Pokémon Mythology RPG 13
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EVENTO - Gostosuras ou Travessuras

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EVENTO - Gostosuras ou Travessuras - Página 2 Empty Re: EVENTO - Gostosuras ou Travessuras

Mensagem por Sckar Sáb Out 28 2023, 22:37

Dados escreveu:Pokémon: Tutle (Blastoise)
Modalidade: Travessura (+5 Def & Sp. Def)
Conto: Abaixo

Sckar descansava no saguão principal do CP do "Centro Olímpico do Battlefield", após sua terceira participação no evento. Assistia Tv e mexia no celular, quando viu uma matéria sobre uma experiência de uma pesquisadora. Parou de mexer no Rotom Phone e passou à prestar a atenção.

Após a matéria acabar e começar outra, o menino foi surpreendido por um Murkrow entrando pela janela aberta e espalhando diversas cartas de propaganda da pesquisa. Assim como havia sido relatado na matéria jornalistica.

O menino abaixou-se e pegou uma carta, enquanto Murkrow ia embora pela janela e outros treinadores ali presentes, também pegavam outros exemplares. Todos liam quase simultaneamente. Alguns em voz alta, outros em silêncio, assim como o Ranger Viridiano.

Que após ler, pensou muito sobre o assunto. Ele não sabia se acreditava ou não naquilo. Porém, seu cérebro investigativo estava "fervendo". Ele tinha muitos pokémons que seriam perfeitos para a experiência de "Travessuras", já que havia resgatado muitos pokémons de situações de maus tratos. E muitos mais que seriam perfeitos para a experiência de "Gostosuras", pois muitos que ele havia ganho, capturado ou chocado, haviam tido experiências de vida muito boas, em contrate aos resgatados, anteriormente citados.

Se ele decidisse enviar, teria que ser um pokémon muito forte, que soubesse se virar sozinho, para se proteger de um possível roubo ou tortura. E pensando dessa forma, quem tinha a melhor combinação de personalidade "autopreservadora" e poder para conseguir se autodefender, era o Tutle - O Blastoise.

Liberou-o da pokébola e conversou com o pokémon, explicando o plano. O quelônio adorou e concordou. O menino então escondeu um rastreador ranger dentro do casco do quelônio, para rastreá-lo, se fosse preciso. Recolheu-o de volta para a pokébola e foi escrever a carta com a tal memória.

Depois, caminhou até o correio e enviou o pokémon para o endereço designado. Preocupado com seu pokémon, mas certo de que ele saberia se defender, se fosse preciso.

E também tinha uma teoria própria: SE por ventura, a pesquisa fosse real, TALVEZ, fosse boa em "expurgar" tal trauma de seu pokémon. Talvez, aquela energia de "Travessura", pegasse o trauma e o transformasse em energia, fortalecendo o aquático. Era o que ele pensava que poderia ser o que acontecia, no relato da pesquisadora.

Mas era tudo especulação, só restava aguardar o desenrolar dos dias para ver se a pesquisadora cumpriria ou não o que prometera...


Carta escreveu:Logo na primeira semana de minha jornada pokémon, há 3 anos atrás, eu saí cheguei na Rota 02 em Kanto, com apenas 5 pokémons. Meu inicial, Sckar - O Charmander; Ttato e Ttata - o casal de Rattatas, Fly - A Pidgey e Long Neck - A Girafarig Shiny que eu havia capturado um dia antes, em Cinnabar Island.

Estava acompanhado de minha melhor amiga, desde que éramos muito pequenos, em Viridian. Porém, alguns minutos após que entrarmos na rota e caminharmos por lá, avistamos algo similar à um portal negro que rapidamente me sugou com uma força irresistível, deixando a minha amiga para trás.

Tudo o que relatarei agora é parte de alucinação, mas é tudo o que posso relatar, já que não sei até hoje, o que de fato aconteceu. Contudo, tenho algumas teorias e as contarei. Assim como contarei as teorias fantasiosas das pessoas que tiveram experiência similar e na mesma época.

Fui parar num local em que se conveio à ser chamado de "Limbo" pelas demais testemunhas. Mas creio eu, que era apenas uma zona distorcida por algum poder psíquico de algum pokémon poderoso.

Revirei no estranho portal, quando eu já estava ficando tonto, caí em uma negra e estranha floresta, com suas árvores podres e flores completamente mortas, além do frio quase mortal. Eu tinha motivos para ficar assustado naquele local, estava dolorido com a queda e gritava por minha amiga. Estava preocupado com ela. Ela poderia ter se machucado também. Porém, logo deduzi que ela não havia sido sugada junto comigo. Ou no mínimo, não havia ido parar no mesmo lugar. Portanto, não adiantaria procurá-la ainda.

Então, como se respondessem ao meu chamado... meu medo só aumentou quando uma luz acendeu ao fundo da trilha onde havia caído e parecia estar me chamando em sua direção. E por falta de alternativas, mesmo com medo, fui em direção à luz. Gritando, chamando por alguém. Qualquer um. Mas ninguém respondia!

O caminho não era muito longo e depois de alguns minutos já era possível saber de onde vinha a tal luz, era de uma pequena cabana, com a luz de sua varanda acesa. Ainda um pouco longe do local era possível ver alguém na varanda, balançando em uma cadeira. Era de certo modo uma cena assustadora e o rangido da cadeira de balanço só aumentava o terror. Não sabia se seria seguro para mim tentar um contato com aquela pessoa. Ainda me lembro do "frio na espinha" que senti naquele momento, mas antes mesmo de alcançar a casa, comecei à gritar, tentando me comunicar com a tal pessoa, à distância. Por precaução.

Eu explicava de onde vinha, que havia me perdido de minha amiga e queria saber aonde estava. Pois até tal momento, eu não tinha noção se era ilusão ou um teleporte. Ou qualquer outra coisa.

Lembro que quando fui respondido, percebi que se tratava de um senhor idoso. Dizia que não ouvia o nome da minha cidade há muito tempo. O que era muito estranho para alguém morando na Rota 02 de Kanto, a qual fazia divisa com a cidade. Ele parecia meio assustador e me convidou à entrar na cabana, pois estava frio. A porta da cabana estava entreaberta e deu para ver que estava completamente escuro lá dentro. O que era estranho, sendo que estava noite. O que também era estranho, pois eu havia entrado na Rota de manhã. Eu não sabia quanto tempo havia passado, talvez eu tivesse desmaiado sem perceber.

Na época, eu só tinha 10 anos e não tava acostumado com nada daquilo, estava com medo mas sabia que não podia demonstrar. Já havia passado por situações assustadoras antes em minha vida, a pior delas fora a Rocket que me atacara na Mansão Pokemon de Cinnabar Island (pouco depois de eu capturar a Long Neck). Mas agora, aquela situação toda, estava bem perto de superar a situação assustadora da Mansão. E mal sabia, que iria mesmo superar. E MUITO!

Contudo, neguei o convite sem hesitar ou demonstrar medo. Aleguei que não poderia perder tempo e tinha que procurar minha amiga. Só precisava que me desse a direção para Viridian.

Apesar de estar controlando muito bem o medo até aquele momento, este apenas continuava crescendo no meu interior. Ainda que tivesse sido educado e firme em minha recusa e justificativa, ao convite, o senhor ficou irritado. Dava para perceber facilmente, pela sua feição e entonação de voz. Ele batia fortemente a porta da cabana e batia com força o seu pé no chão de madeira, me respondendo com uma certa ignorância, que já que eu não queria entrar... Riu e disse: "Mas quem disse que você tinha opção?"

Ele ria insanamente e me puxava pelo o braço, voltando a falar que eu não sairia nunca dali. E enfatizou repetindo o nunca. Eu me debatia, mandava me largar, gritava que estava me machucando e questionava seus pensamentos. Até o mordi na mão. Mas ele não me largava de jeito nenhum! Aquilo tudo só serviu para deixá-lo mais furioso e agressivo.

Portanto, liberei Fly de sua pokébola e mandei-a batê-lo para fazê-lo me soltar. antes de Fly atingi-lo, ele me jogou com força contra o chão. Minhas costas doeram muito. Eu me arrependi de ter ido pedir ajuda àquele homem. Mas não queria ser preconceituoso e julgá-lo apenas por sua aparência sombria. Porém, naquela vez, eu devia ter feito isso. Pois as suspeitas se confirmaram. Infelizmente.

Antes que Fly atingisse o idoso, ele sacou uma pokébola e liberou um Blastoise. Que deteve o ataque de Fly ao seu treinador. Senti muito medo. Como eu poderia derrotar um pokémon totalmente evoluído, tendo apenas pokémons em estágios iniciais e uma que nem evoluía, mas também tinha nível baixo. Contudo, eu não poderia desistir! tinha que dar o melhor de mim, para ao menos tentar arranjar uma rota de fuga e fugir com meus pokémons. Portanto, lutei!

Ele me mandava levantar e "lutar como homem". Ele me subestimava e me deixava começar comandando os meus ataques. Então, foi o que fiz. Tinha que tirar algum proveito daquela autoconfiança exagerada que ele tinha e tentaria revertê-la para minha sobrevivência.

Chamei Fly para pousar em meu punho e armei e sussurrei um plano para ela. De fingir um ataque Tackle em Blastoise, mas desviar na hora H e atacar o treinador, o idoso. Depois, dar meia volta e me alcançar. Tentaríamos correr para bem longe dali.

Só que não saiu como o esperado. Ele não subestimou totalmente e usou um Ice Beam logo de cara, nocauteando a Fly. Não perdi tempo, mesmo chocado, a recolhi rapidamente e corri dali, ziguezagueando. Para dificultar possíveis ataques contra mim. Meu medo não era a derrota, mas as possíveis consequências terríveis que a mesma poderia causar.

