The Stage

Me deu um certo alívio ver a moça ressurgir na cena, fazendo minha respiração voltar ao ritmo normal:
- Deu tudo certo? - Perguntei, num tom mais preocupado do que curioso - Por aqui foi tranquilo...

Como eu já imaginava, ela não voltava apenas voltando: ela voltava para liderar. Eu não me importava, já que nem eu nem Nicholas conhecíamos nada do local, enquanto ela parecia ter estudado a topologia do Monte Silver antes de vir. Pontos para ela; talvez eu devesse fazer isso das próximas vezes. Ainda assim, devo admitir que o instinto de Jô ia me levar para o lugar certo: eu já estava dobrando a esquerda quando a mulher veio e me apontou o caminho certo, confirmando a esquerda.
- Tu é de Tohjo mesmo, né?! - Perguntei, tentando puxar algum tipo de assunto enquanto subíamos - Eu achei muito massa aquele truque que tu fez com seu Arcanine mais cedo...

Com um aceno de cabeça a ranger confirmava, dizendo em seguida.

Vocês facilitaram muito meu trabalho, acabando com os pokémon daqueles dois, então eles não resistiram ao fogo, obrigado por cuidar bem dela garoto.

Falava a mulher olhando o rapaz e se voltando novamente para garota.

Da para ver que existe um poder e um potencial infinito sobre a sua pele, infelizmente você ainda não percebeu isso, no dia que resolver abandonar esta casca e deixar que aquilo que esta dentro de você alcance o céu fale comigo eu ficaria feliz em treina-la para que nunca mais precise ser protegida por ninguém.

Aqui este é o meu contato, mas agora temos um grande caminho a frente ainda estamos longe do topo.

Se quiserem ir embora é por ali, mas se ainda tiverem o interesse em continuar pode vir comigo e vamos por aqui.

Dizia mostrando o caminho da esquerda.

Peguei o contato da moça (que entendi ser um cartão) e procurei por seu nome. Não sei ao certo que lhe encontrei, mas se lhe encontrasse, ela provavelmente teria um nome muito bonito:
- Obrigada - Disse-lhe, com um sorriso.

Eu não tenho muito incômodo com Rangers por perto, afinal de contas, tenho um bocado de Rangers perto de mim. Talvez eu não me considere Rocket o suficiente para temer esse tipo de relação, talvez eu esqueça quem eu sou de agora em diante. Talvez as vezes eu só... não me toque. Foi olhando para Nicholas e vendo seu pequeno distanciamento que entendi que essa podia ser uma relação não tão legal.

Mas eu não sei abrir mão assim das coisas. Deixei a moça continuasse a nos guiar e segui pelo caminho da esquerda.

A mulher claramente havia baixado sua guarda por um momento com aquela jovem, a Ranger que ate agora era fechada e letal parecia ter começado a se afeiçoar pela garota, entregando seu contato e inesperadamente a mesma parecia corresponder, pegando o papel e analisando para descobrindo que havia apenas seu numero sem nem um nome, Nicholas no em tanto era Rocket a mais tempo e via com desdém tal atitude, porém como estava a acompanhar sua amiga preferia continuar com a tolerância mutua afinal claramente a mulher não parecia ter baixado a guarda para com ele apenas considerando que ambos compartilhavam um objetivo.

Quando seguiam para cima, a mulher ia alguns passos a frente sobre seu companheiro canino, que pisava incrivelmente leve quase sem fazer barulho contra o solo da caverna e fazendo sinal para que todos fizessem silencio pois mais a frente haviam mais Grunds e se fossem silenciosos poderiam pegar eles desprevenidos.

Aquelas paredes de pedra poderiam tornar o ambiente claustrofóbico, mas estranhamente Winie se sentia cada vez mais confortável e acolhida como a muito tempo não se sentia quase como se esquecesse sua missão ali, muito por conta dos cuidados que estava recebendo da mulher, que lembrava muito uma mãe não apenas por ser mais velha, mas por ter um misto de dureza e ternura para com ela, porém o jovem Nicholas a via ao mesmo tempo como uma ferramenta ser usada ora como um possivel obstáculo futuro a ser encarado, mas ao contrario de uma treinadora normal esta não se limitava a força de seus pokemon, esta não tinha receio de usar a sua própria força contra treinadores e isso poderia ser um problema então o mais esperto seria continuar desfaçados.

