Pokémon Mythology RPG
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Ato 02 — Vendeta.

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descriptionAto 02 — Vendeta. - Página 14 EmptyRe: Ato 02 — Vendeta.

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Em desejo de unirem as almas novamente em um duradouro contato como já fizeram antes, entreolharam-se no momento em que Emma rumou à porta fugindo daquele homem que tanto trateou seu psicológico. Era nítida a vontade de ambos em juntarem-se em um duradouro abraço e o que mais pudesse, afinal, enquanto a culpa assaltava as lembranças do lado do treinador, o sentimento despertado pela angelical loura prevalecia — quiçá, ainda mais forte — vendo Nicholas enfrentar rockets que, outrora, tinha chance alguma.

Presos em devaneios, foi-se ouvi o barulho do revólver, disparando contra Nico mais uma vez. Habilmente, o inseto fantasmagórico conjurava a barreira protetiva mais uma vez, rebatendo os projéteis para qualquer canto remoto daquele cômodo. Forçado pela ação hostil do malfeitor, Nicholas tornou sua atenção para o embate; ao vencer o rocket, teria todo o tempo do mundo para sentir-se quente entre os braços ternos de Emma.

Combatendo o bandido, o mesmo não sabia se a mesma avançava para fora do cômodo em direção ao exterior ou mantinha-se ainda no apartamento; deixou Ninjask cuidando da retaguarda da loura, e em dois dias, o treinador confiava piamente em seu inseto alado. Se aquela ruiva volvesse a aparecer, o mesmo utilizaria de sua agilidade para espantá-la, a fim de garantir o bem estar de Emma — naquela interação tão ínfima, percebera o laço forte entre os dois.

A luta seguia.

Os combates anteriores esvaíram boa porção da energia dos pokémons de Nicholas. O lagarto já beirava a exaustão, enquanto Mightyena conseguia se manter de pé por ainda mais algum tempo — possivelmente, aguentar mais um ataque avassalador da toupeira de Unova. O único ataque do canídeo contra o fantasma fora o suficiente para que Shuppet arfasse em tentativa desesperada de repor sua vitalidade. A paralisia almejada por Nico não viera com o sopro dracônico violáceo de Charmeleon, causando um leve dano.

Os orbes cerúleos bailavam pelo recinto, hora ou outra de relance entre o rocket e suas criaturas. A desvantagem naquele cenário era imensa apesar da velocidade de suas criaturas. Por precaução, apenas deixou o spray medicinal em suas mãos enquanto com um balançar sucinto com a cabeça pedia para que Shedinja ficasse alerta, afinal, não era o combatente ideal para a situação. Nicholas não utilizaria o remédio ainda, afinal, conseguia ver uma saída naquela ocasião melindrosa.

Em fúria, os olhos de Charmeleon cintilavam no mais puro e vivo carmesim. As chamas em sua cauda aumentavam exponencialmente simultâneo ao seu bramido: sua habilidade especial era ativada enfim. Naquele instante, em sua própria mente, Nicholas pedia perdão ao seu inicial por ainda não o curar, afinal, sua exaustão poderia trazer a vitória e a libertação de Emma.

Ordenou, por fim:

— Charmeleon, Fire Fang em Drilbur e depois em Shuppet; Mightyena, Assurance em Drilbur e depois em Shuppet.

Baseado nos dois embates anteriores, o louro não percebera algum ataque protetivo da toupeira, sendo o mesmo utilizado para ofensivas veementes — seus ataques mostravam seu poder. Por mais problemático que Shuppet pudesse ser no futuro, Drilbur representava problemas que, se não fosse resolvido logo, colocaria Nicholas de joelho — novamente — à mercê do rocket; não era o que queria.

Buscava causar dano com o ataque de fogo de Charmeleon apoiado em sua habilidade especial, e depois, no poder dobrado que o Assurance lhe dava. Seus olhos semicerravam-se em nervosismo; era uma estratégia arriscada, mas tinha de ousar, pois só tinha mais um único medicamento e teria de usá-lo com sabedoria.

O rocket ainda não havia comandado. Bastava aguardar então.

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Quarta, 17h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 20ºC"  



Em frente do seu inimigo, Nico se via diante de golpes poderosos, que preenchiam o pequeno quarto de pedra. Era difícil se locomover ali. Felizmente, Shedinja permanecia ao lado de Nicholas, como um guarda protetivo, como um anjo da guarda. Mesmo assim, o menino confiava em seus Pokémons. Ambos estavam nas últimas e queriam vencer aquele combate, mas a exaustão batia cada vez mais em frente deles. Mightyena e Charmeleon não iria sair dali!

- Protect e Rock Slide. Shuppet, use Hex e Will-of-wisp em Mightyena.

