Cineasta
o primeiro dia comum
De alguma forma, acredito que a ave conseguiu entender o quanto era importante o pedido da garota, e assim o realizou. Talvez não por ser um pedido de sua treinadora, mas por ver o estado em que se encontrava. Graças ao feito da companheira, em conseguir avistar o lugar, o grupo pode seguir caminho.
Quando chegaram no lugar apontado por Hoothoot, era nítido que alguma coisa aconteceu. O terreno apresentava marcas de movimento, apesar de estar vazio. Como esperado, tinham partido.
– Eu devia ter ficado… – comentou, cabisbaixa, aceitando a responsabilidade da fuga sobre si.
A protagonista se sentiu culpada, visto que poderia, de alguma forma, ter conseguido evitar isso. Mesmo que custasse sua segurança. Suas pernas enfraqueceram, fazendo com que fosse ao chão, de joelhos. Lágrimas escorriam discretamente de seus olhos, enquanto sentia uma certa impotência. Talvez fosse muito peso para um início de aventura. Paris se aproximou de sua treinadora, pondo a patinha sobre a mão da garota, com uma face preocupada. Dessa forma, permaneceram.
O guarda comunicava outros postos para que ficassem atentos sobre o circo. Poderiam ter notícias, caso avistassem em outro lugar. Não era o fim, visto que estavam no radar dos rangers.
Meghan se recompunha, passado seu momento de fragilidade. Secava seu rosto com a manga de seu casaco, completamente sujo. Erguia a mão sobre a cabeça da pequena coelha, e acariciava, esboçando um leve sorriso. Então, se mantendo em pé.
Ava, mais a frente, segurava um panfleto. Se perguntava o que seria. A aventureira correu para perto, para verificar o que poderia ser.
– M-mahogany…? – questionou – Onde fica?
Mahogany era uma cidade próxima, mas ainda teriam certo trabalho para chegar lá. Caso optassem por seguir caminho.
– Bem, acho que temos um destino… – dito isso, seria o próximo passo.
A nossa grande heroína, recomposta, um pouco mais calma, agora se dirigia a ave. Que auxiliou, e muito, nessa busca.
– Garota, muito obrigada! – agradeceu, se aproximando e abaixando-se para falar com a ave – Eu quero conversar com você depois, certo? Esclarecer o que aconteceu depois da nossa batalha.
Ainda precisavam se acertar em certos pontos, talvez a ave não tivesse muita noção de toda a situação. De toda e qualquer forma, a garota só queria ficar em paz com ela.
– Então? Tudo certo? – questionou, se dirigindo ao ranger agora – Digo, todos vão ficar atentos sobre, certo?