Pokémon Mythology RPG
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Rota I - Froste

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I


Há algum tempo caminhava. Seus pés doíam e sua noção do tempo se esvaíra por completo, poderia simplesmente consultar as horas pela pokedex ou qualquer relógio que fosse, mas se o fizesse a aventura perderia parte de seu sabor misterioso. Vestia roupas leves, bermuda preta, camisa branca e sapatos pretos, trazia consigo uma mochila contendo roupas, lanche e alguns acessórios que futuramente teriam serventia, ou não. Houndour caminhava a seu lado, rosnando impaciente.  

- Não é só você quem está cansado e nervoso, controle-se.  – argumentou.

Houndour limitou-se a um balbucio insatisfeito, prosseguiram silentes. Cessou a caminhada após poucos minutos, Froste sentou-se próximo a um local com sombra as margens da estrada, abriu a mochila e retirou dois sanduíches. Jogou um para seu companheiro e dedicou-se a comer o outro. Puxou um cigarro, tateou a mochila a procura de fósforos, porém não encontrou. “Merda!”- pensou frustrado. Seu vício teria de esperar. Houndour rolava no chão, satisfeito com o desjejum, Froste observou-o, ele parecia feliz. A alegria do cão sombrio afagava sua consciência reforçando o aspecto positivo da saída de ambos. Acariciou a cabeça do Pokémon que exibiu os dentes num sorriso macabro.

- Não tem mais volta garotão. Sempre em frente. – antes de se levantar arregalou os olhos num lampejo, lembrou que seu companheiro usava ataques de fogo. Pegou o cigarro novamente e o aproximou de Houndour. – Acende pra mim?

Houve um olhar desconfiado que durou pouco, Houndour cuspiu uma fagulha que acendeu de imediato o cigarro. Froste deu a primeira tragada e reiniciou sua jornada, o fiel escudeiro canino saltitava ao seu lado. A imprevisibilidade de vagar sem destino era estranhamente excitante, contudo trazia arraigado em si o medo, a sensação glacial de ter a segurança e integridade violadas a qualquer momento. Novamente a mercê de uma força invisível, incontrolável e sádica, mas não há mais volta. “Sempre em frente!” pensou Froste soprando a fumaça.
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This is Halloween



O dia estava claro e tranquilo, a cidade mais vazia do que normalmente estaria aquela hora, com treinador e pokemon apenas aproveitando seu dia de boas, apesar do mal humor faminto de seu companheiro tudo parecia muito bem.

Com um caminho longo, começando pelos primeiros passos, sentando para descansar e aproveitar um dos prazeres da vida uma sanduíche ente amigos um pequeno cigarro e de volta a estrada voltar a cidade e aos caminho de um verdeiro ronin vagabond, caminhando sem muito rumo com um bituca no canto da boca e seu fiel companheiro a seu lado.

A medida que a poeira da estrada se prendia e caia dos pés da dupla acabavam por esbarrar com uma senhora de idade com um problema para resolver, algo bem grave, sua carrocinha estava com uma roda rompida e isso impedia que esta pudesse continuar em seu caminho, estaria disposto a ajudar ? ou apenas seguiria seu caminho sem rumo ?

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II



Passou pela senhora cabisbaixo, observou a carroça quebrada e se prontificou em ignorá-la. Os primeiros passos foram velozes, contudo o ritmo diminuiu, a culpa estranhamente pesava-lhe as pernas. Olhou para baixo, Houndour saltitava agitado, alheio, mas em seus olhos faiscava uma chama peculiar, fustigavam-lhe como flecha pungente. Pior que a agressividade fulminante era somente a forma como aquelas duas esferas negras mediam seu caráter. Decidira mal? Aparentemente, sim. Estaria o cão realmente o julgando ou Froste estava enlouquecendo?

- Nunca me imaginei que minha consciência se pareceria com um cão. – disse olhando para Houndour. Obteve um rosnado como resposta.

Voltou até a velhinha e sua carroça. Curiosamente estava a poucos passos de distância. Trazia o cigarro preso entre os dedos indicador e médio da mão direita e a pokedex em sua canhota. Aproximou-se com o olhar carregado da frieza habitual, o moicano por alguma razão desaguava em uma franja que lhe cobria o olho direito, o conjunto trazia-lhe um aspecto que pendia entre intimidador e desajeitado. Froste limitou-se a dizer monocórdio:

- Parece que precisa de ajuda, não sei como consertar, mas Dewford não está muito longe e acredito que posso pedir socorro com isso. – disse balançando a pokedex.