O tom de ameaça ainda existia na voz do Rocket, que apontava ainda a arma para Nico, mas sabendo que todos os Pokémons dele estavam tunados de Protect. Charmeleon, possesso de Blaze, caia sobre o corpo do Ground, que se envolvia no escudo esmeralda que tanto apareceu nesta rota. Mightyena vinha logo atrás. Os golpes chocavam-se na energia e fazia com que os Pokémons fossem jogados para trás, enquanto Shuppet aparecia com Hex sobre o corpo do canino, que resistia. [-7 HP| 9]

Shuppet era o novo alvo. Charmeleon usava uma pedra como impulso e saltava com Fire Fang sobre o corpo do fantoche, que caia no chão. O problema era que mais uma nova remessa de rochas surgia no quarto, preenchendo os espaços que ainda estavam visíveis e lançando o Fire e o Dark no chão. Imediatamente, Shedinja ficava na frente do seu treinador, enquanto um sorriso sádico surgia na cara do meliante... A arma era apontada para Nicholas.

– Drilburr, soterre-o: Rock Slide!




       

Charmeleon:
Fainted
Mightyena:
Fainted
Hold Item 1:
--
Hold Item 2:
---
Trait 1:
Blaze
Trait 2:
Intimidate

lv24 Charmeleon


0/62
lv25 Mightyena


0/70
Ato 02 — Vendeta. - Página 14 CharmeleonAto 02 — Vendeta. - Página 14 Mightyena
Ato 02 — Vendeta. - Página 14 DrilburAto 02 — Vendeta. - Página 14 Shuppet
lv28 Drilbur


60/72
lv24 Shuppet


0/55
Trait 1:
Sand Rush
Trait 2:
Insomnia
Hold Item 1:
--
Hold Item 2:
--
Drilbur:
Normal
Shuppet:
Fainted

Campo: Quarto pequeno e escuro, várias pedras no chão de vários tamanhos. +20% de Power em Golpes darks.

Progresso da Rota - Nico :

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“O quê? Desde quando ele aprendeu a usar o Protect? Nas outras vezes que batalhei com ele, ele nunca nem cogitou em usar esse movimento. Filho da puta”, praguejou Nicholas. Rangeu os dentes ao ser pego de surpreso, afinal, pensou que os movimentos pensados outrora seriam o suficiente para nocautear os dois, todavia, fora pego desprevenido.

Por conta da exaustão das batalhas anteriores, viu seu time ceder à exaustão, estatelando contra o chão frio daquele cômodo. Com o revólver apontado na direção do louro, deu mais algum comando para que Drilbur avançasse com as mesmas rochas utilizadas para nocautear seu inicial e seu canídeo. Apenas olhando com o canto dos olhos, alertou Shedinja, que se colocou entre os pokémons caídos do treinador e o rocket.

— Protect — exprimiu.

Por detrás da energia esmeralda, aproveitou o tempo para ir até Mightyena, borrifando o derradeiro medicamento, apostando todas as suas fichas no noturno. A ocasião era, de fato, crítica, a tal ponto que Nico pensava apenas em como salvar suas criaturas enquanto sucumbia ao abraço gélido da morte, que seria trazida pelos disparos do revólver do inimigo. Passou em sua cabeça chamar Ninjask para ajudá-lo, mas não o faria; assim como Emma havia se sacrificado para protegê-lo, era a sua vez de deixá-la livre, mesmo que custasse o seu sopro de vida.

Borrifado o spray sobre o corpo do noturno quadrúpede, rapidamente ordenava aos pokémons ainda em pé:

— Recue, Shedinja. Mightyena, avance com Swagger!

Uma gota de suor fria percorreu a face do louro. O golpe era uma faca de dois gumes, afinal, deixaria a toupeira com poderes ofensivos ainda mais avassaladores em troca da confusão. Torcia Nicholas para que a condição o ajudasse naquela ocasião que sua própria vida estava em jogo.

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Algum dia, 14h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 19ºC"  


A queda da dupla de Nico fora cruel. As pedras que preenchiam o quarto estavam ocupando o verdadeiro espaço. Enquanto o menino pós a correr até o seu Pokémon, era o tempo em que vários Rock Slide soavam pelo campo, enquanto Mightyena começava a acordar, mas já era pego por rochas que se chocavam contra o seu corpo... O canino rodopiava em campo, enquanto SHedinja projetava o seu escudo a frente de Nico, protegendo o menino, que só teve que pular algumas pedras.

