child's play - doll fanfest

Para um espectador desavisado, a expressão de Timothy não levaria a pensar que estava em um parque de divsões, muito menos que havia acabado de receber a oportunidade de escolher entre três Pokémon para levar consigo. A sua face parecia desinteressada e desconfiada, talvez por ainda tentar ocultar seus sentimentos ruins. Os olhos ainda estavam claramente inchados e o menino ainda deixava escapar o ato de fungar característico, o breve ranger de dentes, o engolir em seco.

Enfim, era hora de escolher quem seria o Pokémon que levaria de lá, e os outros voltariam para suas casas. Além disso, recebeu uma pequena boneca com cabelo roxo, vestida como uma bruxa com cores escuras. Era bonitinha. Enfim, o rapaz ponderou sobre suas opções por um momento.

Pensou, primeiro, no Chatot, que encontrara na tenda 6. Pensou na possibilidade de que seria uma boa companhia para si e para alguns de seus outros Pokémon, além de gostar da ideia de ter mais Pokémon que tivesse relações com música. Throh era uma criatura legal, forte, imponente, talvez tivesse algo importante para ensinar para o menino se fosse escolhido para seguir com ele. Também gostava da ideia, apesar de ter vários Pokémon lutadores.

- Ah, obrigado. Eu vou ficar com - Parecia decidido, mas a nuvem parecia ter voltado a pairar sobre sua cabeça. Lembrou do Pokémon azulado que havia iniciado essa reação em cadeia, o que ele levou Timothy a sentir, uma torrente de emoções fortes que o assustavam muito. Parecia fácil deixar ele de lado, mas imaginou que não era uma boa ideia tentar fugir daquilo. Precisava encarar o monstrinho de frente, não de imediato, mas não queria correr o risco de passar por um episódio desses de novo despreparado.

Tinha que levar o Impidimp consigo.

- uh, eu vou levar esse aqui, tá - Quase tinha colocado a cápsula do Pokémon noturno nas mãos do coringa, quando acabou trocando pela do Chatot e escolheu ficar com o bichinho azulado. Alguma coisa na sua cabeça lhe dizia que não podia deixá-lo pra trás, talvez para o próprio bem de Timothy. Não conseguia explicar, mas foi a decisão que tomou naquele momento. Hanzo parecia um pouco preocupado com seu treinador, e esse era o contraste de tudo o que o Impidimp representava para Timothy: Ele parecia ser o completo oposto de seus outros Pokémon. Quando pensava em Rishon, Shelly, Val ou Wander, tinha um claro vislumbre de bebês que tinham o treinador como estrela guia. Por outro lado, Hero, Maokai ou a Rhyhorn tinham lá suas personalidades fortes, mas pareciam sempre complacentes com os desejos de Timothy quando ele precisava.

O maldito Impidimp era a antítese de tudo isso.

Não dava pra deixar isso de lado. Precisava aprender a lidar com um Pokémon assim antes que tivesse mais problemas no futuro. Depois de decidir de uma vez que levaria o Pokémon Fada, abriu a caixa que recebera antes na tenda, agradeceu ao responsável pela atração e saiu com seu Ariados, pronto para conhecer as outras atrações. Precisava espairecer um pouco.

O membro 'Yay' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'Caixa 2' :

Quando abriu a caixinha, Timothy esboçou um sorriso fechado, tímido, mas genuíno; conseguia reconhecer a cor e a forma da rocha com um profundo tom de roxo. Tinha estudado um pouco sobre as formas de evolução de seus Pokémon, e reconhecia a Dusk Stone, importante para a evolução de Aza. Ele pegou a pedra, guardou na sua bolsa e seguiu em frente.

Por mais que continuasse andando pela animação do parque e vislumbrando as cores e a animação de todos os presentes, o menino estava, no mínimo, recluso. Andava a passos curtos e lentos, observava com cautela os seus arredores, as mãozinhas em alguns momentos envolviam a faixa da bolsa que atravessava o seu corpo na diagonal, quando sentia que o espaço era reduzido. Seu Ariados continuava o seguindo, esse sim mais animado que seu treinador, vislumbrado com as atrações e as cores vibrantes.