Enquanto tentava fugir, pensava rapidamente em tudo, mas ao perceber que aquele idoso sinistro podia já ter machucado outras pessoas e seus pokemons e que poderia fazer o mesmo com mais pessoas futuramente, comecei a diminuir minha velocidade, até parar. Olhei pra trás com um olhar furioso de determinação, uma determinação impiedosa contra meu alvo, o senhor com o Blastoise. Ainda estávamos com poucos metros de distância um do outro, o encarava fortemente, então eu pegava uma pokebola de meu cinto e dizia que eu não poderia fugir. Deveria enfrentá-lo e entregá-lo para a polícia, para impedi-lo de continuar fazendo maldades com os outros.

Lembrando agora, é engraçado como nos meus primeiros dias, enfrentei uma Rocket e depois esse senhor... Parece que foram naqueles momentos decisivos que comecei à abandonar a carreira de treinador e à trilhar a carreira de detetive ranger. Contudo, isso ainda viria à demorar quase 1 ano para acontecer.

Voltando ao relato: escolhi Long Neck, busquei usarmos duplo Agility para ajudar à evadir dos ataques do Blastoise. Ele revidou com um Ice Beam, que não atingiu a minha pokémon. E depois usou Scald, que infelizmente, atingiu-a em cheio. Em seguida, "combamos" o Odor Sleuth com o Confusion. A ideia era ficar correndo em ziguezague atrás das árvores da floresta, para evitar que ela fosse atingida e o Odor Sleuth ajudaria ela à não errar seus ataques contra o aquático. Enquanto isso, o Blastoise atacou com Scald novamente e felizmente, desta vez ele errou o alvo e em seguida o quelônio usou Ice beam, errando o alvo mais uma vez. Em seguida ela atacou com seus poderes psíquicos, deixando o aquático ferido e confuso. Meu plano estava dando certo, mas estávamos muito longe de vencermos. Não poderíamos baixar a guarda!

Mas agora era apenas continuar mantendo distância, procurando evadir dos ataques deles e continuar atacando com Confusions. Era tudo o que poderíamos tentar fazer! Só que Blastoise agora, usava Earthquake, se jogava no chão, fazendo tudo tremer, impedindo que Long Neck usasse mais um Confusion e ainda causava danos nela. Porém, ela resistia e atacava com mais um Confusion, causando mais danos no oponente, que revidava com Ice Beam, que mais uma vez, errava o alvo.

Tive uma ideia de usar o Confusion nos pés dele, para soterrá-lo, e tentar impedir o Earthquake, enquanto lhe causasse dano. O que deu certo, mas ele usou Scald. Que dessa vez atingiu a Long Neck, deixando-a um pouco ferida e impedindo o aterramento dos pés do aquático pela metade. Mas ela não desistiu e tentou novamente, causando mais danos e conseguindo aterrar o pés do adversário. O qual disparava mais um Ice Beam nas árvores, errando seu alvo.

Apesar da dificuldade, estávamos nos saindo bem, começamos à sentir-nos mais confiantes e partimos para a ofensiva. Agora a ideia era usar o Confusion para enterrar o oponente ainda mais fundo, continuando com os Confusions seguidos e procurando evadir dos ataques deles. O idoso começou à ficar cada vez mais furioso e começou à destratar o pobre Blastoise. O qual passou à se ofender com seu treinador e começou à agir cada vez mais lento. Tanto por estar confuso e parcialmente soterrado, como também, por estar perdendo a vontade de lutar por ele. Creio eu.

O idoso apenas passou à gritar para o seu pokémon usar repetidos Ice Beams. Long Neck soterrou o inimigo mais um pouco e causou mais alguns danos. Já o Blastoise acabou atingindo seus próprios pés, se congelando nas pernas. E então, um Critical Hit de um novo Confusion, causou a derrota do aquático.

O idoso perdeu toda a sanidade com a derrota e começou à vociferar um monte de sandices para seu pokémon e para mim. Mas nesse momento, duas chamas misteriosas envolveram treinador e pokémon, consumindo-os num instante. Não parecia feri-los e ele não pareceram se queimar ou virarem cinzas, apenas SUMIRAM! Sumiram junto das chamas, tão rápido e de repente, quanto essas surgiram e se extinguiram.

Porém, lembro até hoje do forte odor de enxofre (naquela época em nem conhecia aquele cheiro, vindo à saber identifico apenas muito tempo depois) que tomou o local após essas chamas misteriosas se extinguirem com a dupla inimiga. Foi bizarro. Nunca havia ouvido falar de ilusões que afetam outros sentidos além da visão. Mas creio que tenha sido um tipo de hipnose mais poderosa que afetava todos os 5 sentido. Afinal, eu sentia dores e frio. Pensando bem, essa teoria explica muito bem todas essas sensações sensoriais que eu tive. Mas claro que em alguma medida, algumas coisas deveriam ser reais. Posso não ter enfrentado um idoso com Blastoise. Talvez tenha sido outra pessoa, talvez uma mulher. Talvez não fosse um Blastoise, mas outro aquático, talvez um Seaking. Afinal, consegui vencer com certa "facilidade". Claro que não foi nada fácil. Mas acho que se fosse mesmo um Blastoise, nem todo o esforço meu e de Long Neck, seria suficiente, naquela época. Mas explicarei melhor essa minha teoria mais para a frente da história...

Enfim, continuando...

Após parabenizar a Long Neck e comemorarmos a difícil vitória, lamentei pelo pobre Blastoise ter que ser treinado por alguém como aquele homem. No entanto, não poderia fazer nada quanto à isso, naquele momento. Portanto, "seguimos" em frente. O odor era muito forte, então tampei a respiração com os dedos pressionando minhas narinas, por alguns minutos. Depois o soltei para analisar se o cheiro havia passado e realmente havia. Olhei ao redor e não sabia para onde ir. Preferi então entrar na cabana atrás de alguma pista de minha localização e destino, talvez tivesse algum mapa ou telefone com sinal lá dentro. Sabia que era perigoso, então entrei com cautela.

Pedi a ajuda de Sckar, meu Charmander para me ajudar à iluminar aquela cabana escura. Não possuía muitos móveis ou cômodos, havia uma lareira, uma cadeira de balanço velha, um tapete e uma escrivaninha bagunçada, uma porta aberta revelava um banheiro imundo. Uma inspeção na bagunça revelou um mapa e um caderno, no mapa que identificava como sendo da região de Kanto, por possuir o nome de algumas cidades conhecidas, mas vários locais riscados. Então abri o caderno. Quem sabe não trouxesse alguma informação sobre as marcações feitas naquele mapa? Ao ler, logo se percebia que se tratava de uma espécie de registro. Era o registro de outra pessoa que fora sugada para aquele lugar tenebroso, e munido de um mapa, buscava identificar sua localização para achar uma saída. Observando as datas, poderia perceber que a outra pessoa procurara por um ponto de referência ao menos por anos a fio, sem encontrar nada além de uma trilha sem fim pela floresta apodrecida. Já nas últimas páginas, um raio de esperança surgia para a pessoa que escreveu, ela finalmente avistara uma paisagem diferente, um lago, que encontrara após a mais longa caminhada até então. Na última página, uma tentativa de indicar o caminho até o citado lago, com um mapa amador.

Inicialmente senti que parecia uma dimensão paralela e infinita, sem escapatória. Mas logo me toquei que isto era absurdo e impossível! Então discarei tal possibilidade. E comecei à pensar com a cabeça e não com o medo. Nesse momento, foi a primeira vez que vi meu Charmander desanimado, ele estava assim, porque era o como eu me sentia. Então o animei e procurei me animar também e passamos à procurar uma solução para aquele problema e saída daquele lugar! E a resposta para ambas, parecia ser o lago do mapa. Então tínhamos que ir para lá. Isso realmente revigorou nossas forças e animações. Antes era apenas encenação, um para o outro. Mas agora, ambos nos sentíamos verdadeiramente empolgados. O recolhi e segui para o lago, sozinho!

Corri para o lago, apesar de ser longe, eu sempre fui muito ativo e brincava muito (e fugia muito também) com pokémons selvagens na floresta de Viridian. Então, minha pouca idade e preparo físico, foram suficientes para correr tal distância. Por mais cansativo que tenha sido.

Após um bom tempo de corrida, chegava esbaforido ao lago, e mais uma vez, me deparava com uma cabana. Essa, por sua vez, parecia iluminada por dentro, e um homem surgia de dentro da cabana, olhando para todos os lado desconfiado. Quando sua cabeça se aquietava, ele estava olhando para mim e me questionava o que eu fazia ali e àquela hora. Se eu não sabia que era perigoso. E o que eu procurava.

Eu continuava com frio e continuava noite, parecia uma noite sem fim. Uma noite muito fria e sem fim. Eu me expliquei enquanto tentava recuperar meu fôlego. Mesmo ofegante, consegui explicar tudo, torcendo para que não fosse outro louco maníaco querendo me atacar.

O homem desconhecido emudeceu-se repentinamente ao tempo que fiquei mais amedrontado com o silêncio, já que não estava tendo um dia normal como a maioria dos treinadores aventureiros. Eu olhava de relance o lago procurando por alguma saída similar à que entrei. Algo que pareceria com algum tipo de "portal encantado" que pudesse me tirar dali imediatamente, mas não avistara nada além de uma água barrenta e sem vida que levava direto para mais floresta podre e sem folhas. Então fiz algo que muitos pensariam ser impensável, aproximando-me com cautela daquela segunda cabana. Onde avistei que o homem era apenas uma máquina com traços exatamente (se não completamente) humanos, foi então que uma nevoa se instalou no local, como uma chuva de verão e se propagou para além das florestas num piscar de olhos. Tivera que optar por tentar entrar na cabana ou ficar encharcado e até resfriado por causa da chuva intensa e repleta de raios e trovões.

Questionei temerosamente se havia alguém ali e ouvi uma resposta que dizia "Somente você!!" rispidamente, vinda de uma voz melancólica e ao mesmo tempo debochadora, no mesmo momento em que trovões partiam do céu em direção ao solo fazendo um barulho tão assustador quanto a resposta que me fora dada.

