Pokémon Mansion: Novas Amizades e Muitas Confusões!

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Minha mente ficou branca, não consegui pensar em nada. Meus olhos arregalados, sem acreditar no que ele tinha feito, em tudo o que estava acontecendo naquele momento. Primeiro encontro um antigo amigo, que revelava que havia fingido, me enganado e me ofendia. Depois, cortava os pulsos e parecia estar morto. Agora meu primeiro beijo, acontecendo numa espécie de templo sombrio, sendo que havia sido roubado. Não era exatamente o sonho de uma garota...

Como se não bastasse, Gabriel começava a gargalhar de forma exagerada. O choque ainda me deixou imóvel por alguns segundos, sendo capaz de apenas encará-lo incrédula. Não controlei minha próxima reação, movendo minha mão em direção à face do mesmo. Se acertasse o tapa, provavelmente até meus dedos ficariam doloridos.

-Você que é patético! Fica vivendo uma mentira, tentando me deixar abalada para amenizar o vazio que é sua vida! O que ganha com isso?! Finge ser meu amigo, depois revela que fingiu, para cortar os pulsos e quase me matar de susto, para isso?! Tenha um mínimo de respeito! Mas obrigada por me fazer perceber que ficar aqui, tentar entender o que aconteceu com você, seria apenas perda de tempo!

Gritava com ele, sem perceber o tom de voz que utilizava, me levantando em seguida e indo para perto de Utau com passos rápidos. Não queria nem pensar na reação dele, pouco me importava. Se tentasse me matar, ou se ficasse arrependido, não me interessava. Tudo o que eu queria era distancia dele e de todos que não fossem meus Pokémon. Precisava ordenar meus pensamentos. Estava em um lugar estranho, descobri que fui traída por alguém que depositei confiança, humilhada, mas o pior de tudo foi o abuso dele! Estava confusa e furiosa.

Olhei para Utau, não foram necessárias palavras. Ela sabia que aquele não era o momento para perguntar e que eu não estava conseguindo por meus pensamentos em ordem. Primeiro nos afastar daquele local maldito.

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As coisas se desenrolavam sempre de forma imprevisível. Agora some isso com o fato de estar numa dimensão misteriosa e macabra. Agora some essas duas coisas com o fato de estar diante de algo que você não vê, mas a pessoa que quer proteger e ajudar vê. Some isso tudo com a personalidade dessa pessoa, sabendo que ela primeiro faz e pensa depois. No que mais poderia resultar se não em confusão?

Melissa parecia em choque, como se tivesse acontecido algo que tivesse sido demais para ela acreditar. Tudo o que sei, é que a esfera brilhante que começava a me irritar se aproximou dela. O que teria ocorrido? Observo o prisma, primeiro ela parecia, de alguma forma, atraída para ele, agora a esfera luminosa, mas que parecia outra coisa para a Mel. Tenho um pressentimento ruim.

Minha criadora passou a gritar e ofender o ser estranho, se levantando e aproximando-se de mim. Vejo que está confusa e irritada, mas frustrada também, sem saber o que fazer. Questionar e entender agora só vai piorar tudo, o melhor era nos afastarmos dali. O pequeno grupo andava a passos rápidos, tentando ganhar distancia daquele local. No entanto, antes de começar a me distanciar, lanço um icy Wind na direção do prisma. Aquilo havia causado alguma coisa, tenho certeza disso. Se a esfera luminosa se aproximasse da Mel, utilizaria meu golpe de gelo nele também. Vou manter qualquer um que deixe minha criadora em crise o mais longe dela possível. Há coisas que ela não tem maturidade para enfrentar, sinto que essa atual situação, é uma delas. Pelo tom usado, posso dizer que sentia-se magoada por causa de alguém em quem confiava, esse é um assunto delicado demais para ela...

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Mais uma vez, Melissa tinha estourado, depois daquelas "brincadeiras", do beijo roubado e tudo que Gabriel vinha fazendo com ela até agora, ela não aguentou mais e soltou tudo que tinha para falar para ele e assim que terminava, se virava e partia para longe do amigo, ou o que quer que ele fosse agora para ela, mas ela não podia ficar surda para não escutar as palavras dele.

