Pokémon Mythology RPG
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Would I Run Off the World Someday?

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❁ Nobody Knows





Route 124

Runaway ♪

O outono, é...? Apesar de não ser lá muito delimitado ou marcante na região sudoeste de Hoenn, talvez não se pudesse dizer a mesma coisa para o nordeste desta. A paisagem vermelho-amarelada era capaz de deixar seus observadores um tanto quanto... atônitos, para dizer um mínimo. A brisa que escoava por entre o ambiente parecia permanentemente carregar consigo uma ou duas folhas alaranjadas, além do relativamente distante ar marinho. Aquilo tudo era, de certa forma, revigorante — apesar de, talvez, por motivos que eu nem mesmo consiga explicar, exatamente.

Um mover de músculos, os propositalmente globos escurecidos. Enquanto as pálpebras voltavam a fazer da luz bem-vinda em seu lar, um inspirar. O ar a debater-se por entre tubos, até alcançar sua expandida câmera na qual agora fluiria. Um expirar — mas não um expirar qualquer, mas sim um ruidoso e proposital: um suspirar.

E claro, uma mente sempre a divagar.

Curiosamente, aquele cenário fazia com que Ren recordasse da cidade de Ecruteak, também coberta por uma infinidade de plantas supostamente "outonais". E estas memórias eram, de certa forma, bem-vindas, por mais peculiar que esta sentença pareça, momentaneamente. Bem, o coordenador havia visitado a cidade quando estivera em condições um tanto quanto catastróficas, de fato, mas ao menos; as coisas eram mais simples, menos... confusas, na época. Decerto, na época ainda tinha seus problemas como sempre, mas talvez estivesse menos... surtado? Louco? Irritado com o mundo? A ponto de explodir? Parecem ser todas respostas viáveis, de certa forma.

Tsc. Pois é, fica fácil olhar para trás, pensando em tudo o que foi e até no que poderia ter sido, enquanto tenta-se fugir do presente — e até mais adiante também: do futuro. Mas infelizmente, o tão reconfortante pensar não resolve magicamente toda a confusão e agonia que atuavam no coração do rapaz, que insistia em bater mais pesado e lento sempre que Ren buscava, em vão, perder-se na distância dos pensamentos.

Talvez por isso que a indisfarçável presença de Hatterene, que liberou-se da Poké Ball por vontade própria, tenha servido para acalmá-lo um pouco. O jovem sabia que a psíquica ainda estava acostumando-se com a nova forma e a nova dimensão de seus poderes, e que ficava um tanto quanto nervosa na presença de sentimentos fortes — ou no caso, pela forte ausência de sentimentos. E eu garanto: ver Salem nervosa não era uma programação recomendável mesmo para os mais ousados e tenazes.

É, eu acho que você está certa — disse o rapaz em voz baixa, ao notar o chapéu pontudo da Pokémon flutuando próximo de si, reparando logo em seguida os lapsos de luz rosa em seu redor. — Preciso... focar um pouco. Prometi pra Lisia que a ajudaria com isso, mas estou enrolando há tanto tempo que não ficaria surpreso se ela tivesse até esquecido — comentou ele, depois de exalar mais um sonoro suspiro. Tendo dito isso, ele cuidadosamente tirou seu celular da bolsa, além de também deixar separadas outras duas de suas esferas avermelhadas, enquanto esperava o ar ao seu redor parar de cintilar.

Ren apertou alguns botões, digitando rapidamente no aparelho. Parecia que algo que via na tela do dispositivo acabava deixando-o um pouco apreensivo, mas ele tentou não transparecer. — Parece que as coisas em Lilycove estão meio complicadas, de fato, mas espero que Cass e seu namorado consigam vir sem mais problemas. Não estamos em um lugar ruim, né? Quero dizer, você se deu o trabalho de teleportar-nos até as proximidades de Lilycove, apesar de termos chegado pela entrada de Aztlán... Só tente não se exaurir muito, tá bem? — disse então, um pouco apreensivo com a saúde da bruxa feérica.