Diante do quarto pequeno, o uivo de Mightyena era um sopro de súplica, deixando Drilbur bem confuso e cambaleando pelo local. Mas isso não impediu de lançar mais uma sequencia de Rock Slide. Mais rochas eram conjuradas pelo Ground que voava pelas paredes, pelos cantos do quarto, destroçavam a porta e faziam um buraco ali, assim como no lobo. Mightyena caia e a arma mais uma vez era apontada para Nico e seu Shedinja, que mesmo sem expressão, sentia o peso daquela pressão.

- Últimas palavras, otário?- sorria em seu sádico jeito de tentar ser o superior ali, enquanto armava a sua pistola, apontando para Nico, na verdade, primeiro para Shedinja. Era possível ver a satisfação do Rocket, que o pedia para Drilbur tirar Shedinja da frente, enquanto ele executaria o seu tiro final, o de misericórdia. Se Nico fosse filho de Devon, agora, o homem de negócios veria apenas o corpo!

Drilbur saia da confusão por conveniência dos dados do mestre, tirava Shedinja da frente do seu treinador. O jovem estava encurralado, pelo cano de uma pistola, que estava pronta para disparar... Talvez o corpo dele ficasse ali por semanas, até o fedor incomodar os outros residentes que iriam entrar para ver o corpo do garoto deteriorando. Talvez Charmeleon e Mightyena que estava deitado ali acordassem e cuidassem dos restos do seu treinador...

Diante da perca de esperança, mas coração feliz por ter libertado a sua amada, Nicholas se entregava feliz, pois abraçava a morte como uma velha amiga, um pequeno preço a si pagar para ver a outra livre. Pois, isso era amor! Colocar sua própria necessidade, acima de todos! Talvez fosse aquele sentimento tão puro que tivesse unido os caminhos de Nicholas e Emma. Talvez fora isso que Natu captura diante da rota 101 e de Rutsboro, ao ponto de seguir o treinador por todo o caminho...

Sim! Natu estava em cima do ônibus que Nico passara, estava no teto do Centro Pokémon. Comeu os restos do prato do loiro, assim como a ave estava ali, encarando a alma negra, com uma ponta de amor, que se sobressaia mais do que todas as trevas do menino. Por falar nisso, ele estava lá! Seu corpo se materializava na penumbra da sala escura, o quarto que fora usado de cativeiro. Suas penas verdes logo se destacavam no escuro, mas não estava sozinho! Um corpo dourado o seguia. Os passos saiam da escuridão, revelando um Kadabra! Só um Psychic pra poder transmitir aqueles sentimentos para outro Psychic.

Nico demorou para entender o que acontecia, principalmente o ruivo rocket, que voava pelo campo disparando sua arma, atingido Nico, sendo arremessado para o outro lado da sala pelo poder paranormal. Mas a dor na perna de Nico fora estridente, perfurando o músculo. Ele não percebeu se a bala tinha saído pelo outro lado, mas via o sangue sendo jorrado... O corpo do garoto batia no chão... O tiro na coxa não deveria ser tão fatal, ao menos se tivesse acertado a artéria femoral! E como jorrava sangue, provavelmente acertou!

O coração disparava tentando compensar a perca de pressão pelo corpo, enquanto a respiração seguia no mesmo embalo. As costas do garoto tocavam em uma pedra, enquanto ele assistia a visão turva se montar em sua frente. Alguns minutos foram suficientes para ele começar a perder a consciência e só enxergar a presença do Natu em sua frente, piando baixinho, pedindo para que o menino acordasse...

....

A claridade do quarto despertava o menino. Parecia o mesmo quarto que falecera, mas agora, bem iluminado, janelas abertas, do lado uma flor bonita, sabe-se lá de qual espécime. O cheiro de limpeza estava prazeroso... Incluindo a sensação de liberdade! Esta sensação era porque Nicholas estava pelado, apenas com um chambre sobre o corpo, seu braço era apertado diversas vezes, enquanto do lado o soro no equipo gotejava sobre a mangueira que guiava o líquido até a veia do rapaz. Naquela maca Nico acordava, com a cabeça doendo, enquanto Emma, em uma poltrona reclinável se levantava com os olhos brilhando vivo. Ela esqueceu que Nico tinha recebido um tiro e passado por uma cirurgia para retirar os fragmentos da bala no músculo da coxa e agora todo o corpo do rapaz doía.

- VOCÊ acordou! – abraçava o menino enquanto sentia o corpo dele no dela. Mightyena ronronava igual um gatinho medroso no chão, lambendo a mão do rapaz...




