Re: #003? - Na trilha do ouro.

por **Sleepy** Ter Mar 17 2020, 18:10

Minha conversa com Daisuke seria uma das que eu sentiria que estava falando besteira e pediria desculpas, mas eu me senti diferente, gostei da conversa. De fato tenho que lidar com meus defeitos. - Bem, você tá certo, hehe. Pra ser honesta, acho que nós dois ainda somos bem imaturos. - Respondia ele, com um sorriso no rosto.

Enfim parecia que o acordo entre Rubim e Marconi era feito. - De fato, acho que não da pra fazer tanta coisa assim com PK$ 500, talvez o que vamos ganhar seja melhor a longo prazo. - Respondia enquanto pegava a minha parte do dinheiro. Minha curiosidade estava atiçada, o que Rubim estaria reservando para gente?

Enquanto seguíamos para a sala onde estava os pacotes, Daisuke me chamava a atenção. - Sim eu ouvi eles falando sobre isso. Eu tô bem preocupada. - Caso Marconi acompanhasse a gente, eu me dirigia à ele, que certamente deveria ser alguém bem informado: -Umm... doutor, você já ouviu falar sobre esse Corsola Virus?

por **Victoria** Qua Mar 18 2020, 09:10

O dinheiro enfim estava em mãos. Cada um pegou sua parte e Marconi teve a decência de lhes acompanhar até a sala ao fim do corredor; aquela que Rubim havia dito agora pouco. Bem, o maior motivo do acompanhamento fora o fato deles desconhecerem aquele labirinto. O segundo motivo?! Curiosidade sobre o tal Corsola Virus, que só ouviria pelas entre-linhas, interceptando conversas que não era para si.

Bem, era isso, Marconi se manteve quieto durante o caminho todo até que Kathryne lhe convocou para comentar. Infelizmente ele queria ouvir mais sobre; na curta caminhada pegara no ar que o vírus parece ter surgido de Mu Island, sendo muito parecido com um novo vírus que surgira a alguns dias em Galar, o Cursola Virus. Bem, antes de mais nada, tocou a maçaneta da porta da sala em questão e ficou no vão da porta, deixando que os dois treinadores passassem sem adentrar o almoxarifado. Ali encontrariam fácil a caixa com "kits-trainers", usados por toda a equipe de repórteres. Cada um podia (segundo o acordo) pegar um saquinho branco e um colorido; no branco, achariam três pokebolas e duas poções, no colorido, alguns Shards. Caberiam a eles decidirem quais pegariam e porquê.

Ao fim do ânimo, o doutor Marconi decidira enfim se pronunciar, respirando fundo e soltando um suspiro desajeitado:
- Eu não sei, desde que Tohjo afundou, o governo evita ao máximo notícias alarmistas, porque se não o continente todo se torna um caos... Eu ta bem incomodado porque eu não consigo saber se esse vírus é muito preocupante e para não causar alarde ninguém está falando dele ou... - E aqui parou, coçou a cabeça e teve seu momento reflexivo - Ou ele só não é nada demais mesmo...

Bem, se quisessem saber, era melhor ouvir os múrmuros entre corredores. Estavam no melhor local para informação: um escritório jornalístico.

OFF: Meu deus, fui lembrar do progresso na terceira página só KKKKKK SOCORROOOO

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Cunha** Qua Mar 18 2020, 22:50

OFF: Ta tudo bem EHUEHEUQWRG ele não tava sendo necessário até agora nem nada assim.

Enquanto atravessávamos o corredor, não consegui ouvir nada sobre o tal vírus, e, quando adentramos a sala do almoxarifado, peguei um saquinho branco e o abri, colocando em minha bolsa no mesmo instante uma quantidade especifica de Potion e Pokéball. O problema foi sobre os coloridos, eu não sabia direito o que escolher. Tentei, a priori, levantar um dos saquinhos e balançá-los de leve para tentar identificar seu conteúdo pelo ruído. Para a minha surpresa, pareciam shards. Eu não tinha muita afinidade com aquele tipo de item e só sabia, bem por alto, que eles podiam ser trocados com algumas pessoas específicas para que elas ensinassem algum tipo de movimento. Compartilhei com Kathryne, só para ter certeza de que ela saberia o que estava escolhendo.