Em seguida, ele lançou as duas Poké Ball ao ar, recebendo os monstrinhos que saíram delas com um abraço. Os dois Linoone pareciam um pouco confusos com sua súbita convocação, mas estavam tão animados por estarem para fora (e com a promessa de achar coisinhas, cochichada em seus ouvidos) que nem ligaram muito. Depois, entrou em um aplicativo estranho em seu Rotom Phone, antes de olhar para Salem novamente, forçando um breve sorriso. — Bem, eles devem chegar logo. Enquanto isso, o que acha de procurar alguns tesouros ou sei lá? Pode ser bom para acharmos, também, as árvores e arbustos com berries que Lisia havia comentado; e se duvidar, é capaz até de encontrá-los lá também!

A Pokémon mirou seu treinador por algum tempo, expressão indecifrável. Mas logo cedeu, balançando a cabeça em concordância, também tentando exibir — por alguns milésimos de segundo — sua própria versão bizarra de um sorriso. Era uma cena realmente estranha, se fosse parar para pensar. Sempre que Ren abria sua Pokédex, via que Salem deveria ser uma monstrinha bastante agressiva. Por algum motivo, no entanto, a Hatterene costumava ser sempre bastante... calma. Enquanto olhava para ela, acabou por lembrar-se um pouco de suas doces memórias do Dreamy Lake, o lugar no qual encontrara a espécie pela primeira vez. Quase que num passe de mágica, sentiu uma certa aura de... paz tomar conta de si.

Era engraçado. Desde quando a psíquica evoluíra, sempre que o coordenador pensava em sua tarde no National Park, ele estranhamente acabava por sentir-se mais pleno e tranquilo. Sua imaginação começava a sussurrar ideias que o antigo leitor de contos-de-fada dentro de si definitivamente apreciava bastante, mas o coordenador logo calou-a. Bem, não devia ser nada demais... Afinal, como é que a sua monstrinha, ainda não era nem nascida em ovo, saberia de suas semelhantes que habitavam o longínquo parque, além de todas as experiências de seu treinador? Ren piscou algumas vezes, desatando-se, por fim, dessa linha de raciocínio, passando então a apreciar a paisagem, seguindo seus Pokémon em passos leves e — diria eu — um tanto quanto desatentos.

... Talvez por isso que ele tenha subitamente sorrido enquanto divagava, pensando na imagem de um curioso monstrinho esverdeado que havia ficado marcada em sua memória, voando tão graciosamente quanto as fadas dos livros que o rapaz lia quando pequenino. Provavelmente, aquele ser iria gostar bastante de balançar suas asinhas por entre aquelas árvores avermelhadas...

Sim, o tempo é realmente uma coisa intrigante, não acha?


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OFF :


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Rota 124 - Hoenn


Nobody Knows


Ren vagava em seus pensamentos, oscilando entre passado e presente, trazendo à tona seu lado poético e sentimental. Enquanto lembrava da aparição de um ser mítico na sua ultima visita ao National Park, Hatterene mantinha sua postura calma. Acredite ou não, mas aquelas lindas bruxas são conhecidas por ter o temperamento forte, e tampouco aturam aqueles que mostram muito seus sentimentos... entretanto, aquela em especifico, mostrava uma serenidade nunca vista antes em tal pokémon. Entre teorias, poderia se dizer que a mesma tenha herdado um pouco da essência de seu treinador, já que havia se chocado nos braços do garoto.

A paz do ambiente era completamente deturpada com a chegada do casal que Ren aguardava até então, Cass e Eustace. Os treinadores vinham brigando entre eles e era possível ouvir de longe toda aquela falação e poluição sonora - Ah é? Se esta com tanto ciúmes, por que não me da mais atenção? - Cass dizia, sem um pingo de paciência no tom de voz. Logo era possível ouvir a resposta de Eustace - Mais atenção? Pra que? Você já não compra tudo que precisa com meu cartão de credito? Não é atenção suficiente pra você? - Falava enquanto caminhava com os braços cruzados e pose de "machão".

Quanto mais se aproximavam, mais tenso se tornava o clima. Ao menos se Hatterene conseguisse passar o dia sem surtar ao lado daquele caos, seria a comprovação de que a psíquica realmente havia nascido com a personalidade invertida, ou herdada de seu treinador.

