Deixe-me te provocar um pouco mais. Quero me defender das acusações iniciais; outrora você disse que um treino chato e monótono não resolveria minha situação, mas aqui caro Narrador, quero te dizer que está completamente enganado. Pouco me satisfaz mais que um retorno claro e óbvio; e Sif provara para mim que compensava continuar.
Era envolta pela melancólica sensação de que nada tinha sentido que Sif simplesmente me golpeara na boca do estômago. Figurativamente, é claro; apesar de não ter dor física envolvida, meu ego fora abalado mais uma vez. A pokémon sorvete era interpelada por Regin que parecia ser astuta o suficiente para tomá-la a moeda. Por um instante eu pensei que um choro tomaria o ar e ecoaria naquele terreno emparedado & vazio. Ledo engano, cara Winnie. O que tomou o local solitário e mórbido foi uma luz.
Há quem diga que luz é esperança; que luz é bela, segura, é isso e aquilo, blá blá blá. Eu não acredito nisso. Luz cega; luz machuca. Luz - propriamente dita - atrapalha. Quem gosta de Luz não tem um pingo de Astigmatismo; e também come muita Cenoura no almoço. Eu não gosto de luz. Até gosto de cenoura, mas não de luz... e apesar de já saber que doeria, eu preciso admitir que aquela luz... bem, aquela luz doeu bem mais do que deveria.
Doeu porque fora um impacto terrível; eu estava pensando em mim. Até no treino de outrem, eu estava pensando em mim. Na minha utilidade, no meu crescimento, na minha ignorância, na minha salubridade. Eu esqueci por completo que evoluir meus pokémons é pura e simplesmente evoluir meus pokémons; nada diz respeito à Winnie Freda. Treinar, crescer, maximizar e evoluir não é sobre mim, é sobre eles.
Até porquê, não é nosso direito deixá-los na mesmice.
Sif então evoluiu, dando-me um soco na boca do estômago. Útil a mim ou não, é direito dos meus pokémons crescerem e é meu papel dar-lhe o direito, as condições e os princípios para tal. Também é meu papel me certificar de que eles terão a melhor das orientações quando se meterem em batalhas; e de quebra fazê-los sofrer na menos instância possível, já que o sofrimento em si é inevitável à vida.
Pensar na ética da batalha não vem ao caso. Pense bem, todos os pais criam filhos para colocá-los em arenas simbólicas. Vestibulares, concursos, rankings, competições... quase nada no mundo é rentável sem competir; o Ser Humano o fez assim. Quem sou eu para mudar isso nessa altura do campeonato? O máximo que posso fazer é proteger, criar e fazer-crescer meus pokémons. Não há outra forma de garantir o sucesso de quem crio & amo, ou ainda, de quem eu me disponibilizei para cultivar.
A luz parara a tempo, mas eu demorei retomar a visão. A melancolia tomou conta da minha pressão-arterial e de meu batimento cardíaco. Quase tudo em meu corpo acontecia mais devagar, inclusive a pura e simples retomada neurológica. Quando voltei - e me desculpe pela burrice, caro narrador, mas o masoquismo me compeliu a olhar aquele brilho estonteantemente perigoso - era óbvio que não veria mais Vanillite. O sorvete se tornara maior; Vanilish. Sinceramente? Fico contente por tê-la chamada de Sif, ao menos não terei que pensar em produto-de-limpeza-vanish quando fosse lhe ordenar golpes.
Aproximei-me da evoluída. Aqui eu ainda não estava feliz, mas posso te afirmar uma coisa: eu já não estava mais triste. Talvez com raiva... ou ainda apática. Mas triste? De jeito nenhum. Pois bem, mostrei-a um golpe; Blizzard - uso único:
- Agora que cresceu, acho que tem força o suficiente para usar esse golpe, não é? - Inseri o CD no aparelho digital e mostrei a tela para a pokémon - A gente vai substituir o Icy Wind... inclusive, podemos começar com ele e entender como o golpe escala, ok?!
