Viridian. A procura de uma criadora...

O céu em um minuto ficou cinzento, quase enegrecido, um vento furioso soprou furiosamente, fazendo as copas da árvores executarem um estranha dança da chuva.
E mesmo contra a minha vontade, a chuva caiu, e tanto eu como Hulk ficamos encharcados. As meninas foram, junto com Karl, se abrigar em um árvore frondosa próxima dali que fornecia uma cobertura perfeita, impedindo que a chuva os alcançasse.
De relance pude ver pelo canto dos olhos Tite, de passagem, usar seu cipó para pegar a maçã rejeitada pelo caterpie e se acomodar sob a árvore e se deliciar com seu sabor.
A chuva que na minha opinião ia dificultar mais a batalha, acabou me favorecendo e num golpe de sorte jogou caterpie no chão, bem a vista de Hulk.
Hulk não perdeu tempo e sob aquela chuva intensa, levantou voo e numa magnifica rasante acertou caterpie descarregando toda a sua fúria contida.


Foi um magnifico quick attack que nocauteou caterpie. Ao notar o que aconteceu, Hulk se deteve e ficou a observar o pequeno pokemon que estava imóvel ao seus pés. Toda a raiva havia passado, e ele ficou um pouco encabulado pela força usada no último ataque.
Corri até eles, pulando as diversas poças d'água que se formaram por causa da chuva que não parava. Tirei uma pokebola de minha mochila e encostei no pokemon nocauteado. Uma linda luz avermelhada se lançou na direção dele e ao tocá-lo, ele desapareceu no interior da pokebola que vibrou por um momento e emitiu o tão esperado som de captura concluída.

Peguei a pokebola , guardei em minha mochila e ao lado de Hulk caminhei até a árvore onde o pessoal estava abrigado da chuva. Uma coisa me passou pela cabeça, se a irmã de Jr. estivesse nas proximidades, provavelmente o som da batalha, note que a torcida fez bastante barulho, teria atraído sua atenção.
Virei-me para Karl e perguntei:

_ Por acaso você teria alguma sugestão para encontrarmos a irmã de Jr.?

OFF

- Caterpie foi depositado na Storage automaticamente;
- Lhe foi retirada 1 pokeball pela captura;

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A luta finalmente terminou, a batalha havia sido vencida e Caterpie foi capturado com sucesso. A chuva caia torrencialmente, Karl e o restante da equipe de Lilian se espremiam em baixo de uma árvore, enquanto a dupla vencedora se aproximava.

Lilian imaginava que logo a irmã de Jr escutaria o alvoroço e aproximaria do grupo, mas a treinadora esquecia de quão ampla era a Floresta. Ao questionar Karl se ele tinha alguma dica, o mesmo balançou a cabeça em uma negativa. Lilian teria que voltar as buscas às escuras.

A chuva caia copiosamente, mudando todo o aspecto da floresta. Tudo estava molhado e no chão muitas poças de lama por toda a parte. Isso tornaria a nossa caminhada muito penosa, resolvi esperar por ali até a chuva amenizar.

Enquanto isso, pensava em como poderia encontrar a irmã de Jr. A batalha tinha sido muito ruidosa, e como ela não apareceu, isso significava que ela não estava nas proximidades.

A Floresta era imensa, seria difícil encontra-la. Seria como procurar uma agulha em um palheiro, gostaria de ter um imã para facilitar encontrar essa agulha.

Resolvi poupar meus pokemon do mau tempo e um a um recolhi minha equipe para suas pokebolas. Por um momento a floresta foi iluminada por vários fachos de luz avermelhadas, formando um belo espetáculo de luz.

Voltei a olhar a chuva, aquela umidade já estava me incomodando mas, eu nada podia fazer a respeito disso. Com certeza a irmã de Jr. deveria ter se recolhido em seu acampamento.

O que me restava agora era esperar a chuva amenizar e sair a procura dela. E era isso que eu faria.

OFF: Sorteio - https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/850/0000ghm.jpg/ - Uhul, finalmente! Só aguarde um pouco ela surgir, essa conversa que Karl terá contigo é importante.

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Lilian recolheu seus pokémons, e ali juntamente com Karl resolveu esperar a chuva amenizar, entretanto, a garota não podia imaginar que a chuva não iria cessar tão cedo.

A água caia do céu torrencialmente, Karl olhava para as poças e via a água respingando. O jovem virou-se para Lilian e disse-lhe:

- Você batalhou bem ali! Mas sinto que você pode ser mais do que uma treinadora apenas. Quais são seus planos?

Enquanto falava o rapaz vagarosamente levou seu braço forte por trás dos ombros de Lilian, a puxando vagarosamente e de forma muito delicada para mais a baixo da árvore, onde a garota consegua não molhar a cabeça e os ombros. Entretanto, Lilian ficou bem próxima do rapaz, corando-lhe as bochechas.