Dito isso tragaria o cigarro e utilizaria da pokedex para ligar pedindo socorro, a polícia seria a melhor opção. Daria outra tragada, jogaria o cigarro no chão e terminaria de apaga-lo com a sola do sapato. Enquanto esperava remoia sua mudança abrupta de comportamento e, também, sua abordagem: “ acho que devia ter dado bom dia!...”

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Dojo Town



O Jovem inicialmente cogitava passar direto, mas sua cãosciência o fazia voltar e oferecer ajuda a senhora, este sabia a coisa certa a se fazer, quando oferecia-se para ligar percebia algo que realmente poderia ser problemático, a pokedex não tinha a função de telefonia desde que começaram a produzir os pokenav, então restava a ele auxiliar agora que admitiu que a cidade não ficava longe.

É muito gentil de sua parte meu jovem, eu preciso carregar essas bolças já que minha roda quebrou se puder me ajudar quando chegarmos em casa peço a alguém para vir buscar, de puder ajudar a carregar eu ficaria grata.

Dizia a senhorinha, explicando em que precisaria da ajuda e antes que o jovem pudesse dizer qualquer coisa a dupla estava andando em direção a cidade com este carregando uma das pesadas bolças enquanto a Idose senhora carregava a outra, por um momento o vinha a mente do rapaz, como eu vim parar aqui?

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III


Frustração. Palavra perfeita para descrever a expressão que se seguiu ao apertar os botões da pokedéx e ser informado sobre as curiosidades de Houndour ao invés de uma ligação, limitou-se a olhar para o pokémon e, posteriormente, para a velha com seu olhar convalescente. “Eu sou um imbecil”, pensou coçando a testa.  Não podia negar ou argumentar, uma vez que, se dispôs a ajudá-la, tomou uma das bolsas nos braços e reiniciou sua caminhada cabisbaixo. Seus planos de nunca mais retornar a Dewford foram contrariados em menos de duas horas de viagem, parecia-lhe impossível escapar da ironia galopante do destino.

Houndour compartilhava da decepção silente de Froste, marchava com as orelhas murchas grunhindo em teor reclamatório, o tempo parecia solidificar e transcorrer vagaroso diante do silêncio esmagador do trio, os braços doíam e, de repente, viu se invadido por uma súbita vontade de jogar a carga no chão e sair correndo, como se isso tornasse mais substancial seu anseio por seguir em frente. Não o fez.

Ao olhar mais uma vez para a senhora, refletiu sobre as implicações de improvável encontro, queria entender o porquê de uma mulher em idade avançada se arriscar em errar sozinha por um ambiente tão propenso ao perigo com pertences que, aparentemente, por conta do peso, apresentam valor relevante. “Talvez ela não tenha a quem recorrer”, concluiu. Froste entendia a solidão, seu passado o fez associar de imediato ao fenômeno que conhecia bem. Seu olhar frígido se amainou, os olhos e sobrancelha curvaram-se para baixo aplacando sua apatia e tremeluzindo de compaixão, naquele instante a senhora tornou-se companheira em sua dor muda, sentiu as veias se encherem de um calor insólito, não jocoso, mas acalentador. As palavras quiseram saltar-lhe a boca, mas sem partir do pensamento, seguiam um fluxo estranho saindo a partir do peito. Conteve o ímpeto e limitou-se somente a um comentário infantil:

- Não tem ninguém? ... Digo... caminha sempre solitária por aí? – enrubesceu, era-lhe estranho não ser irônico ou provocador. A afeição tem seus mistérios.

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Dojo Town



O Jovem rapaz cabisbaixo encarando sua "derrota" dupla, primeiro por ter tentado ligar usando uma "agenda electrónica" e estar voltado de um plano de nunca mais voltar após menos de 3 horas, quase uma criança tentando fugir de casa, apesar de não ser mais uma criança e nem ter idade para tentar fugir de casa, resolvia então tentar fazer uma pergunta.

