Re: [Missão Ranger] Patrulha de suspeitos

por **Ayzen** Qua Jun 17 2020, 16:46

O olhar daquela caverna me fazia pensar sobre quem seria o ranger louco que se estalaria ali... Não parecia um ambiente para estabelecer algum tipo de base, mas apenas de passagem. Meus olhos corriam vagarosamente por dentro daquele túnel escuro. Já era hora do governo colocar alguma fileira de lanternas ali, pois facilitariam em muito o trabalho dos treinadores, além da própria segurança. Os Pokémons habitantes se escoravam ao lado, perto de paredes e pedras... Possivelmente, não atacaram porque se sentiam mais acostumados com aqueles que passavam por ali.

- Com licença! - repetia comigo mesmo, em tom humorado com os Pokémons que se escondiam. Swablu em meu ombro apenas observava, ficando quietinho. Por estar no ombro, sentia a ave ronronando vagarosamente. Ele sentia dificuldade em enxergar o fundo da caverna como eu. A lanterna em minhas mãos fora de grande ajuda. Como ainda tinha tempo até encontrar com o meu superior, prosseguir naquela rota, avançando cada vez mais na caverna.

Eu desacreditava cada vez mais que algum ranger estaria ali, só pela primeira passagem naquela caverna, mas, mais do que isso, eu estava mais esperançoso em acreditar que o mesmo ranger que tinha abordado a educara fosse Karl. Era mais cômodo, com certeza! Mesmo assim, iria avançar até a metade da rota, não tendo nada, retornaria para encontrar a casa em que o SMS tinha me informado.

por **thito** Qua Jun 17 2020, 22:21

Os Whismur parecia minions desajeitados, cambaleando de um lado ao outro numa nuvem de confusão para não trombar com o rapaz que era de quatro a cinco vezes maior que os rosados. Swablu acharia graça se não estivesse com um bocadinho de medo naquele cenário esquisito. Ayzen conseguia sentir o órgão da ave que fazia era dar aquela tremidinha interna - gostosa até de sentir no ombro.

O cadete teve de virar à direita em certo ponto. Ele seguia em frente com cautela por alguns minutos e surpreendentemente NÃO HAVIAM ZUBATS ALI! Hoenn não era de todo mal, não é mesmo? Aos menos os biomas eram mais equilibrados no quesito "pragas de rotas". Mas tal como Zubat, nenhum ranger a vista.

Ay dava meia volta para retornar quando pisou num pedregulho e escorregou, caindo no chão. Swablu, que não era boba, bateu asas e voou. Quando o patrulheiro já não fazia mais nenhum movimento brusco, ela pousou novamente no ombro dele. Só que uma coisa engraçada -ou sinistra, a depender do ponto de vista - era que a pedra parecia estar... chorando? Talvez o ranger devesse pedir desculpas (?), pois a rocha tinha sentimentos. Na verdade ela tinha vida. Um Geodude era identificado ao apontar a luz da lanterna! Ele de mágoa, ficou irritado com aquela luz no meio dos olhos, gritando ameaças ao rapaz.

— Ou ou ou! Calma Geo, tranquilo. Tranquilo... - interveio um homem tão alto quando Kitshomo, só que com maiores proporções de massa... e gordura. - Vocês estão bem?

Foi perguntar isso e o pedregulho de dois braços começou uma longa ladainha apontando para o loiro, junto de algumas mímicas que terminava com um movimento fácil de entender. Ele unia as mãos com a direita fechada e a esquerda aberta, conseguindo inclusive realizar um barulho intimidade até.

— Entendi... - dizia calmamente o homem, olhando então para Ayzen esperando que ele se explicasse.

O personagem não usava nenhuma roupa de ranger - mas o herói em questão também não, né?! - e estava sujo de poeira e fuligem. Suas vestes eram um macacão marrom e botas firmes, junto de um capacete. E no escuro era meio difícil dizer que expressão ele tinha no rosto. Ao menos não indicava que iria cortar a garganta do rapaz ou roubar seu Swablu. Né?

Progressos da Rota:

por **Ayzen** Qua Jun 17 2020, 22:56

Como o narrador bem me lembrou, era bom andar por uma caverna e não ter que batalhar contra um Zubat, que ironicamente era um Pokémon que uma velha amiga disse que ia presenteá-lo. Mas em compensação, enquanto Mt. Moon tinha pokémons demais em cada esquina, Rusturf tinha... pedras?! Sim! Um pedra me derrubava, fazendo-me cair de bumbum no chão e ainda segurar a lanterna com tanta força que eu pensei que tinha quebrado o aparelho... Só exagero meu...

