A Primeira Missão Ranger

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Após leitura rápida e tentar consolidar o maior número de dados possíveis, Sckar tirava foto de cada uma das páginas e conseguia guardar em seu Pokénav. Brave chamava a atenção do garoto para poder sair dali o mais rápido possível, enquanto sentia uma movimentação próxima. Logo, o rapaz guardara o prontuário e saltava a janela, recolhendo o Eevee para sua esfera e saia correndo dali, ouvindo de longe o grito da enfermeira:

- Nada de ficar correndo por aqui, garoto!- dizia em um tom de que não estava suspeitando de nada. Ao longe, Sckar ouvida Bill, ao lado dela, falar que “estas crianças de hoje em dia não sabe o significado de ‘limites’”. Ao menos, Sckar ignorava e dobrava o corredor, sumindo de vista dos adultos.

Demorou um pouco para Bill aparecer no corredor do hospital, empurrando Sckar para sair dali. Em sua mão, um cartão com números anotados, que ele guardava no bolso do blazer. Seria que o nosso mais velho detetive tinha arrumado um encontro fake? Seria triste ele partir o coração da enfermeira-secretária só por conta do trabalho, mas era a vida...

O homem cortou qualquer fala de Sckar até ter saído do hospital. - O que descobriu?- fora, ele questionava o garoto, enquanto se direcionava ao estacionamento. O céu estava negro. Embora de manhã, tinha um tom de “anoitecer”. Talvez a chuva forte não passasse de hoje...

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De volta pra o carro, Sckar apresentava as fotos. Bill mais uma vez pegava os seus pequenos óculos, colocava, forçava a visão e via aquilo que ele achava ser de suma importância para a investigação. O mais velho olhou para cima, como se tivesse alguma chance da resposta cair dos céus... - Entre, garoto!- dizia para o menino, agora dentro do carro. Uma neblina começava a cair em Rutsboro, pelo menos em boa parte dela, pois a metrópole era enorme.

Bill demorava um pouco de ligar o carro, mas logo em seguia começou a dirigir pelas ruas da cidade, a priori, aleatoriamente. Ele estava era precisando pensar e não era impossível pensar que aquela viagem ali era de fato um método que ele usava para refletir melhor sobre os dados. - Então tem grandes chances do bebê ter morrido por sufocamento..- falava o óbvio. O problema era que aquela alegação não solucionava nada, nem os crimes do passado, nem os futuros.

O carro continuava dirigindo-se pelo centro movimento. Parava no sinal amarelo/vermelho, ajudando o homem a pensar. - As suspeitas são grandes, mas não provam nada... Mas são fortes demais! Talvez... Ele esteve protegendo sua esposa o tempo todo... Mas não faz sentido isso! Não faz sentido... Porque ele tiraria o bebê de casa?- questionou o homem. Será que Amanda estava envolvida? Mas ela tinha dado a principal pista... - Talvez o segundo bebê esteja realmente desaparecido... Pelo menos, é o que Antonio acha, pois ele que informou a polícia... talvez até ele tenha decidido se esquecer do passado e este novo caso, para o azar dele, só tenha revivido o antigo... Que nem chegou ser caso, pois a família não quis um exame mais detalhado... Não que precisasse...

Agora era hora de teoria, mas condizente com a lógica. Sckar sentado no branco, com o cinto devidamente afivelado, seguia observando o para-brisa tirando o excesso de água do carro. - O que você pensa, garoto?- perguntava ao ranger, querendo saber a opinião...

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A teoria de Sckar era convincente. Não a parte de experiência que ainda fazia o menino insistir nisso. Na verdade, olhando mais o prontuário, tinha registro de várias medicações psiquiátricas que poderiam ou não serem alvo de experimentos, mas nunca que isso estaria ali tão claro. As pistas apareciam e deixavam novos questionamentos. O carro continuava com o seu percurso, enquanto o movimento continuava. Aquilo era a oportunidade para que fossem trocado ideias e chegassem a um senso comum... Talvez Bill tivesse parado de subestimar Sckar... Talvez...