- Mel, desculpe-me...- a voz dele foi abafada por um soluço e pelas lágrimas que constipavam seu nariz, mas ele continuava a falar com a voz embargada. - Você não se lembra de quando nos conhecemos, desde que te vi pela...- Novamente a voz lhe falhava. Pela primeira vez, já sabia que

Melissa já mal conseguia continuar a se afastar, queria escutar o que Gabriel tinha a dizer, parou e estava prestes a olhar para ele, apenas pelo canto de olho para vê-lo novamente e ver se realmente chorava por ela, mas Utau lançou seu Icy Wind no prisma, fazendo Gabriel gritar de dor, não que chegasse aos ouvidos da Pokémon, mas Melissa o via desaparecer, se desfazia em um brilho encantador que se espalhava pelo ar até desaparecer por completo.

Melissa mal tinha saído do templo, então ainda era possível ver a mesma, agora parcialmente congelada, o prisma, mesmo envolto de gelo, ainda brilhava fortemente, na verdade, agora parecia ainda mais atraente, a luz convidava Melissa a se aproximar mais uma vez, porém assim que viu que sua treinadora cogitava voltar, Utau já começou a chamá-la, o que a trouxe de volta a si.

Mesmo assim, não havia nada ao redor além do templo, ficar andando por ai provavelmente não levaria a nada, já que não tinha nenhum sinal de vida por quilômetros e muito menos alguma coisa além da neblina que cobria tudo. Talvez, o passaporte de saída daquele lugar realmente estivesse no templo, mas a Glaceon parecia ainda não aprovar que Melissa voltasse para lá, Venonat parecia não perceber nada de diferente pelas redondezas e o Ralts, bem, continuava a seus três passos de distância sem nada demonstrar.

Situações estranhas, inesperadas, desagradáveis e amargas, aparentemente, me amam.  Acreditei ter sido enganada, feita de trouxa, mas agora queria muito estar surda, para não ficar mais tonta do que, do que... Sei lá, nem sei que comparação usar...

Ouvir Gabriel se desculpar, com voz embargada, como se estivesse segurando algumas lagrimas, me fez parar. Adoro situações “comuns”... Estar perdida no meio de uma dimensão medonha,  um suposto amigo que desconfio ter dupla personalidade, minha Pokémon me olhando como se eu tivesse enlouquecido de vez... Até que o ultimo item já era um pouco comum... Como é “bom” ser eu e ficar nessas situações com uma facilidade bizarra...

Confesso, dei um pulo de susto quando Gabriel gritou de dor, o olhando espantada enquanto ele sumia, se desfazendo na minha frente. Fico alguns minutos paralisada, tentando entender o que houve, meus olhos logo eram atraídos pelo prisma novamente.

-Era real?

Me viro para Utau, que balançava a cabeça de forma negativa. Não sei mais no que acreditar nesse lugar estranho. Acho que enfrentar os rockets naquela mansão teria sido uma ideia melhor... Sem perceber, me aproximava do prisma novamente, me sentindo atraída. Gosto de joias, mas não saio por ai agindo feito uma zumbi a cada joia brilhante que vejo, o que me leva a crer que tenha algo de diferente nessa... Por sorte, Utau me impediu de chegar perto, do jeitinho dela infelizmente...

Primeira ideia: sair do templo. Problemas: Nem Vini, nem Cass, pareciam encontrar algo por perto, o nevoeiro atrapalharia muito, não havia realmente algo indicando que existisse algo além do templo. Talvez o templo fosse a única coisa que existisse, quem sabe a saída estivesse ali, em algum lugar?... Bastou eu olhar para o interior do lugar com essa duvida que Utau me mordeu. Dou um pequeno grito, mais devido o susto, antes de encará-la com irritação.

- Podemos vasculhar o templo e encontrar uma saída, ou andar por ai as cegas e contar com a sorte, o que no nosso caso, parece que tirou férias. Tem ideia melhor?

Pergunto para ela, sendo fácil notar que está irritada, mas também sem ideias. Não parecia haver muita escolha. Sei que ela ficará de olho e fará o possível para me manter longe do prisma, enquanto vasculhamos melhor o ambiente.

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Melissa está agindo de forma estranha de novo. O troço parecia dizer algo para ela, que a fez parar. Minha irritação subiu minha cabeça e não aguentei mais. Lanço o ataque e fico satisfeita quando aquela bola brilhante some. Minha criadora parece ter visto algo desagradável, está pálida. Está realmente confusa e novamente é atraída por aquele prisma maldito.

-Era real?

