[Missão Ranger] Patrulha de suspeitos

Garota esperta! Eu realmente era o estranho naquela rota, enquanto as crianças eram os personagens comum ali. Não tinha como negar aquela afirmação, exceto pelo sorriso, que mutava para uma expressão de horror pela presença da adulta responsável, que parecia capaz de matar um Ursaring sozinha se fosse necessário proteger as crianças. Eu fiquei assustado, confesso... Algumas pessoas tinham o dom de se tornar malignos com a expressão que fazia. Engolia em seco perante a mulher estava ali, deixando uma reação mais lenta.

Levantar as mãos fora a primeira reação, não para demonstrar que não estava ali para confusão, mas para tentar impedir que a Mega Tia atirasse um golpe de fogo em mim ou arremessasse a colher de pau... Ok! Era um ranger que lutou contra facções, prendeu malfeitores, desvendou políticos corruptos, mas tinha medo de uma mulher que cuidava de crianças em rota?! Sim! Ela era aterrorizante...

- Desculpa, eu estava passando pelos céus e vi as crianças sozinhas e me preocupei..- queria dizer aquilo?! Possivelmente era uma reposta sincera, afinal, quem deixa crianças sozinhas nas rotas? Fiquei com medo de soar que a culpa era dela? Sim! Mas só pensei nisso depois de falar... Usando o meu rangerpad mostrava o meu distintivo de Ranger.

Togekiss nem se importou com a situação embaraçosa, ou não notou. O Pokémon Fairy acenava sorridente para a tia possuída, já Swablu ficava confuso se deveria temer a mulher ou não.

- Desculpe o mal entendido... Sou ranger, então, é responsabilidade minha a patrulha...

Embora a mulher encarasse Togekiss como uma ave mortal feroz, Togekiss parecia não se importar, em um sorriso bobo ela acenava a asa para a mulher quando a mesma direcionava o termo “pokémon de grande porte”. Togekiss era esperto e entendia que estava falando dele e parecia não se incomodar com a personalidade feroz da educadora. Eu e Swablu, por outro lado, quase fizemos xixi nas calças (swablu na minha cabeça, porque estava lá) de medo de como uma mulher protetora poderia agir perante estranhos. Mas se fosse assim, por que ela deixou os meninos sozinhos? Claro que eu não perguntaria isso nunca!

- Desculpa, mas eu estou em uma missão de identificação de área...- dizia para a mulher. O termo era auto explicação, estava “passeando” para mapear a área em minha mente e encontrar o provável ponto onde estaria sendo o local dos bandidos. Engoli em seco várias vezes seguidas enquanto a mulher ainda encarava torto, com sua pose também torta, com sua personalidade mais torta ainda para mim. Não tenho culpa se eu não tinha agradado a mulher...

A criançada levava tudo na maior resenha, com exceção da garota mais precavida... Embora o pavor quase que patológica da mulher passasse, eu tentava me comportar como o agente sério que eu era (claro, sério kkkk) e assim tentei concordar com a mulher.

- Claro, dividir é importante! Mas realmente eu ultrapassei o meu tempo aqui.- dizia mostrando o relógio aos pequenos, não como se aquilo significasse alguma coisa. - Mas gostaria de falar com a responsável de vocês um momento... Por enquanto, vocês podem brincar com Togekiss! - dizia para os meninos e em seguida me direcionava para a mulher. - A senhora teria um momento? É importante!

Embora tivesse me mostrado como oficial, mais uma pessoa não respeitava aquela patente ou ficava se achando suspeito. Era algo normal em Hoenn ninguém dar moral para rangers. No começo me incomodava mais, hoje, eu faço o meu trabalho e vou saiu, não ligando para a opiniões dos outros. Era diferente de Kanto, em que todo cidadão apoiava as forças rangers... Era algo que me fazia sentir falta de casa... A mulher se portava em minha frente ainda de modo defensivo, embora eu soubesse que ela tivesse me dado uma chance...

- Desculpe mais uma vez o incômodo, sei que deve ter tido um susto ao ver um estranho com as crianças de que é responsável... Mas foi justamente por isso que eu me aproximei... Melhor eu do que outra pessoa, afinal eles estavam sós na rota...- assumia uma postura mais séria, não mais temeroso com a mulher, afinal, era uma reação normal o que ela teve e mulheres conseguem ficar verdadeiramente assustadoras em alguns momentos. - Mas estou na rota em investigação... Segundo nossos relatórios, um grupo de criminosos vieram se esconder nesta rota e eu preciso fazer esta missão de busca com cautela...

Explicava parte da missão para a mulher. Era importante que ela como civil soubesse daquelas informações, pois estávamos cuidado do bem público ali...

- Por isso eu peço que por gentileza, que a senhora e as crianças voltem para a cidade até que a situação normalize na rota... E na verdade, gostaria de perguntar se tem alguma outra pessoa ou algo estranho na rota que chamou a atenção sua...- dizia para ela, ainda muito sério, lembrando que eu era um estranho ali. - Fora eu, claro!- esta última fala era mais de humor para tentar aliviar a tensão que eu tinha colocado....