A chuva não cedia e seus efeitos podiam se vistos ao redor, o nível de umidade podia ser sentido na pele. As poças de água se espalhavam por toda a parte. Imensas goteiras jorravam pelos galhos das árvores ao redor.

Tínhamos sorte por estar naquela árvore, que por ser bem grande e compacta permitia parcialmente a passagem de água, mas já estávamos bem molhados.

Karl passou a mão por trás de meus ombros e me puxou de forma delicada para baixo da árvore. Inicialmente achei isso meio estranho, pois não estava acostumada a um contato desse nível. Mas ele só queria me proteger da chuva e não havia maldade em seu olhar, embora isso fosse um pouco constrangedor. Ele me perguntou então:

- Você batalhou bem ali! Mas sinto que você pode ser mais do que uma treinadora apenas. Quais são seus planos?

Pensei um pouco antes de responder, não queria que ele interpretasse erroneamente meu comportamento. Resolvi ser o mais sincera que eu pudesse.

_ Na realidade eu não gosto de batalhar. Não vejo muita praticidade em um pokemon machucar outro pokemon. Sei que eles se beneficiam com as batalhas mas, eu detesto vê-los se agredindo mutuamente. Minha vocação não é ser treinadora.

Esperei um momento para que ele absorvesse o que eu tinha dito e continuei:

_Procurei informações com várias pessoas, e me decidi em ser criadora, para entender melhor o mecanismo das batalhas, os pokemon e o relacionamento com seus treinadores e tentar minimizar os efeitos de uma batalha em um pokemon, desenvolvendo formas de cura, ou desenvolvendo itens para minimizar esses efeitos. De uma maneira geral promover uma qualidade de vida melhor aos pokemon. Mas esse caminho é longo e até chegar em Cerulean, no centro de criação, devo batalhar e como tudo em minha vida, na minha opinião, se tiver que ser feito, deve ser bem feito.

Fiquei esperando para ver o efeito de minha declaração. Havia sido extremamente sincera e esperava o mesmo dele.

Karl olhava atentamente para os olhos de Lilian, que próximos, transbordavam sinceridade. As palavras da garota ecoavam um sonho e também um estilo de vida pelo qual a garota desejava de forma avassaladora. O rapaz ouviu palavra por palavra da então treinadora, e disse-lhe:

- Eu a admiro. Não é fácil nos estabilizarmos em um caminho e depois largar de mão dele para alçar outros caminhos. Você leva jeito para ser treinadora e possui um time muito entrosado, apesar das muitas nuances. Eu apostaria em você como coordenadora pokémon, você levaria muito jeito para este caminho também! Mas fico feliz de ouvir de você que quer ser uma Criadora, é uma carreira magnifica e que anseia de bons profissionais.

Karl balançava os pés empurrando algumas pedras nas poças enquanto falava com sua então companheira de viagem. Depois de dizer a ela o que havia sentido naquela situação, o rapaz concluiu com um convite que parecia imperdível:

- Em uma das minhas viagens com meu patrão, conheci Ana Margareth, a Diretora do Centro de Criação em Cerulean. Nos tronamos grandes amigos. No final dessa aventura, se der tudo certo e você ainda quiser, posso providenciar um encontro entre você e ela, o que acha?

Olhei para Karl por um momento, queria ter certeza de que eu ouvi o que eu pensei ter ouvido. Precisava reorganizar minha mente. Isso era tudo o que eu queria e tinha sonhado a minha vida inteira. Mentalmente eu estava sapateando a poça de lama, no meio daquela chuva, para comemorar.
Mas me contive, minha felicidade ficaria evidente em minhas palavras. Acho que ficaria agradecida ao Karl pelo resto de minha vida. Jamais esperei que alguém pudesse fazer algo assim por mim.
Inspirei profundamente varias vezes em busca de equilíbrio e das palavras certas para dizer a ele.

_ Ficarei eternamente agradecida a você se puder me apresentar a ela. Você estaria me fazendo um imenso favor e realizando um de meus mais queridos sonhos. Assim que terminarmos nossa tarefa, me coloco em suas mão para me orientar nesse encontro.

Karl esboçou um sorriso de lado, agora seus olhos flagravam o infinito do horizonte enquanto ouvia atentamente cada palavra de sua companheira de viagem. Depois de Lilian encerrar seus agradecimentos, o rapaz prosseguiu dizendo:

- Não há o que agradecer, você está fazendo por mérito seu ser apresentada à ela. Basta agora conseguirmos realizar o pedido que Jr nos deu.

Enquanto isso, uma figura começou a ser vista vindo no longínquo da rota, era um ser humano, com um guarda chuva preto, não dava para ver seu rosto ou corpo, apenas sua silhueta e seu guarda chuva. O ajudante olhou para Lilian e apontou a figura, a garota logo analisou a figura, e então Karl concluiu:

- Será que é ela?