Pokémon Mythology RPG
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Ground Zero

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Route 111
Ground Zero
Apesar da resistência um tanto quanto irritante que aqueles Sandshrew montaram, não demorou muito para que a batalha se encerrasse e os roedores se misturassem nas areias do deserto. Sigh, sempre que batalho contra pokémon de nível baixo eu me pergunto se eles ficam bem? Ah, mas não adianta ficar se remoendo por isso, batalhas assim são bem comuns, não é como se eu tivesse cometendo um grave crime. Não é? Por enquanto pensaria que esse fosse o caso e no momento retornaria o meu Metang para a Pokébola, esse que apesar de não ter um corpo orgânico, tinha sinais de cansaço bem visíveis como a sua levitação que havia parado.

- Obrigada querido, agora volte. Você vai brilhar bastante no futuro. - E ele de fato vai. Se pelo o que eu vi no Valley of Steel, eu sei o quão forte ele vai ficar depois de evoluir, uma espécie maravilhosa. Pensando positivamente, posso até considerar essas batalhas com selvagens de nível baixo um treinamento básico para o metálico. Enfim, de qualquer maneira eu me virava para Albiere que se lamentava por não ter conseguido capturar o cenário: - Heheh, desculpe. Acho que podíamos ter pego um pouco mais leve na luta, mas essa criaturinha aqui é bem forte, hehe. - Eu dizia me referindo a Sylveon de Ren.

Falando na Eeveelution do menino de cabelos rosados, eu de fato me aproximava dela e me ajoelhava, movendo lentamente minha mão direita, testando se ela aceitaria minha carícia ou não. Se não estivéssemos no meio do deserto, eu chamaria meu Espeon pra fora pra ver se ele se dá bem com a tal Sylveon ou simplesmente pregaria as suas peças de sempre nela. - Bem, os nossos pokémon são certamente de grande ajuda. Mas claro que eles não são invencíveis. Por isso que eu tenho até um pouco de receio em viajar por esse deserto, ainda mais quando entrarmos nas tais ruínas. Tem perigos que nem os mais poderosos e habilidosos treinadores não conseguem dar conta. - Dizia, ainda conversando com Albiere.

- Bem, vamos continuar andando pra onde a gente tava indo desde o começo? - Eu dizia para todos os outros, tanto Albiere e Edna como também é claro Ren. - Talvez tenha mais alguns pokémon travessos fazendo tempestades de areia né?

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BY MAHIRO

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

É sobre isso.

E não tá nada bem.

Quero dizer, a batalha até que tinha se saído bem para os treinadores, mas... De algum modo, não parecia ter significado muita coisa. No máximo, que o deserto não estava dando as boas vindas aos seus visitantes, e que talvez não fosse a última surpresa que fossem ter.

Ah... — foi o que ele disse em relação à batalha e os comentários acerca de sua Pokémon. Ele acariciou as orelhas da Sylveon, tentando confortá-la, dizendo que estava tudo certo. A monstrinha conhecia seu treinador bem demais. — É, você foi ótima, Lay. Obrigado por estar sempre ao meu lado. — disse, enquanto observava Kath acariciá-la. Sempre muito atenciosa, a feérica mais que feliz aceitou as carícias, retribuindo-as na loira com seus laços. — Ela é uma companheira para todas as horas. Me protege das coisas que nem sabia que poderiam me machucar.

Mais uma vez, se viu de volta ao National Park, onde Laylah havia evoluído. Fora a primeira vez que ele pensara em enfrentar de uma vez os fantasmas que o assombravam. E nem de longe fora a última vez que saíra correndo.

Ele não prestou muita mais atenção no restante do que fora proposto. Aceitaria seguir em frente; fora ele quem incentivara isso, afinal. Em determinado ponto, recolheu Sylveon de volta para sua esfera rosada. Por mais que apreciasse a companhia da vulpina, ela não merecia sofrer naquele ambiente árido e hostil. Antes de seguirem adiante, no entanto, ele resolveu tentar algo.

