralisia, né?

Até o momento, tudo pareceria tranquilo - embora a moça não tinha noção se a alteração de escolhas do ranger entre acréscimo de seu especial para o aumento bruto de velocidade poderia eventualmente se revelar um fator decisivo para o combate realizado entre os dois pokémons. Ainda sequer tinha tido a chance de conhecer por completo o leque de possibilidades que o rapaz planejara para a quadrúpede então, acima de tudo, já havia aprendido que de maneira alguma deveria cantar vitória antes que ela realmente fosse apresentada para si.

— Duplo Facade. — Comandou, com simplicidade. Sentia os músculos arderem, já sem nem mesmo precisar fazer muito esforço: E foi por conta disso que concluiu que não seria mais por muito tempo que aguentaria se manter de pé para prosseguir com os treinamentos idealizados. — ...Tyrant, vamos parar depois daqui, tá bem? — Encontrou necessidade de comentar ao rapaz, apoiando uma das mãos sobre o braço oposto à ela. Como já bem dito, estava cansada; E, infelizmente, não era tratada pela enfermaria do mesmo jeito mágico que seus pokémons.