Mas aquela voz zombadora era muito suspeita, mesmo para um treinador inexperiente como eu. Assim decidi zombar junto com ela perguntando sobre uma cidade conhecida por mim. Viridian.

De repente uma criatura estranha e com "ares fantasmagóricos", muito mal encarada surgiu e puxou-me para dentro da casa trancando a porta ao me sugar (novamente sugado) completamente. Sua presença dava um ar tão gélido e amedrontador que não pude fazer nada além de ficar parado vendo aquele espectro rodear o único cômodo da cabana que estava repleto de caixotes e em cima deles haviam velas desgastadas, algumas acesas e outras já consumidas por inteiras. A cena não era nada de demais, se não fosse pelo fato de existir um "fantasma" ali. Foi o que pensei inicialmente, mas obviamente, era alguma ilusão, alucinação ou holograma. Nunca fiquei sabendo o que era de verdade.

"Você me deixou morrer, foi por culpa sua que vim parar nesse lugar! Tenho aqui comigo algo que era muito especial para você". Ainda lembro que era isso que dizia a voz, ainda melancólica, porém irritada. No mesmo momento um pano velho e ensanguentado que se encontrava na saída dos fundos da cabana levitou-se e o que estava dentro dele caiu no piso da cabana fazendo um barulho assim como quando caímos da cama. Era claro para mim que aquele peso morto no chão era possivelmente um Meowth, só não sabia o porquê do mesmo estar ali, repleto de cortes profundos que sangravam. As coisas que passavam em minha mente não eram as melhores. Pensando um pouco mais deduzi que aquilo era obra da "alma penada" que não se revelara ainda para mim. Eu estava perplexo e “congelado”. Não sabia com que estava lidando, mas também não deixaria me confundirem com aquele bando de baboseiras sobrenaturais.

Então me defendi verbalmente:

"- Que ridículo.

Eu nunca matei ninguém!

E esse negócio de fantasmas, pelo amor... né?

Tá querendo que eu acredite em Papai Noel, também?

Vê se para com esses truques e se mostre de verdade pra mim. VAMOS, APAREÇA!"

Eu ainda estava um pouco assustado, provavelmente com olhos arregalados, com o corpo um pouco inclinado pra trás, como quem tenta se afastar um pouco, porém, luta contra seu medo para não dar nenhum passo pra trás. Lembro bem de como eu lutava contra meu medo. O suor frio que escorria por minha testa, era inevitável, não tinha como impedir ou esconder o suor. O medo vinha como o calor do verão, mas era cortante como uma lâmina fria como o inverno de Snowpoint.

Eu precisava agir, não podia demonstrar meu medo, mas o que fazer? A dúvida me consumia. Eu acredito até hoje que aquele corpo de Meowth era falso. Então fiquei provocando o "espírito", sabia que tudo não passava de um truque de um bandido.

Acreditava que aquilo não passava de um ilusionismo barato para tentarem me dar um susto. Mas admito que eu estava a suando frio e se inclinar para traz, enquanto tremia e discordava para as paredes a existência de fantasmas ou qualquer coisa do gênero.

“- Vê se para com esses truques e se mostre de verdade pra mim. VAMOS, APAREÇA!” Eu dizia repetidamente, para que aquele ser enigmático se revelasse de uma vez.

Estava agora decidido a não se entregar ao medo, sendo que encararia até mesmo o velho e seu Blastoise novamente se pudesse fazer o mesmo. Mas o caso era de fato pior, pois a casa começara a se abalar a cada palavra dita por mim, que "blasfemava" coisas contra a criatura oculta.

"- Como ousa proferir essas palavras contra mim! Eu que era seu amigo! Que sempre cuidava de VOCÊ!" Dizia a voz que se propagava pelo cômodo, ficando mais estressada e aguda. Uma explosão de pressão e vento vinda da direção oposta à mim começou a destruir inexplicavelmente todos os caixotes em pedaços e à apagar qualquer vela que se encontrava em seu caminho, mas ao chegar perto do treinador a estrondosa ventania dentro da cabana se desfez. Por sua vez, eu havia entrado em estado de autoproteção, com meus braços cruzados sobre o rosto e me encolhendo próximo ao chão. Enquanto isso, a chuva fora da cabana continuava mais implacável do que antes e a estrutura rangia assombrosamente mesmo aparentando ser resistente contra qualquer fenômeno natural ou sobrenatural. Eu transpirava angustiado por culpa da criatura que continuava querendo me assombrar e até punir por algo que eu não entendia. Foi então que o frágil gato estirado no chão se levantou, contorcendo-se e abrindo os olhos para me "ver" melhor, já que eu tinha coragem o suficiente para olhá-lo nos olhos.

"- Meow! Lembra-se de mim? Sou eu! Estive te procurar para lhe matar, será o único jeito de você ficar comigo... PARA SEMPRE!!" Dizia o Meowth. Aquilo estava sendo uma terrível experiência e eu queria somente sair da dali. Que parecia uma dimensão sombria e envolta em trevas, sendo um local aonde os espíritos dos Pokémon mortos não iam embora e ficavam presos a sentimentos vividos na terra. Ao menos, parecia ser o que queriam que eu acreditasse. Mas isso não funcionou comigo!

O bichano rasgado e ofuscado pelas sombras do lugar mostrava-se pronto para arrancar os meus olhos. Porém não fez nada além de ficar parado, procurando alguma coisa nos meus olhos. Então eu sacava rapidamente uma Pokeball de meu cinto. A cara que Meowth fez no mesmo momento foi de longe a coisa mais horrível observada por mim até aquele momento. O sorriso sarcástico e monstruoso junto com seus olhos arregalados mostrava o aspecto de um ser que não era vivo e sim um morto-vivo. Parecia um fantoche feito de algum cadáver de Meowth.

"Você quer lutar, então vamos duelar até a morte seu traidor!" Dizia o gato após fazer um salto esquisito para perto de mim, mostrando suas garras mortíferas. Como se pokémons pudessem falar...

Não conseguia evitar o suor frio de escorrer por minha face, nem impedir meus joelhos de tremerem, pois por mais que estivesse absolutamente desacreditando da situação, ainda era uma criança, muito jovem e inexperiente. Mesmo não acreditando em nada daquilo, entendia que o risco era real e eu não me sentia pronto para uma batalha de vida ou morte! Estava sozinho contra algo ou alguém que não entendia.

Então quando o Meowth se levantava e começa à falar, aquilo fora de mais pra mim, logo levei a mão à uma pokebola, devido ao susto que tomara. Nesse momento o gato morto-vivo parecia avançar pra lhe atacar, mas num reflexo instintivo, saquei minha pokebola, ameaçando o pokemon fantasmagórico e comecei à falar, ainda conseguia manter a minha fala sem hesitação ou medo, portanto, não gaguejava.

Dizia que estava me confundindo com outra pessoa. Pois nunca tive um Meowth!
Nunca deixei nenhum amigo meu morrer! Nem amigo humano e nem amigo pokemon! E que estava me ofendendo com essas acusações! Também disse que eu ainda não acreditava (e até hoje não acredito) que fosse um "Meowth zumbi", e eu apostava que tudo não passava de ilusão! E iria provar isso naquele momento, mesmo!

Minhas palavras eram firme e determinadas, eu pegava a pokedex com a mão esquerda, já que a direita segurava uma pokebola, e a apontava pro suposto Meowth, enquanto continuava à falar. Que ele não poderia enganar a pokédex. Ela revelaria a identidade dele.

Comecei usando o Ttato pra descobrir as estratégias de meu novo inimigo. Enquanto esperava a resposta de minha pokédex. Ao mesmo tempo, a pokébola que segurava era de meu pokémon roedor, Ttato, o Rattata macho. Não pretendia usar meu trunfo tão cedo.

A pokédex revelava ser realmente um Meowth. Não sei se era um cadáver de Meowth feito de fantoche, ou se até o resultado da pokédex foi uma ilusão. Talvez fosse apenas parte de algum truque, mas não poderia dizer que aquilo não era o Pokémon que procurava. O gato então andava com passos lentos em minha direção, eu não conseguia me mover devido ao medo. O felino levantou uma de suas patas, fazendo com que fechasse meus olhos.

Um outro barulho fora ouvido, fazendo-me abrir os olhos novamente e ver algo terrível acontecendo. Uma rajada de bolhas muito potente acertava Meowth, despedaçando-o. A cabeça do felino rolava para perto de mim, com seus olhos caindo logo em seguida. Na parte de trás deles, via-se fungos e insetos saindo de dentro deles, estes bichinhos que pareciam comê-los por dentro.

Aquela cena do felino era horrível para mim, mas o problema era o que viria depois. De um buraco na parede, era vista uma silhueta, provavelmente o ser que tirou a "vida" do felino. A cabana começou a tremer, fui rápido e saí de lá pela porta pela qual fora forçado a entrar.

Por sorte, a cabana desmoronou logo após minha saída. Olhando para onde estavam as ruínas de tal construção, viu um Pokémon azul com um casco em suas costas de pé em cima dos escombros. Sua expressão demoníaca indicava que buscava por briga e que não teria medo de fazer o mesmo que fez com o Meowth.

Era um Squirtle e nem precisaria usar minha pokédex pra saber isso. Mas mesmo assim, com um sorriso no rosto, pegava a pokédex com a mão direita e a apontava pro pequeno pokémon tartaruga, só para saber o que o aparelho diria sobre a espécie.

Após ouvir o que o aparelho diria sobre a espécie, olhava para o espécime na minha frente e o elogiava empolgado. Colocava meu óculos de aviador (coisa que sempre faço ao ficar "sério" em uma batalha pokémon). E decidia que iria capturá-lo de qualquer jeito! E não descansaria até acalmar aquela "fera" e nos tornarmos amigos, bem felizes!