Uh... Kath? Você acha que pode trazer Metang mais uma vez? Talvez eu tenha como ajudá-lo, ele parecia estar bastante cansado. — disse, já selecionando uma Poké Ball específica, pronto para liberar mais um dos membros de seu time. Caso Kathryne aceitasse, Ren pediria para que sua Blissey tentasse ajudar o metálico, oferecendo-o alguns de seus ovos de propriedades curativas. Podia não ser uma noite no Centro Pokémon, mas talvez já fosse uma boa ajuda. Os ovos conseguiam mesclar-se ao corpo dos Pokémon, ajudando-os a recuperar-se mais rapidamente.

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Usando o Softboiled da Blissey (fora de batalha) no Metang do Sleepy 2x.

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– Não só fazendo tempestades. Inclusive, fica o alerta: cuidado onde pisam. Muitas criaturas se escondem abaixo da superfície, onde as temperaturas são mais amenas, suponho. – alertava o velho, retomando a caminhada enquanto ele e sua esposa guardavam os pertences na mochila, em movimento.

Não fizeram muita cerimônia para parar e esperar enquanto a Blissey de Ren vinha presentear o Pokémon de Kathryne com generosos ovos. Era levemente perceptível o quanto custava da própria energia de Ilaria para tratar do outro, mas Blisseys não são as parceiras mais frequentes das Joy à toa, seu altruísmo é notável. Além disso, a grandona Normal tinha um vigor igualmente notável.

Quando a pequena sessão de tratamento terminou, a dupla pode seguir os mais velhos. Caminhavam sobre a longa "crista" de uma duna de areia. Estavam altos ali, mas aquela não era, de longe, uma das dunas mais altas; dava para ver as demais, imponentes, ocultando o horizonte. As mudanças na paisagem eram singulares e raras, se resumindo a um movimento ou outro captado em contraste com a areia. Num dado momento, tal movimentação ocorreu alguns metros abaixo e adiante de onde o quarteto passava. Edna, que já usava um guarda-sol largo para ela e o marido, chegou a dar uma travada no passo, até ver a criatura se afastar.

– Uhmm! Acho que estamos pelo território dos Cacnea. Bom e ruim ao mesmo tempo. – comentava o homem, erguendo e usando um binóculo que levava pendurado ao peito – Inclusive, vamos parar pra beber e comer algo, sim?! É importante não esperar sentir sede.

A verdade é que já tinham caminhado por mais de meia hora desde o encontro com os Sandshrew. O sol, que antes estava no meio do céu, já começava a mostrar a inclinação de seu trajeto para se por. Em outras palavras, deviam entrar no começo da tarde muito em breve. Agora, quanto a sede... Provavelmente, por aqui todos sentem sede no minuto seguinte após beberem água. O calor é absurdo, então é natural. Mas, sede realmente é um importante sintoma para a desidratação. Atenção!

Off escreveu:
> Exp e demais dados no progresso, abaixo;
> Blissey usou Soft-boiled x2 [-56 HP] em Metang [+56 HP = 80 HP]


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert
Progresso de rota - Renzinho :

Progresso de rota - Sleepy :

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Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Depois de semanas repletas de depressão pós-vestibular, cá estamos novamente, pronto para sofrer de um jeito diferente. Vem de Sandshrew, Cacnea, corda de alpinista, daí que eu percebi que quem se fode é o protagonista.

Pelo menos Ren tinha cientistas, loiras psíquicas e senhorinhas com um estoque infinito de água ao seu lado.

Eles prosseguiram em um ritmo, presumo eu, não muito acelerado. Afinal, o que tem sido acelerado, pontual e consistente aqui? Além do narrador, não consigo pensar em mais nada. Os pés avançavam lentamente, testando a areia sob si mesmos, desviando de movimentações estranhas e reclamando do quão cansados estavam. Humanos idiotas, não sabiam que pés não eram imunes à fatiga?

Albiere não parecia muito feliz com essa movimentação toda, também. Imagino eu que ele não era o maior fã de cactos assassinos, e nisso o coordenador concordava prontamente. Não estava ansioso para virar comida de planta — a fotossíntese mandou um alô.

O jovem não disse muito mais. Apenas concordou, dispondo-se a beber mais água, aceitando também algum belisco. Sendo sincero, ele já teria parado para os comes e bebes antes, mas acho que seria indelicado fazer seus "guias" pararem assim, então apenas seguiu no ritmo deles.