Finalmente ela percebeu!!! Se bem que, com essa pergunta “genial”, ela ainda deve estar em duvida, o que é impressionante, ou só está em choque por descobrir que conversava com uma luzinha. De qualquer forma, a respondo com um balançar da cabeça. Espero que agora ela preste mais atenção e... Meu Arceus, ela ta tentando tocar no prisma de novo?!?!?! Corro até ela e a mordo, encarando-a com irritação. Alguém tem que ser inteligente por aqui, e esse alguém que não seja a Mel.

Não sei o que esse prisma tem, que fica atraindo ela como se fosse uma moeda de hypno, mas é bom manter distancia. Infelizmente, parece que não havia NADA ali, além do templo. O que poderia ser feito? Noto que a Mel olhou para o templo de novo, com aquele olhar de quem quer explorar. Mordi-a de novo, que ideia era aquela?! Voltar nem pensar! Ela deu um gritinho devido o susto e me encarou irritada.

- Podemos vasculhar o templo e encontrar uma saída, ou andar por ai as cegas e contar com a sorte, o que no nosso caso, parece que tirou férias. Tem ideia melhor?

Okay, não tenho argumentos e nem ideias melhores. O que ela disse, pode ter um fundo de verdade. Parece que não temos escolha, de novo... Respiro fundo, irritada, mas aceito a exploração, entretanto, vou cuidar para que Mel fique o mais longe possível daquele sei-lá-o-que.

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No fim, Melissa conseguia mostrar a sua Pokémon que deveria voltar para o templo, já que lá era o único lugar que tinha alguma coisa além da névoa, assim a estudante junto com seus Pokémon voltaram até a mesa que havia ali, antes que visse qualquer coisa o olhar se Melissa voltou a se fixar no prisma...

Até que Utau, já irritado com aquilo colocou-se a frente dele, com isso Melissa parecia ter acordado de um sonho e balançou a cabeça, conseguindo voltar a se concentrar em alguma coisa além do prisma. Tudo continuava exatamente igual, o canino grande e afiado, uma pedaço de pele, de qual ser Melissa ainda não conseguía desvendar, e Utau, que tapava o prisma.

Mas o que Melissa teria que fazer ali ainda permanecia uma incógnita. Mesmo tapado o prisma ainda chama sua atenção, era possível ver os resquícios de seu brilho sobre sua Glaceon. Algo na cabeça de Melissa dizia que o prisma seria a chave para encontrar a solução, mas também poderia tentar fazer algum teste com o que tinha ali além dele.

Mas para isso, Melissa olhou com mais cuidado os objetos, a presa estava de pé e com cuidado, a estudante o pegou e de dentro dele caiu um papel. Ele era velho e estranho, como tudo ali, por sinal. Havia desenha algo como um círculo, mas de formato menos definido, pintado de vermelho, então Melissa percebeu que ele "escorria" até outra parte do desenho, um frasco, bem semelhante ao que tinha na mesa.

Uma seta também apontava para ele, como se fosse para colar lá dentro, mas seu início vinha de uma mancha que Melissa não conseguiu identificar e por sua vez, essa mancha era o fim de uma seta, que no começou tinha um círculo, como se estivesse dando um zoom na imagem que também era um tanto inidentificável, mas melhor do que a mancha, após olhar bem Melissa viu que era uma cobra ou algo semelhante a uma.

De modo geral, era um desenho bem bagunçado, mas, por enquanto era a única dica do lugar, a estudante poderia explorar mais também, mas por enquanto, aquilo parecia estar levando a algum lugar, não literalmente, mas quem sabe se no fim aquilo não realmente levasse Melissa de volta.

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Começo a ter sentir um misto de medo e irritação em relação ao prisma. Não posso nem me aproximar muito dele, para que tudo pareça evaporar ao meu redor. Isso está sendo frustrante, estou sendo hipnotizada por um objeto inanimado! Utau também já havia chegado ao auge de sua irritação, ficando na frente do prisma. Graças a isso, “desperto”, espero me manter assim até descobrir a saída...

Não sei bem o que procurar... Com certeza não haveria uma placa dizendo “saída por aqui”, talvez o portal se abrisse ali, mas não era nada certo... Mesmo não vendo, tentando não notar o brilho esverdeado que estava atrás de Utau, não consigo tirar o objeto de minha mente. Não era um objeto normal, talvez pudesse me dar uma pista de que lugar era aquele e de como sair, mas não quero arriscar, pelo menos, por enquanto.