O Pokémon tartaruga parecia ser briguento, os meus elogios não colocavam um sorriso em seu rosto. Pareciam apenas deixá-lo com mais raiva. O Pokémon avançava contra mim, lançando-me novas bolhas e me derrubando. Doeu muito. Mas me levantava novamente em meio aos meus gemidos de dor, apenas pensando em que Pokémon iria utilizar.

A chuva estava se enfraquecendo, mas ainda assim não parava, e pela nuvens negras que cobriam o céu, ela não cessaria tão cedo. Todo bom treinador sabe que os golpes tipo aquático têm sua força aumentada durante a chuva, o que se tornaria um problema para mim durante a batalha. Não poderia perder tempo, Squirtle poderia atacar a qualquer momento.

Escolhi manter o Ttato, assim como havia planejado para enfrentar o Meowth de antes. O qual se sentia bastante confiante e determinado. O que demonstrava com uma curta vocalização para mim. Nesse momento, jurei ao Squirtle que o capturaria e o tornaria um pokémon feliz e meu amigo. MUITO FELIZ!

Comandei um Quick Attack para tentar evadir e contra-atacar, e um Tail Whip em seguida. O rato fora o primeiro a atacar, devido à sua prioridade com o Quick Attack. O golpe deixava um feixe de luz por onde passava, sendo muito rápido para que o Pokémon marinho desviasse, o que lhe resultava em um certo dano. Não fora muito alto, mas dava para o começo. Squirtle ficava furioso por levar aquele golpe e não deixaria barato.

A tartaruga corria em direção ao pequeno rato e fez um movimento que levantou um de seus braços, descendo-o bem na testa de Ttato, causando-lhe um dano grotesco, Brick Break, por ter vantagem de tipo. O que foi surpreendente, pois é muito raro um Squirtle ter tal golpe. Apenas alguns filhotes de cruzamentos interespécies, aprendem tal move. O meu Pokémon roedor recuou um pouco para manter a distância para que pudesse utilizar seu segundo golpe. Virando de costas, o rato balançou seu rabo, fazendo com que Squirtle se distraísse por um momento, o que acabava reduzindo sua defesa.

A tartaruga se recompunha em campo, lançando uma rajada de bolhas que eram fortificadas devido à chuva. Rattata fora acertado em cheio, recebendo um pouco mais de dano do que deveria. Uma boa parte de sua energia já havia sido tirada, talvez esse selvagem pudesse trazer alguns problemas para mim.

Então mandei Ttato seguir com Quick Attack para evitar os golpes do Squirtle e atacá-lo no processo. E quando fosse receber um golpe, usasse sua Trait, Run Away para evitar, fugindo da batalha e aguardando novos comandos. Ttato conseguia ferir o quelônio mais um pouco e evitar o Bubble do seu oponente. E o mesmo ocorreu em seguida, com mais um Quick Attack atingindo Squirtle e evadindo de mais um Bubble. Fugindo da batalha e se escondendo no mato.

Então decidia provocar o aquático e correr para o mato, atraindo-o para uma armadilha. Deu certo! Ele me seguiu, onde Ttato o emboscou com um combo de Quick Attack e Headbutt, que pegaram o oponente de surpresa e lhe causaram bons danos e o empurraram ainda mais mata adentro. E o último golpe ainda causou Flinch, impedindo que o marinho usasse seu primeiro ataque na rodada. Mas infelizmente, não o segundo. O qual era um Bubble certeiro, que causava mais danos em Ttato e o deixava em estado crítico. Mas mantivemos nossa estratégia e Ttato se escondera no mato.

Mas como Ttato estava muito ferido, decidia recolhê-lo de volta à sua pokébola e enviava Ttata em seu lugar. Mandei-a se esconder na mata e usar Focus Energy, depois usar Quick Attack, assim que ele baixasse a guarda!

A Rattata fêmea saía de sua Pokébola já obedecendo às minhas ordens e se escondera na mata. A tartaruga teve de procurar por sua oponente, diferente do que fez com Ttato cuja localização já era de conhecimento pelo Pokémon marinho. Squirtle deixava de dar atenção à mim para procurar pela ratinha que se ocultava na floresta.

Enquanto procurava, percebeu um certo brilho que vinha de uma área próxima. Aquela luz existia devido ao movimento usado por Ttata, Focus Energy, que elevava as chances de um golpe crítico. Já sabendo onde encontrar sua oponente, Squirtle apenas se escondeu atrás de uma árvore para esperar pelo possível golpe que viria.

Enquanto aguardava, Ttata fazia desse o momento para utilizar seu golpe que mesmo com um poder mais elevado pela sua trait, teve sua precisão reduzida pela tal. Isso não a impediu de atacar.

Na direção pela qual percorreu deixou um feixe de luz. Ao se aproximar, Squirtle surgira detrás da árvore com seu braço levantado. Talvez quisesse utilizar novamente seu golpe tipo lutador. Tentando não levar o golpe, a rata aumentou a velocidade. Foi rápida demais para Squirtle acompanhar, o que resultou em acertá-lo, fazendo-o cair para trás e acertar seu golpe no ar.

Ainda caído, a tartaruga olhou para a rata, abrindo sua boca e lançando uma nova rajada de bolhas. Não foi tão potente quanto as outras, talvez porque não estivesse chovendo na área.

Então planejei que Ttata prestasse a atenção em cada músculo e pelo do inimigo, para tentar prever seus movimentos e que mirasse um Headbutt em um de seus joelhos, para reduzir ainda mais sua mobilidade e depois outro que o empurraria contra uma árvore, para encurrala-lo e causar ainda mais danos.

A estratégia deu certo para nós. Agora pretendia acabar com aquela batalha de uma vez. Vendo que Squirtle já começava a se cansar, peguei uma Pokébola para me preparar para a possível captura.

Visando acertar o joelho da tartaruga, Ttata avançava utilizando seu Headbutt em alta velocidade. A tartaruga esperou pelo ataque e desviou no último momento, levantando um de seus braços e dando um forte golpe na cabeça da rata, como se estivesse quebrando um tijolo (Brick Break).

Mesmo sendo um golpe efetivo e lhe causando um bom dano, a rata manteve-se na batalha e deu início ao segundo golpe, o qual seria o mesmo usado anteriormente. No mesmo momento, Squirtle tentaria também atacar.

A rata começou a correr. Uma curta distância fora percorrida até ver algumas bolhas saindo da boca da tartaruga e indo em sua direção. Aproveitando que não estavam muito próximas, apenas andou para o lado e desviou delas voltando a correr para acertar uma cabeçada na tartaruga.

Finalmente se aproximou e lhe acertou com o golpe que lhe enfraqueceu muito. Squirtle estava quase acabado. Então comandei um Quick Attack em ziguezague e um segundo logo em seguida, para subir uma árvore e se jogar lá do alto, contra a cabeça do quelônio. Pretendia que a velocidade extrema da rata, livrasse-a dos ataques do quelônio, enquanto ela o atacasse.

Ttata começava a correr em ziguezague deixando um feixe de luz branco por onde passava. Squirtle procurava acompanhar o ataque, lançando suas bolhas. Teve uma hora que a rata correu para cima delas por descuido, vendo elas passarem ao seu lado por pura sorte. Sem ter seu golpe interrompido, dava o golpe final em Squirtle que caía nocauteado.

Vendo que a batalha fora um sucesso, lançava minha Pokébola na tartaruga caída, a quando fora sugada para dentro da esfera, se fechou ao cair no chão, dando início ao momento de tensão. Após alguns instantes, a captura fora concluída para a minha alegria, o problema seria manter um laço forte com um Pokémon com tal personalidade.

Após guardar minha Pokébola, observava uma atividade estranha ocorrendo próxima ao lago. Corria para observar o que poderia ser meu retorno para casa. Estava certo. O que começava com um pequeno ponto de luz no chão, terminava como um portal como aquele que me sugara anteriormente. Do outro lado podia ver o que parecia ser "meu mundo". Ttata estava ao meu lado, esperando apenas a ordem do que fazer. Cabia a mim escolher. Pular ou ficar?

Após muito comemorar a captura e nomeá-lo de Tutle, uma brincadeira com Turtle, de tartaruga. Guardava a esfera no cinto, acariciava Ttata, recolhia-a e voltava para a Rota 02, através do portal.

Acredito que o Blastoise era o Squirtle disfarçado através de alguma ilusão. Afinal, é impossível ter "involuído". Por isso Meowth me acusava de matá-lo, mas nunca descobri quem estava por trás de tudo aquilo, creio que era o idoso tentando passar seu pokémon para outra pessoa. E eu passei em algum tipo de teste. Porém, Tutle tinha uma personalidade péssima e levei muito tempo para acalmá-lo e evoluí-lo em Blastoise. E hoje estou te mandando ele, com esse relato. Cuide dele.

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Mensagem por Shianny Dom Out 29 2023, 11:43

Pokémon: Venusaur [Ryo]
Modalidade: Travessura [+10 Sp.A]
Conto:

Frio.

Era frio, simples e só; Um pulsar sombrio de solidão e vazio, uma brisa fúnebre cuja única serventia era sufocar a alma em um aperto atormentado ao redor da garganta, um arranhar vagaroso que deslizava contra as profundezas da carne, uma ameaça silenciosa que denotava quão frágil era, quão fácil seria a atividade de romper veias, músculos e artérias.

...Roxo.

Havia um mar de roxo - fosse por conta da profundidade gélida das águas, das vinhas que se debatiam em frio desesperado contra a superfície líquida em uma vã tentativa de se enlaçar firmemente ao redor do cubo translúcido, ou simplesmente por conta do fato de que o quadrúpede aprisionado em um bloco de gelo fosse portador daquela, temporariamente, infeliz tonalidade.

Slip.
Slip.
Slip.

