Pokémon Mythology RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Entrar

[Missão] Um passo nas negociações...

2 participantes

description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
As informações começavam a chegar com força. Acerola estava frustrada. Frustrado comigo, com os rangers, com todos. Pitú? Bem, ele estava vivo? O que significava ser uma planta? A segurança das crianças era importante, mas, pra quê ir pra Riyado, sendo que os pais delas estavam em Rutsboro. Cadê os pais destes meninos? A missão tinha sido finalizada, mas havia muito mais lacunas do que qualquer outra missão que eu tenha feito na minha vida. Eu não tinha respostas e minha cara de choque não era disfarçada.

- E-eu não sei...- era sincero. - Quando Caio me disse que talvez você e Pitú tivessem ido até o Churrasqueiro, eu não pensei em outra coisa, exceto ir verificar se era perigoso. Estava disposto até a invadir sem encontrar vocês... Eu sinto muito se eu demorei de nada... Se eu errei, foi tentando acertar...

Levantei da cama. Meus olhos pairavam no chão. Eu já até me sentia melhor. Mas tinha informações que eu precisava ter ainda. Eu queria saber o que estava acontecendo. Queria saber onde estava Pitú e o real quadro... Quando dr. Collins sugeriu que eu visse as crianças, eu nem imaginei que Pitú estaria na UTI ainda, embora fosse mais provável. Queria informações, mas primeiro ,de Dr Collins, sobre o menino!


description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz

Laranjinha e Acerola


Domingo - 06:22 a.m.

Ainda estava tudo muito confuso. Seja pelo Asperger de Caio, que o fazia ser direto demais, tão direto que fugia ao tema, quanto pelo estado de desolação e indignação de Acerola, que o Ranger sentiu como culpa sendo lançada sobre ele. O Cadete reagiu imediatamente, falando com uma transtornada garota que não tinha condições de compreendê-lo e provavelmente só se sentia sozinha após tantas perdas e em seguida, indo atrás do Dr. Collins para tirar alguma satisfação sobre o caso e saber sobre Pitú. No caminho tentaram impedi-lo, seja por questões de "Acesso" ou pela condição de saúde de Ayzen, mas no fim foi o próprio Doutor que o permitiu passar.

— Já até sei... Você quer saber do outro garoto, né? Então... A equipe aqui é bastante competente e eu te garanto que tentaram de tudo, mas ele está num estado muito complicado... Os pais estão decidindo sobre o futuro dele agora mesmo... Mas, olhe meu caro. Não se julgue por isso, acho que ninguém lhe julgaria na verdade, não mais do que você mesmo. Você os salvou de algo pior, apesar dos pesares... — Disse Collins, ajeitando o óculos e suspirando, tentando dar "batidinhas" nas costas do Cadete. Eles estavam parados na frente de uma janela, no estilo Aquário. Do lado de dentro, um casal chorava compulsivamente ao lado da cama de Pitú.. O adolescente que Ayzen havia conhecido há pouco tempo.

A situação estava longe de ser "boa", muito pelo contrário. Era triste demais e explicava o fato de Acerola estar inconsolável. Seus pais e os de Caio não estavam lá, sabe-se lá por qual motivo e ainda tinha o fato de que teriam de ir para Riyado. Talvez o Dr. Collins pudesse responder essas dúvidas, mas era improvável, ele era apenas médico. Esse tipo de decisão viria do "alto". Era mais provável que os próprios adolescentes lhe dessem a informação necessária, mas para isso seria preciso conseguir lidar com eles, com as frustrações, medos e, por que não, ódios de Acerola. O que Ayzen faria?


Progresso da Rota - Ayzen :



description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
As informações eram poucas e fragmentadas. Mas ao ver os pais de Pitú ali dentro chorando sobre o corpo do filho e a fala de médico responsável, eu não sabia o que pensar. Queria muito chorar, muito mesmo, igual um garotinho, sem ligar pra o mundo. Mas nem isso eu conseguia. O choro parecia ter se engasgado e perdido em algum lugar dentro de mim. O retorno até o quarto fora como uma marcha fúnebre, lotada de pesar pela perda de uma vida... Se eu tivesse tido mais tempo, só um pouco mais... Talvez, preocupado menos e agido mais...

- Perdão, Pitú!- tocava a tela de vidro que separava eu, do menino. Senti arrependimento por não ter feito uma batalha. Voltei pra o quarto de Acerola. Agora sabia. A esperança que eu tinha de ver o rapaz era destruída como um vidro caindo no chão e se separando em vários pedaços. Sentei na cama de Acerola... Nem de perto sentia a dor dela... Ela conhecia Pitú há muito mais tempo do que eu. Eu conhecia por dois dias...