Spoiler :


Finalmente chegando perto o suficiente de Ren, o garoto fazia um comentário num tom de voz mais baixo, mas alto o suficiente para que o coordenador ouvisse - Tsc, esse tampinha vai ajudar a gente no que? - Mas era logo interrompido por Cass, que falava enquanto batia com força o seu cotovelo na barriga do namorado - Hehehe, eaí garoto prodígio, como vai? Por favor ignore qualquer comentário idiota desse brutamontes. - Ela falava num tom mais amigável por já conhecer o coordenador, mas ainda carregava uma vibe punk consigo e um sorriso de canto de boca, praticamente pronta para fazer uma de suas piadas ácidas com aquela situação.


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Route 124

Runaway ♪

É, Ren definitivamente não era o melhor quando o assunto era concentrar-se. Quero dizer, quando estava decidido a fazer alguma atividade em específico — como por exemplo, ao montar suas apresentações dos concursos —, o rapaz conseguia encontrar um foco inequiparável. Decerto, o universo, com suas linhas cruzadas e descruzadas, tranças infinitas de vida; não ajudava muito logo em seguida, mas... Ao menos o coordenador conseguia encontrar um breve poço de paz dentro de si mesmo. Isso por si só já é uma grande vitória, não acha?

Afinal, mesmo em meio àquele paraíso de vermelho e amarelo da rota cento e vinte e quatro, o jovem não conseguia perder-se em pensamentos por muito tempo; seja por conta de si mesmo ou pela interferência de fatos externos. No caso, foi este último que "atrapalhou" a constante inconsistência dos pensamentos de Ren. Ou melhor, estes: a dupla que o aprendiz de Lisia iria ajudar tinha chegado até ele antes que ele precisasse procurá-los. Se bem que, com tanto barulho, talvez fosse um tanto quanto difícil não encontrá-los. O especialista fitou Salem por alguns segundos, como que tentando garantir que a psíquica não estava surtando. A Hatterene parecia um pouco incomodada, sim, mas até então era apenas isso mesmo, incômodo.

"Vai dar tudo certo", disse ele para si mesmo.

E então, virou-se e acenou. Eugene ainda não era uma figura conhecida, mas Cass havia encontrado o jovem de mechas rosadas anteriormente, no ginásio de Lilycove. Assim sendo, o coordenador exibiu um sorriso, antes de puxar algum assunto. — Ei, vocês chegaram! Como estão as coisas pra lá? Ouvi dizer que a cidade está uma bagunça, então acabei vindo pela entrada de Aztlán mesmo — disse ele, lembrando-se das notícias de que a cidade de Lisia estava uma grande bagunça. Uma gelatina gigante? Será que a loja de doces que Ren ajudara em Sootopolis já havia tomado proporções assim tão enormes? Por algum motivo, o rapaz desconfiava que não era exatamente isso.

Sinceramente, ele não se importava muito mais com os comentários ácidos que poderia receber. De alguma forma, sentia que já tinha se acostumado — ou ao menos, nem mesmo se importava mais. Pensando nisso, depositou seu olhar no namorado da morena, gravando sua imagem na cabeça. Certamente, aquele duo incomum também não costumava cair muito nas graças de grande parte das pessoas. Ren não ficaria surpreso se, dali há algum tempo, também acabasse por amargar-se um pouco, em razão das contínuas decepções que sucediam uma a outra.

Eu estava procurando por essas árvores de frutas que Lisia tanto quer. Trouxe uns Pokémon que gostam de encontrar coisas e baixei um aplicativo no celular, mas ainda não tenho certeza se vai funcionar direito — comentou ele, quando achou uma brecha para falar um pouco sobre a missão. — Ainda não sei que tipo de vitamina doida ela viu na internet e decidiu fazer, pra mandar a gente buscar fruta desse jeito, mas é aquilo, né? Chefinha mandou, a gente faz — concluiu em seguida, tentando brincar um pouco também, para ver se conseguia evitar de deixar o clima pesado, seja lá por qual motivo. Depois, fez menção de voltar a seguir seus monstrinhos, para enfim achar as berries.