O aperto escorregava, fazendo a pedra congelada balançar em infeliz violência, sacolejando em um vai-e-vem que tão bem ameaçava simplesmente afundar. Os olhos vítreos do roedor dentro daquela prisão atemporal caíam no coração como uma maldição e um tormento pr'alma, ao que-

Slip.

Um último erro de cálculo, uma batida desmedida, e o cubo afundou com brutalidade dentro das águas. Um surreal ganido desesperado escapou da garganta, corpo pendendo da plataforma na direção da escuridão líquida, desesperadamente tantando recuperar o companheiro perdido. Entretanto, porém, contudo e todavia? Não era possível. Entretanto, porém, contudo e todavia? Não era o que todo mundo faria, especificamente em uma situação daquelas. Entretanto, porém, contudo e todavia - bem, não era uma frase que necessitava de complemento, se é que existia algum outro àquela altura.

Inclina. Inclina. Incli-

O corpo pendeu e tombou em um baque desconfortável na direção da escuridão molhada. Houve um grito do lado de fora ou, pelo menos, ela acreditou ter ouvido algum. A torrente aquática invadiu os pulmões com uma velocidade assustadora, um punho socando as vísceras e dilacerando todo e qualquer resquício de fôlego que restava até então.

Afundando,
afundando,
afundando,
afogand-

...

Wake up.

...

Um sobressalto, um sacolejar violento de cabeça ao que os grandes orbes rosados escorriam de um lado para o outro, uma respiração alteradíssima que sequer parecia acreditar ser possível de existir. As quatro pernas bambearam no piso frio do ginásio, um estreitar de olhos analisando cuidadosamente a situação, sonolento, antes que uma respiração profunda escapasse dos pulmões da anfíbia mais uma vez, silenciosamente encolhendo-se em seu próprio lugar.

...

Respira,
Inspira.

Pois ainda é possivel,
pois acabou tudo bem.

_________________
O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Mensagem por Seth Dom Out 29 2023, 18:24

Pokémon: Gengar
Modalidade: Travessura
Conto:
Halloween era definitivamente meu feriado favorito. Convenhamos, que outra data a gente podia se vestir de monstros e Pokémon da maneira mais slutty possível e sem qualquer julgamento? Eu digo que nenhuma. Estava me preparando para uma festa no final de semana mais badalado de Kanto, pronto para beber muito na festa de Halloween da Requiem, seguido do after na melhor balada de Cerulean. Minha fantasia? Ora, era bem simples: um terno preto com uma gravata vermelha e o rosto pintado de branco, com espirais combinando com o tom da gravata, desenhadas nas bochechas. Saw sempre foi um de meus filmes favoritos e eu não perderia a oportunidade de fazer algo muito engraçado; tinha até um gravador comigo! Na festa estaríamos todos, incluindo o novato que Winnie fez questão de convidar para a sociedade, mesmo não estando mais tão juntos como já fomos um dia. Eu não iria só, contudo, meu grande Gengar me acompanhava, com um terninho preto combinando com o meu, que costurei eu mesmo para o fantasma.

Era quase noite, por volta de dezoito horas quando eu resolvi partir pras ruas, meio sem destino, para passar o tempo. Eu já estava pronto para a festa mas ainda haviam duas longas horas até que o pessoal começasse a chegar, e eu odiava ficar esperando. Meus caminhos me levaram para um bar que eu desconhecia, entre dois becos bastante vazios, mas que, com suas luzes vermelhas neon, definitivamente me chamava a atenção. O letreiro era bem explicito: cigarro, chifres e "MADAME GIRATINA" escrito em maiúsculo. Não pensei duas vezes antes de botar meus pés para dentro, mas seu interior não era tão surpreendente quanto o exterior. Dentro parecia um bar comum, com mesinhas não-tão-baratas mas ainda assim, dentro da média; seus clientes também não eram chiques como o nome do bar aludia. Na verdade, eram os mesmos adolescentes fantasiados que eu vi durante toda a caminhada até aqui nas ruas de Cerulean.

A bancada pelo menos era bonita, envolvida num vinil preto reluzente, com banquetas envelopadas no mesmo material. Me aproximei do bar, me sentando em uma das banquetas e apoiando os cotovelos no balcão, esperando que alguém me atendesse; não demorou muito para que uma moça bonita do cabelo ruivo (ironicamente no mesmo tom do letreiro) me abordasse com um cardápio em mãos, deixando ele com uma piscadinha. Folheei o cardápio sem muita energia, não encontrando nada que me chamasse muito a atenção além de alguns drinks com nomes clichês. - Barba de Dhelmise. - Proferi com uma pequena risada, pensando o quanto era idiota um nome como aqueles. Acabei pedindo uma caipirinha de limão, simples, apenas para me esquentar e animar um pouco as coisas.

Nada ali tinha muita cara de "Madame" como o nome indicava, o que me decepcionou um pouco, mas algo que chamou a atenção foi um rapaz alto, no canto de uma das mesas com uma máscara de diabo. Ele era bem magro, o que era acentuado por sua altura, e seus olhos por detrás da máscara eram fundos e sem expressão; apesar disso, ele mantinha um sorriso nos lábios enquanto trocava olhares com um garoto que estava do outro lado da mesa, cercado de mais duas garotas loiras fantasiadas de Ruby e Sapphire, de Steven Universe. Algo nele... Era charmoso. Ele tinha um sorriso brilhante e com os dentes mal feitos com quatro protuberâncias que eram claramente falsas, provavelmente para emular algum tipo de demônio.

Nesse meio tempo, Manigold havia se tornado invisível e me acompanhava quase como um espirito obsessor, como ele sempre fazia quando estávamos em ambientes diferentes, e sem Pandora. Fiquei observando o rapaz de canto, tendo minha atenção tirada quando a bartender retornara, trazendo meu drink em mãos. O bar ia ficando mais vazio a medida que eu ia pedindo mais drinks, e quando vi, já havia tomado quatro caipirinhas. Obviamente já não estava mais sóbrio, e por isso não foi nenhum um pouco difícil de chegar no gatinho de antes, assim que vi ele indo para o banheiro e passando por mim, dando uma piscadinha.

Eu não sabia que cruising era algo recorrente em Cerulean, mas estava... Animado, para experimentar. Segui o rapaz até o banheiro, entrando logo atrás dele no BOX, apenas para ser agarrado de surpresa e meter uma cotovelada em quem quer que estivesse atrás de mim. Infelizmente, era o garoto que eu havia seguido quem estava atrás de mim, e o coitado estava com o nariz sangrando. Eu me desculpei, falei que achei que fosse algum golpe ou assaltante, mas ele nem conseguia falar nada. Pedi mil desculpas, peguei alguns papéis e tentei ajuda-lo a estancar o sangramento; foi só quando ele parou com o papel enfiado dentro do nariz que eu percebi que ele estava sem a máscara, e como ele era bonito. Depois de estancado, ele jogou o papel no lixo e deu uma risada de nervoso, afirmando que estava tudo bem agora.

Ficamos ali, meio incertos dentro de um box sujo numa balada ainda mais suja, com um nariz sangrando e uma máscara de diabo ensanguentada; eu tomei a iniciativa de falar com ele, ele não respondeu nada, e ficou ali me olhando com uma cara estranha. Foi só então que eu percebi, voltando aos meus sentidos com o susto, que ele não era normal. Seu rosto era meio... Roxo? Espera aí... Meu Gengar tomou o lugar do rapaz e começou a rir da minha cara, e eu não pude esconder minha cara de raiva. Não acredito que Manigold havia pregado uma peça em mim, brincando com todos os meus sentimentos e meu tesão daquela forma.

Resolvi que era hora de mandar Mani de volta para pokébola, e foi só então, quando sai do banheiro que vi: todos naquele lugar estavam mortos. Não havia ninguém além de corpos completamente esquartejados e sangue para todo lado. Eu estava em choque, não conseguia me mexer e menos ainda pensar em qualquer coisa. Manigold havia feito aquilo? Não parecia ser uma trapalhada dele... Parecia algo mais satânico. Eu sai correndo dali assim que recobrei os sentidos, e numa pressa que estava, acabei batendo de frente com um menino; eu me desculpei várias vezes, e só quando ele falou alguma coisa que eu percebi: era o menino que Manigold havia se disfarçado! Eu estava horrorizado, mas consegui proferir uma única coisa. - NÃO ENTRE NO BAR! - E sai correndo dali, sem saber se tudo aquilo que vivi foi real, ou se era só mais uma pegadinha de meu fantasma...

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Mensagem por Food Dom Out 29 2023, 21:04





Pokémon: Saint Graal (Hakamo-o)
Modalidade: Gostosura (25 Happiness)
Conto:

EVENTO - Gostosuras ou Travessuras - Página 2 782

Eu tenho uma história muito boa pra essa competição cultural! Eu estava na dúvida sobre qual mandava, o meu Passimian tem uma carreira solo contando histórias, então repertório eu tenho... Mas, acho que vou contar sobre uma das novatas do meu time, a Graal.

Sabe, ela é muito esquisita. Ela age de uma maneira que... Não é que ela pareça uma princesa, ou uma rainha... Sei lá, é como se fosse uma imperatriz? Eu nem sei a diferença direito, mas ela é muito estranha.  Teve uma vez que dei alguns daqueles doces que magicamente fortalecem o Pokémon, e ela se recusou a comer da minha mão!

Ai eu botei no chão, e ela cheirou e... Se recusou de novo!!

Eu já tinha desistido, porque achei que era simplesmente desinteresse, mas ela veio pra perto com talheres na boca! TALHERES! E um guardanapo! Onde ela arranjou isso?!

E AÍ ELA COMEU!

Eu fiquei de cara. Eu conheço pessoas com polegares opositores que fariam o esforço de comer sem auxílio deles, de tanto que gostam de doces. Mas um Pokémon quadrúpede foi demais para mim. Eu estava dando um agrado pra ela, e ela só poderia comer com um garfo?!