- Eu sinto muito...


description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz

Laranjinha e Acerola


Domingo - 06:32 a.m.

Ver o corpo de Pitú naquele estado e seus pais desolados era um baque muito forte para o Ranger. De fato as palavras de Collins eram reais e ele não tinha culpa de fato sobre o ocorrido, mas como aceitar isso de uma hora para outra? Certamente Kitshomo iria precisar de muito tempo para superar esse impacto fortíssimo. Se sua Missão estava sendo considerada um sucesso, então por que ele sentia como se nunca tivesse levado uma derrota tão grande? Enfim... Se se aproximar ele tocou o vidro da janela e sussurrou um pedido de perdão para Pitú, antes de voltar para o Quarto 3 para encontrar com Acerola.

Agora compreendendo melhor os motivos da garota estar tão irritada e indignada, Ayzen foi direto até a sua cama, sentando-se ao seu lado para tentar lhe dar algum conforto. O rapaz dizia poucas palavras e Acerola fingia que não ouvia, mas ouvia sim.. Ela apenas reagia da forma que conseguia, que sentia ser capaz, mas era notável que soluçava menos e apenas lágrimas escorriam pela sua face. O silêncio então se fez mais uma vez, mas significava muito, algo que palavras não podiam suprir. Ele foi quebrado apenas pela chegada de um outro Ranger, ainda desconhecido, que fez uma reverência misturada com sentido e começou a falar.

— O-o.. transporte para Riyado já está pronto. Vocês irão imediatamente! Seus pais serão enviados para lá em breve. Arrumem suas coisas para ir até o terraço, ele sairá de lá o mais breve possível... — Informou ele, o que levantou uma reação de surpresa para os dois adolescentes. Eles não imaginavam que iam ter que sair de lá agora, tão rápido e de maneira tão brusca. Acerola até mesmo rompeu o silêncio e franziu o cenho — Eu... Eu não posso deixar o Pitú! Não agora, ele... Precisamos ficar perto dele até o fim! — DIzia ela, esbravejando, para o susto do rapaz Laranjinha.

— Infelizmente são ordens superiores. E bem, ordens são ordens e precisam ser cumpridas... — Afirmava com bastante certeza o jovem Ranger, fazendo Acerola indignar-se ainda mais e buscar apoio em Ayzen. Ela não disse nada exatamente, mas seu olhar transmitia isso com certeza. Como Ayzen lidaria com isso?


Progresso da Rota - Ayzen :





Última edição por Luch em Qui Ago 27 2020, 19:12, editado 3 vez(es)

description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
Era um sentimento pesado que estava naquele quarto. Não era culpa de ninguém, talvez eu não estando lá, seriam dois corpos plantas, não um, mas pensar nisso não aliviava a minha alma, já quebrada por ter perdido tanto em uma missão. Aquilo era a primeira vez que eu saia de uma missão com menos do que eu entrei. O choro contido de Acerola, a forma estranha e irreal de ver o mundo de Caio, até Zé Pequeno que nunca mais batalharia ao lado do seu treinador... Três vidas sendo constantemente abaladas.

Eu queria ficar ali em silêncio, sentindo aquela dor. Aquele transporte para leva-los até Riyado estava pronto, tendo os pais indo logo atrás, depois dos garotos. Que estranho pensar que os Rangers estavam interferindo tanto em duas vidas... Por que? Não fazia sentido, isso... eu não via sentido! - Colega, só nos consiga 20 minutos, é o tempo que eu preciso! – o olhar de Acerola pra mim fazia um pedido, talvez, um último pedido. Não que eu deveria questionar as ordens, mas para mim não fazia sentido. - Gostaria de uma conexão direta com Karl Nabokov.- pedia ao agente daquela instalação.

Conhecia diretamente Karl, tentar fazer conexão com ele a fim de saber detalhes era o que eu precisava. Não era do meu feitio questionar ordens, mas esta missão foi a divisora de águas pra me exaltar no que eu deveria ou não fazer como cadete. Se Karl iria me atender? Não faço a mínima ideia, mas eu pedia para aquela instalação fazer ligação pra quem fosse, RH, faxineiro, qualquer um da base pra saber o que aquelas crianças tinham a vê com a situação. Até desconectar o equipo de mim eu tirava. Chega de soro!


description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz

Laranjinha e Acerola


Domingo - 06:45 a.m.