Off: Proximo post mais uma batalha, Ran se quiser pode usar Lamora para identificar quantos tem na proxima area e bolar alguma estratégia ^^

OFF: Trocando Surf por Scald em Jellicent e Flamethrower por Dazzling Gleam em Togekiss. Irei batalhar com o Togekiss, pokémon já escolhido.

"Clima quente entre os brothers, produção!". Eu não quis me meter nisso, na verdade, eu não quero me meter nisso. Deixei que eles se entreolhassem por um tempo e fingi demência: em algum momento a situação ia esquentar e eu ia ter que comprar um lado. Certamente compraria o de Nicholas, afinal, ele é meu parceiro, mas até precisar, não o faria.

Não queria fazer, eu gostei da mulher que me dera seu telefone.

Nesse momento, olhei em volta por um instante e antes de prosseguir, reparei que um dos meus Golpes poderia resultar em um ataque suicida ali. Liberei Jellicent e, aproveitando que iria anotar o número da Ranger na PokeNav, troquei seu golpe: de Surf para Scald. Depois disso, liberei Togekiss e troquei Flamthrower por Dazzling Gleam.

Depois disso, retornei Freya e Jormungand, seguindo viagem apenas com Bragui, meu Togekiss.

Rapidamente Lamora revela a que novamente existem mais três pessoas na sala mais a frente e aparentemente estavam distraídos realmente uma ótima chance de pega-los de surpresa, indo mais a frente iam a Ranger e o Rapaz visto que Winnie parava por um momento para corrigir o moveset de seus companheiros, na entrada ainda escondidos a dupla improvável preparava seus sua entrada, vendo que se tratava de uma sala mais aberta escava no interior da caverna com diversas caixas e peças eletrônicas.

Enquanto mais atrás a garota terminava seus planos e começava a avançar porém no caminho via algo no chão parecia uma velha fitinha, muito semelhante aquelas que recém nascidos recebem em hospitais, caso recolhesse para analisar veria algumas inscrições bem desgastadas.



Como algo assim teria ido parar ali, a quem pertenceria, algumas das perguntas que povoavam a mente da treinadora a curiosidade levaria a mesma a ler ou se apressaria para chegar logo onde estavam os outros dois, ou ainda faria ambos?

Ficar para trás tem suas (des)vantagens. Suspirei ao fim de uma troca de golpe, caminhei a frente e pisei numa rita desgastada de papel. Não fizera barulho, mas a textura me fizera escorregar um pouco e, curiosa, fui olhar no que pisei. Agachei e peguei o que parecia ser uma pequena pulseira; talvez tão pequena que caberia apenas um braço de um bebê.

Analisei o objeto um pouco antes de lê-lo, na tentativa de entender o que diabos era aquilo: não funcionou. Vi certas marcas de abotoados, significando que, em algum momento, aquilo fora uma pulseira de identificação, mas sem entender muito bem o contexto da coisa.

Depois de piscar algumas vezes contra o objeto, estiquei-o e li em voz alta:
- Gray... - Disse, num tom neutro.

Não foi preciso pensar muito para lembrar de um único garoto chamado Gray que conheci.
E... eu não tenho o ano de nascimento, mas tendo em vista que é neste milênio, talvez a idade bata, mas o que diabos isso quer dizer?! Gray estivera por aqui?! Ou... ou é outra coisa?! Peguei o item, guardei no bolso e segui logo atrás dos dois encrenqueiros, retornando Togekiss e deixando apenas Jellicent comigo, a contra gosto de Bragui:
- Freya, desmaterialize e contorne a parede por dentro dela, se escondendo. Tente não ser vista enquanto faz isso e pegue os grunts pelas costas, de surpresa. Use Scald em cada um, priorizando o mais próximo... - Eu nunca havia ordenado um pokémon usar um golpe direto contra um humano - Não se segure para não machucar... - Fui franca, a contra gosto.

"... Lenay, será esse o nome dela?", questionei-me, ainda sem conseguir tirar isso da cabeça.