- Parece que tem alguns shards nesses sacos coloridos. Algumas pessoas pegam eles, e, em troca, ensinam alguns movimentos diferentes para seus Pokémon. Eu não sei exatamente qual shard você pega pra ensinar um movimento específico, mas eu acho que deve ter algum guia online de treinadores novatos na internet. Da pra dar uma olhada rápida, se quiser... - Dizia enquanto pegava um saco verde para mim e guardava seu conteúdo na mochila. - Geralmente, é meio intuitivo. Acho que isso me rende algum golpe bom para minha Bulbasaur. - Dizia enquanto dava um sorriso de leve.

Em seguida, me tornava para Marconi.

- Eu só estou curioso mesmo. Sei que é bom evitar o alarde, mas acho que se fosse algo mais grave o governo não exitaria em fazê-lo... Né? - Parava para pensar um pouco, e, em seguida, me virava para Kathryne. - E aí? Quer ficar por aqui e tentar matar a curiosidade ou prefere tentar achar algo lá fora? Se for algo muito contagioso, a gente pode acabar pegando ficando numa sala fechada e hiper abafada como aquele escritório... - Dizia enquanto fazia uma cara mais séria e colocava as duas mãos atrás da cabeça enquanto entrelaçava os dedos e esperaria pelo ponto de Kathryne.

por **Sleepy** Qua Mar 18 2020, 23:47

Off: Pra ser sincero eu também não percebi que tava faltando, lol.

Estava intrigada ao descobrir sobre aquele virus. Treinadores pokémom viajam para tudo que é lugar, ou seja, tem até a possibilidade de eu já estar infectada. Era um pensamento que "martelava" a minha mente e isso tudo somado ao meu costume de se preocupar demais com as coisas. Felizmente Daisuke conseguia me fazer ter uma breve brecha ao chamar a minha atenção sobre as shards.

- Bem, vou dar uma olhada mesmo. - Pegava o meu celular e pelo o que havia pesquisado brevemente, nada que eu poderia fazer com aqueles itens me agradava tanto. - Vou pegar as azuis, não tenho tempo de ficar pensando sobre isso.

E então as minhas preocupações voltaram. Marconi não sabia muito e a possibilidade de o governo estar ocultando isso não era um bom sinal. - Eu preciso saber mais sobre esse vírus. Talvez eu já tenha contraído ele. - Respondia Daisuke e depois eu soltava um "Ah!", pois eu tive uma ideia: - Olha, eu vou fazer uma besteira, mas se o Rubim ainda estiver na sala dele, vou perguntar para ele. Minha vez de fazer besteira hehe. E acho que ele ainda não me odeia. - Eu brincava.

Eu voltava à sala e caso ele estivesse por lá, perguntaria: - Umm... me desculpe, mas o senhor poderia me contar sobre esse Corsola vírus? Tudo bem se não quiser, é só que estou um pouco preocupada. Até deixo em segredo se você quiser. - Não me sentia segura fazendo isso, olhava para o chão enquanto falava. Ter Daisuke perto de mim me fez perceber o quanto eu evitava riscos, mas eu vi essa como uma boa oportunidade para experimentar a imprudência.

por **Victoria** Qui Mar 19 2020, 14:34

Daisuke estava certo; no saco haviam Shards. Oito, para ser mais específica; oito pedacinhos coloridos. Pequenos azuleijos quebrados que, por algum motivo, era útil, bonito e colecionável à alguns doidos. Poderiam trocá-los por várias coisas; principalmente por favores de treinamento. Alguma "shard-culture" bizarra crescera entre os totures pokemons, fazendo com que as pessoas que ensinem movimentos raros e técnicas diferenciadas, sejam as mesmas que colecionem isso.

Eu poderia até perder meu tempo criando uma fan-fic sobre como, porque, onde e conceituando a virtualização da cultura... mas não. Aceitemos que num movimento político-cultural, tornou-se comum ser um tutor e, graças à isso, acumular muitos pedaços de azulejos. Provavelmente por isso (e também para isso) os preços dos Shards no mercado-interno estejam tão altos.