O Geodude (a pedra) se mostrava tremendamente gentil, pois se eu pisasse na cauda de Ambipom, certamente ela devolveria com um Giga Impact! Proporcional, não?

Deixando a ironia de lado, eu levantava ainda com uma das mãos na minha lombar, empurrando aquela musculatura na tentativa falha de tentar alongar e deixar a queda de lado... Aparentemente, a surpresa maior não era a pedra temperamental, era o minerador (?) que aparecia ali. Eu o encarava de forma intrigada, enquanto o via conseguir se comunicar diretamente com seu Geodude, que com uma interpretação interessante, fazia até eu entende-lo, mesmo sem tanta intimidade.

Com Swablu de volta ao meu ombro eu percebia o quão errado eu estava... Mesmo com a lanterna em mãos com uma luz tipicamente forte, eu não conseguia ter acesso total a caverna. Ai um Flash ali! O que me restava era um pedido de: - Desculpa!- bradava quando meus pulmões voltaram a captar ar normalmente, já que com a queda, toda a musculatura do abdômen e da caixa torácica ficava restritamente paralisada por poucos segundos em um estado de apneia. - É minha primeira vez neste túnel e eu nunca pensei que fosse tão escuro, mesmo com uma lanterna boa. – dizia para o homem, relembrando que eu tinha realmente visto no Rangerpad aquela informação, mas ignorei, achando que uma simples lanterna fosse resolver meus problemas de inexperiência ali.

Mais uma vez de pé eu me encontrava com o homem, que embora escuro, era difícil julgar a sua conduta. Claro! Bad guys não eram do tipo estereotipados, mas infelizmente era a primeira coisa que as pessoas notavam. Mas uma coisa eu sabia: traficantes Pokémons não tratavam os outros pokémons tão bem como aquele sujeito tratava Geodude. - Geodude, desculpe-me por isso, eu realmente sou um desastrado e prometo ter mais cuidado aqui. – dizia agora para a pedra, já que o meu primeiro pedido de desculpas tinha sido mais para o sujeito ali - Tá na hora de colocar algumas lanternas aqui, não?

por **thito** Qua Jun 17 2020, 23:14

Ao que tudo indicava, o homem não tinha o arquétipo de criminoso, tão pouco o psicológico, pois tratava o Geodude como trataria uma pessoa. Ele teve empatia e deu ouvidos às reclamações do Pokémon. Por mais que se parecesse com um parceiro de trabalho pesado, ainda sim tinha alguma dignidade e cumplicidade entre os dois.

Ayzen já pedia desculpas ao outro e tratava de explicar que nunca tinha passado pelo túnel antes. Ai ai, os privilégios de um fly. Como é que a gente vivia antes mesmo? Algum noob presente? Bem, aparentemente as pessoas ainda "caminhavam" para acessar cidades, se era possível crer nisso. Mesmo assim, Ay deixou escapar um desabafo de quem não mais fazia esse sacrifício, mencionando a falta de luminosidade ali e o difícil acesso. Ok, aquilo pareceu incomodar o parrudo, pois ele logo respondia:

— Olha, eu não concordo... Tudo bem que facilitaria a nossa vida, mas aqui é a casa de muitos Pokémon que não suportam luz. Eles moram aqui, a gente só ta de passagem... - Enquanto eles falavam mais dois Geodude se juntaram ao homenzarrão e pareciam estar planejando um motim com tantos olhares e apontamentos na direção do loiro. Ao menos isso antes de Ayzen fazer um pedido de desculpas especial para o rochoso. - Quer dizer, pelo menos você está. Eu trabalho aqui perto. Você está indo para Verdanturf, certo? A saída é logo mais adiante, virando a direita.

O homem dizia isso apontando para as costas, mas ele mostrava que tinha intenção de ir na direção oposta, voltando para a rota 116.

Progressos da Rota:

por **Ayzen** Qua Jun 17 2020, 23:23

- Sim, você tá certo!- concordava em número e gênero com o homem que trabalhava ali. Eu logo percebi que a amizade dele com os Pokémons de pedra era algo bem profundo... Ficava na dúvida se eles eram realmente parceiros Pokémons ou se eles eram amigos, mesmo o Pokémon sendo selvagem. Ao ver outros Pokémons se aproximando, logo Swablu tremeu em meu pescoço. Swablu sabia o peso de um rock sobre si e não queria enfrentar nada ali daquele tipo, e nem eu queria causar intriga... Esperava que o meu pedido de desculpas tivesse alcançado também os outros Pokémons, pois era sincero...