EXP




- Charmeleon recebeu 2411 EXP por batalha nas Ruas de Rutsboro

  • Charmeleon foi para o Lv. 25 [1760/2097]
  • Charmeleon recebeu +2 pontos de felicidade [46]

- Mightyena recebeu 2411 EXP por batalha nas Ruas de Rutsboro

  • Mightyena recebeu Lv. 26 [605/2286]
  • Mightyena recebeu +2 pontos de felicidade [28]




Progresso da Rota - Nico :

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Em espanto, as pálpebras abriam diante da imagem à sua frente: mesmo com seu esforço, a sua equipe, mais uma vez, exaurida, encontravam o frio chão daquele cômodo exíguo. As mãos suaram, cerrando-se em reflexo súbito com as lembranças recentes. Aquela tormenta já despertava suas emoções mais nocivas, afinal, fora daquela maneira que sua terra natal ruiu. Dias de tempestades infindáveis somando-se ao destino incerto de seus pais — saíram antes, pois Nicholas conseguira pagar a passagem dos mesmos com sua reserva de dinheiro — açoitavam a mente do jovem treinador. Há dois dias, em outra torrente, Charmeleon e Mightyena jaziam do mesmo modo que agora: desmaiados.

Os dentes rangiam. Seu corpo já indicava sinais claros de nervosismo, não por temer a morte que abraçá-lo-ia dentro de pouco tempo, e sim por suas criaturas; temeu, afinal, Nicholas nada poderia fazer se seu fôlego de vida esvaísse, restando deixar seu lagarto e seu canídeo à mercê do destino. O rocket à sua frente sorria sadicamente com sua vitória já confirmada, enquanto os orbes do treinador apenas ziguezagueavam entre o cômodo, na vã tentativa de achar algum auxílio para fugir e resgatar a sua equipe.

A arma já estava apontada para ele até que desistiu. Em reflexo, separou suas pernas e arqueou o tronco, como se estivesse preparado para um combate corpo a corpo — frívola e desesperada ação. Sua calma corriqueira já havia se esvaído. Shedinja era a sua esperança, contudo, a toupeira fez o possível para tirar o fantasma de seu caminho; nada interpunha-se entre ele e o rocket, a trajetória do projétil era, enfim, livre.

Soaram as ríspidas palavras do malfeitor, agora em controle da situação — mais uma vez. Em meio a um sorriso maquiavélico, com a arma já engatilhada, indagara as últimas palavras de Nico. Não tinha mais o que fazer.

Rapidamente, tornou seu tronco e pernas eretas, fitando o detentor de seu destino naquela situação que tanto quis evitar, e no fim, ocorrera mais uma vez. Havia sido largado para a morte uma vez, todavia, na ocasião atual, o ruivo não deixaria de modo algum que o louro vivesse. Respirou fundo; sua expiração pesada já indicava que havia aceitado o vil destino de sua cruzada. Ousou sorrir, encarando o malfeitor.

— Eu venci — soprou, baixo, com um sorriso convencido e ousado lhe tingindo o semblante.

Sua afirmação era enigmática. Mesmo com um revólver engatilhado apontado para qualquer ponto vital, Nico ainda tinha a audácia de dizer aquilo? A resposta era simples: Emma fora resgatada, e desde o início de sua cruzada em busca da treinadora de Kalos, apenas sua segurança e resgate eram fundamentais; se saísse vivo ou não, não importava, afinal, a terna treinadora de douradas madeixas ainda tinha todo um mundo para iluminar com sua radiante personalidade e sorriso. Nicholas considerava-se o galho podre de uma árvore, fora outrora importante, agora, já havia feito o seu papel, e desprender-se do tronco da vida era opcional. Ao que a situação rumava, estava prestes a estatelar do corpo principal.

Abruptamente, um breve lampejo de luz brilhou na penumbra do quarto remoto. Uma figura exígua e redonda tomava forma, materializando-se conforme as memórias de Nicholas o auxiliavam a recordar: Natu. O pássaro não estava sozinho, afinal, mais uma criatura psíquica o acompanhava; com a característica colher na mão e estrela em sua face, um Kadabra acompanhava a ave para ajudá-la em um breve embate. As pálpebras tornaram a franquear, atônitas, causando confusão até mesmo em Nico. Seria aquele pokémon um enviado dos deuses para ajudá-lo em sua missão tão arriscada? Preferiu não pensar.

Não tardou para que Kadabra evocasse suas habilidades paranormais, impulsionando o corpo do ruivo para trás. Em resposta ao ataque abrupto, os dedos do rocket escorregaram sobre o gatilho, disparando um projétil em uma direção aleatória.

O disparo acertava a coxa do treinador, mesmo que sem querer.