O pior foi que, como você deve imaginar pelo corpinho, ela não conseguia usar os talheres. Ela deixou eles do lado do doce e ai comeu ele. E ela estava agindo como se os talheres fossem úteis. Eu juro que vi ela sorrindo de satisfação depois de esbarrar com o nariz na faca. E ai ela foi e mordeu o doce. Ela pensa que tá enganando quem?!

Esse é só um exemplo, mas tem outros. Ela me obriga a polir a Pokébola dela, e ela também não gosta que eu toque diretamente. Eu não posso “ordenar” movimentos, eu preciso sugerir. Ela não chega perto dos meus Pokémon, e já mordeu o dedo do meu inicial, um primata imenso de dois metros, como se fosse nada. Ela só me deixa usar a poção laranja ou a rosa, porque a azul é muito barata. Ela não gosta de treinar, e só luta se eu der um biscoitinho, antes & depois do confronto.

Não sei. Tem algum instinto de superioridade na cara dessa bichinha que é muito engraçadinho, mas meio ofensivo também... Eu fico com um pouco de medo e de pena, porque vai que os meus outros Pokémon param de gostar dela? Ela iria ficar tão sozinha e isolada, seria horrível. Mas essa personalidade forte dela é complicada de lidar. Se bem que o Arthur é outro assim e aparentemente gostam mais dele do que de mim... Enfim! Essa é minha história com a Graal. Na verdade, são mais como várias memórias...

... Pensando bem, eu só tô desabafando e reclamando, mesmo.


Jaw Break

_________________
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20% de bônus de experiência - Especialista Lutador II
15% de bônus de experiência em batalhas - Aprendiz de Líder de Ginásio B (Lutador)


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O Arthur não faz parte da Virtuum:
Food
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Especialista Fighting II

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Mensagem por Pagliacci Seg Out 30 2023, 00:01

Essa é uma história que certamente não poderia ter ocorrido com qualquer um, afinal há coisas que só acontecem com Luch Valassa Drac... Estou certo disso...

Como muitos bem sabem, o rapaz de graça Luch, no caso eu, sou um grande apreciador de ervas orgânicas, principalmente as raras e as mais puras em questão de cruzamentos vegetais. Sim, sou conservador em relação aos vegetais e herbáceas, o que me deixa em uma situação bastante delicada, pois nem sempre tenho tempo suficiente para me dedicar aos prazeres do cultivo em minha Fazenda. Não, não pense que a UCE simplesmente poderia me barrar e expulsar por plantar e colher tipos específicos de plantas, isso certamente não aconteceria, né? Vamos pelo caminho mais agradável: eu simplesmente prefiro defender os negócios locais!

Enfim, definido os meus motivos de não investir em uma agricultura própria das ervas em questão, posso explicar sobre meus contatos. Existem muitos vendedores de artigos orgânicos espalhados pelo nosso mundo, um deles é o meu amigo Luíz de Paldea, outro é o Pablo, de Alola, mas especificamente nesta encomenda, eu havia contatado o Shinhue, de Sinnoh. Ele é um agricultor bastante solitário, porém capacitado, vivendo isolado em uma cabana na Floresta de Eterna, onde planta, colhe e vende suas mercadorias. Por algum motivo bastante peculiar, do qual não sei os motivos, ele só gosta de fazer negócios à noite, deixando bem claro que nenhuma luz deve ser emitida enquanto se aproxima de sua residência,  nem mesmo do Rotom Phone, o que certamente dificulta a tarefa. Mas enfim, cada um com suas particularidades, por isso deixei todos os possíveis Pokémon em meu Storage e parti em sobrevoo com o Altaria que havia treinado no Day Care há algum tempo atrás.

Demonstrando ter sido uma excelente escolha, Altaria me levava com suavidade, disfarçando-se entre as nuvens, praticamente imperceptível. Sendo assim, consegui descer numa clareira próxima da cabana de Shinhue, para um final de caminhada, até o ponto de encontro. Passos vai, passos vem... Algum tempo se passava, quando para a minha surpresa, a cabana parecia nunca chegar. Nenhum sinal de plantação, árvore marcada ou placa improvisada que ele havia me informado. E pior... Um estranho nevoeiro começava a cobrir meus pés. Altaria, que voava ao meu lado, estava inquieto... Ele de vez em quando dava alguns passos para trás e ensaiava uma retirada, mas - vendo que prosseguia - teimava em me seguir. No início achei besteira, mas conforme sentia que mais de uma hora e meia havia se passado, era de se preocupar em não chegar em um lugar teoricamente tão próximo. E nem podia pegar o Rotom Phone!

Conforme adentrava mais na floresta, sentia que o nevoeiro ficava mais denso e mais alto. Adiante, mal conseguia ver alguma coisa além de um borrão cintilante alaranjado vindo do interior da mata. Em pouco tempo, o nevoeiro chegava até meu rosto e não era fino como se esperava, mas denso como uma fumaça, apesar do cheiro ser... delicioso! Sério, um odor de qualidade, se é que isso faz algum sentido. E em questão de segundos, não havia mais um caminho limpo a seguir. O calor também aumentava e eu me sentia sufocado, pressionado, com o peito ardendo e a boca seca.

—  Altaria... Melhor sub... — Comecei a dizer para o Pokémon, mas a visão ficou turva. Eram flashes de imagem assustadoras! Às vezes via as árvores, às vezes via vultos. O som, o cheiro, o toque, tudo parecia estupidamente aguçado e cada passo que dava, era como saltar uma montanha. De repente, um ataque! Uma árvore usou seus galhos finos para tentar perfurar meus olhos! Depois, o "braço" calibroso de seu tronco, tentou me derrubar, mas desviei por segundos... Só podia ser um Trevenant! —  DROGA! Altaria, Cotton Guard, depois Disarming Voice nele!  — Comandava o assustado Altaria contra o inimigo fantasmagórico.

Apesar de intimidado, o Pokémon voador foi certeiro em me proteger com suas plumas em forma de nuvem, arremetendo mais galhos para longe com sua voz de cantiga. O Trevenant recuava, mas não estávamos seguros. Um guincho de dor veio de Altaria, enquanto alguma coisa o golpeava pelas costas. Instintivamente ele me largou e tomou voo, apenas para virar-se para o inimigo. Aquela mancha alaranjada do horizonte havia acertado uma chicotada nas costas do Pokémon... Era, fogo? Labaredas? Só podia ser um Heatmor e sua língua incandescente! —  Altaria.... Hahaha HAHA! HAHAHAHA! — Tentei dar ordens, mas... Por algum motivo, a dança da língua de fogo era incrivelmente engraçada, queimava tudo o que tocava... Era como se o Heatmor fizesse careta —  Duplo Dragon Pulse! — Consegui gritar, entre risadas incontroláveis. Altaria primeiro me olhou sério, sem entender, mas seguiu as ordens e abriu caminho com dois Dragon Pulses poderosos. Em seguida, tomou meu corpo sobre suas costas e me levou para o alto... O ar que subia era quente e vinha acompanhado de pontinhos luminosos de rumo desconhecido. Seriam Illumise e Volbeats? Antes de descobrir, eu simplesmente apaguei...

Aaaaaaal.... Tá Gritava um vulto enegrecido, acertando meu rosto com firmeza, mas sem machucar. Era o suficiente para me acordar. Eu não lembrava de muita coisa, mas a cabeça estava esquisita, como se tivessem arrancado algo dela. Eu não sabia quanto tempo havia dormido, nem o que havia ocorrido com os atacantes da floresta, mas sabia que estava vivo. Desviei o olhar do borrão que significava o Pokémon Voador e foquei no horizonte, primeiro vultos... Depois, cores, por fim uma imagem. Grande parte da Floresta de Eterna queimava! Uma nuvem escura, esverdeada, cobria o céu. Labaredas se lançavam para o ar e troncos caiam enfraquecido pelas chamas...

Estava incrédulo, não eram Trevenants e Heatmor, simplesmente fiquei preso em (mais) um incêndio florestal de grandes proporções. Algo havia tirado minha razão... Olhei então para Altaria, para tentar entender melhor a situação e tive um CHOQUE! O Pokémon estava enegrecido, como uma grande tempestade em forma de nuvens amedrontadoras. Seu corpo estava com diversas queimaduras e ele estava fraco, cortado, maltratado. Eu era um idiota mesmo! —  M... Me desculpe Altaria! DESCULPE! Eu não sei o que aconteceu... Eu... Eu... — Fiquei sem palavras, tentando abraçar e acudir o Pokémon, mas recuando com o medo de fazer mais mal do que bem. Peguei então uns itens medicinais na mochila e tratei de aplicar sobre os ferimentos mais aparentes, pelo menos até chegarmos ao Centro Pokémon.

Então, voando na minha frente, como se chamasse minha atenção, o Rotom Phone flutuava, mostrando diversas chamadas não atendidas de Shinhue. Além disso, algumas pessoas me mandaram uma notícia: "Entre a Floresta de Eterna e o Vale das Eólicas, uma plantação de drogas foi completamente incendiada... Ninguém parecia se ferir com gravidade e os Ranger já controlavam as chamas. Porém, o carregamento foi todo perdido e alguns treinadores e seus Pokémon foram afetados pelos efeitos da erva queimada". Fechei o aplicativo. Não queria saber mais... Era o bastante. Talvez era melhor deixar tudo para trás e partir o quanto antes, até porque Altaria precisava de um Centro Pokémon. Era notável que os cuidados foram apenas paliativos e, pela extensão da fuligem impregnada em seu corpo, seria difícil que ele voltasse a ser como antes, pelo menos esteticamente.

Um dia traumático, improvável e que certamente nos mudará para sempre.


Altaria
Travessura > +10 Speed
Pagliacci
Pagliacci
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Mensagem por Lyce Seg Out 30 2023, 00:35

Rose
Jynx
Travessura +10 Defense
Em tempos remotos, em uma aldeia serena aninhada no coração de Sinnoh, residia uma jovem treinadora cujo nome ecoava como um murmúrio entre as colinas. Rosemary, assim chamada, possuía uma ligação que transcendia o simples laço de treinador e Pokémon, algo que ia além, uma sintonia única com sua etérea Jynx.