Ayzen não conseguia entender os motivos dos Rangers estarem interferindo tão profundamente na vida daqueles jovens e de suas famílias. O Cadete não era de questionar ordens, mas em algum momento parece ter sofrido uma ruptura com a obediência absoluta e resolveu intervir por aqueles jovens que, querendo ou não, haviam feito parte importante da vida dele. Mesmo que momentaneamente... Dizem que os jovens são o futuro, então nada mais justo do que cuidar deles, como uma semente que um dia será árvore, que fará parte de um jardim. Sendo assim, Kitshomo pediu um tempo para o Ranger, tentando conseguir um canal de comunicação com Nabokov.

— Eu.. Eu... Não sei. Bem, por que não tenta utilizar seu RangerPad, a seção de chamada de emergência? Mas não sei, ainda é cedo, ele pode estar dormindo... — Avisou o outro rapaz, ajudando Ayzen a contatar o Canal de Emergência através do aparelho. Na tela, uma mensagem de espera padrão, com um símbolo de carregamento, escrito "Aguarde..." abaixo. Alguns segundos se passaram, um minuto... Um pouco mais de um minuto e... — Bem, como esperado, ele é uma pessoa bastante ocupada e deve estar em casa agora, acordando talvez, então...

— Nabokov, qual a Emergência Cadete?! Algum relatório particular sobre a Situação em Rustboro? — Questionou o superior, surgindo de repente na tela, provavelmente a caminho do trabalho, pois estava em movimento. Ele mantinha-se sério e aguardava a resposta de Ayzen ou de qualquer outro que o houvesse contatado. O que Kitshomo tinha a dizer?


Progresso da Rota - Ayzen :



description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
Sendo auxiliado/lembrado sobre o canal de emergência que dava ao encontro de um superior, eu logo fiquei. O transporte poderia esperar, mas aquele problema não. Da minha mochila, o Rangerpad começava a fazer o sinal de ligação, enquanto eu, agoniadamente, batia a mão repetidas vezes em minha perna, enquanto estava ali sentado na cama. Ignorei a presença dos guris, pois precisava me concentrar. Não esperava que os líderes de Hoenn estivessem sempre prontos para atender ligações de seus subordinados, mas não poderia ignorar aquilo.

Quando Nabokov apareceu na tela, a esperança voltou, não como antes, que era uma esperança ilusória, fora da realidade, era uma esperança precavida. O homem na tela já tinha feito missão comigo (na verdade, eu come ele) e eu sabia que se tinha alguém de confiança, era Nabokov. Ele era a instância máxima que eu poderia chegar naquele local, passando por cima até da central de missões.

- Senhor, Kitshomo falando. Recebi uma missão recente em Rutsboro sobre uma festa que ocorria na escola, que causava danos mínimos, mas que impedia o retorno das aulas na segunda, e eu tinha que resolver. No entanto, percebi no decorrer da missão que se tratava de algo muito mais profundo e delicado. Era uma festa de adolescentes, mas que mexeu com o ego de muito peixe grande, ao ponto destas crianças organizadores deste evento terem sido vítimas de um vereador da cidade e era ele o responsável por toda a desorganização do local. Diante de um relatório parcial, onde eu tinha poucas informações, as ordens foram mudadas para encerar esta festa de rua e levar as crianças sob custódia dos rangers.- resumão, a gente se vê por aqui. Claro, com uma pitada de reviravolta. - Senhor, não sou de questionar as ordens, mas tivemos uma perda destas crianças e as ordens continuam as mesmas: foi solicitado escolta pra dois dos três jovens...- fiz um silêncio ao mencionar dois. Minha cara de cansado e o pesar em minhas palavras deixavam claro que um não tinha sobrevivido ao ataque do vereador. - Senhor, não sou de questionar ordens e admito que me comovi com a vida destas crianças, mas longe de mim de perder a razão do meu trabalho por conta disso. Mas não vejo sentido em manter as mesmas ordens. Elas têm uma história aqui. Tem uma vida. Não querendo questionar as ordens dos meus superiores, mas já questionando, gostaria de saber se elas se mantém, mesmo após o meu relato... Claro que pretendo, assim que me recuperar, deixar um relatório do mais detalhado possível para a organização.. Mas queria, na verdade, uma intervenção do senhor, que tenho fé que avaliará este processo com tamanha lisura que sei que o senhor tem em suas ações! - havia um tom de um pedido pessoal naquela petição, não podia negar e nem evitar...


description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz

Laranjinha e Acerola


Domingo - 06:51 a.m.