Imediatamente, agachou-se, colocando as duas mãos sobre o buraco feito pela munição. As alvas mãos do louro pressionavam aquele orifício inutilmente buscando conter o sangramento. O líquido vital rubro começava a escorrer para fora do corpo de Nicholas, causando espanto ao mesmo. O corpo começava a sentir a falta de sangue e a sensação de ardor do projétil ter feito o ferimento; sua perna doía e formigava como nunca antes. Resolveu olhar para as suas mãos, agora encarnadas com uma lâmina daquele mar carmesim insistindo em deixar o corpo de Nico. O músculo cardíaco tentava contornar a situação, em vão, bombeando sangue de maneira mais acelerada para chegar até as regiões mais baixas do corpo do treinador.

A julgar pelo sangue que jorrava, um ponto vital fora danificado, mesmo que sem querer pelo rocket. Sua visão começava a ficar turva, vendo apenas uma imagem nublada dos dois psíquicos ao seu socorro. O corpo já exaurido tendia para trás, recostando-se sobre uma pedra evocada por Drilbur no combate anterior. O pescoço volvia de um lado para o outro e a respiração de Nico começava a ficar mais fraca. Natu sentiu a vitalidade do louro desvanecer, piando desesperadamente para que o treinador recobrasse sua consciência; foi em vão.

Os orbes cerúleos, aéreos, ziguezagueavam o teto do cativeiro. Um sorriso jocoso surgiu na face do treinador enquanto sua cabeça mantinha-se fixa olhando para cima. Sua hora tardou, mas pareceu ter chegado. As boas memórias de seus dezessete anos passavam como um filme em suas memórias, tendo menções honrosas a seus pais e àquela estranha garota, que de maneira inexplicável, construíra um laço repentino e tão sincero com ele a ponto de Nicholas lembrá-la na hora de sua morte: Emma.

“Corra, Emma, pela sua vida. Você ainda tem muitas coisas a conquistar e muitas vidas para transformar, assim como fez comigo. O fim da linha chegou... adeus”, disse em sua mente. Subitamente, o pescoço sucumbiu à força da gravidade, puxando o para baixo. Mesmo assim, o jubiloso e satisfeito sorriso de Nicholas não cedeu à exaustão. O corpo inerte e sentado jazeu ali, satisfeito, como se já houvesse esperando o abraço gélido da morte.

Tão incerto quanto para onde as correntezas do destino pudessem levar, o louro despertava aos poucos em um ambiente completamente diferente. Sua visão ainda turva não se acostumava à claridade contrastante de onde estava outrora, forçando os orbes anis a piscarem vagarosamente ainda semicerrados. Nicholas sentia seu corpo dar sinais de que estava vivo: a sensação dolorosa vinha à tona, assolando o castigado corpo do treinador não só pelo procedimento cirúrgico que fizera como também a carga de estresses daqueles infinitos dois dias. Tardou ínfimos segundos para notar de que estava sem roupa deitado sobre uma maca, possivelmente no centro pokémon de Rustboro.

Estranhamente, estava vivo.

Os pulmões aumentavam sua frequência devagar, deixando Nicholas experimentar a sensação de respirar novamente. O odor era agradável e o oxigênio parecia mais puro que o normal. Ainda um pouco inerte, os olhos semicerrados jaziam estáticos sobre o teto enquanto o diafragma controlava a entrada e saída das moléculas vitais. Seus ouvidos também ouviam o ronronar triste de seu canídeo próximo à sua maca, e o tato despertava aos poucos com Mightyena lambendo sua mão.

De maneira súbita, sentiu um vulto esguio em sua direção. Os braços de Emma envolviam o parcialmente desvanecido corpo do louro em impulso, encostando os dois corpos; a troca de calor era perceptível a Nicholas, finalmente tendo a certeza de que não havia morrido — por mais que esperasse. Um raso sorriso adornava sua feição agora jubilosa por um sucinto tempo. Logo, tornou a continuar encarando o teto. Queria poder afogar-se naquela imensidão amarela dos cabelos da treinadora e sentir-se completo como naquela cabana na rota 101; largar todos os equipamentos médicos e poder beijar a menina que fizera até mesmo arriscar sua vida e bem-estar para salvá-la — por obrigação, sentimento ou o que mais pode se pôr na balança.

Rocket filho da puta. Sabe-se onde está agora, conseguiu estragar até mesmo aquele reencontro.

— O que... aconteceu...? — murmurou pausadamente, à medida que os orbes anis se dirigiam à Emma. Gradualmente, pôde, enfim, sorrir para ela. — Ainda bem que você está salva...

Suas palavras eram airadas, quiçá nem sentido faziam. Ainda tornando à realidade pouco a pouco, Nico dissera aquelas palavras tentando disfarçar a dor que assolava seu corpo; a felicidade de estar vivo e a sensação de que cumprira seu dever preenchia seu âmago por completo, fazendo-o até mesmo esquecer de que seus nervos e músculos desgastados bramiam.