Embora o homem se sentisse incomodado por estar ali, eu não o culpava, afinal, eu tinha chegado ali, pisado em um Pokémon e ainda em modificar ainda mais o habitat natural dos Pokémons dali. Que tipo de Ranger eu era? Um bem fake mesmo...

- Na verdade, não... Eu estou voltando para a rota 116...- chamava a atenção do homem com minha revelação, antes dele me deixar ali e eu ter que pisar em outro Pokémon, causando outra confusão. Tudo bem que eu era um patrulheiro, mais especializado em cidades, mas ranger é ranger em qualquer lugar. A imagem de guardinha do IBAMA era claro! - Só vim aqui porque achei que poderia achar uma pessoa aqui, mas estive enganado. Novamente peço desculpas, geodude!- dizia ao Pokémon, esperava que os meus sentimentos alcançasse o Pokémon Rock, pois era chato ter que fazer “inimigos” em rotas.

Embora o homem fosse de poucas palavras, fiquei pensando se ele não era um dos irmãos que trabalhava ali na rota 116 e que era o contato do meu superior... Estava envergonhado no momento para perguntar diretamente, então dei uma pequena corridinha (rápida, mas, cuidadosa) até ele para “acompanha-lo” até voltar para rota 116.

por **thito** Qui Jun 18 2020, 00:51

O homem ligava uma lanterna que era acoplada ao capacete, de potência e altura perfeita para enxergar todos os obstáculos a uns 10 metros de distância, fazendo a mini lanterna de Ay brochar na companhia. Inclusive, ao perceber que o rapaz estava voltando para a rota, e não só isso, mas pegando carona na visão dele, o personagem deu uma risadinha e então falava:

— Hmm, olha, já está quase na hora do almoço. Acho que meus irmãos não se importariam de botar mais água no feijão. - Ele gargalhava com uma vivacidade que parecia ser o homem mais bem aventurado do mundo, mesmo aparentando ter tão pouco. - Se quiser está convidado!

E em poucos instantes eles viam a luz do sol. O próximo caminho? Sim, ele estava se dirigindo à cabana logo ao lado do túnel. A mesma indicada por Karl, superior de Ayzen. Seria uma conspiração de Giratina ou uma benção de Arceus? Ao menos ele fora convidado.

Progressos da Rota:

por **Ayzen** Qui Jun 18 2020, 14:32

Eu me senti intimidado perante aquela lanterna acoplada no capacete do homem trabalhador. Embora a minha lanterna led fosse forte e emitisse uma luz constante, nunca que iria chegar à potência daquela lanterna em minha frente. Aquilo sim iria ser melhor que um Flash de algum Pokémon. - Nossa, muita gentileza sua!- dizia ao homem quando retornamos para a rota 116, indo em direção a sua casa. - A propósito, não me apresentei... Chamo-me Ayzen Kitshomo!- identificava-me ao homem de bom humor. Parecia que todo o incidente com Geodude tinha ficado para trás.

Com luz matutina, Swablu pareceu se sentir melhor e menos claustrofóbico. Eu confesso que tive um certo incomodo também, afinal, tinha do claustrofóbico quando criança. Mas agora que estava indo de volta ao ponto de encontro que era visto e marcado com Karl Nabokov, eu começava a pensar que o ranger que a professora tinha visto era o líder da corporação ranger (embora ele deveria alertar a profissional do perigo).

- Senhor, eu estou à procura de um Ranger de nome Karl Nabokov – revelava por completo as minhas intenções... Pegava mais uma vez o Pokénav para conferir a mensagem do superior, para confirmar. - Na verdade, acredito muito que ele tenha me pedido para encontra-lo na casa de uma “família de irmãos que trabalham nas cidades que a rota faz conexão”. – lia para ele, tentando mostrar que eu era um ranger também e fazia parte da missão em que ele e seus irmãos ficaram de servir de vigias...

por **thito** Qui Jun 18 2020, 18:58

O homem se apresentava como Mike.

— Ah, sim! Ele esteve aqui na semana passada e parece que meu irmão mais velho tem alguma informação que antes não tinha. - Ele falou como se não soubesse do que se tratava o assunto ou como se confiasse que os rangers resolveriam tão breve quanto resolveram a intriga na caverna. - Você é parceiro do Ranger Karl ou algo do tipo? Ele me pareceu ser um grande homem.