Quando Nabokov surgiu na tela, era notável a surpresa no rosto do outro Cadete que auxiliara Ayzen. Entretanto, não havia tempo a perder e o Ranger tratou de "vomitar" todas as informações sobre sua Missão em Rustboro, de uma forma até mesmo ligeiramente irritada. Entretanto, para todas as palavras de Ayzen, Nabokov reagiu com bastante calma e paciência, agitando a cabeça afirmativamente até o fim de suas explicações e relato. Só então o Superior tratou de falar — Ok, muita calma. Vamos analisar friamente a situação. É importante manter a cabeça calma e arejada Cadete Kitshomo. Mas compreendo seus temores e suas dúvidas...  — Começou a falar, pigarreando em seguida e ajeitando-se no que parecia ser o banco de um transporte

— Seu relatório parcial certamente foi para o Posto Avançado de Rustboro, onde você encontra-se neste instante. O responsável pela inteligência. Ou melhor, OS responsáveis resolveram lhe atualizar a Missão, provavelmente indo de encontro com alguma informação que já possuíssem, preferencialmente de alta restrição. Mas vejamos... Se tem uma pessoa que sabe o que houve, esse é o Ranger Phillipps — Dizendo isso e sem mais avisos, o próprio Nabukov fez algo em seu aparelho que abriu mais uma chamada para a Conversa, repartindo a tela em duas, onde um homem loiro e de aparência cansada surgiu, já fazendo uma rápida continência.

— Capitão Phillips se apresentando, senhor! — Disse o rapaz, para o qual Nabukov respondeu — Phillips, quero informações sobre a Missão do Cadete Kitshomo em Rustboro. Por favor, tudo o que tiver. Ele é de confiança, não se acanhe... — Informou o Superior, surpreendendo totalmente o Capitão, que tratou de procurar os dados no computador à sua frente, compartilhando parte deles na tela, enquanto explicava — Enviamos o Ranger Kitshomo para atender um chamado-denúncia do Diretor da Escola local. Era uma missão simples, sobre a resolução pacífica dos problemas de um Baile Funk. Entretanto, o Relatório Parcial do Cadete demonstrou perigos muito maiores que causaram até mesmo a morte de um jovem criminoso. As ligações levavam diretamente a um problema muito maior, a suspeita de envovimento de um Político nos casos de crimes locais. Para evitar problemas, alteramos a Missão do Cadete para finalizar o Baile e trazer sob custódia os três jovens. Nenhuma informação extra foi dada, mas o fato era que queríamos ocultar esses adolescentes de maneira silenciosa para fazer parecer que haviam sido presos... — Explicou calmamente Phillips, fazendo Nabukov reagir.

— Não precisa dizer mais nada... Proteção à Testemunha! Novo lugar, nova vida... Eles correm riscos graves de vida em Rustboro, ainda mais agora. Billy está morto, não é? Eles podem ser culpados por isso e serão perseguidos... — Completou o Superior, "matando" a charada do que havia ocorrido por ali. Talvez tudo ficasse mais claro para Ayzen poder lidar com Acerola. Ou não... Isso caberia ao Ranger, se confiava naqueles dados e sobretudo se concordava com eles, uma vez que já havia "rebelado-se" contra as decisões do sistema — Cadete Kitshomo, mais alguma coisa a resolver? Se não, acho que encerramos por aqui. Como você parece ter tido maior contato com os jovens, talvez possa convencê-los a embarcar o quanto antes, explicando a situação. Considere como parte da sua Missão — Afirmou, praticamente encerrando o assunto. O que Ayzen faria então?


Progresso da Rota - Ayzen :



description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
Na medida em que Karl e seu poder superior agia, parecia resolver aquilo com tamanha facilidade e neutralidade. A tela se dividia e eu encarava o homem que estava sendo o responsável pelo posto avançado de Rutsboro. “Bem, agora teria acesso a tudo o que eu queria”, pensava. Fazia completo sentido. Eu não sabia do envolvimento de uma rede de crimes muito maior do que eu posso imaginar e poderia estar apenas atrasando o trabalho de todos ali. Ok, eu até me senti um pouco mais inseguro e envergonhado diante das informações.

