[1] Alola, Hoenn!

Não é que não houve mais interação da parte dos três jovens figurantes, mas nada passou muito do 'ok!' e 'combinado', e Oliver pôde ir para dentro do estabelecimento e sentir um choque.

Talvez a principal diferença que Oliver tenha sentido não sei o ambiente de um Centro Pokémon de Alola vs um Centro Pokémon em Hoenn, esse choque existiu, é claro, mas foi muito menor que a discrepância entre estar num centro pokémon sendo um treinador e não sendo.

Ali, tal qual em Alola, ele podia ver os mesmos equipamentos, mas agora isso lhe era útil. Uma máquina que vendia itens rápidos (como potions, pokébolas e afins), uma máquina de cura e uma máquina de Storage. Uma recepção com duas enfermeiras graciosas e pessoas andando ao lado de seus pokémons.

Não estava cheio, longe disso, mas os sete transeuntes carregavam consigo um monstrinho fora da esfera, ou em seu ombro ou do seu lado. Desses 7, 6 faziam fila para usar a máquina se cura, enquanto o outro devaneava pelo touchscreen da máquina de Storage.

Na recepção, uma das enfermeiras via o rostinho novo e lhe recebia com um sorriso:
- Como posso te ajudar? - Deu um aceno com a cabeça, enquanto esperava a resposta.

No mais, via que as escadas do canto não levavam ao céu e sim aos dormitórios e, para trás do balcão da recepção, tínhamos portas e corredores em formato hospitalar, vidrados e transparentes, permitindo Oliver a ver vários tipos de pokémons passando por ali, indo de sala em sala, caminhando, sentando, voando e ficando; em suma, sendo transportados.

A esquerda um pequeno refeitório, com duas mesas delongadas e várias cadeiras em volta. 4 treinadores sentavam ali, todos sozinhos e bem distantes um dos outros, alguns comendo, outros bebendo, um outro lendo um jornal.

Ao notar o quão novato Oliver era, a moçoila deu um sorriso de orelha a orelha e balançou seus cachinhos rosa para lá e para cá. Ninguém sabia disso, mas esta Joy adora novatos! Com carinho, tocou a esfera que Oliver apresentou e perguntou se poderia pegá-la, tentando não assustar o treinador. Depois disso, foi didática em falar:
- Ah, bem vindo à Hoenn! - Não era necessário dizer para que Joy percebesse no sotaque e no tom perdido que Oliver era novato & estrangeiro - Você não deve ter cadastro então. Me da um documento? Vou adiantando isso para você - Começou a cutucar no computador - Basicamente é assim, nós fazemos o seu cadastro e você tem direito a pernoitar num dormitório se houver vaga. Felizmente hoje temos VÁARIAS vagas. Com esse cadastro você pode ter um dormitório por até uma semana na cidade em que está e precisa respeitar os horários de Check-in e Check-out. Lá você pode descansar com seu amiguinho - Inclinou a cabeça um pouquinho satisfeita - Mas ele ta machucado ou ta só cansado?! - A pergunta era um pouquinho intrusiva, mas é que ela não havia entendido se "descansar meu companheiro" era um eufemismo - Porque sempre é bom submeter seu pokémon a alguns exames assim que você captura ele, também pra saber o potencial do pokémon.

Com ou sem os documentos de Oliver em mãos, a Joy já se preparava para liberar um quarto para o rapaz, clickando aqui e ali. Não havia lá tanta dificuldade em assim o fazer, mas ela queria lhe colocar no sistema:
- Depois que eu terminar o seu cadastro, você pode só usar aquelas máquinas para organizar tudo sem precisar passar por mim. Vale pra Kanto, Johto, Hoenn e Sinnoh, que são as quatro regiões irmãs - Oscilava entre olhar para Oliver e olhar para a tela - Imagino que você esteja cheeeio de dúvidas, mas tem alguma pergunta que deseja me fazer?

- Ok! - Dizia Joy, colocando a esfera bicolor num suporte próximo do notebook e "scaneando" o pokémon - Posso começar logo o check up ou você quer deixar para depois? - Deu um sorriso.

