Pokémon Mythology RPG
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[The Remains of an Abandonment] - Pokémon Mansion -

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O homem não tão velho ouviu aquelas secas palavras vindas dos belos lábios da jovem treinadora ruiva, dirigidas para sua pessoa, porém não as deu muita atenção. Suas mãos estavam pálidas, talvez fosse o frio que começara a aparecer pelo local, até por que, a noite começara a finalmente cair. De seus lábios rosados saiam mais algumas palavras dirigidas à garota enquanto o mesmo ficava reto, com seus braços atrás de suas costas, apenas fitando Tauros:

-Bem... Se não me dirá seu nome, te chamarei de "Mon Amour" - Terminou tal frase com um fino sorriso em sua face. - Agora Tauros... Está na hora de terminar esta batalha de vês, avance com outro Rage seguido por Horn Attack.

O pokémon bovino avançava contra o corpo de Nidoran, fazendo uso de seu Rage, que novamente retornou à aumentar seu poder de ataque, e em seguida retornou à impactar o corpo do pequenino contra a parede com seus chifres, tal movimento causou um grande dano ao pokémon, deixando-o muito fragilizado.

Mesmo fraco, o Nidoran avançou contra o corpo de Tauros, saltando no ar e golpeando a fronte do mesmo com suas patas traseiras, fora um golpe duplo, o movimento do tipo lutador, fora muito eficaz contra o mesmo, levando-o à derrota. O dono do mesmo após ver sua derrota, olhou friamente para seu pokémon, com um ar de seriedade, dizendo algumas palavras enquanto retornava o mesmo para sua pokéball:

- Arg! Pokémon fraco! Precisará de muito treino ainda... Nos veremos no laboratório. - O homem que parecia sério quando o assunto era batalhas não negava suas raizes como Rocket, mas dizendo em seguida para Natalie, com um tom de voz desta vez mais comum e menos tão rigido. - Então... Não é seguro andar por esta mansão sozinha... Irei estar ao seu lado para te proteger. E não adiantará dizer que não precisa de ajuda.

O homem parecia preocupado com o bem estar da garota, não queria que a mesma se machucasse mais que o tapa que fora dado por si mesmo. E assim, com seu quepe ao chão, abandonado, o homem liberou mais algumas palavras que deslizavam em seus lábios:


- Alias, sou Richard.

Parabéns, por vitória, Nidoran M recebeu 1661 de EXP, assim elevando ao lvl 15, recebendo 9 pontos de felicidade.

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Nidoran Zuby
Lvl15 [327/600]
Trait: Poison Point
Hold Item: ~x~
Happiness: 30
MoveSet
- Double Kick
- Peck
- Focus Energy
- Mega Kick

Nidoran (M) Poderá aprender Poison Sting, deseja ensinar?
Off: Foi por pouco que ele não evoluiu... Mais um lvl...

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As bochechas da jovem treinadora adquiriram uma tonalidade rubra quando, após aderir a uma postura ereta onde suas mãos jaziam por trás das costas, o homem retrucou com simplicidade sua teimosia em manter-se como uma incógnita para ele, o que a obrigou a desviar o olhar e virar o rosto, limitando-se a ocultar ao menos metade deste citado sem que tal fato se mostrasse óbvio o suficiente para aprofundar a vergonha que corria por suas sinapses nervosas.

Ela observou o turno que desenrolava-se naquele cômodo vazio. Seu coração saltava dentro do peito no mais puro nervosismo subliminar, visto que não possuía a mínima consciência sobre o que poderia acontecer caso realmente sua derrota se firmasse. No entanto, um peso imenso esvaiu-se de seus ombros quando o espécime bovino desabou contra o chão, submergindo em inconsciência.

A ruiva sorriu, e logo abaixou-se, chamando a atenção de seu pequeno roedor que, ofegante, caminhou aos tropeços em sua direção, antes de finalmente deitar-se à frente da garota, que utilizou a pota dos dedos para acariciar suavemente a face do espécime que tanto a auxiliara ao longo do tempo.

- Você fez um ótimo trabalho, meu querido. Por favor, apenas descanse agora, tudo bem? - Pediu por fim, tomando entre os dedos a esfera bicolor do jovem animal ali à frente, tocando com suavidade seu círculo central sob a pele arroxeada do roedor. Observou com paciência seu corpo ser envolvido por um suave feixe de luz escarlate, cujo este ocupou-se com o trabalho de fazer o pequeno guerreiro desaparecer em pleno ar, retornando-o para sua usual moradia.

