[Skies (were) blue] – Mt. Silver –

- ... Eu o quê?! - Indagou o homem-de-preto, que olhava em volta, duvidando que Natalie estava falando com ele mesmo - Gato e sapato?! Eu... eu... eu deixo qualquer um me fazer de gato e sapato - Fora sincero, afinal de contas, não pensou em nada melhor pra falar.

E fora ai que o murro veio. Um murro de mão fechada por parte do Slenderman Arco Íris pousou na nuca do outro grunt, lhe fazendo dar uma rodopiada e ver estrelinhas por um tempo:
- Pois preste atenção na batalha! Ela não vai durar muito! - Prosseguiu, com um sorriso ladino.

Eu devo admitir, além de ruim, este aqui é burro. Qualquer um que olhasse para o campo sabia que não havia chance alguma daqueles pokémons chechelentos contra um Mega Gyarados e um Dragonite, agora, tente falar isso para uma pessoa sem meio cérebro?! Pois é, neste espaço oco, só cabia cobiça.

E era nisso que seus olhos estavam. O homem magrelo mal viu seu Haunter cair no chão nocauteado, de tanto que olhava aquela Mega Stone em Ariel. Sua boca chegava a salivar! Raticate até tentara fazer seu papel, mas fora o segundo a cair. Só quando Persian, quase nocauteado, soltou um gemido sofrido e choroso, o homem voltou a olhar para o campo e ver sua situação:
- Putz - Deixou escapar a gíria - Vai tomar no cu, vocês não fizeram uma luta justa!

A última frase fora esbravejada, enquanto ele começava a dar o pé para trás e ganhar distância. O gorducho?! Bem, este já estava tão trêmulo de medo que já devia até ter se mijado:
- Não me mata não, moça - Disse, olhando para Karinna enquanto dava passinhos para trás - Por favor...


Campo: Campo íngreme e rochoso, próximo do pé do Monte Pyre.

Log da Batalha:

Turno 01: Gyarados Intimidate (-1 Atk Raticate | Persian | Haunter) > Gyardos Mega Evolução > Persian Fake Out (-9 /2 = 4 | Dragonite 139) (-6 | Persian 96) > Haunter Confuse Ray > Gyarados Crunch (-108 | Haunter K.O) > Dragonite Iron Head (-47 | Raticate 63) > Raticate Double Edge (-26 | Dragonite 113) (-9 RECOIL | Raticate 54) (-7 | Raticate 47) > Tyrunt Rock Slide (-14 | Persian 82) (-11 | Raticate 36)

Turno 02: Persian Bite (-10 | Dragonite 103) (-6 | Persian 76) > Gyarados Waterfall (-46 | Raticate K.O) > Dragonite Iron Head (-55 | Persian 21) > Tyrunt Rock Slide (-19 | Persian 03)

OFF: Perdão por não postar ontem, dia completamente estressante @_@

Sabe o que foi mais estranho nessa história toda?! Acertou quem disse "a atitude do slenderman". Porque?! Bem, pelo simples motivo disso aqui:
- USE BITE - Gritou, enquanto saia correndo, sem olhar o resultado ou sequer retornar seus pokémons.

Sim, ele não honrou o fim da batalha. Visto a derrota iminente, ele ordenou um ataque-suicida e simplesmente "escafedeu-se" morro a cima. Ele era rápido?! Não. Ele iria conseguir fugir?! Também não, mas em sua cabeça desmiolada, tentar era a única coisa em seu domínio. Sem nem salvar seus pokémons?! Sem nem salvar seus pokémons.

Mas isso não surpreendia ninguém.

Tyrunt, com suas pernas longas, cabeça pesada e bracinhos pequenuxos, tentou correr atrás do fugitivo, tentando secar a água-na-boca que ganhou só de ouvir Karinna narrar os próximos acontecimentos. Infelizmente, não conseguiu: subir um morro correndo não era lá tão fácil para o pequetuxo, que não via direito por onde andava, graças a sua anatomia desgraçada, que felizmente foi deletada do mundo graças a Darwin.

Mas era engraçadinho ver ele tropeçando de ora em ora, ou batendo o queixo vez ou outra num pedregulho maior enquanto corria em terrenos desnivelados.

Por sorte, Ivy tratou de ajudá-lo, voando até o Tyruntizinho, agarrando-o pelas costas e o erguendo. Planaram até um bom pedaço até chegar no fugitivo e, quando o alcançaram, Ivy largou Shoyo como um pequeno soldado-de-combate-aéreo, para cair bem em cima de seu alvo.

Não preciso nem dizer que o dinossauro pousou de boca-aberta, não é?! Uma gota de saliva fora o prelúdio da morte do Rainbow, que em instantes teve sua cabeça devorada pelo pokémon.