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Would I Run Off the World Someday? 109Would I Run Off the World Someday? 703 03 - Day Care

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Rota 124 - Hoenn


Nobody Knows


Ren tentava quebrar o gelo comentando sobre os últimos acontecimentos na cidade de Lilycove, mas Eustace não parecia muito afim, de falar sobre aquilo. Entretanto, a garota respondia normalmente - Em resumo, a cidade não está nada bem. Muitas pessoas perderam suas casas e mesmo que tenha muitos ajudantes de fora, as coisas estão um caos. - Ela fazia uma breve pausa, tentando dar a deixa para que seu namorado falasse algo, mas a única coisa que ele fazia era dar uma breve bufada - Hunf. - Mas Cass parecia acostumada com aquela postura, por isso simplesmente o ignorava e voltava a falar - Eustace e seus irmãos foram uma das famílias que perderam a moradia, e junto dela, praticamente todos os bens. - Colocava a mão ao lado de uma das bochechas, como se adiantasse algo para seu namorado não ouvi-la.

Assim como muitas pessoas, ou pokémons, o punk acabava se alterando ao ouvir a ultima frase - TSC, EI CASS. CUIDA DA SUA VIDA! - Sua explosão não parecia assustar a garota, mas ele continuava falando num tom mais alto - EM NENHUM MOMENTO EU DEI PERMISSÃO PARA SAIR CONTANDO DA MINHA VIDA PARA OS OUTROS. - Terminava, ficando claramente emburrado, de braços cruzados, feito uma criança.

Meio sem jeito por Ren ter presenciado aquela cena, a garota tentava remediar - Hehehe, infelizmente ele está certo. Não devia sair contando coisas pessoais, principalmente porque vocês nem se conhecem ainda. - Ela sorria, claramente de uma forma que não parecia feliz.

Eustace estava quieto e parecia que não pretendia falar tão cedo, por isso, quem continuava respondendo o garoto de cabelos rosados era Cass - Nem me fala... tenho certeza que é algum tipo de vitamina "seca rápido". - Ela finalizava a frase dando uma risadinha maldosa e logo voltava a falar - Afinal, ela precisa estar bonita como sempre, então imagino que esteja tentando perder uns quilinhos. - Podia parecer maldoso, mas esse ultimo comentário não havia sido um "shade".

- Ah, perfeito você trazer alguns pokémons que podem ajudar. Tenho certeza que o meu não conseguiria achar sequer algo que estivesse um palmo a frente de seu nariz. - Ela dizia, desdenhando de seu Dedenne. Não era a toa que a treinadora não conseguia criar um laço com seu pokémon.

Enquanto o coordenador estava absorto em sua conversa com os dois outros aprendizes, ambos seus Linoones saiam farejando cada um até um ponto diferente ali por perto. Em seguida, começavam a cavar rapidamente com suas garras afiadas. Um deles parecia voltar com um CD meio sujo de terra. Na parte de cima, estava escrito no próprio objeto (Sweet Scent). Logo em seguida, a outra doninha corria até seu treinador, entregando dois doces de tamanho pequeno. Não pareciam saber para o que seriam usados, mas com certeza ficavam felizes em trazer presentinhos para seu treinador.


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Última edição por Gugazito em Sáb maio 29 2021, 11:30, editado 1 vez(es)

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Route 124

Runaway ♪

Talvez a cidade estivesse em condições piores do que o coordenador imaginava, afinal. E não só ela, grande parte de seus habitantes também. Aparentemente houve algumas dezenas de mortes por toda Lilycove, com as inundações e desabamentos. Boatos diziam até que uma gelatina engolira uma ou duas pessoas, mas vai saber até que ponto a desgraça alheia não estava afetando a cabeça de quem contava as histórias.

E bem, certamente era bastante infortúnio para Eustace. Pelo que Lisia dissera anteriormente, os adolescentes já não tinham uma vida lá muito fácil — foram acolhidos no ginásio para terem uma segunda chance, afinal. Ren suspirou. Não sabia exatamente o que dizer em resposta. Talvez não dizesse nada; tinha a impressão de que o outro rapaz iria desprezar quaisquer outras palavras ditas pelo especialista.

Decidiu apenas seguir em frente. Não era como se fosse magicamente solucionar todos os problemas, apenas conversando. O que podia, no entanto era tentar fazer a missão que lhe fora dada. Por isso, a menção de Cass ao seu monstrinho fora mais que bem-vinda. Ele sorriu, discretamente tirou algumas coisinhas de sua bolsa e então as escondeu nas costas, naquele joguinho proposital de "não estou escondendo nada, não tente ver!".