Só isso. Não precisava de muito mais: eu ainda teria que mostrar outros dois TMs, uma para Togekiss e outro para Electabuzz. Fiz, cada um em seu tempo. O primeiro seria Psyshock, que substituiria o Sweet Kiss. O segundo era Earthquake, que substituiria o Thunderbolt. Para cada um, daria uma instrução um tanto quanto diferenciada:
- Hela, acho que podemos tentar usando os socos que você acabou de aprender no chão. Só um impacto forte não vai produzir um terremoto, você tem que manter o tremor por um tempo, então vários impactos fracos e rápidos parecem mais úteis, na minha opinião - Dessa vez fresei que era apenas minha opinião; deixando claro que ela poderia vir a ter o próprio método. Quero pontuar o porquê de ter dito primeiro à Hela, apesar de Bragui ser o primeiro a ver o CD. Isso aconteceu porque ao mostrar a screen ao pokémon voador, fui direto para a elétrica. Como já estava ali, comecei dali mesmo. Bem, logo depois da fala, fui até o não mais recém-nascido - Bragui, vamos começar com o Stored Power, ao menos para situar a energia psíquica.
Oh, estou fora do meu banco, né? Dessa vez nem me vi levantar. Foi um lapso; já não tenho mais memória de como (ou quando) aconteceu. Importante dizer que, antes de (cogitar) voltar para lá, dei uma breve passada no treino de status de meus pokémons. Todos iam bem; salvo Regin que saia para acumular coisas. Ok, ok, isso não é ir mal, além de ter me dado uma ideia um tanto quanto agradável; mas eu teria que sair de meu movimento passivo. Aproximei-me e pedi para que mostrasse suas mangas; sem muito charme, Regin fez. A pokémon logo me revelou a moeda - que eu já sabia estar com ela - um tanto quanto envergonhada. Não briguei. Longe de mim, apenas a tomei para mim por um mísero instante.
Fechei uma das mãos com o polegar para dentro, posicionei o punho na Vertical, coloquei a moeda no topo do dedão dobrado e retirei o dedo rapidamente, numa espécie de "catapulta". Com o ato, rodopiei a moeda no ar e a deixei cair em algum canto do Trick Room:
- Faça assim, vá lá, ache e pegue primeiro que eu. Se me ganhar três vezes, a moeda é sua, caso contrário, retorno à Sif - Eu me prepararia para correr, mas não sem antes gritar às duas outras treinadas algumas informações - Oh, uma voz na minha cabeça tirou as palavras da minha boca e deu a ideia que eu daria a vocês. Como eu não quero dar o braço a torcer, vou fazer isso só depois. Agora eu vou dizer para vocês tentarem maximizarem a área do golpe especial de vocês e tentarem também afetar o balde da coleguinha. Fiquem se atrapalhando! Quem conseguir primeiro ganha.
Pela primeira vez - ao fim de um post - eu não voltaria para meu banco. As coisas estão mudando aos poucos... né?
Era envolta pela melancólica sensação de que nada tinha sentido que Sif simplesmente me golpeara na boca do estômago. Figurativamente, é claro; apesar de não ter dor física envolvida, meu ego fora abalado mais uma vez. A pokémon sorvete era interpelada por Regin que parecia ser astuta o suficiente para tomá-la a moeda. Por um instante eu pensei que um choro tomaria o ar e ecoaria naquele terreno emparedado & vazio. Ledo engano, cara Winnie. O que tomou o local solitário e mórbido foi uma luz.
Há quem diga que luz é esperança; que luz é bela, segura, é isso e aquilo, blá blá blá. Eu não acredito nisso. Luz cega; luz machuca. Luz - propriamente dita - atrapalha. Quem gosta de Luz não tem um pingo de Astigmatismo; e também come muita Cenoura no almoço. Eu não gosto de luz. Até gosto de cenoura, mas não de luz... e apesar de já saber que doeria, eu preciso admitir que aquela luz... bem, aquela luz doeu bem mais do que deveria.
Doeu porque fora um impacto terrível; eu estava pensando em mim. Até no treino de outrem, eu estava pensando em mim. Na minha utilidade, no meu crescimento, na minha ignorância, na minha salubridade. Eu esqueci por completo que evoluir meus pokémons é pura e simplesmente evoluir meus pokémons; nada diz respeito à Winnie Freda. Treinar, crescer, maximizar e evoluir não é sobre mim, é sobre eles.
Até porquê, não é nosso direito deixá-los na mesmice.
Sif então evoluiu, dando-me um soco na boca do estômago. Útil a mim ou não, é direito dos meus pokémons crescerem e é meu papel dar-lhe o direito, as condições e os princípios para tal. Também é meu papel me certificar de que eles terão a melhor das orientações quando se meterem em batalhas; e de quebra fazê-los sofrer na menos instância possível, já que o sofrimento em si é inevitável à vida.