O resto é história e, como toda boa história, fica a cargo da pessoa que viveu contá-la como bem quiser.

Num outro lado, Natalie é mais... diplomática?! É, eu diria que sim. Em geral, tal tática gera mais frutos, ao menos que você esteja com fome e queira comer algo... ou alguém. Tendo isso em vista (ou não), a Rocket deu alguns rodeios até deixar claro sua opinião e ser surpreendida com uma resposta curta:
- E-eu não sei como é para vocês, mas,,, mas... - Anunciara, num tom meio nervoso. Ele queria explicar mais sobre, mas não conseguia. Seu queixo tremia e seu corpo suava. Uma pausa fora necessária para pegar o ar e continuar - MAS NOS RAINBOWS NÃO DA PRA SAIR! - Apesar da altura, não fora um grito, foi um desabafo.

O menino se jogou no chão e chorou algumas pitangas:
- Eu... eu quero uma vida nova. Eu não pensei nisso antes... - Continuava olhando para o chão, dando pequenos soquinhos - Eu... eu posso te ajudar com as coisas que tenho ali em baixo... e ai eu fujo... - Sua referência era o pequeno bunker, as mochilas, os pertences e os pedaços de papéis - ... se essa dimensão ganhar dos Rainbows, eu vou ta livre... mas se perder - Sussurrou essa parte final.


Campo: Campo íngreme e rochoso, próximo do pé do Monte Pyre.

Log da Batalha:

Turno 01: Persian Bite (-10 | Dragonite 95) (-6 | Persian 00)

Já de início, anuncio: a conversa entre Natalie e o Grunt foi interrompida por um assassinato. Não que o ato tenha acontecido na frente dos dois, mas ainda que longe, o grito abafado - pelas mandíbulas cerradas de Tyrunt - chegavam até os dois. Natalie? Não parecia ligar. Já o Grunt?! Ah, esse se estremeceu inteirinho, ficando bambo por um tempo e não prestando lá tanta atenção.

Fora tão nítido seu temor que sua conversa parou por ali.

Em sua cabeça, havia duas únicas coisas que martelavam e oscilavam entre si: o medo das duas moçoilas e o medo dos Rainbows.

Apesar do radical-comum, as duas eram coisas bem distintas. A primeira, era o medo de Natalie ser uma daquelas assassinas "morde & assopra", que gosta de dar algum tipo de esperança antes de matar. Parecia?! Não, porém em todos os filmes de psicopatas que este homem viu, eles sempre foram ótimos atores, bem dissimulados e mentirosos.

E Natalie podia ser uma dessas, não é?! Quando decidiu tocar no ombro do rapaz, ele dera um tremelique esquisitíssimo e foi para trás, anunciando que não se sentia tão seguro com o ato. Ouviu o resto todo olhando para o chão, deixando algumas partes serem abafadas pelos gritos de desespero em sua cabeça.

Demorou instantes longos para falar algo, e quando abriu a boca, tentou surpreender:
- E-eu boto fé - Confirmou, mesmo sem ter ouvido a metade da reza - Quer dizer... você sabe que n-nós es-estamos tentando dominar sua dimensão, né?! - Era um pouco cômico como ele apenas gaguejava na parte que lhe implicava, como nos pronomes em primeira pessoa ou as conjugações - E se conseguirem... e m-me descobrirem, e-eu to morto, né?! - Seu tom continuava um bocado estranho - Mas você ta certa... E-eu devia tentar.

Num ato final, decidira que aquilo era sobre escolhas: estava certo que se não fizesse o que Natalie sugeriu, estaria morto, afinal de contas, ainda seria um Rainbow e elas não pareciam aceitar isso. Caso aceitasse, TALVEZ estaria morto: seja por ela ou pela organização. Ao reparar isso, a resposta pareceu óbvia:
- E-eu vou ajudar vocês então... pera - E começara a andar em direção ao Bunker, caçando algumas coisas. Kal, como ordenou Natalie, foi logo atrás.

Digamos que nesse meio tempo que ele sumiu, havia algo de muito estranho num dinossaurozinho comilão. Quer dizer, Karinna já deve estar habituada com este ciclo de comer coisas estranhas, passar mal, ficar manhoso e melhorar, não é?! Não devia ser surpreendente para a guria ver que seu pokémon comeu algo estragado e... dã... passou mal.

E também, para ser tão magricelo, aquele garoto devia estar doente, né?!

A única peculiaridade do fato era que Tyrunt passou mal "rápido demais"... entende?! Mal deu tempo de seu corpo entender que comera algo podre e já estava se sentindo empanturrado, enjoado e com uma dor de cabeça estranha. Um pouco experiente no assunto, Shoyu levantou-se, esticou-se um pouco e depois abaixou a cabeça. Tentou fazer força com a barriga, na tentativa de forçar vômito, mas tudo que conseguiu foi um arroto...