Quando viu uma barraca de costura, logo associou mentalmente aos retalhos, a espuma e a agulha que tinha recebido antes. Era de graça e o garoto não daria outro uso aos materiais, então se aproximou da barraca para ver o que podia ser feito. Vendo o banner que mostrava os modelos disponíveis, ficou levemente hipnotizado por um momento quando viu a pelúcia da Alice. Tinhas boas recordações da história infantil, conseguia lembrar dos seus pais contando para si quando criança. Timothy se aproximou para fazer um pedido, fazia um esforço para que a voz não estivesse trêmula.

- Oi... Você pode fazer uma Alice pra mim? - Falava com um tom de voz pacífico, talvez um pouco pra baixo, algo nada apropriado para um lugar com tanta gritaria. Repetiria o pedido em voz mais alta caso não conseguisse ser notado, antes de seguir para outras atrações.

Os retalhos que Timothy tinha recebido antes, em tons de azul, branco e amarelo pareciam ter sido na medida certa para a boneca da Alice que a menina o fez. Ele agradeceu, fazendo um tímido aceno com as mãos, e seguiu pelos corredores do parque.

Andando mais um pouco, o menino parou para focar sua atenção em uma atração próxima, que tinha um homem careca de terno, aparentemente meio mau encarado. Timothy imaginou que não parecia o tipo de roupa mais adequada para um dia quente em um parque de diversões, mas ele era o garoto que andava por tudo que era canto com o moletom acinzentado característico. Enfim, a hipocrisia.

Se tratava de um teste de força, característico de parques de diversão como aquele, mas usando os Pokémon. No lugar, muitos Pokémon do tipo psíquico testavam suas capacidades na máquina próxima, mas não seria o caso do treinador, que havia trazido um Pokémon inseto. Talvez não fosse a melhor pedida? Seu único Pokémon psíquico estava bem guardado. Mesmo assim, parecia uma boa ideia para Hanzo, que estava animado com a ideia.

Todavia, o menino ficou surpreso quando viu que o rapaz havia mencionado seu nome diretamente - o cenho franziu de leve, em uma expressão meio assustada, mas curiosa, antes que recuperasse a compostura. Talvez o homem realmente lesse mentes ou coisa assim? Bem, então era uma boa ideia não transparecer isso fisicamente, pelo menos. De qualquer forma, tentou fazer um teste. Pensou bem forte em seu Ariados batendo com o martelinho próximo na máquina e ganhando um belo prêmio, vai que dava sorte.

Enfim, sinalizou para que seu Ariados testasse sua força (ou sorte?) no brinquedo. Ele agarrou o martelo com as patinhas, levantou seu corpo com as patas traseiras e caiu com tudo sobre a superfície que fazia a medição da potência. Era hora de descobrir o quão bem tinha se saído.

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'Teste sua Força' :

O esforço do Ariados foi representado por um número 47. Um belo número, remanescente das grandes viradas e de agentes secretos. Isso levava o homem a assumir uma expressão que parecia indicar surpresa. Logo, apontara que era uma pontuação maior à anterior que havia presenciado, mas ainda não era uma das maiores; na verdade, mal havia chegado na metade.

Como prêmio, Timothy recebera uma fruta azulada com uma longa folha, mais uma variedade de Berries que ele nem sabia que efeito tinha. Assumiu que fosse uma prima da Oran Berry ou coisa assim, antes de guardá-la em sua bolsa. Depois disso, presenciou a tentativa do Kadabra, provavelmente um conhecedor nato dos caminhos do teste de força. Ele alcançou uma bela pontuação.

- Ah.. Pode ser! Você quer ir outra vez, né, Hanzo? - O Pokémon inseto assentiu e se preparou para bater outra vez no dispositivo, talvez assumindo algum tipo de técnica que havia percebido na forma de manusear do outro bicho psíquico. Timothy gostava de ver o esforço de Hanzo ali, e ele parecia estar se divertindo. Depois da segunda tentativa, deixaria a atração com seu monstrinho para ver outras coisas.