Ou talvez, apenas talvez, alguém está querendo remontar Plates lendários. Mas isso importa?! O plot não era sobre isso; era sobre o Corsola Vírus. Bem, Kathryne estava muito menos perdida do que eu; completamente preocupada, fora até Rubim e recebeu uma visão inesperada. O homem ainda não havia entrado em sua sala, estava na porta com um vidro de álcool em mãos e, agora, uma máscara. Neste meio tempo alguém trouxera tais coisas para si. Olhou a garota convidativa e, extremamente diferente da última vez, a cumprimentou com um sorriso-por-trás-da-máscara e um aceno de mãos. Sem contato físico; por favor:

- Você veio de Mu Island, né?! - E questionou, já sabendo da resposta - Eu poderia te dar alguma informação, mas acho que seria irresponsável da minha parte, eu só sou um jornalista... faz assim, descendo o prédio, você verá um morrinho. Descendo ele, um hospital particular. Diz que veio em nome do Rubim, da Globo News. Diz que veio de Mu Island e que quer se testar. É melhor para ti, para mim e para todo mundo - Fora a primeira (e provável que última) vez que via o homem se portar como de fato um adulto.

Marconi?! Bem, ouvira ali a distância. Decidiu que acompanharia os dois; se estavam contaminados, ele teve contato direto. Justamente por isso, se tornava também um vetor ou, ao menos, alguém à se preocupar. Com uma consciência de saúde pública, respirou fundo e disse:
- Eu vou com vocês. Tenho plano naquele hospital. É melhor irmos logo, enquanto o Rubim não noticiou isso ainda, depois disso será um caos.

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Cunha** Qui Mar 19 2020, 15:18

Quando Kathryne disse que era sua hora de fazer besteira eu não soube exatamente como reagir. Na verdade, ouvir aquilo foi muito diferente e... Okay. Admito... Talvez um pouco divertido. De início, abri um sorriso e ri um pouco enquanto a seguia até onde ela ía e a questionava sobre o que faria.

- Ei, pode ao menos dizer o que vai fazer? - Eu a acompanhava tentando estudar sua expressão para adivinhar o que ela ia fazer.

Felizmente, ou não, eu não consegui prever o que a loira faria. Seguimos até a sala de Rubim, e, a medida que que nos aproximávamos, eu conseguia prever o que ela faria. A medida que nos aproximávamos da sala, meu sorriso sumia e meus olhos arregalavam. Para minha tranquilidade, Rubim não estava de guarda alta contra Kathryne, ainda bem, mas, quando ele disse que era da Globo News, meu coração deu uma parada. Caralho, eu ameacei o dono da Globo News. Nem no auge dos meus sonhos, no auge de uma bebedeira e de um rolê qualquer eu consegui me imaginar fazer uma bosta desse tamanho. Com certeza ele vai se aproveitar para me queimar em toda e qualquer situação pública daqui para frente... Ou não. Eu espero.

Enfim, com sua recomendação pouco convencional, já que fora extremamente madura, prossegui.

- Acho que nenhum de nós tem muita escolha. - Me dirigi a Marconi. - Você está certo. Vamos nos apressar para ir fazer um exame. - Então, comecei a andar rumo ao elevador enquanto pensava. Será que meu plano atendia naquele hospital? Fiz uma cara de desânimo e suspirei. - Que esse dia acabe bem, por favor. - Rezava baixinho, sussurrando pra mim mesmo.

por **Sleepy** Qui Mar 19 2020, 15:57

Rubim reagiu de um jeito que eu realmente não esperava. Me disse o que fazer de uma maneira responsavel que até agora eu não tinha visto. Mas uma coisa me preocupava, seguindo a lógica, o vírus veio de Mu Island, ou seja, precisava ir ao hospital o mais rápido possível.

- Desculpa se eu te deixei preocupado, mas você já fez o mesmo comigo hoje. - Falava para Daisuke, tocando levemente o ombro dele. - Bem, agora precisamos correr para o hospital. Na real, não gosto de hospitais, mas eu posso estar com o vírus. Me desculpe se tô apressando vocês, mas eu tô muito preocupada.