A meu jovem, eu sei me virar, não nasci velha sabia, Hop Hop Hop.

Ria a senhorinha enquanto parecia não ter qualquer dificuldade em fazer a caminhada, apesar de sua idade, na verdade conseguia levar o caminho ate melhor que nosso jovem que com seus pulmões de fumante já começava a apresentar os primeiros sinais de cansaço, nada muito grave mas ainda sim um começo.

A improvável dupla já caminhava a alguns minutos quando a senhora fazia mais uma consideração:

Mas e você meu jovem quais são seus planos para o futuro? além claro que ajudar senhoras idosas em apuros, Hop Hop Hop.

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IV


“Não nasci velha, sabia”.  Froste esboçou um sorriso mínimo, curvando ligeiramente o canto da boca, empenhava-se em manter o semblante apático, limitando as demonstrações emocionais a sinais quase imperceptíveis. Óbvio que ela não nasceu velha, contudo, essa sentença vinha imbuída de tênue poesia, que se consolidou com os dizeres posteriores. Há certa semelhança entre os velhos e as crianças: a ausência de medo que torna suas frases incômodas. Ambos forçam a escapar do automatismo corriqueiro do qual é constituído o cotidiano, o alvo, pobre criatura, vê-se obrigado a sair de si e atribuir sentido ao que quer que seja. Porém, não há sentido, assim nasce a angústia.

A angústia, espinho atrevido, perfurou-lhe a mente quando a interrogação irrompeu: “Quais são seus planos para o futuro?”. Esmoreceu. A verdade é que vaga sem rumo, numa tentativa vã de escapar ao passado, como lebre assustada acossada por cães que, embora se distancie, sucumbirá em breve ante a ferocidade de seus perseguidores. A diferença entre Froste e a lebre é que ele não é perseguido, caminha em direção a seu nemesis.

Trôpego e um pouco cansado limitou-se a respondê-la:

- Não faço a menor ideia de quais são... pretendia descobrir enquanto caminhava. – coçou a cabeça sem graça, a verdade é sempre desconcertante.


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Dojo Town



O Rapaz dava seu parecer sobre sua visão de mundo, sem muita ideia de para onde ir ou por que, com base nos caminhos do Ronin.

Hop Hop Hop, quando eu era jovem eu tinha o mesmo pensamento ate esbarrar com um mestre sábio e antigo mestre de um grande Dojo e ele me ensinou tudo que eu sei, era um grande homem me ensinou a lutar, a pensar e fazer os dois ao mesmo tempo.

Hop, Hop, Hop, sabe jovem talvez você precise de um norte.


Ria a senhorinha enquanto parecia entregar algumas possibilidades, talvez fosse uma boa ideia ouvir.

Off> Desculpa a demora, vamos dar uma maratonadinha hoje e amanhã?

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V


A simplicidade com a qual a senhora se pronunciava era deliberadamente encantadora, transbordava inexperiência, causando veemente contraste com sua faixa etária. Feminina voz enlevava transmitindo conforto e segurança, em sua companhia Froste não necessitava recorrer à ironia ou repeli-la com agressividade, dedicava-se a carregar a bolsa e desfrutar de sua doce presença.

- Pensar não me parece tão difícil, não me ensinaram a lutar, mas acabei aprendendo a me defender. – olhou para Houndour que, até então, sapateava alheio a todo diálogo. Sentiu que sua resposta soou ofensiva, limitou-se a continuar, abaixando a voz um tom, evidenciando seu desconforto. – É... talvez eu precise de um norte.


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Dojo Town



O Rapaz acabava por aceitar o comentário, com uma certa ajuda de sua "consciência" canina, afinal ele era um antisocial, acaba nem percebendo que estavam chegando a algum lugar então de surpresa.

Hop Hop Hop, Então senhor jovem ronin, você ganhou um ingresso, tome aqui, pronto pode ir por vamos, vamos.

Ria a senhorinha enquanto colocava o rapaz no que parecia uma fila, de outros rapazes alguns ate maiores que ele e antes que se desse conta estava com uma pulseira e em uma fila, realmente aquele dia estava louco.

Nos vemos mais tarde Jovem boa sorte, Hop Hop Hop.

Off> Ops o que será que vem agora? rs rs

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