Deep sea AHOY

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OFF escreveu:

Oi oi, Ray, que a gente se divirta o/.

A pequena Raíssa Bolt se via em uma oportunidade única: a de participar em uma missão de sua sociedade, mas ela devia levar em conta que provavelmente não seria algo fácil. A tarefa era procurar informações sobre a bastante misteriosa Abyssal Zone, que provavelmente algumas pessoas até consideram esse lugar como um simples mito. Então como ela faria isso? Será que os marinheiros eram uma fonte de informação o suficiente. Pelo menos a pequena não se encontrava em um lugar completamente estranho, afinal Slateport era familiar para ela, pois a ruiva já havia nascido em uma cidade portuária e também, Slateport era a sede de sua sociedade.

O dia estava bem ensolarado, um perfeito dia de praia, mas bem Raíssa estava ocupada, então teria de resistir a tentação da praia. Os "cries" dos Wingull eram bem sonoros e uma grande quantidade deles vagavam pela grande costa de Slateport, nada mais nada menos que um típico cenário portuário. O Lanturn de Raíssa olhava para o céu, mais especificamente para os Wingull, ficando um pouco distraído. No mais, era um dia bem parado no porto, não haviam muitos barcos atracando ou zarpando dali e a lanchonete onde a ruiva estava, se encontrava tão quieta quanto.

Exceto por uma dupla de marinheiros, no maior estereótipo "Popeye", que foram para a mesma lanchonete em que Raissa estava. Os dois pareciam cansados e se sentaram de maneira folgada e então começaram a conversar entre si, de um jeito que a garotinha pudesse ouvir sem problemas.

- Mas essa viagem foi um porre. Ir até Unova, sério? E quase fomos roubados no caminho. Eu preciso de férias. - Dizia um deles que tinha cabelos castanhos até que longos.

- E a gente não conseguiu fazer nada né? Ah mas eu não tô nem aí pra férias. Eu tô puto mesmo. Queria poder bater naqueles caras. - Dizia o outro que era careca. - É bem irônico como tem crianças de 10 anos que chegam a dar mais medo em criminosos do que marinheiros grandões cuidando de um cargueiro. Os Pokémon fazem maravilhas mesmo.

Eles não pareciam o tipo de pessoa que seria capaz de dar alguma informação sobre a tal Abyssal Ruins, mas talvez aquela conversa atrairia a atenção de Rayssa. Talvez, porque não sou eu que narro a personagem, então eu não sei. O que a ruiva faria?

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Raíssa conviveu tanto com a praia que nem se importa tanto de não aproveitar o momento atual. Para uma garotinha de dez anos ela estava bastante empenhada em sua busca, ouvindo atentamente a conversa dos dois marinheiros que acabaram de chegar próximo a ela e proativa como sempre ela já começava a falar com a dupla assim que eles terminavam a conversa um com o outro.

Para uns dois grandalhões eles até que foram bem receptivos com a ruivinha. O mundo pokémon é mesmo interessante, onde uma garotinha de dez anos é alguém confiável para ajudar os outros. Os dois olhavam Raissa e principalmente o seu Lanturn e pareciam um pouco impressionados. O que significa que Storm é de fato um pokémon no mínimo decente ou pode ser que os marinheiros simplesmente não tem habilidades com o treinamento de pokémon. Um deles começava a falar, o de cabelos negros.

- Quer dizer, o que aconteceu já aconteceu. Fomos atacados em uma das nossas paradas e tivemos um prejuízo bem grande. Viemos de Unova, uma viagem exaustiva e longa. O problema é que não conseguimos fazer nada pra parar o roubo, eles tinham pokémon muito fortes e era isso. - Ele dava um suspiro e então o seu companheiro falava.

-Então acho que tenho uma ideia. Somos treinadores bem fracos, mas você tem esse Lanturn bonito aí. O que acha de ajudar a gente? Tipo testar a gente em uma batalha e nos ensinar algumas coisas. Porque sinceramente, estamos precisando de uns companheiros além dos nossos próprios músculos. A gente tem uns pokémon, mas são tão fraquinhos.

- Vamos arrumar um espaço na praia pra isso, o que acha?

A dupla de aparentes brutamontes na verdade era bastante amigável, na verdade tudo o que estava acontecendo ali era um belo exemplo de "aparências enganam". Os grandalhões que parecem rudes estão procurando o conselho de uma criança, mas apesar da idade Raissa era de certa forma mais experiente do que os marinheiros.

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Vendo que Raissa aceitou o convite, os dois marinheiros começaram a caminhar, procurando um lugar com bastante espaço na praia, para que eles pudessem treinar com a ajuda da monotreinadora. Repito mais uma vez que era algo bem interessante para Raissa, o fato de ter a oportunidade de ensinar algo para alguém. Agora só restava para ela ver o nível do treino dos dois.

- Não nos apresentamos né? - Dizia o careca enquanto andavam pela praia. - Me chamo Adam e esse é o Andy.

- Prazer em conhecê-la. E você como se chama?