De fato eu não gostava nenhum pouco de hospitais, pois fora em um deles que eu vi a minha energética e entusiasmada mãe em um momento de fraqueza, que foi seguido de sua... morte. Eu estava distraída e perdida nos pensamentos, será que eu tinha o mesmo destino dela?

por **Victoria** Sex Mar 20 2020, 19:48

Marconi ouvira os dois e os colocara para fora do prédio. Ele não parecia tão preocupado assim; não acreditava que uma gripe poderia feri-lo tanto. No mais, fora até o elevador, descera apressado, mostrara o morro aos dois treinadores e seguiram até o hospital particular mais próximo. O homem então chegou à recepção e disse tais palavras:
- Eles vieram de Mu e estão comigo, da para me dizer os procedimentos básicos?! - E ao fim disso, a moça logo tirou o sorriso do rosto e tratou de adentrar o cômodo que ficava logo atrás do balcão. Ali não demorou muito, logo veio com três folhetos afirmativos, máscaras e um vidro relativamente pequeno de Álcool em Gel para cada um dos três - Peço que vão para a sala de espera no fim do corredor. Coloquem, por favor, e limpem as mãos.

Fora só isso o necessário; no folheto as informações eram poucas, provando bem que o vírus era novo e "desconhecido". Agora Marconi seguia as instruções e esperava que os dois garotos fizessem o mesmo. Caso não quisessem, eu estaria narrando um NPC sozinho para nada; mas fazer o que?! O homem fora a diante e lera o folheto em voz alta:
- Tosse, corisa e febre... - E ao dizer isso, se indignava - Isso é sintoma de qualquer alergia! Mas parece que é bem mais letal - Seu comentário ao meio só interrompera sua leitura-dinâmica, que logo mais voltou - Procurar um hospital caso tenha vindo de área de risco, usar máscaras e higienizar as mãos... bem, vamos à testagem, né?! Vocês estão com alguns desses sintomas?! - E perguntou, olhando para trás e procurando os dois garotos.

Agora Marconi não era mais seu advogado; era seu parceiro hospitalar. Bem, o disse-me-disse foi e chegaram à tal sala. Lá encontraram médicos completamente cobertos e protegidos, esperando não adquirirem nada. Chamaram os presentes para a salinha de coleta e pediu um... cuspe?! Parecia que sim. Cada um em um potinho específico; respeitando o nome no frasco. Após isso, uma espécie de cotonete de haste delongada era colocado quase que atravessando a narina dos nossos personagens. Incomodo?! Bastante. Apesar disso, indolor. Talvez o ato lhes fizeram espirrar ou coçar a garganta; no máximo arder um tantinho.

Bem, com as amostras tiradas, os médicos se foram e surgiram... outros médicos?! É, parecia que sim:
- Ei, vamos pedir para aguardarem na sala de Quarentena de Mu Island, pode ser?! Peço que não deixem de fazer as recomendações, assim não passaram para ninguém que seja só suspeito, mas não portador... e vice-versa. Ela fica ao fim do próximo corredor transversal - E foram.

A sala?! Bem, completamente vazia. Para além dos convidados que acabavam de chegar, uma menina loira bastante elegante se sentava ao fundo. Um adulto mal-humorado de braços cruzados ao centro e no outro canto um rapaz alto, jovem e bastante despreocupado, dormindo sem máscara ao fundo, com os pés no sofá.

PROGRESSO CUNHA:

PROGRESSO SLEEPY:

por **Cunha** Dom Mar 22 2020, 00:11

Como as coisas foram rápidas! Não sei se é pelo fato de Marconi ser bem objetivo, mas adorava que sua presença sempre nos trazia resultados mais dinâmicos. Logo que entramos no hospital, o doutor andou conosco até a recepção, e, sem tardar fomos bombardeados com um equipamento de contra medidas. Eu não tinha a certeza de como proceder, mas, a primeira coisa que queria pensar era que estávamos num hospital público. Por Deus, que seja público!

- Doutor, esse hospital é público, certo? - Perguntava, esperando uma resposta afirmativa enquanto colocava a máscara, segurando apenas pelos elásticos, tentava ler no folheto o jeito certo de higienizar as mãos com o álcool em gel e prosseguia para o comodo especificado.

