off :
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ISSO AÍ CARAL
OBRIGADA POR ME NARRAR
EU GANHEI
)O)
OBRIGADA POR ME NARRAR
EU GANHEI
)O)
De vez em quando, principalmente quando a rotina de notícia ruim atrás de notícia ruim se estabelece como única e verdadeira, se torna difícil acreditar no momento em que as partes boas acabam por acontecer, seja por sorte ou apenas consequências acumuladas. Afirmo com tranquilidade que, muito provavelmente por conta disso, não se moveu ou sequer reagiu quando, com um pesadíssimo baque oco, seu oponente final se chocou contra o chão da arena, garantindo então sua vitória, tal como faziam os confetes e serpentinas que choveram sobre si de repente.
O olhar acinzentado pairou sobre a cena, incerto. Sentindo o coração aceleradíssimo dentro do peito e uma incômoda dorzinha aguda na cabeça - além das mãos suadas -, observou a respiração descompassada de seus pokémons, assim como o cansaço evidente nos músculos trêmulos enquanto o juiz apitava sua vitória. Por mais difícil que pudesse parecer, malmente chegou a ouvir o escândalo da torcida que estourou poucos segundos após o resultado, o contínuo barulho cardíaco quase a ensurdecendo.
Foi difícil de acreditar, mesmo quando o cérebro da torre de batalha se aproximou à passos tranquilos, cumprimentando-a e estendendo a mão; E, por alguns milésimos (será que segundos?) que pareceram infindáveis, encarou aquela parabenização alienígena para si, ainda mais que seu próprio "OVNI" que descansava no depósito, naquele momento. Sensações complicadas e repentinas era como podia descrever seu estado, considerando que sequer sentia vontade de estar ali - além de ouvir o vazio gritar em sua alma - assim que havia entrado na arena.
...Com um movimento discreto, secou a palma nas roupas - e apertou a mão de sua oponente, sentindo o corpo fraco e trêmulo. Naquele instante, fosse por tensão ou só um gesto automático, um sorriso mínimo se desenhou em seu rosto, discreto, enquanto a cabeça realizava um tímido balanço afirmativo.
— ...Foi uma boa batalha. — Respondeu, ainda um pouco desnorteada. Desde o início, tinha consciência de que aquela seria uma oponente forte, mas não imaginava que acenderia em si um espírito de agonia competitiva e, acima de tudo, a tensão repentina que se agarrou sobre seus ombros. — ...Obrigada. — Agradeceu, num murmúrio sem jeito, mesmo que incerta pelo real motivo: Se por trazer algum desafio real àquela competição, se por ser tratada à sério, por conquistar uma vitória real com seus pokémons, ou simplesmente pelo reconhecimento - tudo junto, talvez? Era provável, até.
De qualquer jeito, aquele era o fim. Então, se retirou, se dando ao luxo de manter Zoroark e Roserade fora de suas respectivas pokéballs: O direito de comemoração não era só seu, afinal, hmm?