Ok, ou a educadora se garantia com bandidos ou ela não estava nem ai para mim. Mesmo eu a alertando sobre um perigo eminente, ela preferia permanecer ali com as crianças?! Que pessoa ficaria em uma rota perigosa mesmo sendo alertada? São pessoas como essa que dificultava toda a missão... Se fosse nos velhos tempos, os cidadãos levariam a sério, segurava a mão das crianças e iam morro abaixo de volta para a cidade... Embora minha missão fosse uma, não poderia ignorar civis, mesmo as que vinham com capricho. Tinha total respeito por educadoras, mas aquela era insana!

Como ela estava decidida a ficar, eu não queria fazer uma cena diante das crianças e não era responsabilidade minha, mas também seria muito irresponsável deixa-las ali... Longe de mim querer responde-la e começar uma briga, a Jenny cuide disso. Peguei o celular e digitava uma mensagem para a oficial de Rutsboro, pedindo para entrar em contato com o Colégio Pokémon e suspender as atividades por uma semana. Colocar policiais e rangers na entrada só alarmariam e alertariam os fugitivos e não era isso que eu queria... Mesmo a rota estando sendo patrulhada por rangers, não podemos garantir que eles estivessem por ali o dia todo, não é mesmo?

Por falar em rangers, seria ótimo uma ajuda e depois de agradecer as frutinhas que tinha recebido após a educadora sem noção negar o pedido de deixar a rota, eu montava em Togekiss e assim voávamos pelos céus, enquanto Swablu seguia... Não ia contar ao diretor que ela deixou as crianças por um momento sozinhas, afinal, o meu objetivo não era com ela e com o povo super mal entendido de Hoenn, mas com uma causa muito maior.

Os céus mais uma vez batiam em minha face no voo longe da educadora, torcendo para que ela fosse pedida para retornar ao colégio com as crianças sãs e salvas, mas agora iria tentar evitar que algo pior acontecesse com elas... Embora o relatório mostrasse que aqueles bandidos estivessem atrás de Pokémons, não poderia deixar nenhum civil ficar ferido por conta deles.

O Pokémon júbilo contornava os seus desafios e seguia para o túnel que, conforme a pequena aula antes de ir, seguia para Verdanturff... Se tivesse Ranger, poderia correlacionar aquela missão com ele. Era normal missões em grupos!

 Os cabelos balançavam com o vento que estava batendo em meu rosto. Meus olhos lacrimejavam um pouco, na medida em que eu me aproximava da caverna que a professora tinha dito que tinha visto um ranger entrar... Embora as rotas fossem comuns de terem national guard, eu precisava de apoio naquela missão. Só naquele momento que eu pensei o quão inconsequente a base ranger era em me mandar para uma missão daquele patamar sem reforço, mas isso não seria a primeira vez. Desde que anunciei uma transferência de Kanto para Hoenn os rangers da base me provavam a cada passo.

Togekiss começava a perder altitude, tendo Swablu ao lado, um pouco mais atrás, pois as asinhas da ave azulada não eram o suficiente para poder me seguir naquele voo. Antes de chegarmos ao solo, a vibração do Pokénav chamava não só a minha atenção, como de Togekiss. O Pokémon júbilo encarava com um olhar para cima como se questionasse se aquilo era um toque para mudar o caminho. - Continue, amigão!- respondia a ele, quando percebi que o Pokémon “freava” no ar.

Perdendo a altitude de vez, eu logo estava de volta ao solo e descia das costas... Os primeiros períodos da mensagem eram lidos antes de tocar o chão. Swablu finalmente descia e pousava no meu ombro, mas não conseguia nem dar atenção a ele. Sorridente, Togekiss falava algo para o Pokémon algodão, que eu nem sabia o que era. A mensagem era mais importante, não só porque o narrador preparou um code especial, mas porque vinha de um dos grandes na hierarquia ranger de Hoenn.

Ao fechar o Pokénav, eu logo olhava para cima, como se no meio das árvores ao longe tivesse um letreiro que mostrasse o que eu tinha que fazer. Dava uma pequena olhada em um relógio de pulso. Encarei a entrada da caverna mais uma vez... Eu teria tempo, claro!

- Togekiss, obrigado até aqui! Retorne. - o raio escarlate puxava o Pokémon Fairy para dentro de sua esfera, enquanto a Swablu ficava no meu ombro. - Vamos apenas dar uma olhada na caverna. - dizia dando uma olhada no meu ranger pad, que tinha o bioma das rotas em detalhe, afinal, eram território mapeado (descrição do item diz que faz isso).  Deslizei os meus dedos pela tela por um momento, até guarda-lo e em seguida abrir o meu Rangertools, pegando uma lanterna pequena, fina, mas com uma luz LED potente, que poderia ter a intensidade regulada. Entrei a caverna com o Pokémon no ombro... Agora, Swablu parecia mais contido, não se movendo um músculo dali, era quase que tivesse empalhado (dezulivre).

”Uma olhada, se não achar ninguém, volta!", pensava comigo... Era o tempo de me encontrar com um superior no local demarcado.