Em um dia que começou com promessas de aventura, Rosemary sentiu a irresistível atração da Floresta do Crepúsculo, um lugar envolto por um véu de mistério e sombras, que invariavelmente seduzia treinadores em busca de desafios e descobertas ocultas. A chama da curiosidade queimava intensamente em seu âmago, e assim, ela embarcou em uma jornada rumo às profundezas da floresta sombria, acompanhada por sua Jynx, cujos olhos hipnotizantes pareciam capturar a própria essência da escuridão e da magia.

Cada passo em direção ao desconhecido ecoava como um suspiro na floresta, enquanto as árvores altas entrelaçavam seus galhos e a névoa espessa preenchia o ar com uma sensação palpável de segredo. A luz do sol mal conseguia penetrar as densas folhas, lançando padrões dourados intermitentes no caminho de Rosemary.

À medida que se adentravam cada vez mais na floresta, os sons da civilização desapareciam, substituídos pelos sussurros da natureza e o vento sussurrando histórias antigas. Rosemary não podia ignorar o toque mágico da floresta, que parecia conectá-la a um tempo ancestral.

Era neste cenário de mistério e beleza selvagem que a destemida treinadora Rosemary, acompanhada por sua hipnotizante Jynx, estava prestes a mergulhar no desconhecido, pronta para desvendar os segredos que a Floresta do Crepúsculo guardava.

Enquanto desbravavam o local, Rosemary e sua Jynx finalmente alcançaram uma clareira secreta, iluminada por uma luminosidade tênue que parecia brotar da própria terra. No centro dessa clareira majestosa erguia-se uma antiga fonte de pedra, envolta em uma névoa misteriosa que flutuava como um véu entre o mundo real e o sobrenatural.

Impelida por uma força interior que até então desconhecera, Rosemary estendeu a mão e tocou a água límpida da fonte. No instante em que seus dedos fizeram contato com a superfície, um turbilhão de sensações a envolveu, como se o tecido do tempo tivesse se despedaçado diante dela.

A visão que se desdobrou diante de seus olhos foi como uma pintura triste e viva de seu passado. Ela viu a cena com clareza dolorosa: lágrimas escorrendo pelo rosto de sua mãe, como pérolas de tristeza, a expressão preocupada de seu pai, alicerçada pelo amor inabalável. Cada momento se desenrolou diante dela como um triste espetáculo de vida e morte.

O clímax dessa dolorosa visão foi quando seu pai, com olhos ternos e cheios de esperança, entregou-lhe um ovo de Pokémon. Era uma promessa silenciosa, um vínculo inquebrantável que sussurrava a Rosemary que, embora as sombras do passado a perseguissem, ela nunca estaria verdadeiramente sozinha. Aquele ovo continha não apenas a promessa de um novo começo, mas também o poder de cicatrizar as feridas do coração.

Com a memória fresca e o coração mais forte, Rosemary olhou para sua Jynx, cujos olhos misteriosos brilhavam com uma nova intensidade.

Com a memória diante de seus olhos, a jovem Rosemary reviu a promessa que fizera naquela época, como se a cena estivesse gravada em sua alma: cuidar do Pokémon que nasceria do ovo. Nesse instante, a dor e a saudade que a assombravam ao longo dos anos tornaram-se ainda mais intensas, como se a ferida em seu coração tivesse sido reaberta.

A visão desvaneceu, deixando Rosemary com um coração pesado, uma tristeza profunda e uma saudade que pareciam quase insuportáveis. No entanto, essa experiência também lhe proporcionou uma compreensão mais profunda de sua própria história e da importância do vínculo que compartilhava com sua Jynx.

Sua Jynx, sensível à dor de sua treinadora, aproximou-se dela com passos graciosos, emanando uma aura de calor e conforto. Era como se a própria Jynx estivesse tentando enxugar as lágrimas que inundavam os olhos de Rosemary, compartilhando o peso de suas memórias dolorosas. A cumplicidade entre treinadora e Pokémon brilhou mais intensamente naquele momento, demonstrando que o amor e o apoio eram incondicionais, mesmo nos momentos mais sombrios.

A Floresta do Crepúsculo, uma vez sinistra e ameaçadora, parecia ter notado a tristeza de Rosemary e respondido com um toque de compaixão. As sombras que antes pareciam prontas para engoli-la recuaram, e os murmúrios da floresta pareciam sussurrar palavras de encorajamento.

E assim, a jovem treinadora compreendeu que, embora aquela lembrança fosse uma ferida que nunca cicatrizaria completamente, ela era parte essencial de quem era. Aquelas memórias dolorosas eram os fios que teciam o tecido de sua jornada, e a força que descobriu naquele momento de reflexão era como um raio de luz rompendo a escuridão.

Ela percebeu que o episódio na Floresta do Crepúsculo não foi apenas um susto passageiro, mas uma revelação profunda de sua própria força interior. A dor do passado não a definiria, mas a impulsionaria a avançar com ainda mais determinação e coragem.

Com um sorriso decidido que iluminava seu rosto, Rosemary e sua Jynx deixaram para trás a clareira e prosseguiram a exploração da floresta sombria. Cada passo que davam naquele ambiente antes temido agora se tornava uma oportunidade para enfrentar futuros desafios e superá-los.

Conforme o sol se despedia lentamente no horizonte, lançando seus últimos raios de luz sobre a Floresta do Crepúsculo, Rosemary compreendeu que a escuridão e a luz não eram inimigas, mas sim complementos inevitáveis da mesma jornada. Da mesma forma, a dor e a alegria, como notas em uma melodia, se entrelaçavam em sua própria vida, tecendo a complexa tapeçaria de sua existência.

E assim, com a confiança renovada e a determinação de enfrentar o desconhecido, Rosemary e sua Jynx continuaram sua jornada. A cada novo desafio que enfrentavam, a ligação entre treinadora e Pokémon se fortalecia, tornando-as imbatíveis. O passado, com todas as suas memórias dolorosas, não podia ser apagado, mas o presente e o futuro estavam inteiramente nas mãos de Rosemary, moldados pela coragem, amor e amizade que compartilhavam com sua Jynx.

Juntas, elas não apenas provaram, mas celebraram o fato de que a melodia da vida, mesmo com suas notas tristes, poderia ser transformada em uma canção de superação e esperança. Continuariam a escrever sua história, uma página de cada vez, enquanto desbravavam o vasto mundo Pokémon que se estendia diante delas, com a convicção de que o futuro guardava não apenas desafios, mas também inúmeras alegrias e descobertas.
# Rosemary # Jynx # TRAVESSURA +10 Def


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EVENTO - Gostosuras ou Travessuras - Página 2 Empty Re: EVENTO - Gostosuras ou Travessuras

Mensagem por Rayssa.bolt Seg Out 30 2023, 01:08

Pokémon: Charlotte (Galvantula)
Modalidade: Travessura (+10 de SpAtk)
Conto:
A pequena aranha inseto havia sido recebida em seu nascimento com muito amor e carinho, tanto pela sua tutora quanto por seus colegas de equipe… ela era uma pequenina muito animada e alegre, que adorava brincar com todos! O que lhe deu a oportunidade de se desenvolver psicologicamente, embora fisicamente, ainda fosse uma filhotinha…

Eventualmente o dia de sair em sua primeira aventura chegou, e lá estava a pequena, cheia de entusiasmo, coragem e curiosidade… e embora não tenha tido a oportunidade de demonstrar habilidades em batalha… sua tutora tinha o cuidado de avaliar ao menos por cima, e havia decidido que aquelas não eram adequadas para a pokemon que ainda se via com o físico de um recém-nascido… mas lhe ensinara um golpe que pediu para que usasse para impedir que alguns humanos de atitudes rudes, cruéis, malignas… fossem impedidos de prosseguir. Isso lha trazia algumas questões a sua mente, já afrente de seu físico, a respeito do para que queria treinar? para que ser mais forte?

Claro, havia malvados como aqueles que ela havia ajudado a imobilizar… mas seus companheiros pareciam perfeitamente capazes de mantê-los longe dela e sua tutora… então, diante de tal dilema, ia se aconselhar com aquele que sabia que acompanhava sua tutora a mais tempo… Faísca, o Raichu, que por sinal escolhia justamente aquele momento para deixar seu lado travesso e juvenil falar… talvez com um aval de seu lado mais maduro, já que poderia alertar sua jovem irmã a respeito de alguns dos perigos que poderia acabar por ver…. Ele nem precisava fingir o timpre de medo, seus pelos ainda arrepiava com as lembranças do dia mais assustador de sua vida… quando ainda era um Pichu, e a vida dele e Rayssa ficaram em sério perigo… Na ocasião, ele não teve forças para combater o oponente, e Rayssa acabou arriscando sua vida para tirar ambos daquela situação aterradora… só para descobrir que sua cidade-natal havia sido completamente desolada por uma terrível inundação

Naquela noite, a pobre pequena Aranha dormiu muito mal… o sonho começava belo como de costume… ela e sua tutora (as vezes algum de seus irmãos de time estava presente, caso tivesse brincado muito com ele) saltitam felizes por um bosque, até que chegavam em uma clareira com um manto belíssimo de flores arroxeadas… pelo qual corriam se esparramam e eventualmente se sentavam para uma refeição… mas dessa vez… o clima estava diferente… chuvoso… a noite havia as alcançado… e uma figura alada, com garras onde seriam as patas dianteiras (ou as mãos de um humano) e asas compostas de membranas que iam do braço á lateral do corpo da criatura… suas cores o misturavam á noite, era como se ele fosse a propria noite, uma sombra que ganhava vida…

A pobre pokemon tenta retardar o avanço do seu… “Bicho Papão” digamos assim… mas em alguns momentos em que se sente mais fraca e/ou vulnerável, a cena de sua tutora sendo despedaçada enquanto grita para que ela corra e se salve lhe assombra em seus sonhos… mesmo agora, depois de treinar e evoluir…

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Mensagem por Cunha Seg Out 30 2023, 01:30

Pokémon: Aozuki (Swablu/Altaria/Mega Altaria)
Modalidade: Gostosura
Conto:

Primeiro passo

Já fazia algum tempo que eu não vinha pra fora. Tudo é tão diferente sempre... um lugar diferente, paredes diferentes, uma paisagem diferente, até as roupas desse ruivo esquisito mudam o tempo todo, a única coisa que não muda... são minhas asinhas. Fracas, depenadas, esburacadas... já faz um tempo que eu venho tomando um monte de coisas esquisitas e de gosto ruim, mas eu parei de reclamar, porque... bom, porque agora eu já consigo mexe-las. Eu não sei o porquê dele insistir tanto em tampar os buracos das minhas asas com algodão, até coloca umas linhas pretas e... bom, o volume delas ta voltando aos poucos mas tem um monte de linhas pretas esquisitas, e ele sempre me impede de tentar tirá-las!