Seu Pokémon, é? Por que não vamos dar uma olhada então? Peguei esses Linoone ainda essa semana, e eles acabaram de evoluir. Tenho certeza de que seu bichinho vai conseguir cansar eles! — comentou então, olhando para os dois pequenos guaxinins-sei-lá-o-que. Os pobrezinhos eram meio alienados, e não prestavam muita atenção nas coisas. Em seguida, Ren mostrou as esferas e o ovo que escondia atrás de si.

Por que não liberamos nossos Pokémon um pouco? Quer dizer, desde que não se importem de ver meu Slugma ficar obssecado com o ovo que ganhei. Essa lesma parece querer ser pai de tudo que vê pela frente... — disse então, deixando o restante de seus companheiros saírem, olhando especialmente para o molusco ígneo e o ainda imóvel ovo. Já a  Blissey parecia feliz com a perspectiva de sair um pouco. — Ei Ilaria, o que acha de procurar algumas frutas?! — questionou, tentando fazê-los todos sentirem-se mais confortáveis.


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Would I Run Off the World Someday? 109Would I Run Off the World Someday? 703 04 - Day Care

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Rota 124 - Hoenn


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De fato, talvez deixar o assunto sobre Lilycove quieto seria a melhor opção para Ren. Ao menos se quisesse realmente se aproximar de Eustace o suficiente para ajudar em sua pequena missão.

Entre uma conversa e outra, o coordenador tinha uma ótima ideia... por que não liberar todos os monstrinhos de suas esferas metálicas para que pudessem socializar também? Aliás, só assim Cass se sentiria numa obrigação de faze-lo.

- Saia Pixie. - Ela dizia com voz de desdenho para seu Dedenne. Aproveitando o momento para se livrar um pouco do roedor do tipo fada, dava de costas logo que o chamava para fora da pokeball.

Em seguida era a vez de Eustace - Tsc, eu só tenho esse ovo estupido que não quer nascer, APESAR DE TODO O TRABALHO QUE ELE ME DA! - Terminava a frase gritando com o pobre ovo que nem havia chocado ainda.

Ren teria um longo trabalho pela frente, mas com a ajuda de todos seus monstrinhos, talvez conseguisse bons resultados.

Todos saiam de suas pokeballs. Blissey parecia animada com a ideia de colher frutas. O Slugma abraçava ambos os ovos de seu treinador e de Eustace (blush), tomando conta como um bom guardião. Dedenne corria feliz atrás dos dois Linoones e rapidamente se conectava com ambas as doninhas... afinal, os três tinham muita energia.

Repentinamente uma notificação vindo do celular do garoto de cabelos rosados parecia chamar a atenção de todos, mas principalmente do dono do Rotomphone. Era um de seus aplicativos indicando a presença de um item não muito longe dali. Como mostrava no próprio aplicativo, uns dez passos para a direita de Ren era o suficiente para achar o item indicado.


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Route 124

Runaway ♪

É Lisia, aqueles dois realmente precisavam de uma ajuda. O pobre Dedenne de Cass mal pisara o chão e já fora recebido com certa irritação por parte de sua treinadora, apesar de não parecer lá muito afetado, dada a forma com a qual dispusera-se a brincar com os Linoone. E para ser sincero, Ren não sabia nem dizer o quão pior Eustace estava; parecia que nem mesmo aqueles ainda por vir ao mundo escapavam de sua irritação. O coordenador suspirou mais uma vez, tentando ser o mais discreto que conseguia. "Vai ser um longo dia", pensou ele, olhando para aquilo tudo.

Bem, ao menos nem todas as notícias eram ruins, afinal. Aparentemente, Rotom havia encontrado alguma coisa ainda ali perto. Talvez a tecnologia ainda não tivesse evoluído o bastante para equiparar-se com as capacidades natas dos Pokémon, mas certamente, o dispositivo fora capaz de encontrar alguma coisa até que com uma ligeira rapidez. Definitivamente, Ren não teria achado nada daquilo tudo se estivesse sozinho, mesmo que estivessem logo abaixo de seu nariz. Sorrindo, o jovem chamou os demais adolescentes para perto, apontando para a região que seu celular de última geração indicava. — Acho que encontrei alguma coisa por aqui — comentou ele, dando alguns passos na direção.

