Levei uma das mãos no rosto quando Bragui começou a voar "rodopiante" em direção ao campo ensanguentado. Ele, como um bom bobo-confiante, não parecia sequer perceber as circunstâncias dos meus pecados. Levei as duas mãos no rosto e, ainda horrorizada, fechei os olhos. A força das pálpebras liberaram duas ou três gotas de lacrimejo, enquanto eu abafava um grito incômodo.
- ... O que eu fiz? - Indaguei para mim mesma, ainda sem ver a cena a frente
- Desculpa... - Minha face continuava inclinada e nem eu mesma sabia para quem diabos eu pedi desculpa. A voz doce de Lenay interveio e eu, extremamente conturbada, dei-lhe ouvidos por pouco (ou nenhum) tempo
- Desculpa... - Pedi mais uma vez.
Depois disso, sentei no chão. Minha bolsa pousara na terra atrás de mim e eu, num ato reflexo, tirei-a das costas e trouxe para frente. Eu só acompanhava a batalha pelo ouvido, ainda me recusando a olhar para frente.
Mexendo dentro da bolsa, retirei dela uma Chesto Berry e uma PokéNav. Eu ainda não tinha certeza se era Bragui que dormira por conta do Hypnosis ordenado, afinal de contas, não vi o confronto, mas seu ronco e o forte barulho do pouso-no-chão me dava certos indícios de que era o voador que adormecera.
Antes de dar a bendita fruta para ele, peguei o aparelho-tecnológico, procurei o contato de Vicent, abrí-lo e mandei uma mensagem tosca:
Para Vicent (NPC-Irmão) escreveu:
To com saudades...
Ao apertar enviar e depois olhei a cena a frente. Meu Togekiss havia pousado (para descansar) sobre uma poça de sangue e suas penas esbranquiçadas ganharam um tom escarlate. Estremeci mais uma vez; uma ânsia de vômito me tomou, mas me segurei para não piorar o cenário. Ergui a Chesto Berry e assobiei, tentando acioná-lo mesmo sonâmbulo.
Sem muita resposta, andei inconsequente até o confronto e gritei pelo seu nome:
- Bragui! - Chamei-o, na esperança q ele viesse me encontrar
- Come isso... depois usa mais um Dazzling Gleam se precisar...