Em todos esses anos nessa indústria vital...

Rota 10, Região de Kanto
Tarde;



A Pokébola comum lançada contra o Staryu caído ainda tendia em esfriar, piscando. Ótimo, pensava, após um bocejo, sorriu com o canto dos lábios para as garotas primeiramente, voltando depois o olhar para os Pokémons próximos a ele, antes de andar na direção de Leary. O Bellsprout permanecia no seu malabarismo próprio, esquisito, claramente observando a Pokébola no chão.

Connor abaixou pousando o olhar sereno no Bellsprout, dando uma leve e gentil cutucada em sua cabeça amarela, terminada num leve afago com os dedos. O bicho voltou o olhar o encarando, sem dizer nada. Ficaram se olhando até o treinador sorrir, o bichinho mexeu suas folhas em resposta e saiu andando na direção do grupo de Pokémon que seguiam Flanagan.

Olhou a cena com um sorriso de canto aliviado, calmo, antes de estender a mão para pegar a Pokébola do Staryu. Pokémon aquático sem gênero definido? Interessante, diziam que ele podia usar movimentos psíquicos também, uma boa adição, caso tudo dê certo. Guardou a esfera num compartimento seguro, como de costume, antes de se levantar.

— Ótimo trabalho, Maddy. Está pegando o jeito da coisa rapidamente, de forma natural! — Dizia de uma forma gentil, tranquila, antes de coçar o cabelo preguiçosamente. — Acho que dá para seguirmos para a próxima ro… — Dizia todo aliviado, pensando em dar uma pausa quando ouviu grunhidos atrás dele. Era seu grupinho, voltou o olhar lentamente e percebeu que Leary andava rapidamente em direção do píer.

Haroldo, o Anorith parecia extremamente confuso com a situação. Mas confuso mesmo era Leary e seu comportamento esquisito… havia percebido algo naquela região próxima à água? Connor fez uma leve careta, caminhando até seus Pokémons.

— Esse daí não tem jeito mesmo… — Suspirou, balançando a cabeça negativamente. Teria que ir atrás, lá se ia a chance de ir para a outra rota em direção à próxima cidade. Mas também havia uma condicional nova, um novo lugar para buscarem Pokémons. Uma chance, né?

Olhou para os demais Pokémons, falou algumas palavras, pedindo uma leve cooperação e voltou-os cada um para suas respectivas Pokébolas, guardadas também de forma segura com ele. Claro que menos Leary que saíra na frente feito um louco, e se fosse atacado por algum Pokémon exótico… ou não? Lá se ia mais um pouco de energia gasta a toa!

Voltou o corpo na direção das duas garotas, meio sem jeito, dando uma leve risadinha preguiçosa, fez um sinal com a cabeça para que se quisessem, o seguissem em direção ao Píer e elas viram algo improvável após o rapaz respirar fundo, ele estava correndo. Atrás do Bellsprout, em direção à outra área da rota.




CONNOR veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

Rota 10, Região de Kanto
Tarde;



Seguiu atrás de Leary até a região do Píer daquela rota, sua corrida aos poucos desacelerou ao ver o porquê o desengonçado e sem atenção Pokémon planta havia parado. Estava à frente de um imenso Pokémon, maior até que o treinador, tanto de altura quanto de largura. Exótico até no fato de sua cor não parecer lá uma coloração combinando com o biótipo. Era brilhante talvez? Não, era só sua imaginação, só poderia ser.

O monstruoso cascudo quase havia jogado Leary na água, avoado como era. Connor levantou uma das sobrancelhas o encarando, sangue frio, sem tanto medo, mas também confirmava a si mesmo que nunca havia visto algo assim. Vendo que não poderia chegar ao Bellsprout, atrás do brutamontes, suspirou, coçando levemente o cabelo. Teria de fazer algo, não é?

Teria de esperar os movimentos de Madeline para causar algum estrago naquele bicho. Isso era certo, não era algo como derrubar algum Pokémon pequeno, igual havia sido até o momento, por mais que tenha dado certo trabalho. Com o Noctowl da parceira, haviam tido a sorte de estarem em um grupo maior, mas havia evoluído Fortune, não havia? Entretanto, não poderia tirá-lo do descanso tão cedo.. emergências, pensou.

Haroldo era forte, durão. Mas nunca havia pego o bicho para batalha, era pré-histórico de composição, então provavelmente seria bem rochoso em defesa. Para um desafio maior, confiava no seu inicial. Talvez sonhasse em achar Musashi, o Farfetch’d para fazer dupla com Ignace, mas era sonhar acordado demais. Sacou a Pokébola ocupada pelo Cyndaquil e o soltou próximo a ele.

O bichinho quase levou um susto ao ver o brutamontes, Connor havia o colocado numa confusão… de novo?! Olhou para o treinador, com uma leve bronca naquilo, enchendo as bochechinhas e soltando ar quente.  