Em simultaneidade, pôde ouvir as duras palavras daquele homem que, ainda que dirigidas ao jovem bovino enfraquecido, foram a fagulha para a explosão de um vulcão que silenciosamente minava sua alma. Sinceramente? Fora a gota d'água dos seus dias. Estava cheia de aguentar tantas coisas que incomodavam-lhe em completo silêncio. Não era uma escrava de seus malditos sentimentos! Poderia engolir muitas coisas, mas aquele homem definitivamente ousara, inconscientemente ou não, estourar por completo o limite de paciência que a garota resguardava em sua mente. Ela retirou uma outra esfera de seu bolso, embatendo-a contra o broto de sua jovem inicial e observando o mesmo ciclo que ocorrera com Zuby, agora iniciar-se com esta. Vendo-se sozinha, poderia até ter temido, mas não o fez.

Ela cerrou os punhos, e ergueu-se novamente. Ignorou completamente as novas frases do homem, não queria dar-lhes a devida atenção no momento. Respirando profundamente, o observou por algum tempo. Poderia ser loucura, mas não ignoraria seus instintos. E estava pouco se lixando para as consequências que estes poderiam ter.

Ah, sim. E ela deu-lhe um tapa.

- Você... Deveria ter vergonha das próprias palavras. Poderia manter ao menos um mínimo orgulho sobre seu pokémon, pois ele não é obrigado a se enfiar em uma luta por algo que talvez nem seja de seu próprio interesse! - O olhou, irritada - Deveria ter orgulho da persistência dele no combate, principalmente por manter uma fraqueza contra os golpes utilizados. Precisava ao menos pensar um pouco menos em si e seu ego, ao invés de rebaixar seus aliados à escravos que precisam sempre vencer para elevar sua autoconfiança estúpida! - A ruiva jogou rapidamente uma mecha de cabelos para trás das costas - Isso só prova o que eu já sabia: Você é um completo palerma. Pelo amor de Deus, ainda tem a coragem de achar mesmo que tentaria manter alguma relação com alguém assim? - Concluiu com estas palavras, o olhando com frieza antes de dar as costas e sair andando. Ela hesitou por meio segundo ao fitar novamente aquela toupeira que jazia de guarda ao lado da porta, paciente. Porém, continuou andando como se o animal sequer existisse.

De uma coisa, a ruiva sabia:
Caso conseguisse passar por aquele animal, sairia correndo como nunca fizera na vida...

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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A garota pareceu realmente nervosa após ouvir as ofensas que o homem dirigiu contra seu pokémon bovino, e o resultado desta frustração? Um belo de um tapa na face de Richard; o Rocket permaneceu imóvel, virou sua face que agora tinha sua bochecha esquerda marcada pelos dedos da jovem. Aquele tapa não doeu simplesmente na carne, na superfície; mas também em sua alma... De inicio o jovem estava apenas encantado com a garota; mas algo despertara em seu interior naquele momento. Apesar da escuridão na qual o mesmo estivera submerso, neste instante começara a brilhar uma luz.

Ainda com o homem imóvel apenas fitando-a; Natalie liberou de seus lábios algumas frias palavras, dirigidas contra Richard, que as ouvia atenciosamente, sem reação alguma, simplesmente ouvia a mesma. Após alguns instantes, o homem fez um sinal com sua mão, pedindo para que seu pokémon toupeira liberasse a saída da porta, fazendo com que a porta abrisse; dizendo enquanto isto, parecia em parte arrependido de dizer tais palavras:

- Não quis ofende-la... De fato não foi oque quis...

Após tal frase, Richard tinha que fazer algo, não poderia simplesmente ver a garota que teria de fato tocado em seu coração, em sua alma, ir embora sozinha, até por que, era oque a mesma já estava a fazer; e com isto adiantou-se em avançar contra a garota, pegando-a em seus braços e a elevando até um pouco abaixo de seu tronco, dizendo em seguida enquanto fitava profundamente seus olhos, seu tom de voz continuara o mesmo, mas a feição estampada em sua face parecia diferente; seus olhos brilhavam mais que o normal:

- Desculpe se fui violento ou grosso... Isto faz parte de mim; juro estar tentando mudar... Mas eu não te deixarei andar por ai sozinha, não conseguiria pensar se algo ruim acontecesse à você...

Em seguida, o homem ainda com a jovem ruiva entre seus braços, caminhara pela passagem da porta, seus braços eram fortes o suficientes para aguenta-la, mas no momento exato que a garota passou pela porta ouviu algo que lhe fez de lembrar de um amigo seu; fora o choro de um Raichu que ecoava em sua mente, pokémon tal amigo possui. Talvez estivesse simplesmente imaginado tal ruido nos braços de Richard, ou o garoto poderia estar próximo de fato.