Quanto mais o doutor lia o folheto, mais preocupado ele aparentava ficar. Eu juro que quis fingir que estava manifestando um dos sintomas, só para descontrair, mas eu tenho certeza absoluta que tudo o que faria era colocar ainda mais peso no clima, então, quando fui questionado sobre os sintomas, apenas respondi negativamente. Nenhum sintoma manifestado.

Não bastasse isso, me pediram para cuspir num pote e enfiaram um cotonete no meu nariz, ato que acabou por me fazer espirrar algumas vezes.

- Ei, espirrar assim torna essa máscara inutilizada? - Perguntava aos médicos, demonstrando ser mais leigo nos assuntos de saúde do que eu realmente gostaria de parecer.

De imediato, minha única reação ao entrar na sala, foi querer chutar aquele folgado que estava aos pés do sofá, mas eu não tinha certeza se Marconi me defenderia de novo em um processo. Principalmente se eu começasse a confusão dessa vez, mas, em tom de brincadeira, perguntei.

- Olha, eu sei que você amou trabalhar comigo, então o que acha de me defender no tribunal por chutar o saco daquele cara ali no chão? - E ria, em tom de brincadeira. Só esperava que ele não levasse a mal.

Depois do comentário, me sentei afastado das três figuras que já estavam por lá, me sentei em alguma cadeira que parecesse mais confortável e tivesse proximidade com outras duas vazias, enquanto pedia para que Marconi e Kathyrne viessem para perto. Feito isso, tentei puxar algum assunto com Kathryne.

- E então... Eu adoraria ouvir um pouco das suas histórias agora. Acho que temos tempo. - E ri de leve.

por **Sleepy** Dom Mar 22 2020, 01:23

O problema com a emissora de televisão estava resolvido, mas não conseguiámos uma trégua, agora Daisuke e eu poderíamos estar com uma doença que descobrimos que existia apenas hoje. Não sei dizer ao certo se isso é má sorte, eu de fato não acredito muito em "sorte". Marconi lia o folheto e demonstrava preocupação.

- Felizmente eu não to sentindo nada. - Eram sintomas aparentemente comuns, o que me deixava ainda mais preocupada, aquilo podia se passar facilmente por uma gripe comum. Logo depois eu ouvia a preocupação de Daisuke e me lembrava do detalhe que eu mesma havia esquecido:

- Umm... Daisuke, o Rubim falou que era particular, mas ele também disse para falarmos que ele mandou a gente pra cá. Espero que ele cuide disso. - Mais uma preocupação surgia, estavamos em um hospital particular. Não queria que o dinheiro ganho fosse embora agora mesmo.

Na sala de quarentena, ninguém que estava lá parecia gostar de ficar lá. Nisso eu concordava com eles, mas eu compartilhava a irritação de Daisuke ao ver aquele cara com os pés no sofa. Apenas ria do comentario do ruivo e me sentava em uma das cadeiras, ao lado dos dois homens. Agora era a minha deixa para contar um pouco sobre mim.

- Umm... como você já sabe, minha mãe morreu quando eu tinha uns 10 anos. Ficava muito sozinha em casa pois meu pai trabalhava muito e apesar dele não ficar muito tempo comigo, ele era o único que me impedia de eu fazer alguma besteira comigo mesma. - Acho que estava óbvio o que eu queria dizer, falar claramente sobre isso era pesado para mim. - Mas nos meus 15 anos eu conheci minha melhor amiga, Margaretha. Ela que me motivou a começar uma jornada, embora tenha demorado dois anos pra isso, hehe.

- Depois que eu comecei minha jornada, fora a Battle Tower não teve nada muito interessante, a não ser o segundo dia. Foi nele que eu encontrei Margaretha, ela estava com outros dois garotos legais. Tava sendo um dia feliz, até que quase morremos, quer dizer, os meninos... eles m-morreram... - Minha voz ficava mais "quebrada" até o ponto de eu não conseguir mais falar e me encontrar em lágrimas. Ainda não havia superado aquilo, ver duas pessoas morrendo, de perto, acho que seria bem traumático pra qualquer um.

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