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Route 111
Ground Zero
E é isso. Continuaríamos a caminhada sob o sol extremamente escaldante. Quer dizer isso não antes da gigante "enfermeira" que Ren tinha ao seu dispor cuidar um pouco dos ferimentos do meu Metang. Pra ser honesta eu diria que não precisava, pois eu tinha até que bastante Potions estocadas, mas bem, é sempre bom guardar os recursos quando se está em uma aventura em que não se sabe o que vai acontecer depois.

- Obrigada. A sua Blissey é realmente incrível e vai ajudar a gente a economizar nas Potion. - Eu dizia, então observando o meu Metang que já claramente se sentia melhor, conseguindo até retomar a sua levitação, porém o retornaria para a pokébola. Apesar dele ser um pokémon com um corpo mineral, ficar exposto a um calor tão intenso por longos períodos de tempo não deve ser bom até mesmo pra ele. - É só a gente ter um jeito de deixar sua Blissey saudável e estamos de boa, hehe. - Bem, eu queria acreditar nisso, mas é claro que existem vários fatores. Isso até seria verdade se a "enfermeira" fosse um dos pokémon mais fortes de Ren, pois a vitalidade dela conseguiria curar os pokémon facilmente. Enfim, por mais que seja bom pensar nos vários fatores, ficar no "overthink" também não ajuda.

Mas não consegui prevenir o tal do "overthink". Enquanto caminhávamos, ficávamos em silêncio. Obviamente, eu não sou a pessoa que puxaria assunto. Eu estava na esperança de que Edna e Albiere quebrassem o gelo ali, mas não. Minutos se passaram e um silêncio que só servia para fazer com que eu começasse a boiar em meus pensamentos. Pensando em tudo o que podia acontecer no deserto, desde coisas ruins, bem ruins, mas cheguei a pensar no outro lado, no que poderíamos descobrir em um lugar como esse, nas ruínas. Mistérios, que se desvendados, serão extremamente valiosos.

De qualquer maneira, enfim o "gelo" era quebrado, por Albiere que decidia pausar a caminhada, pois notava a movimentação de pokémon mais a frente, mais exatamente de Cacnea. De fato uma hora perfeita para repor nossas energias enquanto esperávamos as criaturas passarem por ali, evitar conflitos desnecessários é o ideal. Mas eu achei estranho a atividade de justamente dos Cacnea, que eram criaturas quase que exclusivamente noturnas. Não deixaria de dar voz a um de meus pensamentos.

- Hmm... estou errada em achar um pouco estranho os Cacnea tão ativos nesse horário da manhã? Afinal, eles são criaturas da noite. - Começava com uma pergunta. Afinal, eu queria ouvir o parecer de alguém mais experiente sobre isso, que no caso era Albiere, que já fez várias expedições por esse deserto: - Talvez tenha algo anormal os incomodando e talvez esse algo anormal só seja a nossa presença mesmo. Ou talvez eu esteja pensando demais... - Eu terminava de falar de modo que desse a entender que eu tivesse mais coisa pra falar e então começava a minha rápida refeição. Não exatamente o que eu pensava que seria um picnic ideal.

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BY MAHIRO

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Já iam parando para iniciar a rápida refeição quando Kath retribuiu a quebra de silêncio, trazendo suas questões para um Albiere que, no primeiro momento, se mostrou verdadeiramente surpreso, dava para ler em sua expressão.

– É... Elas são? – mesclou-se então uma leve confusão na cabeça do homem, que suspirou pesado antes de continuar – Eu falei pra Leônidas que devíamos ter trazido uma equipe de treinadores mais experientes, de novo. Uma equipe diversa...

– ... está melhor preparada. Sim, sim, Albiere. – completou sua esposa, tirando da bolsa térmica, a maior, um par de sanduíches e um saquinho com maçãs já cortadas, entregando tudo à dupla – Relaxe, se não tem tempestade de areia a caminho, não há de ser nada. Não assuste as crianças. – sorria de modo maternal; Edna era aquele tipo de mulher que olharia uma Cacnea e veria a flor, não os espinhos.