Pego com cuidado a estranha presa. Seria de verdade? Observo o papel que caia do mesmo, estranho, quem colocaria um desenho ali? E ainda era bagunçado, difícil de entender. Parecia instruir para colá-lo no frasco. Sinto os olhos de Utau me observando, mas não a olho de volta, temerosa ainda por causa do prisma.

-Arrisco?

Utau se mexia um pouco, incerta. Tudo naquele lugar parecia deixá-la mais do que desconfiada, mas não disse nada. Respiro fundo e pego o frasco com o tecido, tentando seguir aquela estranha “instrução”. Cass e Vini estavam um pouco atrás de mim, me observando, Utau se preparando para atacar qualquer coisa suspeita que fosse aparecer. Bem que podia aparecer alguém disposto a explicar que lugar era aquele, o que era tudo aquilo, sem querer fazer alguma coisa ruim, embora talvez minha sorte não permitisse. Ó vida...

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Okay, daqui a pouco, transformo esse treco em um brinquedo de mastigar. Parecia atrair Mel como uma espécie de imã, me deixando nervosa e preocupada. Fico na frente do mesmo, isso parece acordar essa desastrada, mas ela evita olhar na direção dessa coisa, consequentemente, não me olhando. Odiei do fundo de minha alma este ambiente, não gosto de me deparar com o desconhecido, principalmente quando ele influência tanto minha criadora. Posso notar facilmente que esse objeto ainda invade os pensamentos dela, o que me deixa estressada. Sem reparar, algumas partes de meu pelo ficam espinhentas, mas logo me forço a ficar calma e meu pelo volta ao normal.

Vejo-a olhar e analisar melhor a presa, embora eu esteja desgostosa com isso. Sinceramente, quero que ela não toque em nada. Pelo menos, largou rápido o que havia pegado. Infelizmente, agora analisava um desenho bizarro e confuso, não me representa nada.

Sinto meu coração falhar uma batida quando ela me pergunta se devia arriscar. Definitivamente, deve ser uma péssima ideia. Mexo-me desconfortável, sei que ela não procura confusão, apenas uma saída. Em realidade, estamos perdidas e não há a menor possibilidade de vir alguém para ajudar. Não quero arriscar, mas para sair dali, isso será obrigatório. Não a respondo, mas preparo um ataque por precaução. Se algo aparecesse e Melissa ficasse alterada, poderei reagir mais rapidamente.

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Melissa olhava o papel e por fim conseguiu decifrar que ele a instruía a jogá-lo dentro do frasco a sua frente, perguntou a sua Pokémon se o devia fazer, mesmo não gostando da ideia era necessário e assim a criadora fez, muito tensa, assim como Utau, pronta para atacar o que quer que surgisse.

Mas... Nada, não aconteceu nada de diferente, o papel caiu dentro do frasco talvez ainda fosse possível pegá-lo de volta, talvez fosse apenas uma coisa boba aquele papel mesmo, ou Melissa tinha o entendido errado, de qualquer maneira, aquela não parecia ser a solução para sair daquele lugar.

Com isso, Melissa ou deveria recuperá-lo para tentar decifrá-lo novamente ou procurar em outros lugares por uma saída, pela cara do lugar provavelmente não teria uma placa indicando, então seria necessário explorar, sendo essas as únicas possibilidades aparentes que Melissa poderia seguir.

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Tá legal, talvez eu tenha interpretado errado o desenho. Não sou boa com enigmas e charadas mesmo, mas aquela era minha única pista... Ou talvez fosse algo inútil que não servia para nada, possibilidade mais provável talvez... Mas na falta de opção e sem ter nada para fazer mesmo, porque não?  Ou tento decifrar ou saio explorando, são as únicas opções de qualquer forma. Suspiro um pouco desanimada, percebendo que Utau está aliviada pela ausência de ameaças, mas eu estou é desapontada. Tinha esperanças de ter algum resultado.

-Cass, consegue?

Pergunto para meu Pokémon avoado. Ele não esboça reação nos primeiros segundos, mas logo usa confusion no papel, para tirá-lo de dentro do frasco. Não sou doida de meter minha mão ali e correr o risco de encostar em  uma pele misteriosa! Quando ele faz o papel flutuar para fora, o seguro e analiso novamente.