A caminhada durou cerca de dez minutinhos até a cabana. Era bem rústica, mas tinha o seu charme. Só por ser afastado da cidade, encostado na montanha que se estendia ao norte da rota, ela ganhava aquele ar pitoresco de casa do campo, mas não só por isso, ela também era toda de madeira. Aparentemente a família que morava ali era bem conectada com a natureza e respeitava os limites dela.

imagem meramente ilustrativa

Ao entrar, Ayzen via que eles não tinham luxo. A casa de dois andares fora projetada em conceito aberto. A porta dava logo na sala de estar, onde era possível ver a mesa de jantar e mais adiante a cozinha! Um corredor desdobrava para o que devia ser o acesso ao banheiro, quartos e ao andar superior. A decoração era bem simples, ainda deixando a madeira ganhar destaque. Os móveis também tinham aspecto rústico entre tons claros e escuros de madeiras diferentes, mas que criavam uma harmonia no interior da casa.

— Gente, esse é o Ayzen, amigo do Ranger Karl. Veio esperar o colega aqui em casa, então convidei ele pra almoçar - disse o homem, adentrando a casa e deixando o patrulheiro a vontade, como se já fosse de casa.

— Muito prazer, rapaz, seja bem vindo. O almoço deve sair em breve. Gostaria de me ajudar a preparar a mesa? Vamos ter tempo para conversar depois de comer - recebia um outro homem, tão alto quanto o primeiro, só que mais magro. - Ah, nada de Pokémon em casa, desculpa.

Isso foi tanto para os Geodude, que davam a volta, já sabendo seu lugar, quanto para Swablu.

Tinham dois homens cozinhando na cozinha que só deram acenos e saudações breves. Pareciam bem ocupados por agora.

Progressos da Rota:

por **Ayzen** Qui Jun 18 2020, 19:59

Aquele lugar era bem aconchegante, tendo um ambiente realmente muito campestre. Meu olhar parecia encantado, como uma criança que vai à Disney pela primeira vez. Era simples, muito simples, mas eu adorava aquela conexão com a natureza que aquele ambiente proporcionava. Apertava a mão do próximo irmão, e apenas assentia positivamente para os que cozinhavam. Era uma família interessante... Infelizmente, Swablu tinha que retornar para Pokébola, onde ficaria ali por um tempo, enquanto parecia que as informações só seriam repassadas após o almoço, o que para mim poderia ser positivo, afinal, era quando o Karl estaria ali.

- Ele, na verdade, é o meu superior!- informava aos irmãos ali.

Ajudei a colocar a mesa, claro, como convidado eu teria que mostrar seus modos. O cheiro me agradava, mas afinal, adorava comer, então, tudo bem. Logo em seguida eu pedia permissão para usar o banheiro ou um quarto para me trocar e foi assim que eu despia as vestes civis para as vestes rangers. Uma calça bege escura era usada, com vários bolsos, certamente, para equipar de itens necessários em missões na natureza, caindo sobre uma bota negra de couro, bem amarrada, deixando claro que ela proporcionaria horas de caminhada e em terreno até mais hostil. Tinha uma blusa preta bem rente ao corpo, cujo tecido era gélido, permitia uma boa transpiração e proteção até de chuva. Por cima, o típico colete laranja aberto, com um pequeno símbolo Ranger Co. costurado na altura do peito, que era possível de se identificar só de perto. O boné finalizava o “look”. Tinham umas luvas alaranjadas, que revelavam os dedos, que permitia o apoio consistente de vários objetos, assim como preservaria a percepção das pontas dos dedos, mas que eu deixaria para usar depois.

Não sabia como Karl era, em sua personalidade, mas se fosse rigoroso e tradicional, poderia exigir o uniforme, e ele não estaria errado. Logo corria até a sala para verificar se tinha alguma coisa ainda faltando, perguntando se eles queriam ajuda em mais alguma coisa referente aos afazeres da casa.

por **thito** Qui Jun 18 2020, 21:24

Explicado a relação do rapaz com o ranger que esteve ali na outra semana, Ay gostaria de se trocar - e de repente usar um desodorante pra ficar cheiroso pro chefe - perguntando se e onde poderia fazer isso, ao terminar de ajudar a botar a mesa. O irmão que estava com ele dizia:

— Claro rapaz, o banheiro é a primeira porta no corredor, fica a vontade. Tem também um pequeno centro pokémon no último quarto, caso precise cuidar dos seus companheiros, só tenha paciência, porque ela é meio lentinha. Se for fazer alguma transferência ela demora de 2 a 5 horas. Sem brincadeira, é bem por aí mesmo.