– É, pensando bem. Se algo vivo estiver agitando os bichos... Digo, vocês são muito bons em batalha, eu vi. Podemos nos ajudar mutuamente afinal. – o homem esboçava um sorriso levemente mais tranquilo, mas ainda um pouco forçado, quando ia pegar para si um sanduíche.

Os lanches eram simples, feitos com patê de frango, uma fatia de queijo e salada, entre fatias de pão integral, tudo tão gelado quanto a bolsa térmica de Edna pudesse conservar junto das águas. No entanto, a bolsa não era exatamente uma geladeira, em potência ou tamanho, então era de se supor que eles não carregassem  tanto consigo. Apesar da generosidade, por exemplo, Edna não ofereceria que pudessem repetir, afinal ela não tinha muito mais para dar.

Albiere teria ficado de pé, comendo e olhando ao redor, ainda com certo ar de preocupação. Em certo instante, seus olhos se fixaram numa direção lateral àquela em que caminhavam. Seus olhos cansados se estreitaram, mas ele hesitou em apanhar o binóculo para ver. Ao invés disso, só chamou:

– Que tal irmos andando enquanto comemos, uhm?! Leônidas já deve estar impaciente, a nossa espera, e calculo que ainda tenhamos quase uma hora de caminhada até encontrar com ele... – prontamente e sem esperar uma resposta oficial, se dispôs a ajudar a mulher a recolher o lixinho produzido, guardar alguns potes e fechar as bolsas novamente – Vocês, por acaso, não teriam um bom farejador aí nas suas Pokébolas, não é? – assim como antes, ele não esperaria uma resposta para retomar a caminhada.

Será que era só um temor básico de quem não conhecia tão bem assim as coisas? Digo, Albiere era um velho experiente, mas sua área de conhecimento se distanciava do entendimento de hábitos dos Pokémon. Ou, talvez, ele até soubesse o que pudesse ser, mas não estivesse contando... Ou será que, realmente, algo de errado não estava certo nesse deserto e ninguém sabia o que esperar?


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Por acaso Kathryne acabou de chamar Blissey de poção ambulante?

...

Tudo bem, eu acho. Não era de fato uma mentira, e a Pokémon gostava bastante de fazer aquilo. Claro que Ren não iria querer que a monstrinha ficasse oferecendo aos companheiros toda sua vitalidade, então ele, assim como Kath sugerira, tentou pensar em formas de deixá-la saudável também. Talvez não desse para fazer naquele exato instante, mas algumas ideias já surgiam no fundo de sua mente.

Ren agradeceu o lanche entregue por Edna, saboreando o alimento fresco que seu corpo clamava. Realmente, no meio de toda aquela correria e confusão, era fácil esquecer-se nas necessidades físicas e mundanas, do tão essencial pão e vinho (ou seria água?). O grupo parecia um pouco preocupado com o comportamento de alguns Pokémon, mas o coordenador estava cansado demais (e faminto demais) para dar muitos ouvidos. Ele apenas balançou a cabeça, indicando que concordava no ponto de que trabalhar em conjunto parecia a melhor opção.

Um farejador? — disse por fim, entre uma mordida e outra. Não era uma má ideia, suponho: em um lugar em que há apenas vento, areia e algum louco perdido ou outro, era de se esperar que odores ficassem no ar por um bom tempo. No entanto, também significa que eles estariam muito mais dispersos e difíceis de localizar. — Bem, minha Sylveon é da família dos canídeos, assim como o Espeon que Kathryne disse ter consigo, mas ainda assim... Não tenho certeza se eles são os mais adequados para a tarefa.

Cães têm um bom olfato, não? Seus parentes também devem ter. No entanto, ambos os monstrinho dos treinadores haviam adaptado-se de formas diferentes, desenvolvendo melhor seus atributos sobrenaturais. Não tinha como ter certeza se conseguiriam ser guias precisos no deserto, por mais que o sol forte pudesse estimular as habilidades videntes e psíquicas de Espeon.

Enfim, não custava tentar. Estaria disposto a fazê-lo, caso a loira quisesse, ainda que não achasse que Laylah pudesse ajudar muito. Enquanto isso, limitaria-se a seguir Albiere. Era ele quem sabia para onde estavam indo, afinal.