Enquanto isso, aproveitou que o ígneo Slugma parecia animado em ser babá de filhotes (novamente) para tentar jogar ao ar algumas dicas de cuidados com ovos. Não era como se o coordenador tivesse estudado aquilo afundo, mas depois de chocar vários daqueles, você pegava uma coisa ou outra. — Mesmo sendo pequenino, Keegan gosta bastante de ajudar novas criaturinhas virem ao mundo. Sei lá, ele só gosta de ficar por perto dos ovos, e parece que eles gostam dele também, mesmo antes de nascer. O calor ajuda a chocar, imagino eu — disse, mantendo o tom de voz baixo, tentando falar da forma menos inquisitiva possível. Não queria que Eustace ficasse irritado com seu comentário.

Bem... Lisia não tinha dito até onde seus outros aprendizes sabiam, de cuidados para com Pokémon. Não custava muito ir pelo básico, né? Como que é aquele ditado lá? "De grão em grão, a galinha enche o papo. Podia não ter nenhum Torchic por ali, mas Ren gostava da ideia de encher o papo; ainda mais quando ele era quem mais tinha que falar. Pensando nisso, ele então colocou-se a matutar acerca da situação de Cass. Sinceramente, o especialista em feéricos não fazia idea da razão pela qual a moçoila era tão "hostil" para com seu próprio Pokémon.

Ora, por que não perguntar? Ainda faltava-lhe alguns passos até alcançar o ponto indicado por Rotom.

Seu Dedenne parece bastante animado, Cass. Ouvi dizer que é uma espécie bastante comunicativa e que gosta de brincar — disse, tentando lembrar-se do que sabia do elétrico. Seu amigo, Shion Taito, tinha uma monstrinha da espécie também. Aparentemente, eles eram nativos de Kalos, então até que fazia sentido Ren não ter visto muitos deles durante sua jornada. — Vocês costumam fazer algo juntos? Parece que eles ficam meio indispostos se não conseguem absorver energia, que normalmente conseguem conversando e brincando com os outros; principalmente elétricos.


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Would I Run Off the World Someday? 109Would I Run Off the World Someday? 703 05 - Day Care

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Ren tentava começar com sua missão secreta de intervenção, mas tinha certeza de que não seria algo facilmente resolvido. Claro, com a postura de ambos os treinadores, já era de se esperar uma certa resistência quanto qualquer forma de aprendizado, entretanto, se fosse implícito pelo coordenador, talvez conseguisse tivesse mais sorte.

Enquanto isso, Dedenne corria com os dois Linoones até o local apontado pelo garoto de cabelos rosados. Dessa vez, quem voltava com um mimo era o próprio roedor elétrico... parecia que estava aprendendo algo com as doninhas. Eufórico por estar fazendo algo fora da pokeball, Dedenne corria até Ren para entregar um pequeno pacote com berries dentro. Era provável que algum treinador tivesse perdido aquelas frutas enquanto explorava a rota, mas com a ausência de qualquer alma viva a não ser a do grupo, Ren não precisava se preocupar em pegar as berries.

Eustace prestava atenção nas "dicas" explicadas por Ren quanto ao ovo, mas claramente tentava não se mostrar muito interessado - Hunf, sei... quer dizer que ele não vai nascer se eu não esquenta-lo de alguma forma? - Assim que percebia parecer mostrar muito interesse, o punk se envergonhava e logo tentava mostrar seu lado machão novamente - Tsc, DEPOIS NÃO RECLAME SE EU FIZER OVO COZIDO DE VOCÊ. - Cruzava novamente seus braços, emburrado.

Cass mostrava estar acostumada com a postura do namorado, mas diferente dele, ela parecia estar interessada no que Ren falava - Eu nunca parei pra pensar em como o Dedenne preferia passar suas horas vagas. Achei que apenas serviria para uma batalha ou algo assim. - Dessa vez, a garota não parecia falar num tom ácido, talvez fosse simplesmente o jeito que ela havia aprendido a tratar os pokémons no decorrer de sua vida - Hmm, eu sempre achei o Dedenne um pouco fofo, mas nunca tivemos um momento juntos, normalmente estou muito ocupada com Eustace, então deixo meu pokémon fora da pokeball apenas para batalhar. - Apesar de não ser uma má pessoa, Cass havia crescido rodeada por adultos grosseiros, que usavam os monstrinhos como ferramentas de batalha. Não era fácil mudar esse forma de visão, mesmo depois de ser acolhida por Lisia, aquele tipo de comportamento não mudava da noite para o dia.