Mesmo aparentando estar enfermo, cumprira a sua missão.

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Algum dia, 14h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 19ºC"  



Nicholas sentia aos poucos o calor do corpo, a dor na perna, a exaustão da alma. Ainda era muito confuso o que tinha acontecido, mas se lembrava firmemente do disparado, da dor e da perda de forças em seu corpo. Mas agora, o ambiente era muito agradável, até. Emma estava salva. Ele estava salvo. As perguntas... Quem sabe...

- Eu quem tinha que ficar feliz por você estar salvo. Quando te encontrei você estava delirando, de certo pela perda de sangue, deixando o cérebro menos oxigenado... ao menos foi o que os médicos disseram...- dizia a menina, tentando se recordar do dia em que foi ao encontro de Nico, tipo, ontem!

- Eu sai tão desesperada que quando cheguei no estacionamento, encontrei um dos rockets todo envolto por teias de aranha e um Pikachu ao lado, que sorriu para mim e saiu correndo, acredita!- relatava a menina. - Foi quando eu ouvi o tiro... Tive que voltar! Eu, Ralts, Jigglypuff e Ninjask chegamos e Natu estava na sua frente, o Rocket não estava ali... e foi quando nos teleportamos para longe daquele covil... Ao entrar em contato com meus pais ontem, ele providenciou o hospital pra você... Passou por uma cirurgia, para enxertar um pedaço de músculo na perna, assim, com muita fisioterapia, os médicos acreditam que você conseguirá andar normalmente, mas até lá, tem que fortalecer a perna!- dizia a menina, afinal, dos males o menor.

- Eu sei que foram dois dias nas mãos deles, mas, Nico, eu tive tanto pico de esperança e falta dela que eu achei que nunca iria mais tiver e preferia não pensar nisso.. Quando eu te vi eu temi tanto, por você, por mim, que nem pensei... Desculpa por ter te abandonado, Nico....- enquanto a fala de Emma se tornava trêmula, as lágrimas rolavam em seu rosto.

Ela se sentia culpada! Culpada por ter fugido e deixado Nico lá. Culpada por ter sido feito refém, para salvar o Nico e despertasse tanta preocupação nele. Enfim, culpada... Mightyena que parecia um doce de Pokémon estava ao lado da menina que ele conhecera. A convivência de volta com Emma fez com que o Dark assumisse sua postura mais dócil. Mas Nico sabia bem o que Nico passava...

No meio das lágrimas, no leito da cama do hospital, Natu reaparecia, chamando a atenção. Ele era muito sutil em seus teleportes, o que deixava sempre uma surpresa...

- Natu!- parava Emma - Ele esteve comigo o tempo todo.. Entre idas e vindas... Mas parece que ele gostou da gente... – relembrava de toda a história com Natu. O Pokémon deu seus pulinhos até Nico... Talvez o esperava uma reação do menino...


Progresso da Rota - Nico :

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Taciturno, o louro começava a ouvir de Emma o que ocorrera no dia anterior. Para a sua surpresa, enquanto combatia com o ruivo, a garota ainda estava no estacionamento do prédio, sendo capaz de escutar o barulho ensurdecedor dos disparos da arma. O prosseguimento da história fez Nicholas erguer suas sobrancelhas, pasmo, sobre mais um dos rockets estar presos em teias com um Pikachu ao seu lado. Nico relaxou seu corpo na maca, inspirando um pouco mais fundo, pensando do porquê de o trio tê-lo ajudado.

Sabia o louro de Natu tê-lo ajudado, e dentro de pouco tempo após perder a sua consciência. Emma havia ligado atônita para seu pai, o responsável por bancar toda a sua estadia no hospital; o treinador admirou-se da iniciativa da menina, afinal, fora revelada por ela insegurança em relação aos negócios de família e quiçá um pouco de mágoa, e Emma passou por cima de tudo isso — era uma emergência no fim das contas. Foi-lhe contado alguns detalhes da cirurgia e de seu quadro de saúde; Nicholas imaginava que poderia voltar ao normal dentro de pouco tempo, arquitetando alguma maneira de reencontrar os rockets e enfim acabar com aquilo de uma vez por toda. Era maluquice cogitar isso depois de quase morrer combatendo-os, todavia, sabia Nico que não descansariam em correr atrás dele depois do ocorrido.

Ao menos, por enquanto, tinha um pouco de tempo para descansar.