Pensar na ética da batalha não vem ao caso. Pense bem, todos os pais criam filhos para colocá-los em arenas simbólicas. Vestibulares, concursos, rankings, competições... quase nada no mundo é rentável sem competir; o Ser Humano o fez assim. Quem sou eu para mudar isso nessa altura do campeonato? O máximo que posso fazer é proteger, criar e fazer-crescer meus pokémons. Não há outra forma de garantir o sucesso de quem crio & amo, ou ainda, de quem eu me disponibilizei para cultivar.
A luz parara a tempo, mas eu demorei retomar a visão. A melancolia tomou conta da minha pressão-arterial e de meu batimento cardíaco. Quase tudo em meu corpo acontecia mais devagar, inclusive a pura e simples retomada neurológica. Quando voltei - e me desculpe pela burrice, caro narrador, mas o masoquismo me compeliu a olhar aquele brilho estonteantemente perigoso - era óbvio que não veria mais Vanillite. O sorvete se tornara maior; Vanilish. Sinceramente? Fico contente por tê-la chamada de Sif, ao menos não terei que pensar em produto-de-limpeza-vanish quando fosse lhe ordenar golpes.
Aproximei-me da evoluída. Aqui eu ainda não estava feliz, mas posso te afirmar uma coisa: eu já não estava mais triste. Talvez com raiva... ou ainda apática. Mas triste? De jeito nenhum. Pois bem, mostrei-a um golpe; Blizzard - uso único:
- Agora que cresceu, acho que tem força o suficiente para usar esse golpe, não é? - Inseri o CD no aparelho digital e mostrei a tela para a pokémon - A gente vai substituir o Icy Wind... inclusive, podemos começar com ele e entender como o golpe escala, ok?!
Só isso. Não precisava de muito mais: eu ainda teria que mostrar outros dois TMs, uma para Togekiss e outro para Electabuzz. Fiz, cada um em seu tempo. O primeiro seria Psyshock, que substituiria o Sweet Kiss. O segundo era Earthquake, que substituiria o Thunderbolt. Para cada um, daria uma instrução um tanto quanto diferenciada:
- Hela, acho que podemos tentar usando os socos que você acabou de aprender no chão. Só um impacto forte não vai produzir um terremoto, você tem que manter o tremor por um tempo, então vários impactos fracos e rápidos parecem mais úteis, na minha opinião - Dessa vez fresei que era apenas minha opinião; deixando claro que ela poderia vir a ter o próprio método. Quero pontuar o porquê de ter dito primeiro à Hela, apesar de Bragui ser o primeiro a ver o CD. Isso aconteceu porque ao mostrar a screen ao pokémon voador, fui direto para a elétrica. Como já estava ali, comecei dali mesmo. Bem, logo depois da fala, fui até o não mais recém-nascido - Bragui, vamos começar com o Stored Power, ao menos para situar a energia psíquica.
Oh, estou fora do meu banco, né? Dessa vez nem me vi levantar. Foi um lapso; já não tenho mais memória de como (ou quando) aconteceu. Importante dizer que, antes de (cogitar) voltar para lá, dei uma breve passada no treino de status de meus pokémons. Todos iam bem; salvo Regin que saia para acumular coisas. Ok, ok, isso não é ir mal, além de ter me dado uma ideia um tanto quanto agradável; mas eu teria que sair de meu movimento passivo. Aproximei-me e pedi para que mostrasse suas mangas; sem muito charme, Regin fez. A pokémon logo me revelou a moeda - que eu já sabia estar com ela - um tanto quanto envergonhada. Não briguei. Longe de mim, apenas a tomei para mim por um mísero instante.
Fechei uma das mãos com o polegar para dentro, posicionei o punho na Vertical, coloquei a moeda no topo do dedão dobrado e retirei o dedo rapidamente, numa espécie de "catapulta". Com o ato, rodopiei a moeda no ar e a deixei cair em algum canto do Trick Room:
- Faça assim, vá lá, ache e pegue primeiro que eu. Se me ganhar três vezes, a moeda é sua, caso contrário, retorno à Sif - Eu me prepararia para correr, mas não sem antes gritar às duas outras treinadas algumas informações - Oh, uma voz na minha cabeça tirou as palavras da minha boca e deu a ideia que eu daria a vocês. Como eu não quero dar o braço a torcer, vou fazer isso só depois. Agora eu vou dizer para vocês tentarem maximizarem a área do golpe especial de vocês e tentarem também afetar o balde da coleguinha. Fiquem se atrapalhando! Quem conseguir primeiro ganha.
Pela primeira vez - ao fim de um post - eu não voltaria para meu banco. As coisas estão mudando aos poucos... né?
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O Mahiro é o melhor do mundo <3