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Um suspiro de alívio foi contido na garganta da ruiva quando esta reparou que o grande animal, cujas específicas partes do corpo eram compostas do mais puro aço – ou ferro, pouco importava-lhe –, lentamente moveu-se para o lado, permitindo que seu caminho agora fosse livre. Poderia seguir para onde bem entendesse, aparentemente. O que mais poderia querer? Pode apostar que não era ficar ali.

Seu corpo moveu-se sozinho em uma vã tentativa de desatar em correria, e é possível ter uma noção do tamanho ódio que invadiu o peito da Treinadora quando viu-se envolta e aprisionada por braços grandes e fortes, e um grito baixo, quase mudo, escapou de sua garganta quando foi erguida por estes mesmos músculos insistentes. Ela sentia o olhar do homem afixado em suas orbes acinzentadas, mas não reagia para tal, limitando-se a desviar o foco de suas retinas para o solo, em silêncio.

- Solte-me... – Ela murmurou, mas quaisquer outras falas que pudessem se seguir a partir daí foram cortadas pelo próprio homem, fazendo-a apenas encolher-se. Como poderia crer? Ou melhor: De que aquilo importava-lhe? Não o queria por perto. Por que esse homem não poderia compreender algo tão simples quanto uma mera afirmação? Tal fato era frustrante.

No início de seu encontro, ele mostrara-se alguém rude. Não por ofensas (talvez não apenas por isto), mas por ousar tentar manipulá-la e também chegando ao ponto de agredir a jovem. Era fato que agora esta ignorava a ardência em sua face, mas... Ficar ao lado daquele homem sujo? Daquele ladrão descarado? Ah, isso, não estava desejando nem mesmo para o fim de sua próxima vida.

Mesmo com suas falas, após ser ignorada, a ruiva buscou tentar libertar-se dos braços daquele homem. Braços estes que a incomodavam profundamente, trazendo-lhe abrupta inquietação. Ele deveria ao menos dar-se ao vergonha na cara de respeitar suas decisões, mas nem isso passava por aquela cabeça de vento! A cólera subia por suas veias, e tal como um vulcão em erupção, estava prestes a explodir.

E foi por muito pouco que não o fez.

De início, ao passarem pela porta, apenas um barulho baixo e difuso inundou-lhe a mente. De onde este provinha, não tinha certeza, mas resguardou o ódio que há pouco a guiava para que, em profundo silêncio desvendasse, caso possível, aquele som que mais lembrava um choro abafado, uma dor contida. A ruiva parou de lutar contra o rapaz que a sustentava naquele momento, focando-se por completo naquele estranho barulho que lentamente aumentava de volume, tal qual uma música ejetada para seu máximo de tom.

Por um segundo, ela ouviu.

E o resto do tempo foi voltado para seu choque e medo, ao finalmente aperceber-se o que aquela maldita melodia chorosa indicava-lhe, ainda que subliminarmente. Seus músculos ficaram tensos, e um suor gélido e ao mesmo tempo imaginário deslizou por sua face. O medo ejetava doses altas de adrenalina em sua corrente sanguínea, e sua garganta aderiu a características tão secas quanto o próprio deserto.

Não era um barulho qualquer.
Não era um alguém qualquer.
Não era um sinal qualquer.

Primeiramente ela apenas cerrou as pálpebras com certa força, desistindo de vez da luta com o Rocket ali presente, tampando os ouvidos com as mãos. Seu corpo tremia; Uma torrente de imagens invadia com brutalidade seus pensamentos, em pleno açoite psicológico. Imagens estas que há tempos a atormentavam. Imagens que faziam-lhe desejar qualquer coisa, menos a vida. Lembranças que rasgavam-lhe a alma com a feracidade de um trovão que chicoteia os céus mais escuros.

Naquele momento de tortura, ela desejou nunca ter ido àquele maldito casarão, que despertava-lhe os sentimentos mais dolorosos pelos quais passara. Aquele local que, a todo instante, a apunhalava sem um mínimo grau de misericórdia; Aquilo era a mais pura ignorância.

- Pare... – Primeiro, um murmúrio. Seu corpo, involuntária e inconscientemente, tremia em quase redenção àquela psicologia que golpeava sua – talvez? – sanidade sem hesitação. Mais alto... Mais presente... Mais perto. Encolheu-se cada vez mais, apertando os ouvidos como se, caso lhe fosse permitido, seria capaz de esmagar o próprio crânio naquele mínimo ato, desde que se livrasse daquele som tortuoso – PARE! – Gritou por fim, ao passo que as lágrimas iniciavam uma corrida por sua face, marcando trilhas quentes e salgadas sob a pele alva da garota.

Sim, esforçara-se para conter e trancar quaisquer coisas que pudessem ocorrer consigo naquele local em uma caixa no fundo de seu coração. Porém, aquela surpresa repentina, aquela transferência quase insana de lembranças esmagavam-na contra a parede como um furacão que arrebatava uma cidade inteira, se não mais. Os soluços lentamente rasgavam sua garganta, em vão buscando um tom abafado ao transpassar os lábios tremidos e avermelhados da adolescente.

Um raio de dor que partia-lhe em duas metades mentais.
Um sofrimento do qual a garota não tinha consciência de como estancar...
Porém, quem de fato guiava tais cordas invisíveis para estes choques mortais em seu psicológico?
Quem revelar-se-ia como titereiro de tal golpe mental?

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A jovem treinadora de cabelos ruivos estava de fato confusa e atordoada com tudo aquilo que passara em sua mente, liberando um breve grito. Grito que servira de sinal para chamar atenção de outros "hospedes" da mansão, e deste modo, à uns 3 metros de distancia de onde o casal estava abrira uma porta, e do interior da mesma saia uma silhueta negra que simplesmente apontara algo prateado para a garota ruiva.

Alguns instantes após, como em um rápido momento que a garota mal pudera notar, o Rocket a colocou em pé ao chão, e pôs-se diante da mesma, recebendo um tiro que era para acertar a garota, mas que por Richard foi salva, e assim teve sua perna direita acertada pela bala. Após sofrer o impacto, a figura retornara para o interior da sala, trancando-se no interior do mesmo; deixando Richard cair aos pés de Natalie, seu tom de pele parecia pálido, assustado talvez? De sua perna escorria uma determinada quantidade de sangue, enquanto colocava suas mãos no local onde a bala perfurara, na tentativa de estancar o sangue, dizendo em seguida, com um sua voz definitivamente entre pausas:

- "Mon amour"... Você está bem?

De fato não parecia ter sido algo de extremamente grave, mas de fato sentira uma grande dor naquele instante, mas mesmo assim não dava importância para isto, até por que a dor que sentira se comparava a nada, quando comparando com a dor que sentiria em seu peito caso a bala acertasse Natalie. Assim dizendo para Natalie com uma cara não muito boa, parecia sentir dores em sua perna:

- Não se preocupe... Eu estou bem, e continuarei a te proteger.

Enquanto tentara levantar, a perna começou a doer mais que o comum, e assim terminou por retornar a cair ao chão.

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OFF: Só pra avisar que as informações daqui eu peguei com o Matt in Off e também com permissão ;W;
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Quando o silêncio propagou-se novamente após uma confusão psicológica, a ruiva ainda demorou algum tempo antes de finalmente retornar mais ou menos à seu estado original. À sua postura minimamente tranquila, o tanto quanto era possível. Afinal, é impossível recuperar-se de um choque de uma hora para outra. Principalmente quando este brinca com profundas emoções que tentam trancar-se nas profundidades de um baú. Finalmente, pôde repensar seus atos.

Mas não pôde ter tempo o suficiente para recobrar-se e agir quando uma porta distante abriu-se em um rangido rouco, expandindo uma passagem por onde cuspiu um vulto negro, expulsando-o de seu cômodo anterior. O brilho prateado que a Lua fez roçar sobre a superfície do objeto retirado de dentre as vestes do homem - ou mulher, quem sabe? - finalmente a acordara para a realidade, mas isto apenas foi possível graças à captação de tal detalhe por meio da visão periférica da ruivinha.

Não que isto mudasse os fatos que se prolongaram a seguir, e quando sua mente voltou à realidade, apenas pôde deparar-se com a cena do jovem Rocket caído ao solo amadeirado, enquanto sua epiderme resguardava uma tonalidade tão pálida quanto o leite puro. De um rasgo em sua calça, linhas de sangue deslizavam por sob o tecido que recobria o resto de tal musculatura do rapaz, e um baque abrupto no corredor indicava-lhe a fuga do outro que por pouco não chegara a... Acertá-la?

Paralisada, eis como ela estava. Seu corpo não conseguia se mover, e as palavras prensavam sua garganta, impedindo-a de responder ao homem responsável por seu bom estado físico e que por si sofrera as consequências. A parte lógica de sua mente ordenava para que a garota ignorasse tal fator; Se aproveitasse dele para por fim obter a fuga que tanto desejara. Porém, como seria capaz de um feito desprovido de emoções como este, banhado apenas em pura frieza e no instinto de sobrevivência, de liberdade? Se não fosse o homem, seria ela que estaria em tal estado. Engolindo a seco, via-se em tal dilema. E quase pôde ouvir uma rachadura abrindo-se em sonoro 'Crac' no seu coração ao vê-lo tentar erguer-se, antes de novamente desabar no chão, em parceria com aquela frase que muitos não ousariam proferir.

- Você... É realmente um idiota. Um completo idiota! - Foi quase uma fúria infundada que brilhou em suas orbes acinzentadas ao proferir tais palavras que, sinceramente, contrastavam com a situação que envolvia ambos os humanos ali presentes. Mas não era a razão que movia seu corpo, e sim a mais pura emoção. Era ela que guiava-lhe e fazia seu corpo agir novamente, e foi assim que a garota abandonou o orgulho que antes se inflava em sua mente, ajoelhando-se ao lado do corpo caído e tocando suavemente seu peito com a ponta dos dedos, impedindo-o de se erguer, respirando profundamente - Não fique se esforçando... - Falou por fim, ou pelo menos, durante aquele espaço de tempo.

Seu olhar desviou-se do rosto pálido para o ferimento. Aquilo, sem dúvida, seria bem complicado. O quê poderia fazer de útil em tal situação? De todo modo, tinha a certeza de que ficar olhando feito idiota não auxiliaria em droga nenhuma. Foram poucos segundos que o fizera, para logo a seguir retirar uma esfera bicolor de seu bolso, hesitando por um tempo antes de expandir o objeto e observá-lo partir-se ao meio, logo tomando a forma de um pequeno roedor arroxeado. E, não. Sem tempo para descrições.

O espécime olhou ao redor por alguns segundos, antes de fazer uma careta ao reparar na situação que se desenvolvia ali à frente. Como quem exige uma explicação, o animal que há pouco saíra de combate encarou fixamente a própria mestra, que mordeu o canto do lábio e baixou o olhar. Não queria dar-se ao luxo de narrar todos os acontecimentos, então apenas pedira um único favor: Que o animal... Bem... Rasgasse parte do tecido da peça de roupa do homem ao solo. Mesmo assim, Zuby inclinou um pouco a cabeça para a lateral, sentindo-se cada vez mais perdido e foi apenas com uma promessa de que a ruiva explicaria-se depois foi que o animal finalmente assentiu e emitiu um som meio frustrado quando a garota indicou o rasgo no pano, provocado pelo tiro de poucos minutos atrás. O ponto de partida.

Ela retirou a mão do peito do homem, fazendo uso desta para segurar parte do tecido. Em silêncio, o roedor encaixou seus dentes em tal furo e, apoiando uma de suas patas na canela do homem, mordeu o pano que separava o ar da pele, puxando-a com insistência e destroçando o tecido ali presente do ferimento até alguns bons centímetros para baixo. Ao terminar seu serviço, afastou-se do lugar, deitando ao lado da ruiva que liberou um pequeno sorriso seguido de um agradecimento murmurado. Dobrando o tecido do rapaz para cima, verificou o ferimento que ali jazia. Afinal, precisava livrar-se daquela bala, não? E também precisava ver se esta jazia fincada no fundo de seus músculos ou com superficialidade, sendo assim bem mais fácil de ser retirada.

Para sua sorte, o destino resolvera dar-lhe justamente a segunda opção.

Novamente, outra esfera fora retirada de seu bolso e expandida, partindo-se ao meio com velocidade após ser impulsionada por um raio de tonalidade esbranquiçada. Ao lado do primeiro animal que adquirira liberdade daquele objeto bicolor, um pequeno pássaro obteve seus contornos traçados, antes de tomar para si as tonalidades próprias da espécie, logo fitando sua Mestra após bicar levemente as penas de uma de suas asas. Novamente, a ruiva respirou com profundidade.

- Tyse, preciso que me faça um pequeno favor... - Ela indicou o ferimento com certa hesitação - Poderia usar a ponta do seu bico para retirar a bala daí?... - Pediu, fitando a ave que agora encarava o rasgão na pele do homem. O animal hesitou por um tempo, mas logo balançou a cabeça e deu dois pequenos saltos na direção do ferimento, inclinando-se sob ele e aproximando o bico do local, passando a realizar tentativas de extração de tal objeto.

Enquanto isso, a garota ocupou-se com o trabalho de desabotoar o casaco que recobria seu tronco, tentando focar-se apenas naquele ato e não pensar na culpa que esmagava-lhe a mente ao ver o moreno ferido por uma culpa inteiramente sua. Tal fator pesava em sua consciência, principalmente visando como o tratara ao longo de todo o encontro.

Retirando tal peça de roupa, cobrindo-lhe o tronco agora restava apenas uma camisa de suave tonalidade esbranquiçada, que colava-se à sua pele e emoldurava-a com perfeição, traçando as curvas - embora não exageradas - que a ruiva possuía. Distraída em seu trabalho, juntou as mangas e passou a enrolar o tecido, como se fosse um pano que pretendia torcer, mas um pouco mais frouxo que tal. Concluído isto, ela desviou o olhar para sua ave, buscando ter a certeza de que a mesma havia obtido sucesso em seu trabalho com aquela bala.

Caso o resultado fosse positivo, faria uso daquele tecido para envolver em uma amarra e estancar o sangramento que ainda existisse no local, como um improvisado torniquete. Sinceramente? Devia isso à ele, por mais irônico que tal fator pudesse parecer...

Quem diria que acabaria assim, ainda mais contando todos os ocorridos que se desenrolaram ao longo do contato entre ambos? Ninguém.

Mas este fora o desfecho.
Lhe restava aceitá-lo.

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A garota mesmo que em meio a uma discussão mental consigo mesmo e seu coração, poderia muito bem escolher duas alternativas, optar por simplesmente deixar o corpo do Rocket por ali, jogado ao chão enquanto sangrava, ou poderia ajuda-lo; e quase que em uma sensação de remorso, remorso de deixar aquele quem se sacrificou para salvar sua pessoa. A garota decidiu ajuda-lo, primeiramente ordenando para que o mesmo não se esforçasse.

Em seguida a garota retirou sua pokéball de Nidoran de sua mochila, liberando-o e ordenando que o mesmo rasgasse um pedaço da calça de Richard, de inicio o pokémon não gostou muito da ideia, mas após alguns instantes aceitou a proposta e com seus dentes rasgou a calça do Rocket no local em que a bala havia perfurado; o sangue não parava de escorrer; em seguida, liberou seu Pidgey, pokémon que ao contrario do pokémon venenoso, não hesitou em ajudar; usando seu bico como uma pinça, apesar de doloroso para Richard, sentir aquele membro do pokémon penetrando em sua carne e retirando a bala, não foi nada fácil, mas com uma certa dificuldade, Pidgey conseguiu retirar a bala.

Ainda com seu corpo dolorido, mas agora sem a bala, simplesmente observava enquanto Natalie retirava seu casaco, mostrando apenas uma camisa alva que delineava perfeitamente suas curvas não tão acentuadas; seu olhar não conseguira desafixar do corpo da garota, mas após alguns instantes o Rocket simplesmente virava sua face para outro lado enquanto Natalie amarrava tal tecido ao redor da perna de Richard; e após tudo isto, com uma voz tremula e distante, o homem dizia:

- M-Muito obrigado... Agora não se preocupe comigo, ainda tenho que te proteger dos perigos que acercam esta mansão maldita.

E deste modo, o homem se arrastava até a parede, apoiando-se na mesma, assim elevando seu corpo lentamente, mantendo sua perna ferida erguida, não tocando no solo, assim evitando movimentos bruscos com a mesma; sua face ainda aparentava de dor, mas o desejo de ajudar a garota parecia ser maior.

Nas sombras formadas pelas paredes do corredor agora era possível ver algo estranho, uma figura de olhos verdes flutuavam pelo ar, observado a situação que por ali desenrolava-se, quem saberia oque seria aquilo?

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Um suspiro de alívio deslizou suavemente pelos lábios da ruivinha ao ver aquele objeto metálico ser retirado do corpo do homem. Sem tempo a perder, ela elevou suavemente sua perna, envolvendo-a com o tecido que antes enrolava e criando um nó apertado no local. Não poderia ficar observando-o perder sangue à toa, não é verdade?

Sentando-se no chão por alguns segundos, seu olhar observou a perna do homem. E pensar que, se não fosse sua estupidez, poderiam ambos estar bem naquele exato momento mas... Não. Não adiantava, infelizmente, chorar o leite derramado. Seria impossível voltar ao passado para alterar tudo o que acontecera, ainda que realmente desejasse possuir poder para fazê-lo. Ela olhou para seus pokémons, murmurando um baixo e hesitante "Obrigada", com um suave inclinar de lábios que metamorfoseava-se em um sorriso sutil. Sem conseguir encarar seus companheiros para o caso de lágrimas intrometidas transpassarem sua face, ela retirou duas esferas bicolores do bolso, embatendo-as com suavidade em ambos os corpos dos animais e observando-os serem envolvidos por opacos raios de luz escarlate, para logo após desaparecerem em pleno ar.

Um suspiro infeliz foi contido pela ruiva, e ela tornou a fitar o homem no exato momento que ele permitia as palavras de transpassarem seus lábios e também lutava para se reerguer. Sem saber por que, seus braços automaticamente enlaçaram o corpo do homem, e uma das mãos liberou-se para utilizá-la de apoio ao passar o braço deste por seus ombros durante tal processo. Foi apenas ao vê-lo apoiar-se na parede que realmente reparou no que fazia, afastando-se um pouco, meio rubra.

Mesmo assim, sua garganta não se conteve em silêncio.

- Deus, pare com isso... Não sou eu quem precisa de proteção agora. Pare de pensar apenas em mim, Richard! - Ela suspirou com irritação, mas logo arrependeu-se do tom, escondendo metade do rosto com uma mão - Desculpa... Eu não quero que você piore - Murmurou, encolhendo-se um pouco e desviando o olhar para o solo. No entanto, um risco de lembranças transpassou sua mente e, relaxando os braços, ela virou-se na direção que a toupeira - deveras inútil até aquele momento, precisava admitir - permanecia, mordendo suavemente o lábio inferior, mas logo aproximando-se da mesma - Sei que não é como se você precisasse fazer isso ou algo assim mas... Você, por favor, pode ajudar a apoiar Richard? - Baixou o olhar rapidamente - Eu o faria, mas não tenho forças para tal... - Encolheu-se, desviando o olhar.

E foi com esse desvio que notou as brilhantes tonalidades esverdeadas que destacavam-se no escuro do cômodo. Ela rapidamente virou-se na direção de seja lá o que fosse aquilo, mas realmente não estava com o mínimo ânimo de aturar uma platéia, e tal irritação sem dúvida não colaborou para reparar se era ou não um pokémon, dando-lhe a chance de uma possível captura. Cruzando os braços e os apertando suavemente, se inclinou um pouco para a frente. Se bem que aquela reação poderia ser apenas um reação automaticamente protetora... Talvez nervosa, ou hesitante. Mas quem poderá saber?

Fora apenas uma reação.

- O que foi? Isso não é nenhum show para ficar apreciando! - Hesitou um pouco, mordendo a parte interna das bochechas. Em seu íntimo, adoraria sumir dali com o Rocket, deixá-lo em um hospital e só aí poderia desejar que o chão se partisse para que pudesse desaparecer na terra...

Mas talvez isso fosse pedir demais para o destino, não?

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A garota retornara a liberar mais algumas frases de seus lábios; palavras desta vez com um intuito diferente, parecia estar sendo gentil com Richard, sabia que seu corpo estava debilitado; e não gostava de pensar no mesmo esforçando seu corpo, assim pedindo para que o pokémon toupeira do mesmo fizesse algo, ajudasse-o da maneira que pudesse; mas mesmo com as frases da jovem ruiva, ele parecia não ter tido reação, apenas cruzava seus braços; de fato ele não sentia muito afeto por seu treinador; mas após o trio notar a presença de um quarto elemento na sala; Richard liberou mais algumas palavras:

- Tome cuidado... Existem muitos perigos acerca desta mansão...

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A figura que saltava da área escura do corredor para a área clara parecia completamente estranha, sua cabeça era consideravelmente e visivelmente maior que o restante de seu corpo, seus olhos possuiam uma coloração verde esmeralda que refletia em seu interior um brilho intenso, assim como pequenas esferas de luzes em suas mãos brilhavam em uma frequencia e ordem completamente diferente, ora vermelha, ora verde, ora amarela; a criatura avançou bruscamente contra o corpo da garota, batendo seu braço esquerdo em seu ombro direito; não suficiente para machuca-la, apenas impacta-la.

O impacto foi o suficiente para Richard tentar mover-se; porém sua perna ainda estava um tanto quanto dolorida, até por que, uma bala perfurou sua carne, o sangramento de fato ainda ocorria, embora em menor intensidade; e neste momento, quando Richard estava prestes a cair mais uma vez; o pokémon toupeira que se encontrava antes ao lado do Rocket, serviu como apoio para Richard; que fitara o mesmo enquanto liberava algumas frases de seus lábios rosados:

- Você vai me ajudar? Apesar de minhas ações? ... Obrigado... Mas, precisamos ajudar "ela"


Off: O "ela", no final, é por que você se recusou a dizer seu nome. -.- Kkkkk

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OFF: Eu sei, calma, calma! EIQWUEJKNQWEIUQW ;-;
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- ...Eu sei disso. - Ela murmurou, quando o rapaz que agora acompanhava-lhe buscou alertá-la para com os perigos da mansão. Sinceramente? Já havia percebido tal fator, aliás, tinha a consciência deste até mesmo ao pisar no Heliporto de Pewter, a antiga cidade de onde havia partido, de onde tantas emoções e debilitações psicológicas haviam acertado-lhe com profundidade, transformando a ruiva em alguém quase que completamente neutra e fria, embora certas recaídas ocorressem. Afinal, não estava acostumada com tal metamorfose de pensamentos. A situação atual a qual se encontrava, ligada com um Rocket baleado, era a prova mais concreta deste argumento.

Naquele momento, a criatura que antes ocultava-se nas sombras, saltava para um feixe de luz provindo do astro lunar que decorava o céu, e a visão privilegiada de tal espécime obrigou a garota a estancar no local, relaxando e a fitando com genuína curiosidade. Nunca, em toda sua vida, havia visto algo que chegasse a ser minimamente parecido com aquele pequeno corpo quase humanoide ali à frente. Sua cabeça de forma quase oval, porém achatada na parte superior em ambas as laterais, era pincelada com uma tonalidade verde-acinzentada, e estranhos traços marcavam a testa do espécime, onde logo abaixo destacavam-se os olhos verde esmeralda do animal. Este quase não gozava da existência de um pescoço, e mantinha um corpo gorducho com pequenos pés que escondiam parcialmente a cauda triangular do pokémon. Outra coisa que se destacava eram as pequenas luzes tricolores que brilhavam com suavidade nas mãos do animal, em um ritmo inconstante, sem ciclo específico.

A garota chegou a recuar quando o animal avançou em sua direção, porém, a confusão abateu-lhe a mente quando o impacto apenas a fizera retroceder dois passos, com uma sutileza inacreditável. Como se o animal realmente não houvesse sequer refletido sobre ferir a jovem que ali se encontrava, que há pouco praticamente o dera uma bronca. Ainda que um pouco hesitante, optou por retirar do bolso seu aparelho avermelhado eletrônico, mirando a lente digital do mesmo na direção do corpo do pequenino e ouvindo suas informações pacientemente rasgarem o ar em timbre roboticamente monótono, ao passo que se afastava um pouco do mesmo. Guardou o objeto logo a seguir, retirando uma de suas esferas bicolores da mochila, expandindo-a e a observando se partir ao meio após ser impulsionada por um raio de tonalidade esbranquiçada, raio este que impactou-se no solo com a suavidade de uma pluma e passou a tomar a forma de uma pequena raposinha bicolor, com um topete em forma de labareda e um tufo de pelos a rodear-lhe o pescoço. Zorua.

Nisso, ela notou uma movimentação lateral ao fazer uso de sua visão periférica, e mal virou-se antes de reparar na toupeira ao lado do homem ali presente, trazendo-lhe o devido apoio do qual este necessitava. Lançando ao animal um sorriso agradecido, reparou nas frases que deslizaram dos lábios do Rocket, lançando-lhe um olhar repreensivo. Agora ele finalmente veria que realmente era um estúpido ao tratar seus companheiros tão rudemente? Balançando a cabeça, apenas respirou profundamente antes de sua atenção voltar à Elgyem, porém, ainda pronunciou-se para o rapaz que acompanhava-lhe.

- Não precisa se preocupar comigo... Apenas descanse. E a propósito, meu nome é Natalie. Natalie Chase - O fitou com o canto do olho, antes de voltar a atenção para a pequena raposinha que, indiferente, observava a situação que ocorria, buscando compreender alguma coisa do local. Ela sentou-se perto dos pés de sua treinadora após esticar-se e estalar todos os ossos móveis de seu corpo, passando uma de suas patinhas sobre o focinho e emitindo um barulho similar à um suspiro tedioso, antes de erguer a face e olhar ao redor, explorando silenciosamente o cômodo aonde se encontravam. Nisso, a ruiva tornou a observar o animal ali à frente, há pouco desconhecido para si - Elgyem... Certo? Posso saber o que deseja? - Questionou ao espécime, ajeitando suavemente uma de suas mechas avermelhadas por trás da orelha. Afinal, se ele ainda não havia desferido golpes... Poderia ser um animal passivo, afinal? Mesmo assim, ela abaixou-se, segurando suavemente o animal quadrúpede que jazia deitado perto de si, fitando a pequena raposinha das trevas e murmurando-lhe algumas indicações - Zorua... Caso ele parta para a ofensiva, quero que reaja com um Fake Tears para interromper suas ações e logo a seguir um Pursuit. - Ao notar uma careta provinda do pequeno animal seguido de um estreitar da olhar, ela suspirou, tornando a frisar certo detalhe da frase - Apenas se ele partir para a ofensiva. - A raposinha ainda ficou olhando-a por um tempo, claramente descontente, mas suspirou e assentiu, livrando-se de suas mãos e sentando-se no solo amadeirado. A garota suspirou, erguendo-se uma última vez - O que me lembra: Richard, fique fora disso, sim?

Porque, sinceramente, iria acabar dando alguns puxões de orelha naquele Rocket teimoso se ele ousasse se ferir mais ainda por se esforçar, ignorando completamente as orientações que o dera até aquele momento de modo insistente.

Mas, estava preocupada...
Do que aquele animal à frente seria capaz?

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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