... um arroto muito forte. Na verdade, eu diria que aquilo fora quase um Roar, só que mal-cheiroso. Pra piorar, arrotar não aliviara em nada o mal estar.

Tentara fazer de novo, tentando tirar ao menos parte daquele homem de seu estômago. Como da última vez, nada conseguiu vomitar! Apenas um maldito arroto que já lhe frustrava. Numa terceira tentativa, decidira mudar o método, esticando muuuuuuuuuuuito seu bracinho direito para tentar alcançar sua boca e, quiçá, sua garganta.

Tentou, tentou, tentou e... conseguiu?! Estranhamente, depois de tanto tentar espichá-lo, Shoyu consegue finalmente alcançar sua boca com seus bracinhos, lhe fazendo comemorar pela primeira vez, afinal de contas, não é sempre que você consegue fazer seu braço crescer só o espichando, não é?!

Ainda assim, ele ainda não alcançava sua garganta, então tentou espichar mais um pouquinho e, "puff", o braço crescera mais uma vez. De canto de olho, ainda impressionado com seu auto-descobrimento e desenvolvimento, tentou ver seus bracinhos já que nunca, nunquinha, em nenhum momento de sua vida, conseguira os ver bem.

Quando olhara para o lado, reparou que seu antigo pequetucho estava amarronzados, não mais negros como costumavam ser. Assustado, rodou os orbes para ver o esquerdo e averiguou: este estava como sempre foi.

Mas então... o que diabos aconteceu?!

Ele poderia pensar mais sobre, mas uma dor de barriga lhe impulsionara a continuar esticando esse maldito braço até tocar sua goela. Esticou, esticou e esticou e.... foi?! FOI! Seu braço já chegava muito próximo do fundo de sua garganta, o coitado do dinossaurinho já estava prestes a vomitar quando o inédito aconteceu.

Repentinamente, sua cabeça crescera também, jogando todo o seu esforço no lixo.

Agora ele era um dinossauro de corpixcho pequenino, cabeça gigante, um bracito e um bração. Ri-dí-cu-lo. Por sorte, a natureza não lhe deixou muito tempo assim, finalmente o envolvendo por uma luz e lhe retomando a noção. Dali, já não precisava dizer muito ao pobre coitado, que estava obviamente evoluindo.

Cresceu, cresceu, cresceu e... Ok, talvez agora seus braços estivessem um pouco maior, mas ainda não alcançava muito bem sua boca sem ter um maldito torcicolo.

Quando a luz cessou, um monstro de dois metros e trinta (um tico menor) surgiu, tentando erguer seus braços e tocar as escamas de sua testa. Tentaria até um ronco forte lembrar que ele (ainda) estava passando mal...

... ele pularia no chão irritado, arrotaria mais algumas vezes e olharia para Karinna, pedindo com o olhar (desesperado) carinho e massagem na "barriguinha".

E tudo isso aconteceria no meio tempo em que o gorducho voltaria com suas mochilas, a dele e a do magricela morto ali. Subiu a escada já dando a mochila-que-sobrou para Natalie e, junto dele, vinha Kaleo que carregava alguns papéis que ficaram naquele lugar. Umas 10 folhas e, destas, grande parte era inútil ou fora molhada-demais pelo ataque de Balthazar.

Das que restaram para se importar, ficaram um mapa e dois bilhetes:

As coisas estão meio fora de controle no acampamento de baixo. Organize um ataque individual no ponto 6000. Acampamento Rocket Subterrâneo. Leve um pokémon terrestre.
Hoje a noite.

O bilhete era estranhamente datado de hoje mais cedo, então o ataque deveria ocorrer logo mais:
- Ao que tudo indica, os Rainbows descobriram a localização de um dos acampamentos Rockets que estão lhe atacando. Quando você me viu, eu estava tentando usar o Radar para achar pokémons terrestres... - Esclareceu, depois achou que não precisava disso tudo - Acho que todos os Grunts que estão escalados pela região vão atacar ao mesmo tempo... não tenho certeza... enquanto esse bilhete aqui... - Dissera, apontando para o segundo - É uma mensagem interceptada pelos Rockets hoje, que me pediram para decifrar... porque é meio que o meu... papel?! Não sei... - Seu tom de voz baixou, mostrando-se um pouco mal por ter se envolvido nisso - Mas não tive tempo de ver ainda. Obviamente é código morse, mas parece que o padrão dessa dimensão é diferente da nossa o que fez ficar quase impossível pra qualquer Rainbow entender...

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- Só pra deixar claro, a gente ta aqui - Aponto o gorducho para o mapa numa área a Sudoeste, próximo do ponto 4644 (ou é 4544 e eu não sei ler) - Esses pontos são referentes a altura, então não se guiem tanto por eles...