Uma pedra misteriosa, um eletrodoméstico muito doido e rumores dracrônicos!!

Ao sentir a resposta do Gallade através do estranho som, eu me surpreendi e senti um pouco de alívio. Era bom saber que os Ralts não tinham medo de mim, mas sim do Magmar. Eu não queria assustá-los ou forçá-los a fazer algo que não queriam.

Eu assenti em concordância com o que o Gallade havia me feito entender. Ele havia sido muito gentil em me ajudar a entender a situação. Quando ele apontou para o caminho de volta para a entrada da mina, eu entendi que ele estava me indicando algo que poderia me auxiliar nessa situação. Mas, para descobrir, eu teria que seguir até lá.

- Agora que entendi, vamos resolver tudo isso. - Eu me virei para os Ralts e sorri, tentando parecer o mais amigável possível. Eu queria que eles soubessem que eu não representava nenhum perigo para eles. - Não se preocupem, eu vou guardar o Magmar em algum lugar. Não quero que vocês se sintam ameaçados. - Eu disse, tentando tranquilizá-los.

Os dois Ralts me encararam por um momento, e eu pude sentir que eles estavam um pouco mais relaxados agora. O Ralts com a boca aberta parecia curioso, enquanto o outro ainda tremia um pouco. Eu dei um passo na direção deles, mas parei assim que percebi que eles estavam se afastando um pouco. Eu me agachei e estendi a mão para eles, tentando me apresentar de uma forma mais amigável. - Não se preocupem, eu sou amiga de vocês. Eu só quero ajudar. Meu nome é Leina. - Eu disse suavemente.

Eu sabia que tinha que ir, mas não sabia se eles também me seguiriam e eu não queria deixá-los sozinhos a mercê de outros perigos. Ainda haviam outros pokémon que conseguia resistir à tentação de ficar mais um pouco com esses adoráveis Pokémon.

- Vocês são tão fofos. - Eu me levantei devagar, ainda sorrindo para os Ralts. - Temos que ir agora, sei que estão com medo, mas eu prometo que vou protegê-los. - Eu disse, tentando parecer confiante. - Assim que chegarmos onde o Jão está mostrando, Magmar não será mais um problema, certo?

Aproveitei o momento para pegar uma Super Potion na bolsa. - Vamos, Nix! Apareça! - Assim, que ela saiu do chão, restaurei suas forças já prevendo que talvez os Ralts não quisessem me seguir. Caso, eles resolvessem ficar, eu pediria para que a Nix ficasse de olho neles para que nada de ruim acontecesse.

Comecei a seguir de volta com um sorriso no rosto, me sentindo feliz por ter feito alguns novos amigos. Eu sabia que ainda tinha muito a fazer na mina, mas agora eu me sentia um pouco mais confiante e confortável em relação aos Ralts.
           

Ao ver Gallade seguindo ao meu lado, senti uma sensação de alívio e tranquilidade. A presença do poderoso cavaleiro me dava uma sensação de segurança, especialmente considerando o quão inquietos os Ralts estavam com a presença do Magmar. Ao mesmo tempo, senti uma pontada de tristeza por deixá-los para trás, mas sabia que era para o melhor.

Enquanto caminhava pelo corredor da caverna, observei os psíquicos curiosos em relação à Nix. Fiquei feliz em ver que Nix estava se dando bem com eles, e me perguntei se talvez eles pudessem se tornar amigos no futuro.

Ao ver o medo do Ralts mais inseguro, senti uma pontada de compaixão por ele. Eu entendia como era estar assustado e inseguro em uma situação desconhecida, e sabia que não podia forçá-lo a fazer nada que não se sentisse confortável. De qualquer modo, parecia interessante deixar os pequenos ali, por enquanto.

Gallade me alertava e ao sentir isso, sentia uma onda de preocupação e curiosidade. Eu me perguntava por que os mineiros estavam causando tanto medo no Ralts e se havia algo mais além que o estava assustando. Por outro lado, eu também sentia um pouco de frustração por não conseguir fazer nada para ajudar, exceto deixá-lo lá.

Enquanto isso, Jão continuava a transmitir alguns sentimentos e sensações para mim, tentando me ajudar a entender melhor a situação. Eu estava grata por tê-lo ao meu lado, especialmente agora que precisava da ajuda dele para resolver nessa situação difícil.

Finalmente, ao chegar na parte externa da caverna, notei que o ambiente não havia mudado muito. O céu continuava escuro, e parecia que a noite estava apenas começando. Senti um misto de admiração e medo ao ver a beleza do céu estrelado, mas também me preocupei com o fato de que talvez fosse perigoso estar aqui tão tarde da noite.

Ao ver a figura montada em um Charizard se aproximando, senti uma mistura de curiosidade e receio, mas logo o reconheci. Era um dos treinadores da Wolves. Como era mesmo o nome dele? Acenei o cumprimentando com um sorriso amigável. Fiquei ansiosa para saber o motivo de sua presença na caverna. Mesmo com a ansiedade, mantive-me calma e receptiva, pronta para ouvi-lo. No mesmo momento, ocorria-me que talvez ele pudesse resolver o problema no qual eu me encontrava.
           

- Boa noite, Igneel! - Eu cumprimento o treinador com um sorriso no rosto, contudo, torcia para não confundir os nomes. - Kenshin também está por aqui, acho que ele foi fazer compras numa feira por aí. - Dou de ombros, já que não tinha certeza - Ainda não tive a oportunidade de visitar a base, mas com certeza vou dar uma passada lá em breve.

Enquanto conversamos, não havia como não notar a presença imponente do Charizard próximo ao treinador. Meus olhos seguiam em direção a ele apreensiva, ele parecia ver um rival em Jão.

- Parece que seu Charizard está bastante animado. - Eu comento com um sorriso amigável, tentando acalmar a tensão no ar.

Admito que compreendia os sentimentos do Charizard sobre Jão. Porém, ele não era meu pokémon e eu não tinha um vínculo forte o suficiente para batalhar ao seu lado e usar todo o seu potencial. Mas, ainda assim, seria incrível ver a batalha entre o Charizard e o Gallade.

- Mas voltando ao assunto, Igneel. O que lhe traz às minas tão tarde da noite? - Faço um breve silêncio, pensativa - Estava a me procurar? - Abria um largo sorriso confiante e prosseguia antes que Igneel dissesse algo - Se continuar assim, logo minha fama como pesquisadora atrairá uma multidão de fãs enlouquecidos implorando por autógrafos e selfies. Terei que lidar com isso com a minha humildade característica. - Solto minha fala com uma expressão orgulhosa e, logo em seguida, levo a mão à boca, soltando uma risada alta e exagerada. - HO HO HO HO HO!! - Eu então limpo a garganta e me recompondo. - Então, Igneel. No que posso ajudá-lo?