Gradualmente, a voz de Emma quebrava-se contando sobre o ocorrido com a mesma. Pedia o perdão do treinador por tê-lo deixado ali, sendo que o próprio Nico a mandou fugir e esquecesse dele; possivelmente, por ser tão cândida e inocente a tal ponto de pensar que tudo fora sua culpa. Em menos de um dia viajando com a loura, o treinador sabia desse traço choroso e complacente da treinadora de Kalos. Deixou um breve riso adornar a face, encostando a sua mão sobre a dela, fitando aqueles orbes azuis de calmaria singular, tal um lago interior de florestas nos confins do paraíso.

— Já chega. Está tudo bem, não é? Não tem o porquê de se desculpar — exprimiu, brando.

Arqueou o seu corpo para cima levemente para sentar-se. As caretas de dor e a sensação de ardor e latência — principalmente de sua perna — provocavam caretas em Nicholas. Pôde se acomodar na posição mais confortável possível, enquanto fitava Emma espantar-se com mais uma das aparições de Natu; recebeu-o calorosamente, volvendo a contar sobre seus agouros no cativeiro, tendo o pássaro psíquico como um companheiro durante aqueles tempos que desejava nunca mais voltar. O pokémon deu alguns pulos até próximo de Nicholas, que sorria jocosamente para o responsável por salvar a sua vida.

— Você... Se não estivesse aparecido por lá, eu estaria morto. Obrigado — jubiloso, a face serena de Nicholas era mostrada ao interagir com Natu; jamais pensava que o psíquico poderia ajudá-lo durante toda a sua cruzada; quiçá até mesmo intervir entre o ruivo armado e ele mesmo indefeso. O louro pensava que era um presságio incomum, tendo cruzado com o mesmo apenas por coincidência, e no fim das contas, era como se o pokémon sempre o esteve observando durante todo esse tempo.

Voltou a expirar calmamente. Os movimentos periódicos da caixa torácica eram vagarosos, e Nicholas tornava a fitar o teto branco do hospital. Suas vistas agora estavam claras, e aquela conversa fora o suficiente para que despertasse enfim. Ainda com a mão sob a de Emma, fez uma leve força, volvendo a encarar seu rosto angelical, com um exultante — e, quiçá, convencido sorriso.

— Vem cá... Não tinha mais alguma coisa que você gostaria de dizer? — indagou já sabendo da resposta. Caso Emma interpretasse conforme o planejado por Nicholas, poderia “dizer e gritar” agora diante de sua presença, sem que seja necessário cartas para tal. Já diziam alguns poetas: o nosso lema é ousadia e alegria.

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Algum dia, 14h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 19ºC"  


O quarto parecia pequeno para a vida do casal. Tantas coisas aconteceram em dois dias que seriam experiencias traumáticas para toda uma vida. O garoto sentia a dor na perna, enquanto pensava no que tinha enfrentado por ela. Agora, vivo, perante a loira, cobrava a sua resposta. Emma, por outro lado, espantou-se por aquela cobrança. Corou a fronte, abaixou inclinada a cabeça, enquanto segurou nas mãos e brincou com os dedos. O engolir em seco parecia um pouco tendencioso. Em seguida, ela voltou a olhar para o garoto, corando mais uma vez.

-Eu.. – tentou escolher as palavras. - Eu..- engolia em seco. - Eu acho que Natu gostaria de ir com a gente!- revelou, estendendo a mochila para o garoto. Era a dele, com seus pertences. Talvez as palavras não fossem as mesmas que ela quisera falar na rota 101, mas ela aproveitou a oportunidade. Mas em viajar “com a gente” incluía a presença dela, em todas as rotas... Seriam felizes? Quem sabe! Mas uma coisa era certa: Natu não teleportou de volta, sumindo.

Alguma coisa a ave paranormal via no garoto, e estava longe de ser visto por olhos humanos. Algo Nico tinha de valor e Natu saberia enxergar isso, lá no fundo...



Progresso da Rota - Nico :

descriptionAto 02 — Vendeta. - Página 14 EmptyRe: Ato 02 — Vendeta.

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Nicholas encarava a garota enquanto a mesma buscava as palavras corretas para dizer. Brincava com seus dedos corando seu alvo e angelical semblante; foram duas tentativas de trazer para fora os sentimentos que ora foram interrompidos pela truculência do rocket ruivo, ora apenas dito em carta. No fim das contas, desconversou tudo, estendendo a mochila com os pertences ao louro.

Levemente, Nico gargalhou. Vê-la embaraçada conquistou uma súbita reação que o mesmo ainda não tivera depois dos dias de agouro para resgatá-la. Mesmo com o ocorrido, Emma continuava a ser a mesma cândida pessoa que conhecera na rota 101. Os orbes cerúleos encontravam-se na imensidão anil das janelas da treinadora, tal o firmamento, limpo, com o sol radiando e iluminando todas as almas viventes. Uma calmaria excêntrica cobria o âmago de Nicholas pelo fato de o resgate ter sido um sucesso.