Ground Zero - Página 7 109 64 - Day Care

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Route 111
Ground Zero
Quando eu dava voz aos meus pensamentos, uma reação que eu não esperava de jeito nenhum partia de Albiere. Não esperava que ele ficasse surpreso daquele jeito, eu na verdade realmente esperava ouvir o parecer dele, seja concordando ou discordando. Ele aparentemente não pensou em tal fator, no comportamento dos habitantes do deserto. É, parece que por mais inteligente que uma pessoa seja, ninguém é capaz de pensar em tudo. Mas no fim, Albiere era capaz de pensar em alguma possível maneira de resolver algum possível problema, alguma possível ameaça que podia estar perturbando aqueles Cacnea.

- Obrigada. - Eu agradecia Edna enquanto recebia os alimentos e então tratava de comer, precisaria me alimentar bem pra aguentar esse ambiente tão árduo. Enquanto eu comia, eu alternava meu olhar entre o casal e Ren pronta para ouvir qualquer coisa que eles pudessem dizer. De fato Ren e eu poderíamos ajudar mutualmente o casal. Nós cuidaríamos de qualquer ameaça com os nossos Pokémon e eles nos guiariam. Na verdade é uma sorte incrível o fato de termos achado esses dois e pra ser honesta não sei o que seria de nós se não tivéssemos os encontrado.

- É, o melhor pokémon que eu tenho pra essa tarefa é o Espeon mesmo. Sigh, o meu Swoobat seria perfeito agora. - Eu suspirava. Venger cairia como uma luva, além de sua eco localização típica de um pokémon morcego, a espécie também era conhecida pelo seu exímio olfato. Mas ele não estava comigo agora, então não é nenhum pouco útil pensar no que ele poderia fazer. Com isso, eu chamava meu Espeon para fora da pokébola: - Dimentio, vou precisar de sua ajuda. Preciso que você procure por qualquer coisa fora do normal, seja com o seu olfato ou até mesmo com os seus poderes psíquicos.

Eu não sabia como dar instruções claras para o vulpino. O deserto em si já era completamente fora do normal pra ele, tão fora do normal que ao sair da pokébola ele nem mostrava sua personalidade cheia de energia. Mas é claro, ele é esperto o suficiente pra diferenciar uma movimentação típica dos pokémon nativos do bioma de qualquer outra coisa fora do lugar. Eu confiaria nos sentidos de Dimentio e então partiria para retomar a caminhada com o resto do grupo, com o Espeon liderando o caminho.

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É, a sabedoria de Albiere pode até não contemplar uma ampla gama de conhecimentos, como os hábitos de Pokémon peculiares como Cacneas do deserto, mas certamente essa sabedoria lhe era útil em outros aspectos. Era quase como se lhe permitisse abrir aquela brecha de dúvidas e incertezas que lhe deixa em alerta para o que quer que possa acontecer. Quase como um sentido extra, beirando o sexto. Se não acontecer nada... Bem, pelo menos houve precaução! Só não seria esse o resultado por aqui...

Laylha ressurgiu, envolta nas partículas rosadas e cintilantes de sua esfera, seguida de Dimentio cercado por efeito semelhante, só que em tons de azul. Não há dúvidas de que, caso estivesse atento a isso, Ren Hughes não faria esforço para reconhecer as propriedades de uma Pokébola especial "assinada" por Miles Kurt, o artesão que tanto atende aos Coordenadores.

– Ah! Que adoráveis, juntos! – os olhos de Edna cintilavam quando ela parou momentaneamente para admirar as Eeveelutions da dupla.

– Ah, já serão de grande ajuda. – comentava Albiere olhando para trás para ver o grupo, seus olhos pousando especialmente em Espeon, talvez por sua notável habilidade psíquica que, de fato, poderia compensar olfato ou audição.

Os quadrúpedes caminharam com certa dificuldade pela areia fofa, mas conseguiram acompanhar a pequena comitiva na direção que seguiam. Foram longos e exaustivos quinze minutos numa nova e aparente calmaria. Albiere, contudo, seguia desconfiado, olhando ocasionalmente para os lados, apontando seu binóculos vez ou outra para alguma sombra que se deslocava pela "infinita" areia. "Mais Cacneas fugindo", ele comentaria.