Ren parecia aprender um pouco do jeito que o casal pensava e tratava seus pokémons. Isso já era um bom começo, para alguém inteligente como o coordenador, seria fácil contornar as personalidades de cada um deles para ajuda-los como pedido na missão secreta de Lisia.


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Runaway ♪

Talvez não fosse assim tão complicado. Quero dizer, pelo menos as esperanças de Ren não foram destruídas de primeira, como normalmente. Os treinadores até aceitaram as críticas construtivas, reagindo de forma um tanto quanto positiva! Provavelmente Lisia mandara seu mais novo aprendiz naquela missão justamente com aquilo em mente: ajudá-los sem perceberem que estão sendo ajudados, no final de contas. Até que fazia sentido, dadas as personalidades fortes e relativamente teimosas do casal. Ren Hughes serviços de cuidado e entretenimento — talvez ele devesse começar a divulgar em panfletos por aí; já tinha bastante experiência da área.

Aproveitando que Eustace não refutou a informação logo de início, resolveu adicionar mais uma coisinha. — Isso. Por enquanto, acho que dá pra deixar o Slugma dar conta disso. Mas se você notar que o ovo tá ficando meio estranho, eu recomendo ficar próximo. Os Pokémon costumam estar bem sensíveis ao nascer, e estão mais dispostos a criarem laços com aqueles que veem pela primeira vez — disse então, dando um indicativo de que o punk deveria ficar de olho no ovo. Claro, cada monstrinho tinha sua particularidade e forma de agir; mas apesar de Ren não saber a espécie, continuava sendo um bom conselho.

Uma surpresa veio junto de Dedenne — parecia, afinal, que o ratinho conseguia sim fazer algumas coisas bastante interessantes. Talvez a influência dos Linoone estivesse sendo boa para com o elétrico, visto que este também foi até o especialista em feéricos com seus próprios mimos. Ren sorriu, arqueando as sobrancelhas, antes de afagar brevemente as costas do roedor. — Olha só o que este pequenino achou, Cass! Você consegue nos levar até onde encontrou elas, Dedenne? É justamente o que estamos indo atrás! — exclamou por fim, contente com o fato. Procurar árvores específicas assim, no meio de uma rota imensa, era meio complicado. Se os Pokémon podiam achá-las com mais facilidade, por que não aproveitar?

Contudo, eu diria que esta animação do aprendiz não durou muito tempo. Bastou fazer menção de dar um passo, ouvir as palavras da moça, e então perder-se na confusão de sua mente mais uma vez. "Então deixo meu pokémon fora da pokeball apenas para batalhar". Essas palavras martelaram a cabeça do rapaz repetidamente, pelo que lhe pareceu ser uma eternidade. Sim, existem pessoas no mundo que veem os monstrinhos apenas como ferramentas, que não se incomodam nem um pouco em apenas utilizá-los, judiá-los, e logo em seguida, descartá-los.

Algumas imagens vieram à tona na mente do coordenador. Um garotinho pequenino, cabelos negros, curiosos globos violáceos que marejavam, brilhando contra a luz. Uma raposinha marrom deitada ao lado de uma bolinha cor de rosa com asinhas, ambas parecendo fracas e machucadas, jogadas contra o chão gelado de mármore. O mocinho estava na frente delas, braços esticados, como se aquilo estivessem protegendo-as, de alguma forma. Mas... protegendo de quê?

Antes que o transe continuasse, Ren sentiu algo doendo um pouco em sua nuca. Ele piscou repetidamente, sentindo-se um pouco zonzo. Ao abrir as pálpebras com mais certeza, notou que estava de volta à rota cento-e-vinte-e-quatro, parado em frente dos Pokémon todos, e também do casal. Ao longe, em meio às árvores, um vislumbre pontudo observava-o. O rapaz nem havia notado que Salem havia se afastado, indo para a região arborizada. Mas isso não significava que não estava prestando atenção: oh não, fora ela quem fizera seu treinador voltar aos sentidos.