— Você fica ainda mais linda quando está com vergonha — um faceiro sorriso tingia os cantos dos lábios pouco volumosos de Nicholas, fitando-a por alguns segundos.

Vasculhou seus pertences por algum tempo até ter em mãos o apetrecho circular bicolor. Em tamanho reduzido, pressionou o botão no centro da esfera, dilatando suas proporções. Volveu a fitar Natu sem desviar o olhar do psíquico.

— Se o que ela diz está certo, então você tem que aceitar a captura. Você me salvou e esteve com Emma esse tempo inteiro, então conforme viajamos, eu pagarei essa dívida que tenho com você. Obrigado, Natu — murmurou em tom brando para o pássaro psíquico.

Sem delongas, pressionou o botão ao seu centro novamente. A esfera se partia em duas metades simétricas, evocando um feixe de luz rubro como o sangue. A energia se dirigia até Natu, envolvendo seu rechonchudo corpo em tonalidade carmim. Ínfimos segundos depois, seu corpo era desmaterializado pela luminescência vermelha, volvendo à pokébola vaga utilizada por Nicholas. Esta se fechou, começando então a contagem de captura.

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Algum dia, 14h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 19ºC"  


A alegria de Nico estava sendo em ver a menina em sua frente envergonhada, sem saber expressar... Na verdade, sabia, mas não tinha a coragem que apenas um ataque de um maníaco rocket poderia desencadear. Com isso, o menino parou de pressioná-la e direcionava seus olhos ao Pokémon passarinho, que apenas sorriu, mais com os olhos, do que com o bico, mas que era extremamente fácil se ver tudo aquilo. Com o Pokémon dentro da esfera, Nico sentia a Pokébola vibrar em sua mão, antes de poucos segundos emitir um brilho claro e selar a captura. Natu era mais um integrante do time do rapaz!

Jigglypuff, que estivera no chão, o tempo todo, agora escalava a poltrona onde Emma deitava, e esticava os braços para a menina, que a pegava no colo. Depois de tudo isso, ela conseguiu segurar a Pokémon. A feérica sabia que nunca mais iria soltar Emma, nem se ela quisesse. Ao lado dela, Nico seria outro alvo para os olhos arredondados daquela que sabia quem Nico era de verdade: alguém que abrigava um demônio em seu interior. As cenas nunca foram deletadas da mente da Fairy e Nico sabia disso.

Bem, o restante de dia fora normal! Rotina hospitalar seguia com sucesso, a fisioterapia vinha com cadeira de rodas e levava o menino para suas sessões. Começou de imediato! Lá, Nico recebera o Vale Meu Fisioterapeuta Minha vida, que faria com que o jovem procurasse nos hospitais conveniados de toda a Hoenn os serviços de fisioterapia, que ele precisaria para voltar a caminha 100% bem.

08h20min - Rutsboro City
"Nublado, vento forte . 22ºC"

À noite, os dois riam assistindo televisão, enquanto pegavam no sono. Dia seguinte, os médicos, residentes e internos chegavam cedo. 7 horas da manha, o casal era despertado. Ela de sua poltrona e Nico de seu leito. O interno fazia o exame físico e passava para seu preceptor, que apenas confirmava. Nico estava bem, exceto pela fraqueza generalizado em sua perna direita. A dor continuaria, mas o médico convenceu Nico de não abusar dos opioides do hospital, reduzindo a dose para uma dipirona do SUS. A expectativa fosse que de 2 a 3 meses, ele voltasse a andar com mais força, mas demoraria mais tempo, indeterminado, para ser o Nico de antes da bala.


A semana transcorreu bem, exceto que no sábado de manhã, enquanto Nico e Emma comiam o seu café da manhã no hospital, a porta do quarto dele se abria, com um homem grande e gordo, cabelos curtos brancos e um volumoso bigode acinzentado entrasse.

- Pai?!- o tom da voz de Emma era um pouco desesperador. Ela tinha pedido a ajuda ao pai, claro que agora ele sabia onde sua filha, que fora sequestrada estava. Fora o tempo que ele conseguiu sair de Kalos para ver sua pequena.
- Emma?! Sua mãe está tão preocupada, minha filha... E eu também.- o homem colocava a sua maleta amarronzada no chão, que combinava com a cor do seu terno e uma gravata esverdeada, em sedosa. - Então este foi o garoto que te salvou? Muito corajoso de sua parte. - dizia ele, após o abraço forçado em sua filha, indo estendendo sua mão em direção a Nico. - Muito obrigado, meu filho. Tenho uma dívida eterna contigo.


Progresso da Rota - Nico :

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