Para os treinadores experientes e em sintonia com seus Pokémon, a redução de passos da duplinha de ex-Eevees foi notável. Dimentio foi o primeiro deles a parar de súbito, a barbicha e a cauda bifurcada se agitando em direções diversas para pressentir. Laylah pararia em seguida, trocando olhares com o "parente". Num intervalo de não mais que um minuto, as coisas aconteceriam...

A areia se agitou intensamente atrás e nas laterais do agrupamento. Figuras aparentemente humanoides emergiam da terra. Alguns, longe demais para que pudessem distinguir algo. Porém, haviam outros próximos o suficiente para que todos pudessem ver sua estranheza: os corpos completamente cobertos por um tecido áspero, da mesma cor do deserto; um singular e discreto sinto, cheios de pequenos compartimentos, parcialmente oculto sobre o traje; mas o que realmente chamava atenção eram suas cabeças - ou o que deveria ser -, um complexo de pano, com pequenos e numerosos tubos metálicos saindo dela, sendo um par maior na região onde normalmente haveriam olhos, e a boca era um "troço" estranho e particularmente difícil de descrever lembrava um grande ânus, talvez?! [imagem ilustrativa]

– CORRAM! – a voz de Albiere ecoou, acompanhando sua reação.

Se antes as tais criaturas se revelaram, mas apenas ficaram paradas. Agora, inevitavelmente, eles avançariam correndo também.  Laylah também gritou, sua voz distorcendo o ar à volta (Hyper Voice) de tal forma que freou o avanço de alguns. Dimentio, da sua parte, "uivou" invocando diversos feixes de energia cintilante e rosada (Dazzling Gleam) que também tiveram seu efeito. Era uma reação imediata dos Pokémon, de contenção e proteção, para ganhar tempo. Será que é agora que entra aquele ditado "se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come"?


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Route 111
Ground Zero
As duas eeveelutions lideravam o caminho, inclusive Edna até gostava de ver aqueles dois pokémon juntos. De fato adoráveis, mas talvez meu Espeon não seja tão adorável assim quando ele resolve fazer alguma travessura. Porém, o próprio vulpino sabia que não estava em um ambiente para travessuras e então de maneira diligente, liderava o caminho ao lado de sua "parente", sequer se mostrando intrigado por dar de cara do nada com uma pokémon tão semelhante. O psíquico, normalmente cheio de energia, estava completamente calmo naquele deserto. Compreensível, afinal é um ambiente extremamente cansativo.

Mais uma longa caminhada se desdobrava, o sol queimando minha pele clara não muito protegida. Surpresa que eu não sofri uma insolação ainda, afinal, estou vestida literalmente com roupas casuais, nada feito para explorar um deserto. A areia fofa pesava nos meus pés e imagino que "pesava" ainda mais nas patas do meu Espeon, esse que tinha o primeiro contato com o ambiente, mas mesmo assim ele seguia em frente. Albiere parecia ter notado algo, algo que ele diz ser apenas Cacneas fugindo. Eu honestamente, não estou com uma boa noção dos meus arredores, se eu não estivesse em grupo eu já estaria perdida.

E depois de não sei quanto tempo, aquela caminhada terminaria de maneira abrupta. As eeveelutions que eram basicamente o nosso reconhecimento paravam, os dois pokémon trocavam olhares. Algo não estava certo. Mas o quê? Seria a mesma coisa que atormentava os Cacnea? Seja lá o que fosse, descobriríamos logo... para o nosso infortúnio.

De repente estávamos quase cercados, por figuras que eu não sabia dizer o que eram. Tinham forma humanoide, mas eram realmente humanos? Em um leve relance eu dei de cara com o rosto de um deles e a visão era simplesmente assustadora, que fiquei parada por alguns segundos, que poderiam ser letais se eu não ouvisse o grito de Albiere. "CORRAM!" E era isso o que fiz, mas de uma maneira nada esperta, com pouca noção de meus arredores, eu apenas seguia em uma linha reta, sem pensar em muito mais, apenas corria.

Tanto Dimentio quanto Laylah tentavam ganhar tempo, dispersando as figuras misteriosas com os seus ataques. Se fossem humanos eles seriam facilmente repelidos. Mas algo me leva a crer que esse não é o caso...

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BY MAHIRO

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