No mais, a conversa parava por ali. Joy já havia registrado tudo e de quebra imprimia uma espécie de Trainer ID para Oliver, que ele podia carregar consigo ou usar de forma digital, no RotomPhone. Ele agora tinha um número que, nos dias de hoje, é mais importante que um nome: é uma cifra. Com esse documento ele era, oficialmente, um treinador.

Joy mostrou onde ficavam os quartos e deu a ele um cartão daqueles de hotel, que abria o quarto 007. Deixara claro que estava já arrumado e que tinha mandado por um bilhete de boas-vindas logo na porta. Não disse mais nada além disso, percebendo de delongar aquele atendimento poderia significar atraso dos outros atendimentos; lhe desejou boas-vindas novamente e uma carreira feliz. "Espero que possamos nos ver novamente nesse tempo que você irá passar em Slateport", disse ela.

É engraçado isso, né?! É bem comum ter Joy's no Centro Pokémon, mas ao olhar entre uma e outra, você verá sutilezas diferentes. Essa, por exemplo, não tinha o cabelo tão rosado, era quase um lilás. Seus cachos não eram para fora e sim "por iguais", indo até a altura do ombro. Seu cabelo era mais cheio que o da maioria e sua pele alva tinha sardas na altura dos olhos.

Enfim, enfim, Oliver poderia subir e descansar, levando ou não Mudkip junto; o check-up não demoraria mais que quinze minutos e ele foi informado disso. Não era doloroso e o pokémon poderia passar dormindo dentro da pokébola; tudo ali era tecnológico o suficiente para não precisarmos disso.

OFF: Post rápido pra passar o tempo.

Joy foi com Mudkip para dentro do cenário. Carregava a esfera bicolor com as duas mãos, como quem tem zelo e receio de derrubar. Passou pela portas anti-pânico e começou a andar pelo corredor, que Oliver conseguia ver pelo fundo vidrado da recepção. Depois disso, entrou numa salinha e desapareceu.

Lá, fez coisas que Oliver não conhecia: botou o pokémon numa máquina de cura, o scaneou e pegou algumas informações importantes sobre o pokémon. Anotou seu biotipo, sua natureza e suas possíveis derivações. Viu sobre sua idade e se tinha alguma doença ou algo relevante para se falar sobre; não descobriu nada peculiar. Quando voltou, deu a esfera de volta para Oliver e falou:
- Ele é bem dorminhoco, né?! Nem se agita - Deu uma risadinha. Ela não sabia que o garoto também mal conhecia os hábitos de Poseidon - Ele é perfeito, um pouquinho relaxado, pelo que pude avaliar, mas ainda bastante esforçado - Com a esfera já na mão de Oliver, perguntou - Tem quase quatro aninhos... chocante né?! Achei tão pequetino pra um monstrinho com quatro aninhos - Deu um meio sorriso. Mas isso quer dizer que ele já tem bastante experiência e sabe o que quer, isso é bom.

No mais, Oliver poderia estar livre para ir ao quarto. Joy também falou que Mudkip já estava bem descansado e tranquilo, mas que não parecia querer acordar por agora. "Talvez seja bom deixar ele dormir mais um pouco", e sorriu.

Oliver subiu as escadas com sua esfera bicolor favorita (única), encontrou o quarto, usou o key-card e entrou. Daqui para frente, não sei ao certo o que ele fez, mas encontrou um quarto relativamente pequeno, com uma cama de solteiro no canto, uma pequena bancada do lado da cama e uma arara. O tamanho era como um retângulo, onde numa das laterais menor havia uma janela que dava ao Pátio do estabelecimento, que estava vazio.

Do lado oposto a esse pátio, uma portinha, que dava a um banheiro "comunitário", que não era tão comunitário assim. O que acontecia aqui é que o banheiro tinha duas portas; uma para o quarto 007, que Oliver estava, e a outra para o quarto 006. Os chuveiros eram privados e separados por porta e tranca, assim como o sanitário. O espelho e a pia era a única área comum, por se tratar de uma só bancada.

Independente disto, o garoto não encontraria ninguém por agora; poderia tomar seu banho tranquilo.

Não sei se percebera a curiosidade em cima da cama antes ou depois, mas logo abaixo do seu travesseiro havia um saquinho e um pequeno bilhete.

"Uma ajuda para o seu início de Jornada,
Ass. Joy

Dentro do saquinho tinham dois Exp. Candies M.