Uma rede de proteção à testemunha era o que tinha ali. Fazia todo sentido. O pior era que fazia mesmo! No fundo, eu estava esperando coisas loucas, como teoria da conspiração e tudo mais, no entanto, a inteligência tomou as melhores decisões possíveis, fazendo-me parecer um pouco desconcertado diante dos meus dois superiores. Enfim, minha face queimava de vergonha, mas meu coração se sentia aliviado porque Caio e Acerola teriam um futuro resguardados e o diretor ficaria livre do que eles conheciam como problema.

- Obrigado pelo voto de confiança, senhor. Sinto muito pelo incômodo e pelo horário!

Deixava claro a minha face de “menino agradecido”. Infelizmente, ou felizmente, era o melhor para aquelas crianças. Nova vida, novas aventuras, talvez, novo baile. Eu me senti, na verdade, bem com a decisão, o que me fez questionar que toda a minha revolta contra os rangers, nos últimos meses, talvez fosse um pouco precipitada. A chamada era desligada. Deixei o meu ranger pad ali mesmo, depois pegaria. Tinha que cuidar de Acerola, enquanto Caio, bem, Caio parecia ser mais fácil de lidar, embora sua condição fosse bem incomum...

Entrei no quarto, após deixar o meu, onde tinha efetuado a chamada. Os dois estavam ali. Com certeza, sair daquela base não seria tão fácil como sair do hospital. Sentei-me mais uma vez na cama, que estava fundo, por conta do meu peso de poucos minutos atrás. - A vida é uma dorgas!- soltava em um suspiro de desabafo para ela. Olhava para o chão. Ver Acerola e Caio e, sobretudo, Zé Pequeno, lembrava-me de Pitú. “Poxa, por que eu não batalhei com ele?”, minha mente questionava. Cocei a cabeça, não sabia o que falar... Mas queria ser sincero e estar ali com eles. Queria uma reação primeiro...


description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz

Laranjinha e Acerola


Domingo - 07:07 a.m.

Aos poucos tudo ia se encaixando e começava a fazer sentido... Era fácil acabar se levando pelo clima de incerteza e conspiração quando o caos dominava e não havia sido diferente para Ayzen. Felizmente, ao que tudo indicava, os Rangers não tramavam um desfecho diabólico para os adolescentes e suas famílias e sim uma forma de protegê-los da melhor forma possível. Mas enfim... Encerrado o assunto, Karl despediu-se e desligou a transmissão, deixando Ayzen e Phillips online, apenas. Nesse instante, o Capitão terminou de falar com o Cadete e também encerrou sua transmissão do Ranger Pad — Mais uma vez, Cadete. Parabéns, você fez o certo em sua Missão. Infelizmente há restrições de acesso para hierarquias inferiores e a tentativa é reduzir riscos de vazamentos. Entretanto, esquecemos muitas vezes que os Ranger também possuem coração e decisões emotivas. Apesar de acharem que é uma fraqueza, acredito que esta é a nossa força. Após o Relatório, tire um tempo para você. Aceite a Terapia oferecida pela Academia e assuma Férias por algum tempo. Boa sorte e até mais!

Com isso, Ayzen estava novamente sozinho com suas tristezas, recebendo a incumbência de convencer Acerola e Caio sobre o melhor par eles... O jovem então deixou o Pad ali mesmo e retornou para o Quarto 3, aproximando-se de todos e sentando na cama. Era inevitável o aperto no coração pela falta de um dos adolescentes ali. Pitú tinha sonhos como quaisquer outros, sonhos que jamais serão realizados, potencial que jamais será aproveitado, batalhas que jamais serão travadas... Enfim, "Uma droga", como bem salientou o rapaz para os adolescentes. Um silêncio mais uma vez se fez a seguir, até que a própria Acerola, agora mais calma, tocou o ombro de Ayzen gentilmente, com certo afeto.

— Nós temos que ir embora...? — Questionou ela, de uma forma tão inocente, realmente digna de uma menina de quatorze anos e não todo aquele cenário de crime que estavam acostumados a travar. Caio ainda mantinha-se tranquilo e fazia carinho na cabeça de um arrasado Scarggy. Bem, os dois pareciam mais dispostos a ouvir o que Ayzen tinha a falar. No momento ele era a única pessoa daquele Posto Avançado que tinha alguma proximidade com eles, então era natural que se agarrassem a isso. Como Ayzen lidaria com isso?


Progresso da Rota - Ayzen :



description[Missão] Um passo nas negociações...  - Página 11 EmptyRe: [Missão] Um passo nas negociações...

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos