Aquele ovo era bem diferente daquele que a Chansey me dera. Era pesado e quente, como se a pessoa pudesse sentir a chama de vida que há em seu interior. E a cor... Era tão vívida que eu não queria parar de olhar. De um negro tão intenso que aparentava ser um pedaço de ônix e não algo provindo de um pokémon.
Caminhava pelas ruas de Pewter encantado com os presentes que recebi quando esbarrei em algo. Rapidamente olhei para baixo, onde ouvia uma voz feminina murmurando.
– Por favor, perdão. A culpa foi minha, não olhei por onde andava. – Tentei me desculpar. Olhei de relance para o ovo em meus braços; por sorte, estava tudo bem com o mesmo.
A garota levantou-se e se sacudiu. Não devia ter mais que 12 anos. Em seus braços carregava um pequeno Poliwag desacordado. Ela me encarou com tristeza e enfim falou alguma coisa:
– Não se preocupe. Estou bem. – Respondeu com um tom meloso. Pelos olhos levemente avermelhados, seria bem provável que ela estivesse chorando.
Deveria apenas seguir o meu caminho rumo ao ginásio ou ser mais cordial? Perguntava-me. Não era muito de conversar com as pessoas, é verdade, e também não queria parecer intrometido, mas devia alguma coisa àquela garota.
– O que houve com o seu pokémon? – Perguntei enfim.
– Ah. – Seus olhos começaram a se encher de lágrimas, deixando-me arrependido por ter feito a pergunta. – Foi o Brock. O líder do ginásio dessa cidade.
Gelei. Era exatamente o que estava indo fazer. Será que também não estava pronto? Voltei a prestar atenção na garota.
– Eu usei meu pokémon de água contra o seu do tipo solo e pedra, mas mesmo assim fui derrotada. Não sei onde errei, ele é muito forte, nunca mais quero vê-lo na vida. BUÁÁÁ. – E a menina pôs-se a chorar.
E agora? Julgo meus pokémons como fortes e dedicados, mas seria isso suficiente? Não queria vê-los no estado que aquele pobre Poliwag estava.
– Não se deixe abater. Treine mais, aposto que um dia você irá vença-lo. – Respondi gentilmente, tentando tranquiliza-la. TREINAR MAIS, era isso que deveria fazer.
– Você acha mesmo? – Ela retrucou. Balancei a cabeça que sim e a menina fungou, abrindo um pequeno sorriso. – Você tem razão. É isso que irei fazer! Aliás, vou agora mesmo ao Centro Pokémon e quando meus pokémon estiverem recuperados, partirei para a rota três onde irei treinar! – Pôs-se a falar a garota, agora com empolgação. Respondi com um sorriso e a mesma se despediu, partindo pela estrada de pedra indo ao encontro da enfermeira da cidade.
– Boa sorte. – Desejei, acenando com uma mão enquanto o outro braço estava ocupado agarrado com ovo.
ROTA TRÊS... É para lá que eu vou.
Pedi informação a alguns moradores e não demorei muito para encontrá-la. Era um tanto diferente das demais rotas que passei até agora, sendo possível observar ao longe algumas formações montanhosas, ao lado da estrada batida de terra uma grama bem mais alta que aquelas encontradas nas rotas um e dois. Olhei para trás, não queria me perder nem me afastar muito de Pewter. A cidade estava bem em minhas costas enquanto um caminho que parecia não ter fim se estendia por minha frente.
Ajoelhei no chão, com cuidado para não deixar o ovo escapar, e comecei a vasculhar minha mochila. Por fim, encontrei as duas coisas que procurava: uma pokéball e um pequeno disco que estava no presente que recebi no correio.
– Tentacool, apareça. – Disse, ao pressionar no botão central da esfera bicolor, liberando um raio avermelhado que revelou o meu pokémon aquático. – Olá novamente, meu amigo. Tenho algo aqui para você. Segundo a pokédex, você pode aprender essa técnica, correto?
O pokémon água-viva, como de costume, me lançou aquele olhar entediado, encarando rapidamente o ovo e virou-se para frente. Levantei-me, meio desajeitado segurando o ovo e a pokédex e dei a volta, ficando de frente para o mesmo.
– Vamos lá, aposto que você ficará tão forte com isso que o Brock não será problema. – Insisti, ganhando a atenção do pokémon.
Pus o pequeno disco em um compartimento da pokédex e mostrei ao pokémon, que analisou e analisou por longos minutos.
– Acha que já sabe usá-lo? – Questionei, não obtendo nada que simbolizasse uma resposta.
Olhei para os lados, a procura de algo que servisse para o que pretendia fazer. Só que seria difícil carregar algumas pedras enquanto segurava aquele ovo.
– Ekans, saia. – Falei, liberando a serpente.
A pokémon cobra se enroscou toda e balançou o chocalho de sua cauda enquanto lançava olhares curiosos para mim e o Tentacool. Fui até ela e mostrei-lhe o ovo.
– Peço para que faça um favor para mim, ok? – Perguntei, a pokémon balançou a cabeça em um sinal positivo. – Cuide desse ovo por um instante, pode ser?
Ela encarou o ovo negro por alguns segundos, esticando-se até que pudesse farejá-lo. Após a inspeção, virou a cara, como se falasse que não gostava do cheiro da criatura que estava lá dentro. Respirei aliviado, pelo menos ele não faria parte de sua dieta. Depois pousei o ovo lentamente na grama e a ofídia o envolveu com cuidado.
Feito isso, fui à procura de algumas pedras. Carregando uma a uma até a estrada em que o pokémon aquático estava. Coloquei uma distante da outra; eram três no total, cerca de duas vezes maiores que aquele ovo que estava carregando.
– Pronto, Tentacool? – Chamei-o. O mesmo logo tratou de caminhar até mim, ficando bem distante das três pedras que estavam posicionadas em uma posição triangular. – Eu quero que você use o seu novo ataque, Ice Beam, em cada uma daquelas rochas. Vamos ver se você o aprendeu!
O pokémon andou um pouco mais, ficando em minha frente, e começou a encarar as rochas friamente. Parecia estar pronto para começar o show.
Caminhava pelas ruas de Pewter encantado com os presentes que recebi quando esbarrei em algo. Rapidamente olhei para baixo, onde ouvia uma voz feminina murmurando.
– Por favor, perdão. A culpa foi minha, não olhei por onde andava. – Tentei me desculpar. Olhei de relance para o ovo em meus braços; por sorte, estava tudo bem com o mesmo.
A garota levantou-se e se sacudiu. Não devia ter mais que 12 anos. Em seus braços carregava um pequeno Poliwag desacordado. Ela me encarou com tristeza e enfim falou alguma coisa:
– Não se preocupe. Estou bem. – Respondeu com um tom meloso. Pelos olhos levemente avermelhados, seria bem provável que ela estivesse chorando.
Deveria apenas seguir o meu caminho rumo ao ginásio ou ser mais cordial? Perguntava-me. Não era muito de conversar com as pessoas, é verdade, e também não queria parecer intrometido, mas devia alguma coisa àquela garota.
– O que houve com o seu pokémon? – Perguntei enfim.
– Ah. – Seus olhos começaram a se encher de lágrimas, deixando-me arrependido por ter feito a pergunta. – Foi o Brock. O líder do ginásio dessa cidade.
Gelei. Era exatamente o que estava indo fazer. Será que também não estava pronto? Voltei a prestar atenção na garota.
– Eu usei meu pokémon de água contra o seu do tipo solo e pedra, mas mesmo assim fui derrotada. Não sei onde errei, ele é muito forte, nunca mais quero vê-lo na vida. BUÁÁÁ. – E a menina pôs-se a chorar.
E agora? Julgo meus pokémons como fortes e dedicados, mas seria isso suficiente? Não queria vê-los no estado que aquele pobre Poliwag estava.
– Não se deixe abater. Treine mais, aposto que um dia você irá vença-lo. – Respondi gentilmente, tentando tranquiliza-la. TREINAR MAIS, era isso que deveria fazer.
– Você acha mesmo? – Ela retrucou. Balancei a cabeça que sim e a menina fungou, abrindo um pequeno sorriso. – Você tem razão. É isso que irei fazer! Aliás, vou agora mesmo ao Centro Pokémon e quando meus pokémon estiverem recuperados, partirei para a rota três onde irei treinar! – Pôs-se a falar a garota, agora com empolgação. Respondi com um sorriso e a mesma se despediu, partindo pela estrada de pedra indo ao encontro da enfermeira da cidade.
– Boa sorte. – Desejei, acenando com uma mão enquanto o outro braço estava ocupado agarrado com ovo.
ROTA TRÊS... É para lá que eu vou.
- Treinamento de execução de golpes
Pedi informação a alguns moradores e não demorei muito para encontrá-la. Era um tanto diferente das demais rotas que passei até agora, sendo possível observar ao longe algumas formações montanhosas, ao lado da estrada batida de terra uma grama bem mais alta que aquelas encontradas nas rotas um e dois. Olhei para trás, não queria me perder nem me afastar muito de Pewter. A cidade estava bem em minhas costas enquanto um caminho que parecia não ter fim se estendia por minha frente.
Ajoelhei no chão, com cuidado para não deixar o ovo escapar, e comecei a vasculhar minha mochila. Por fim, encontrei as duas coisas que procurava: uma pokéball e um pequeno disco que estava no presente que recebi no correio.
– Tentacool, apareça. – Disse, ao pressionar no botão central da esfera bicolor, liberando um raio avermelhado que revelou o meu pokémon aquático. – Olá novamente, meu amigo. Tenho algo aqui para você. Segundo a pokédex, você pode aprender essa técnica, correto?
O pokémon água-viva, como de costume, me lançou aquele olhar entediado, encarando rapidamente o ovo e virou-se para frente. Levantei-me, meio desajeitado segurando o ovo e a pokédex e dei a volta, ficando de frente para o mesmo.
– Vamos lá, aposto que você ficará tão forte com isso que o Brock não será problema. – Insisti, ganhando a atenção do pokémon.
Pus o pequeno disco em um compartimento da pokédex e mostrei ao pokémon, que analisou e analisou por longos minutos.
– Acha que já sabe usá-lo? – Questionei, não obtendo nada que simbolizasse uma resposta.
Olhei para os lados, a procura de algo que servisse para o que pretendia fazer. Só que seria difícil carregar algumas pedras enquanto segurava aquele ovo.
– Ekans, saia. – Falei, liberando a serpente.
A pokémon cobra se enroscou toda e balançou o chocalho de sua cauda enquanto lançava olhares curiosos para mim e o Tentacool. Fui até ela e mostrei-lhe o ovo.
– Peço para que faça um favor para mim, ok? – Perguntei, a pokémon balançou a cabeça em um sinal positivo. – Cuide desse ovo por um instante, pode ser?
Ela encarou o ovo negro por alguns segundos, esticando-se até que pudesse farejá-lo. Após a inspeção, virou a cara, como se falasse que não gostava do cheiro da criatura que estava lá dentro. Respirei aliviado, pelo menos ele não faria parte de sua dieta. Depois pousei o ovo lentamente na grama e a ofídia o envolveu com cuidado.
Feito isso, fui à procura de algumas pedras. Carregando uma a uma até a estrada em que o pokémon aquático estava. Coloquei uma distante da outra; eram três no total, cerca de duas vezes maiores que aquele ovo que estava carregando.
– Pronto, Tentacool? – Chamei-o. O mesmo logo tratou de caminhar até mim, ficando bem distante das três pedras que estavam posicionadas em uma posição triangular. – Eu quero que você use o seu novo ataque, Ice Beam, em cada uma daquelas rochas. Vamos ver se você o aprendeu!
O pokémon andou um pouco mais, ficando em minha frente, e começou a encarar as rochas friamente. Parecia estar pronto para começar o show.
OFF: A proposta é um treinamento livre, não sei se fiz certo.
Texto ficou muito longo, sorry. :/
Última edição por Vincent Moonrose em Sáb Mar 23 2013, 22:31, editado 1 vez(es)