O brilho final indicava que finalmente Natu agora acompanharia o louro pelo restante de sua cruzada. Ao fim, guardou a esfera bicolor em sua mochila de novo com feição jocosa, permitindo relaxar o seu corpo sobre a maca reclinada do hospital. Com o canto dos olhos, fitou Jigglypuff, jubilosa, voltando ao colo de sua mestra depois de longos dias agourentos. Enfim sobre Emma, encarava Nicholas; em seus orbes grandes cerúleos, passava o filme da fatídica madrugada em que Nico se entregou ao seu ódio.
Desviou seu olhar da rechonchuda rósea. Franzia seu cenho enquanto encarava o teto, cerrando seus olhos gradualmente. Os dois dias em que partiu para resgatar a treinadora de Kalos mexera com sua sanidade, despertando seu lado mais oculto que nunca dera as caras. Nico sentiu esse seu lado mais frio mesclar-se com sua calma corriqueira, atuando naqueles dias seguindo as ideias de Maquiavel à risca. Adiantou ao fim, todavia, trouxe desconfiança por parte de Jigglypuff, a extensão da personalidade de sua mestra.
Os dias então prosseguiram. Seguiu para a fisioterapia e fez alguns exames rotineiros, identificando que já estava bem enfim. Os médicos deram um prazo de dois a três meses para que voltasse a ser o que era antes; Nico resmungou, afinal, era um treinador itinerante, mas teve de ficar satisfeito por ainda continuar vivo. Prosseguia então o tratamento.
Transcorreram alguns dias para a dupla. Ora assistiam televisão e davam risada, dividiam a pipoca e até mesmo trocavam olhares; havia uma química implícita entre ambos, todavia, o foco era a recuperação de Nicholas. Conversavam como bons amigos sobre diversos assuntos para passar o tempo e ali seguiam, até que um dia excêntrico foram acordados para a mesma rotina de tratamento do louro.
Ainda de manhã tomando o café, um homem corpulento abrira a porta com truculência. Em espanto, Emma dirigia à palavra ao homem de madeixas e barba já grisalha, identificando-o como “pai”. Colocou sua maleta sobre o chão, abraçando a loura, exprimindo de que estava preocupado com o seu estado após o sequestro. Não tardou em se dirigir a Nicholas ainda na maca, que o observava, taciturno, desde quando chegava.
Estendeu sua mão na direção do rapaz, dizendo que estava em eterno débito com Nico. O treinador franzia o cenho, cumprimentando o homem, lembrando daquilo que Emma dissera ainda na cabana. Foi necessário um acontecimento tão atroz para que seus pais intervissem daquele modo? O treinador manteve-se pensativo, olhando para Emma tentando desvendar o que seu semblante dizia; nesse tempo que passavam juntos, observador como era, o louro saberia como interpretar os sinais não verbais que o corpo da garota emitia.
— Não foi nada. Se não fosse por esse hospital dado por você, eu estaria morto. Eu quem agradeço — respondeu, tornando a encarar o corpulento empresário com um sorriso sucinto no canto de seus lábios, hora ou outra buscando os olhos de Emma para saber do que se tratava.
Desviou seu olhar da rechonchuda rósea. Franzia seu cenho enquanto encarava o teto, cerrando seus olhos gradualmente. Os dois dias em que partiu para resgatar a treinadora de Kalos mexera com sua sanidade, despertando seu lado mais oculto que nunca dera as caras. Nico sentiu esse seu lado mais frio mesclar-se com sua calma corriqueira, atuando naqueles dias seguindo as ideias de Maquiavel à risca. Adiantou ao fim, todavia, trouxe desconfiança por parte de Jigglypuff, a extensão da personalidade de sua mestra.
Os dias então prosseguiram. Seguiu para a fisioterapia e fez alguns exames rotineiros, identificando que já estava bem enfim. Os médicos deram um prazo de dois a três meses para que voltasse a ser o que era antes; Nico resmungou, afinal, era um treinador itinerante, mas teve de ficar satisfeito por ainda continuar vivo. Prosseguia então o tratamento.
Transcorreram alguns dias para a dupla. Ora assistiam televisão e davam risada, dividiam a pipoca e até mesmo trocavam olhares; havia uma química implícita entre ambos, todavia, o foco era a recuperação de Nicholas. Conversavam como bons amigos sobre diversos assuntos para passar o tempo e ali seguiam, até que um dia excêntrico foram acordados para a mesma rotina de tratamento do louro.
Ainda de manhã tomando o café, um homem corpulento abrira a porta com truculência. Em espanto, Emma dirigia à palavra ao homem de madeixas e barba já grisalha, identificando-o como “pai”. Colocou sua maleta sobre o chão, abraçando a loura, exprimindo de que estava preocupado com o seu estado após o sequestro. Não tardou em se dirigir a Nicholas ainda na maca, que o observava, taciturno, desde quando chegava.
Estendeu sua mão na direção do rapaz, dizendo que estava em eterno débito com Nico. O treinador franzia o cenho, cumprimentando o homem, lembrando daquilo que Emma dissera ainda na cabana. Foi necessário um acontecimento tão atroz para que seus pais intervissem daquele modo? O treinador manteve-se pensativo, olhando para Emma tentando desvendar o que seu semblante dizia; nesse tempo que passavam juntos, observador como era, o louro saberia como interpretar os sinais não verbais que o corpo da garota emitia.
— Não foi nada. Se não fosse por esse hospital dado por você, eu estaria morto. Eu quem agradeço — respondeu, tornando a encarar o corpulento empresário com um sorriso sucinto no canto de seus lábios, hora ou outra buscando os olhos de Emma para saber do que se tratava.