- Experiências de novo, garoto? A regra da investigação, qualquer tipo de investigação, é: o óbvio primeiro, o incomum depois. O que é incomum é incomum pra todo mundo... Mas acho que o prontuário é verdadeiro, senão fosse, não deixariam pistas nenhuma nem dúvidas acerca da morte. O legista elencou ai as causas possíveis, não é mesmo? Mas temos que lembrar que Amanda, por mais que pareça ser uma boa pessoa, ela brigava e brigou recente com Gizele. Não sabemos a real intensão dela...

E era verdade. Amanda se portava bem prestativa, com uma linguagem corporal de qualquer pessoa sob um interrogatório. No entanto, aquilo tudo poderia ser farsa, ou não!!! Não tinha como saber, realmente... - Bem podemos questionar a Amanda e o Antonio de novo... Já que ainda tem suspeitas nela... Mas eu fico pensando se o pai está com a criança e fez isso tudo para chamar a atenção, ele é muito inocente ou desacredita muito no nosso trabalho...- comentava Bill, afinal, era mais fácil se prender dentro de casa com a esposa e ignorar parentes. Vizinhos não eram próximos, nunca questionariam. Mas ao denunciar o desaparecimento do bebê, ele trouxe os olhos de duas organizações para o caso...

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Tudo fazia um pouco de sentido. Parecia que o caso tinha se afunilado para dois caminhos, e em ambos os pais estavam envolvidos. Naquele momento, Bill apenas suspirou, por ter um caso tão difícil em suas mãos. Seria mais fácil se tivesse alguém de fora, que sequestrasse para pedir dinheiro, agora o próprio pai tentando proteger a criança da mãe seria difícil lidar, pois mostrava que o homem estava fazendo isso por amar muito sua esposa e muito seu bebê. Casos de família, a gente vê por aqui!

- Hummm. - Bill ficava pensativo. - Eles podem usar a defensoria pública, isso não é um problema... Problema é provar algo... Em situações como esta temos que pressionar... Mas quem faremos primeiro? A enfermeira que é suspeita em ajudar o casal ou o pai que roubou a criança? Isso é se ele roubou mesmo... - o homem pensava, enquanto a chuva caia.

Era uma decisão difícil, que esperava ajuda de Sckarzinho, nem que seja aleatoriamente...

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A preocupação de Sckar no momento era com o futuro da investigação, suponde que todo o que foi feito foi baseado na inocência. Bill arqueava as sobrancelhas perante o desenvolvimento da argumentação do menino e soltava um sorriso. - Você é um tanto ansioso! A investigação ainda está em curso, enquanto não já pensa no futuro..- dizia o homem. O que era verdade. Não tinham nada sólido, apenas suspeitas. Bill sabia separar bem o pessoal do profissional, mas exigir demais de um garoto de 13 anos fazer isso com mais naturalidade.

O cara parou o carro em uma rua ainda ali no centro. Possivelmente tinha cansado de gastar gasolina. De frente do carro, um homem com um carrinho de cachorro quente. Parecia conhecido de Bill e o homem só fazia o sinal de dois com os dedos, enquanto o homem dava um “Joia” de longe. - Podemos conseguir o endereço... Mas não faça esse negócio de fugir das regras ser normal para você... O prontuário foi exceção, assim como... vamos chamar de olhada rápida!- dizia o homem, mais uma vez olhando para o celular e digitando com os olhos apertados. Parecia mandar mensagem para alguém que tinha acesso àquelas informações com mais facilidade.

Depois de alguns minutos, o homem do carrinho de cachorro-quente voltava e dava o lanche para o policial, que pagava e era agradecido. O homem empurrava o alimento para Sckar, de uma forma grosseira, mas gentil ao mesmo tempo. - Olha..- dizia após dar uma mordida. - É uma jogada arriscada do Antonio se expor tanto... Temos que considerar que a criança realmente esteja morta... Se o primeiro filho foi morto sufocado no hospital há 5 anos, por um surto, talvez, o segundo pode ter sido morto pelo mesmo surto. Antonio pode ter escondido e levado o corpo da criança, pra que sua mulher não seja presa... Os dois estão abalados... Talvez ela nem saiba o que aconteceu... Vamos na casa da Amanda, ver se a criança está lá... Caso não esteja, vamos falar com Antonio... E você foque no presente... Ficar pensando em problemas que não são seus não ajuda muito!- dizia o detetive, bem frio, mas sábio. Estava naquele ramo há anos, sabia o que esperar dos casos e não poderia ter uma visão parcial de todos os casos...