— Olha no que o Leary se meteu antes… — Apontou calmamente, discreto para o que tinha atrás do bicho robusto. O Cyndaquil deu um pulinho apertando bem o que pareciam ser seus olhinhos diante daquilo. Leary quem estava numa enrascada, tinha de ser. Haroldo podia ter passado a impressão de perdido, mas nunca seguiria a maresia do nada, igual o Bellsprout. O Pokémon Ígneo parceiro de Connor soltou algo que parecia um leve suspiro e assentiu com a cabecinha ao treinador.  — Vamos esperar a Madeline e a Yuri aparecerem, nunca fui de subestimar oponente algum, mas vejo que perto desse com essa casca dura e tamanho… vai ser um tanto… desgastante.

Cruzou os braços, pensativo, o que fazer? Precisava de uma distração, não é? Bem, o que o Cyndaquil mais aprendeu mais do que lutar junto à Connor, né? Enganar e correr, evitar conflitos. Uma postura que só havia mudado recentemente com a jornada. Sorriu de canto, chegando a sua conclusão rápida.

— Ignace, mantenha distância, ficando um pouco mais próximo de onde estou, mais ou menos. Quando avançar, sempre recuar. O espaço não é grande. Começaremos com dois Smokescreen contra o bicho até a Maddy chegar. — Dizia ao seu Pokémon.




CONNOR veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

Rota 10, Região de Kanto
Tarde;



Alguns fatos o faziam captar certas coisas. A fraqueza à um movimento aquático era a chave para uma vitória, o que tornava irônico o bicho dando uma voltinha tão perto da água, o que mostrava que era tão perdido quanto Leary ou Haroldo.

Tentava pensar, meio que acessando memórias em tipos de Pokémon que batiam com aquilo. Só lembrava daquela Jangmo-o de antes. Outro draconídeo? Ali? Tão fácil assim? Mas parecia tremer na base perto de bolhinhas de água. O parrudo tinha algum traço ígneo, tinha que ter.

Seria um tanto quanto difícil dar um fim ao combate naquela rodada. O tempo lhe permitia dois movimentos, Ignace claramente era um tanto rápido comparado aos demais, conseguiria vantagem, mas o trunfo estava novamente na jovem que combatia ao seu lado. Poderia muito bem mandar Haroldo ou testar aquele Staryu esquisito que havia capturado logo atrás, mas provavelmente o Cyndaquil não gostaria da ideia. Mas por outro lado, também não gostaria de cair duro, desacordado. Nenhum Pokémon gostava, aliás, que ser vivo gostava?!

As variáveis brincavam em sua cabeça. Lutava contra um colosso resistente que mal sabia o que fazia. Era impossível mirar, irado, no alvo que lhe dava maior dano. Pensa, Connor, pensa. Assim como Fortune, Ignace não possuía tantas vantagens com proezas físicas, ataques normais e aquele caso era bem duro.

Um bônus da simpatia do carvão difundida por todos os treinadores intermediários de Pokémons ígneos poderia dar uma porcentagem insignificante se ele tivesse resistência à chamas. Mas no final das contas, Ignace cuspia fogo melhor que dava bofetões e claro, era rápido naquela situação, muito rápido.

— Ignace, se não está bem, posso te garantir mais uma mãozinha, sabia? — Dizia ao pequeno Cyndaquil, que permaneceu firme mesmo com os danos. Não iria recuar, estava determinado. Cabeça dura demais. — Não se sinta pressionado a nada, mantenha a linha de distância permanente para possíveis esquivas, os olhos deles não parecem tão legais depois de jatos de fumaça. A tática segue-se no seu novo especial…

Colocou a mão cobrindo levemente o queixo, com os braços meio cruzados. Não se tratava dum lutador, sim dum outro mago. Apesar de bem… parecer menos que o Fennekin que evoluiu, Fortune. Tinha que confiar nas labaredas, por mais fracas que fossem. Seu erro tático inicial era ter colocado Ignace invés de Haroldo, mas a confiança era tão grande que poderia ver o pequeno triunfante. Teria subestimado o oponente ou estava subestimando Ignace? Concentra, temos vantagem… assim achava.

— Nós estamos nisso juntos desde o início, Ignace, antes você nem sabia acender suas chamas, mas agora é seu trunfo. Confie na chama em você! Dois Ember no grandalhão.— Poderia naquele momento passar um filme em sua cabeça? Ignace virando de um simples Pokémon, companheiro doméstico, a um guerreiro de estrada? Era muito pouco tempo para isso! Mas o bichinho era mais aplicado, de vontade forte, no fundo invejava isso. Sim, no fundo invejava.

Um sorriso sereno, de canto, se desenhava no rosto de Connor ao ver mais uma vez o bichinho acendendo suas chamas dorsais soltando um leve grunhido abafado, determinado, mas tímido. Os movimentos são claros, o coração do bichinho acelerado, apesar de se manter focado. Era uma provação de dois metros ou mais. Tinha de ser forte, muito forte e se não fosse, mais rápido, esperto! Lutar! Lutar!




CONNOR veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.