Eu... desculpe — murmurou, levando a mão à cabeça. Sim, a Hatterene estava certa. Não era hora de afogar-se nas mágoas do passado, ao menos não naquele momento. Ele tinha coisas melhores, mais importantes, para fazer. — Acho que minha pressão caiu um pouco — ele engoliu em seco, dando a primeira desculpa que lhe veio à cabeça. Sabia que deveria falar algo para Cass, mas não conseguia elaborar o pensamento muito bem. Por isso, apenas motivou o ratinho elétrico a ir em frente, a ser o guia para as berries. — Eu... Ah, vamos lá então, Dedenne...?

É. Acho que ficou óbvio até mesmo para o casal e os Pokémon que Ren não estava exatamente bem, por algum motivo. Mas fazer o que, né?


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Would I Run Off the World Someday? 109Would I Run Off the World Someday? 703 06 - Day Care

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Rota 124 - Hoenn


Nobody Knows


Eustace se agachava para encarar o Slugma que esquentava os ovos com seu corpo, podia tentar não parecer interessado, mas é claro que não gostava de parecer alguém que não conseguia fazer um simples ovo chocar - O que vai sair de dentro desse ovo? - Falava baixinho para si mesmo, praticamente deixando as palavras escaparem por sua boca. As palavras de Ren haviam afetado o punk mais do que notara. Quando menos esperava, estava mais perto do ovo do que gostaria. Afinal, a ultima coisa que ele queria era que o que quer que saísse de dentro, se apegasse mais ao pokémon de Ren do que de si mesmo.

Cass, por outro lado, se impressionava com a perspicácia do seu monstrinho. Nunca havia dado a chance de se mostrar útil, por isso acabava ficando com vergonha daquilo que havia falado sobre ele não achar algo que estivesse um palmo a frente de seu nariz. - Hmm, acho que é culpa minha. Se eu achava que ele não era capaz disso, é completamente culpa minha. - A garota dizia, meio desanimada. Talvez a culpa não fosse nem dela, mas das pessoas que a ensinaram errado no passado. Infelizmente, memorias enraizadas como aquelas não eram fáceis de se livrar... até mesmo o coordenador prodígio parecia se afetar com algo do passado.

A bruxa parecia ser sua ancora de volta ao mundo real, mas assim como esperado, a presença de sentimentos fortes e lembradas pesadas, faziam com que Hatterene fosse afetasse de alguma forma. Ainda sim, uma reação um tanto quanto inesperada para a pokémon conhecida por ter surtos ao presenciar momentos sentimentais como aquele. Devo dizer, sorte a do coordenador que sua bruxinha era excêntrica e diferente das outras.

Entre o casal, apenas Cass parecia ter notado algo diferente, Eustace estava muito concentrado perfurando o Slugma de Ren com seus olhos imóveis, talvez estivesse tentando aprender alguma coisa... não que fosse aprender a esquentar seu corpo na mesma temperatura do monstrinho ígneo, mas era melhor não ser contrariado. A garota indagava, preocupada com Ren - O que houve? Está tudo bem? Você está pálido, parece até que viu um Dusknoir. - Se aproximava do garoto de cabelos rosados, mostrando mais preocupação do que esperado.

Todos os monstrinhos iam até Ren para ver o que havia acontecido, mas o coordenador não estava afim de remoer o passado. Talvez para não fazer sua fada agonizar mais do que já havia feito, ou até mesmo para não mexer muito em sua ferida na frente de pessoas que nem chegavam as ser tão próximas dele.

O roedor elétrico de Cass simplesmente seguia as palavras do garoto perturbado pelo passado, guiando caminho até uns arbustos rodeado por arvores altas. As arvores em si estavam vazias de berries, quem quer que fosse que tivesse colhido aquelas frutinhas do pacote encontrado por Dedenne, era provável que tivesse pego daquelas arvores, mas um grande arranhão em uma das arvores mostrava ser o motivo do porque a pessoa que colhia as frutas, havia saído dali com pressa.

O que Ren faria a respeito?


PROGRESSOS DA ROTA :

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