EVERLASTING GROVE DUNGEON #3 - Rafael & Rayssa

Everlasting Grove

Tempo.

Quanto tempo faz? Ou melhor, quanto tempo não se fez desde que se foi e não é mais?

Tempo.

A linha sagrado do tempo tinha sido rompida e agora não era possível marcar e aprisionar esse agente tão variável e sapeca, oras inimigo, outras aliado, que era o tempo. Podiam até tentar, mas não conseguiriam. Não desta vez. Mas não se preocupem! Ainda havia muito tempo.

AH! O espaço, não menos importante!

De uma floresta silenciosa que há pouco ascendeu em chamas, Rafael e Raissa despertavam em uma floresta nova. Eles sabiam que não era o mesmo lugar porque seus olhos lhes apresentavam um arranjo digno de floresta encantada. Não que a Ilex não fosse, mas a quebra brusca de um clima de terror para um conto de fadas era notável por qualquer um que tivesse o dom da visão.

Ao começarem a se erguer e se dar conta da situação e do lugar, percebiam que já era dia, pois a claridade não deixava mentir. E além disso, alguns feixes luminosos flutuavam pelo bosque encantado, ressaltando a vida verde daquele lugar. As árvores robustas e altas, os arbustos cheios e vibrantes, a terra fofa e saudável... Por falar na terra, um caminho parecia se destacar na visão - agora mais desperta - da dupla. Era quase como se uma trilha despertasse junto com eles e indicasse um caminho de maneira bem nítida e convidativa.


Podiam os dois procurar conversar, se comunicar com a comunidade externa - em vão - ou simplesmente explorar a área nova que já conversava com eles. Como disse: eles tinham muito tempo. se olhassem em seus rotom-phones, veriam o sinal de infinito no relógio que contava as horas. Estranho? No mínimo mágico!

Informação importante: Pokémons no level 37 ou maior passarão por uma anomalia, regredindo para o estágio evolutivo anterior (mas ganhando 20 pontos de stat à escolha para compensar).

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Rafael rezou tanto que acreditou ter sido arrebatado, coitado. Quer dizer, de certa forma seu raciocínio estava certo, só que se tivesse sido Arceus, o paraíso seria mesmo um bosque tão verde e cheio de vida como aquele? Ta ai o questionamento para mais tarde, isso se tivesse "depois" nesse pós vida. Raissa reagia de outra forma. Quase se esqueciam da Ilex. Ninguém procurou saber onde estava pelo mapa ou conversar sobre o que quer que tinha trazido eles para seja lá onde fosse este lugar. Apenas.. decidiram explorar.

Uma coisa divertida é que estavam combinandinho com pijamas azuis listrados, contrastando com os cabelos de fogo dos irmãos (imagem meramente ilustrativa).

Era importante, no processo de amadurecimento, parar, respirar e conversar. Ponderar sobre o que tinha acontecido e como se sentiam. Ninguém conseguia viver uma coisa após outra sem em um momento de paz como esse explodir ou não querer nem levantar (já que o chão tinha um frescor calmante).

Ainda assim eles seguiram (falando ou pensando, espero eu).

Não era o único caminho, apenas o mais evidente. Assim, eles tinham um BOSQUE INTEIRO, novinho e desconhecido, para explorar!! Tanto era que em um momento eles encontraram ramificações no caminho. Numa delas o rotom-phone de Raissa apitava. Era notificação do APP identificador de artigos raros e incomuns. Próximo de lá ela encontraria um cantinho com ervas finas, comumente usadas em batalhas e também para fazer receitas nutritivas. Daquele lado, ela também conseguia enxergar algumas criaturinhas vivendo em total harmonia com a natureza. Tratava-se de alguns Oddish e Gloom saltitando com a maior paz e tranquilidade do mundo. Tal qual Hoppip e Skiploom flutuando por entre as árvores com a leve brisa que dançava pelo bosque.