Quem ele pensa que é? Eu faço o que quiser, seu otário. Deixa eu tirar esse troço estranho daqui! Logo quando eu tento ele vem com um papinho longo do qual eu nunca realmente presto atenção, e, pra ser honesto, só aceitei que não vou poder mais ter minhas asinhas brancas como antes... Okawa, meu amor, por que me abandonou com esse doido varrido?! Tudo que eu queria era poder sentir meu corpo juntinho ao seu...

Mas bem, depois de todo esse tempo, quando eu até tava sentindo minhas perninhas mais fortes, ele disse que iríamos treinar. Virei meu corpo de lado, sem entender o que o tal do Daisuke queria dizer. De novo, esse esquisito só fala estranhezas, e enquanto ele continuava a balbuciar alguma coisa estúpida, senti ele mexer na minha asa... e... ele tava tirando os troços pretos. O que ele ta fazendo, então só ele pode fazer?! Não é justo, sabe? Quando estava começando a me irritar, eu prestei atenção no que ele dizia.

"Ei, ei, não fique impaciente, já vamos tirar tudo!"

Ei, ei, ei, ei! Esse idiota colocou aquele monte de algodão e enchimento e vai tirar tudo agora? Incrédulo, eu sequer tive forças pra questionar... oh, mundo cruel. Esqueça, eu até gosto das linhas pretas nas asas, por favor, não tire o volume delas! Quando eu fechava os olhos e tremia aflito, senti que parou de mexer nelas, e já sabia o que me esperava: as mesmas asas esburacadas de antes.

Devagar, abri os olhos, com medo do que podia encontrar mas...

Elas estavam inteiras. Novinhas em folha! Quer dizer, mais ou menos, ainda doía um pouco pra mexer, mas pude sentir que alcançava o resultado esperado, já que o paspalho ficava sorrindo igual um idiota.

Ele é realmente estranho.

Depois dessa, quem poderia imaginar não é? Finalmente! Agora estava livre pra encontrar minha amada Okawa! Adeus, otário!

Corri como nunca e tentava bater as asas de todo jeito, mas... ainda não conseguia levantar voo. De forma alguma. E o paspalho veio atrás de mim, rindo, e, apesar de poder jurar que ele tava zombando de mim, tudo que me fazia, era oferecer um sorriso gentil e dizer "Estamos quase, mas ainda não é a hora."

...

Esse cara é estranho.

O esquisito novamente falava um monte, um monte de balela, se quer saber, algo sobre deixar as asas mais fortes com algum tipo de movimento diferente, e bom, passamos alguns dias fazendo isso. Eu batia as asas e batia, até cansar. Depois, ele me levava pra umas enfermeiras, eu comia e ia dormir. Pra ser honesto, eu não achei que nada daquilo tava funcionando, não conseguia executar o golpe, e nem voar, faltava força até que...

...que fizemos um treino conjunto. Uma morcegona bem bacana me mostrou como usar um Tailwind com apenas um único balançar de asas, e era tudo que eu precisava. O homem estranho falava um monte de novo, mas eu já tinha entendido tudo dessa vez. Mirei o Tailwind pra cima e balancei as asas uma única vez! A lufada de vento era forte e... me levou pra cima.

Eu... conseguia planar no ar. Eu tava planando de novo! O golpe novo tava me fazendo planar! E bom, as asas ainda doíam um pouco, mas era suportável agora. Fiquei alguns segundos maravilhado, e até pensei em ir embora mas lá de cima, enquanto eu olhava para baixo e via o esquisito, só consegui pensar que talvez, se continuasse eu poderia voar mais alto. E, bom, sem o Tailwind.

Devagar, eu pousei a sua frente, e quando ele sorriu, pela primeira vez, retribuí.

Esse cara é esquisito.

...mas eu gosto dele.

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Mensagem por Jaete Seg Out 30 2023, 01:46

Pokémon: Lucario
Modalidade: Travessura [Vitamina de Sp.Atk]
Conto:
Tá, mas tu já pensou o rolê que é, ter uma babá?

Pior: Ter uma babá quando já tem pelo na cara, e uma que não dá nem pra mandar um charminho porque, então, a bendita é um projeto esquisito de pitbull humano?

Pois é, meus consagrados, é essa a minha situação nesse exato momento. Ou, pelo menos, é essa a sensação que tá rolando, considerando que esse belíssimo lutador tá aqui dando uma cafungada na minha nuca faz um bom tempo, já, e digamos que não é muito confortável a ideia de se rebelar contra um bicho que pode partir tua cara em umas nove partes diferentes com um tapinha de pelica. 

Mas tá, dá pra aguentar. Dá pra aturar esse tipo de coisa, se você ignorar com muita perseverança. Nem era tão difícil, considerando que eu já tinha tomado uns porradão piores lá pra dentro do Battlefield. Que que um soquinho ou outro pode fazer, né? Quer dizer, como eu já disse, provavelmente muita coisa, mas TECNICAMENTE só a -ideia- de tomar um não assusta muito. Então, só ir de boa na fila do fast-food, tascar mão em um sanduba, assistir o resto das batalhas e relaxar com a perna pra cima enquanto a gente espera uma nova rodada. É bem tranquilo, né?

Tá, só que não. E eu juro, tava tudo bem. Tava tudo sob controle. Mas tu tem ideia do que é dar uma olhadinha na bonita da tua babá enquanto ela tá te encarando, encarando o sanduba, encarando as tuas pokébolas (que que ele esperava, que eu ficasse cuidando de cada um o tempo todo?!), e aí... Na maior inocência do mundo se o bicho perdeu alguma coisa na tua cara, ou se ele tá raquítico desse jeito porque tá passando fome?

...tá. TALVEZ não tenha sido na maior inocência do mundo.

MAS, PORRA! Tu tem noção do que é perguntar isso, e de uma hora pra outra, a porra do teu lanche simplesmente EXPLODIR?
E eu não tô tem falando de tapão, não. A desgraça do copo simplesmente ESTOUROU na minha cara, o sanduba ESFARELOU em uns TRINTA E DOIS pedaços diferentes! Cara, isso não faz bem pro coração não, velho. Cagou com minha roupa toda, e quase que me deu um siricotico. Tá de palhaçada?

Então, é por isso que eu tô te mandando esse príncipe aqui, madame.
Dá um jeitinho nele pra mim, dá? Só pra ter um minutinho de paz, nada demais-
Ninguém vai nem perceber, né não?
(E eu posso até te levar pra um café, depois! *wink)

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Mensagem por Tyrant Seg Out 30 2023, 09:33

Pokémon: Roserade
Modalidade: Travessura(Roserade +10 Sp. Atk)
Conto:

Essa é uma história real. Aconteceu com um amigo de um amigo meu... Ahem... quer dizer... Aconteceu com um pokémon de minha equipe. Quem é? Foi com Zahir, o Roserade. Já digo que nada disso é real, foi só um sonho que ele teve e que eu decidi contar. Que foi? Decepcionado? Nem toda história é de fato canônica, amigo. Mas vamos lá.

Caso não saiba, quando era apenas um Budew, Zahir roubou um óculos escuros de um treinador otário em algum lugar de Hoenn. Esse pokémon com certeza é carioca entendeu? Pois bem, acabou virando um acessório inseparável dele e os dois iam juntos a todo lugar até que num sonho...

...

-Meus óculos, meu oclinho, meu companheiro inseparável! - sim, esse é Zahir falando. Ele deveria só fazer uns grunhidos estranhos, mas vamos traduzir, certo?

O pokémon do tipo planta limpava as lentes de seu acessório com todo o cuidado do mundo antes de dormir. Satisfação. Antes de sei deitar, colocou-os ao lado e partiu para o mundo dos sonhos.

...

Lá estava Zahir, estava em uma floresta cheira de pokémons. Um típico sonho dele como em todas as noites.

-A beleza da natureza, meu amigo.

Colocou as "mãos" em seus óculos, mas...

-Amigo?

Seu coração quase parou. Começou a suar frio quando não sentiu seus óculos. Sabe quando você tá na rua e põe a mão no bolso e não sente o celular? Foi a mesma coisa. Desesperado, o pokémon começou a procurar por todos os lados.

Não o encontrou. Seu coração acelerava e o desespero tomava conta. Onde estaria seu fiel companheiro? Foi então que a resposta veio da pior maneira possível. Entrou em seu campo de visão seu fiel companheiro, mas com outro Roserade, esse que deu um sorriso sínico para Zahir e foi embora.

...

Zahir acordou gritando, só faltou pular da cama. Foi rápido, mas olhou para onde havia colocou seus óculos escuros e lá viu eles. Um sonho horrível.

Uh? Achou nada demais? Experimenta perder o celular e ver outra pessoa vazando com ele pra ver se não fica desesperado.


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