Finalmente o trio conseguia achar um lugar bom para os seus pokémon. Era uma parte mais aberta da praia, com espaço o suficiente para não perturbarem os turistas que ali estavam tomando um sol ou coisa do tipo. E então Raissa veria os pokémon da dupla, o primeiro, o pokémon de Andy era um aquático bem comum, um Poliwhirl, mas o pokémon de Adam já era um daqueles que não se via todo dia, um pokémon esguio azul, com escamas brilhantes e pequenas asas em sua cabeça: um Dragonair.


O jeito que os dois monstrinhos agiam eram o completo oposto um do outro. Dragonair, rastejava até a sombra de uma árvore e enrolava o seu corpo e ficava parado preguiçosamente. Já Poliwhirl era completamente hiperativo, corria em círculos pela praia em uma forma de aquecimento e então flexionava os seus braços para exibir músculos, ou pelo menos onde deveriam ter músculos. A dupla de marinheiros não parecia ter muito controle sobre os monstrinhos.

- É então, minha Dragonair é bem preguiçosa assim. Ela também é bem esnobe, então se a gente fosse batalhar ela só batalha com quem ela acha que vale o tempo dela. O que acha de tentar ver se você consegue atrair a atenção dela? Uma batalhinha amistosa? - Dizia Adam então olhando para o lado em direção a sua Dragonair.

- Uma batalha seria legal mesmo, até que agora o meu Poliwhirl não vai ficar quieto. Então vamos fazer ele gastar a energia em alguma coisa produtiva eu acho. Você pode até nos ensinar como se comportar em uma batalha, hehe. - Dizia Andy.

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- Prazer em conhecê-la Raíssa. Pelo visto você é uma treinadora de elétricos. Você teria uma vantagem fácil contra nós já que nós marinheiros geralmente treinamos aquáticos, até porque é conveniente com o nosso trabalho, hehe. Mas meu amigo tem a Dragonair dele. - Dizia Andy, o marinheiro de cabelos negros.

- Bem, vamos lá né. Hey querida, acho que você vai gostar de uma batalha. - Dizia Adam, o marinheiro careca, chamando a sua Dragonair. Ela levantava a sua cabeça, via o Lanturn e o Magneton do lado oposto dos dois marinheiros e logo entendia o que estava acontecendo. Ela até respondia o chamado de maneira rápida: - Olha só, a minha Dragonair veio até que rápido, parece que ela te acha uma treinadora forte, Raíssa.

- Faremos o primeiro movimento. Poliwhirl, você vai conseguir mostrar sua força. Ehh, tente o Hypnosis no Lanturn e em seguida um Mud Shot no Magneton.- Para treinadores não tão experientes Andy parecia até que confiante na hora de dar os comandos ao seu pokémon.

- Dragonair querida, lembra do dia que você se juntou a mim. Use o Light Screen e o Dragon Rage no Magneton. - A Dragonair parecia estar animada, balançando suas asinhas. Aquilo podia ser mesmo um sinal de animação, se for, a antes esnobe Dragonair parecia ter gostado de ver Storm e Magnas por parte de Raissa. - Espero que a gente se divirta Raissa.

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- Bem, o Mud Shot é um golpe que o meu Poliwhirl sabe desde pequeno, hehe. E apenas veio a calhar agora. Pra ser honesto, se eu me lembro de muitas fraquezas de tipos além das do tipo aquático e também as do tipo elétrico, é muito. - Dizia Andy.

Começando a batalha, para inexperientes como treinadores, os marinheiros até que estavam bem equipados. Poliwhirl era naturalmente o mais rápido em campo e começava o seu ataque hipnótico, fazendo a sua barriga vibrar e tentando chamar a atenção de Lanturn, sem sucesso. E então era a vez do Magneton de Raissa atacar, disparando um choque como se fosse um taser em Poliwhirl, deixando-o paralisado. Dragonair levantava a sua barreira translúcida e por último Lanturn, o mais lento devido ao seu acessório, também tentava hipnotizar o Poliwhirl, só que de maneira diferente, fazendo a sua luz brilhar em vários tons, deixando o girino desnorteado.

Continuando, dessa vez Magnas conquistava o posto de mais rápido da batalha e disparava um poderoso raio de luz contra a dragon-type que seria ainda mais forte se não fosse o Light Screen (-21) e ela revidava disparando um fogo roxo de sua boca causando um dano considerável em Magnas (-20). Mesmo paralizado, Poliwhirl era mais rápido que Storm, mas a velocidade não adiantou de nada quando ele tropeçou no chão e não conseguiu fazer nada (-5) e por fim Storm usava o seu poderoso Discharge, que causava até mesmo um pouco de dano em Magnas. (-28 em Poliwhirl, -8 em Dragonair e -11 em Magneton) e paralisava Dragonair.

- Olha, a gente até que tá durando nisso aqui né? Vamos lá Dragonair, eu confio em você e você confia em mim. - Adam estava dizendo palavras motivadoras para a sua pokémon.

Talvez a batalha tenha saído um pouco mais difícil do que o que Raissa esperava e do que o narrador esperava também, mas ela tinha uma vantagem bem considerável e conseguiu infligir bastante status nos oponentes.


Campo: Uma praia simples e bastante aberta. Light Screen (2/6)