Enquanto Ayzen ~~ficava sexy~~ vestia o uniforme e dava uma ~~lambida no narrador~~ checada no CP se assim desejasse, o aroma da refeição do meio da tarde foi tomando conta de todo o chalé. Tinha muita carne e bastante verdura. Como eram trabalhadores que pegavam no pesado, era importante manter uma alimentação balanceada e eles tinham isso na mesa. Tantas cores e temperos faziam todos ali salivar, mas Ay só tinha conhecido 4 irmãos e a mesa fora preparada para 6 pessoas...

Bom, querendo ser útil, o homem que colocava as últimas coisas na grande mesa tinha sim uma tarefa para ele.

— Nos fundos da casa tem um pomar. Pode pegar algumas frutas para eu fazer um suco? - pediu um dos irmãos da cozinha.

Ayzen não precisou procurar muito. As árvores eram baixinhas, mas tinham muitos frutos. Os vermelhos pareciam mais maduros, tendo um aroma doce e cítrico ao mesmo tempo. Ele reunia um punhado, o bastante para 6 pessoas e voltava pra dentro, ajudando o outro a bater no processador e coar o sumo das frutas, adicionando água e só um pouquinho de mel para balancear.

Logo o irmão que faltava ser apresentado surgia com o outro que estava sujo anteriormente. O homem que Ay conheceu estava de banho tomado e roupa limpa! Uma nova e cheirosa pessoa. Já o novo integrante aos olhos do ranger era realmente mais velho que os demais. Com os pelos esbranquiçados e a pela mais flácida, ele se apresentava como Clark, cumprimentando o cadete. Todavia, apesar de aparentar ser mais velho que os demais, sua forma física parecia impecável! Era difícil dizer se estava nos seus 40 ou 50.

De toda forma, eles se sentaram diante da comida e depois de uma breve prece, puderam se deliciar!

A refeição estava perfeita, tinha arroz e batatas para acompanhar todo o resto, inclusive um pouco de chili para os que gostava de uma picancia. Depois que terminaram, os que arrumaram a mesa tiveram que lavar a louça (regras da casa) e isso incluía o convidado.

Enquanto Ayzen ajudava a secar os pratos, alguém batia na porta. Clark recebia a visita. Como o cômodo era em conceito aberto, o ranger pode ver quem chegava. Um homem de pele bem bronzeada e de sorriso largo, vestindo as mesmas roupas que ele agora usava. Karl era recebido com um forte aperto de mão, sendo convidado para entrar e ficar a vontade na sala enquanto esperavam o outro ranger para conversar. Antes de se sentar, o líder mirou Kitshomo nos olhos e deu uma piscadela, já que não podia simplesmente gritar ou invadir a casa para cumprimentá-lo. Bastou esse pequeno gesto para que Ay soubesse quem ele era, para então poder voltar a atenção para Clark.

— Fico feliz que mandou resposta assim que entrei em contato Karl. Da última vez que esteve aqui perguntando sobre algo de estranho ou diferente pelos arredores nós não tínhamos a informação, porque simplesmente não estávamos atentos para algo do gênero. Mas depois que comentou, eu fiquei alerta e na noite de sábado, Mike achou ter visto algumas pessoas nos limites da rota. Eu logo estranhei, porque ninguém em sã consciência se aventura por aqui tão tarde. A rota não tem iluminação, muito menos o túnel. Ele achou que deviam ser adolescentes, mas eu ainda estava com dúvidas. Coisa de irmão mais velho, né.

Ele interrompia a fala para pegar um copo de suco que serviam tanto para ele quanto para os rangers. Depois de lubrificar a garganta, continuava.

— Dai ontem eu fiquei de tocaia. Lá de cima não da pra ver tanta coisa, ainda mais por conta das árvores, mas eu estive atento e também vi uma movimentação quando estava tarde da noite. Já tinham passado das 23h e estava muito escuro para serem treinadores ou jovens se aventurando. Não penso ser acaso sua visita com esses episódios. Eu só não saí de casa para conferir, achei melhor marcar um encontro para reportar.

Karl estava bem atento à história de Clark. Em verdade ele não parecia ser tão mais jovem. Talvez tivesse o dobro da idade de Ayzen.

— Fez muito bem senhor Clark. Com nossas suspeitas, só Arceus sabe o que poderia ter acontecido se tivesse ido verificar. Que bom que seguiu minha recomendação e nos avisou. Será que pode nos acompanhar e mostrar onde, mais ou menos, viu essa movimentação suspeita?

Nabokov dava a intenção de que iria levantar e encarava Kitshomo, como quem perguntasse se ele os acompanharia ou não.

OFF: Posso ter exagerado um cadinho no tamanho do post, mas coisas importantes estão acontecendo, então atenção rs

Progressos da Rota:

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