Do outro lado, Rafael podia notar Jaci e Luna se afastando da trilha, indo para um laguinho. Elas encontravam um tronco com alguns cogumelos e catavam alguns. A cena que via era tão perfeita que dava vontade de capturar pra vida e colocar num potinho. Era um Butterfree bebendo no espelho d'água, iluminado por frestas da luz solar que entravam no bosque pelos espaços entre as copas das árvores. Nenhum dos pokémon pareciam sentir a presença humana. E se sentiam, não expressavam estranhamento, medo ou curiosidade. Apenas seguiam em paz.

Paz essa que podia ser sentida e absorvida, caso quisessem. Só precisavam resolver suas questões.

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Parece que B2, digo, Raissa fazia novos amigos. Quando começou a fotografar as espécies como se estivesse jogando PokéSnap, alguns pareciam até posar para bombarem nas redes sociais. Outros simplesmente viviam suas vidinhas pacatas. Isto até a especialista nos elétricos arrumar um piquenique ao ar livre naquele bosque encantado e receber alguns convidados para partilhar do lanche que ainda tinha na bolsa. Os Oddish e Hoppip pareciam bebezinhos pulando no colo da menina enquanto um Skiploom brincava com Storm, que agora em um Chinchou e estava na cabeça de Bolt, convidando-o para pular nela afim de flutuar por aí.

Jaci e Luna retornavam com presentes colhidos pra treinadoras e já se animavam com a festa do chá. Quer dizer, suco, porque era o que tinha, mas vocês entenderam!

Plume, a Gloom de Rafael, sentia-se TÃO bem e confortável no novo ambiente que ao se misturar com as outras Gloom, próximo do piquenique de Raissa, nem parecia ser um pokémon domesticado. Era tão gostoso ver aquela alegria genuína que era contagiante! B1, err.. digo, Rafa também recebia uma notificação ao verificar seu celular no app de itens escondidos enquanto fazia uma ronda com a Gabite. Ele precisou da ajuda para encontrar o que quer que fosse, pois estava no centro do laguinho que encontrou. Eram luminous moss agarradas em pedras dentro da água. Um brilho não tão intenso quanto aqueles que flutuavam gentilmente entre as árvores do bosque, mas ainda sim bem luminoso para um musgo. Vai ver o fenômeno acontecia por essa relação mágica que rolava na floresta.

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Realmente, aos olhos de quem estava sempre em movimento e preocupado com as ações de um treinador em jornada, perder-se no tempo parecia uma dádiva, do posto de vista que em um momento sairiam de lá... Só que se perder também tinha a parte assustadora de não se encontrar. O lado bom era que o cenário era o melhor possível para um contexto de eternidade, caso fosse o "pós-vida" imaginado por Rafael Lucky.

Eles ainda teriam tempo para se preocupar. No momento só estavam descobrindo o bosque e tentando se localizar.

Enquanto Raissa estava entretida com os pequenos correndo e brincando como amigos naquela manhã.. tarde? Naquele dia! Pronto. Enquanto eles se divertiam, B1 e B2 trocavam algumas palavras que relevaram um momento tenso da jornada da pequena vingadora. Se perder no limbo também não deve ter sido fácil, ela inclusive deve ter perdido muito durante os meses que ficou por lá.

Bom, Plume vinha com informação negativa para Rafael. Para além disso, ela percebia que o treinador tossia um pouco. Talvez por conta da inalação da fumaça das queimas de antes. Ela então montou um esquadrão Gloom e coordenou uma cirando ao redor de Lucky com auxílio de seus irmãos e irmãs de espécie. Elas começavam a cantar uma canção desconhecida e um pouco fora do ritmo, como crianças em um recital escolar, mas o fator surpresa foi uma luminescência dos brotos delas. Estavam realizando um tipo de fotossíntese coletivo, deixando o ar bem mais purificado e sugando toda e qualquer toxina do pulmões não só de Rafael, mas de Raissa também.

Depois disso, Plume fez a médica preocupada e examinou o menino de perto para só então liberar ele, oferecendo um pirulito de raiz forte (onde ela conseguiu isso? vai saber!)