Um circulo vermelho que parecia escorrer. Uma seta apontando para o frasco, mas no começo, parecia ter um circulo, talvez a intenção fosse fazer algo estilo uma lupa e aquilo aumentasse uma área do frasco... Será? Fico observando por alguns instantes, o circulo vermelho que escorria poderia ser algum liquido e talvez fosse isso que devesse ser colocado no frasco, mas que tipo de liquido vermelho seria?

Balanço a cabeça quando penso na possibilidade de exigir colocar sangue ali. O lugar era macabro, faria sentido, mas e se não fosse? Poderia até estragar tudo... E não vou colocar sangue de ninguém ali! Deixo o desenho em cima da mesa, por enquanto, pensando no que fazer.

-Vamos explorar, deve haver algo a mais por aqui.

Digo, embora pouco esperançosa. Vini começa a usar seus olhos, tentando ver algo escondido entre as ruínas. Cass não se mexia, nem mesmo Utau que ainda escondia o prisma misterioso. Começo a pensar na possibilidade de tocá-lo novamente, dessa vez consciente. Sei que, seja lá que forma tome, não é real, então talvez pudesse me ajudar a resolver tudo aquilo, não? Mas uma aposta desse nível pode não ser boa ideia...

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Fico aliviada de nada ter surgido e nos atacado, ou explodido, ou desintegrado, ou qualquer coisa assim. Chego a suspirar de tanto alivio, mas noto que Melissa está desapontada. De certo desejava que o portal aparecesse, esse lugar parece fazer muito mal a ela.

Ela pede para Cass pegar o papel e o analisa novamente, demorando um pouco. Apenas a observo em silencio, esse lugar está me dando calafrios. Fico analisando a face dela, tão séria e concentrada, querendo acreditar que ali haveria uma resposta, mas balança a cabeça e o deixa de lado. Ela pensou em alguma possibilidade, mas não gostou e não quer aceitar. No que será que ela pensou?

Bem, não vou me intrometer, a nova decisão dela me agrada mais. Explorar o local e ver cada canto entre as pedras dessas ruínas. Deve haver algo que nos leve algum lugar. Caso o contrário, teríamos apenas um desenho e o prisma. O segundo falava com ela, talvez pudesse explicar o que fazer, mas pelo o que ouvi ela dizer, ele não parecia gostar de responder... Portais, porque trazem tanta dor de cabeça?!

Com a ajuda de seu Ralts, Melissa analisou o papel novamente até chegar a conclusão que deveria colocar sangue dentro do frasco, porém a ideia era apavorante e ela acabou desistindo, preferindo explorar as redondezas, mas caso quisesse, com a ajuda de seu Venonat, poderia encontrar aquele lugar e colocar uma amostra de sangue no vidro.

Utau parecia contente com a escolha de sua treinadora, esperou ela se afastar um pouco e então saiu da frente do prisma e logo se juntou a criadora. Não havia muitas coisas para se guiar, então eles andavam basicamente sem direção, o Venonat parecia não encontrar nada de diferente. Depois de um tempo ele, finalmente, mudou um pouco de rumo, não parecia ser um grande encontro, pois ele não tinha se empolgado muito, mas pelo menos era algo diferente.

O Venonat parou um pouco a frente da criadora e esperou ela se aproximar, a priori Melissa não sabia o que ele queria mostrar, mas depois de dar um passo percebeu que estava na água, não era muito funda, pois seu Venonat ficava de pé sem problemas, porém ela aos poucos ficava mais funda, Melissa só não sabia até quanto ela ficaria.

Analisando um pouco melhor, parecia ser um lago, pois a água não tinha nenhuma movimentação que a criadora pudesse sentir, a neblina tapava tudo, então não era possível ver a água nem se havia algo nela. Os Pokémons de Melissa não a poderiam seguir por muito tempo, então se a criadora decidisse seguir teria que dar um jeito de segurar a todos ou recolher alguns para suas Pokébolas. Mas ainda poderia retornar ao estranho templo se preferisse.

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Andando sem direção num lugar sombrio. Que divertido... Vini não parecia encontrar nada de interessante e a neblina não me deixava ver grande coisa. Ai Arceus, me ajuda! Rezo em silencio, torcendo para que encontrássemos algo, quando Vini muda levemente de direção. Um pequeno sorriso surge na minha face, já era alguma coisa.

Continuamos andando em silencio, até meu querido Venonat parar. Aproximo-me confusa, finalmente percebendo a água. Parecia ficar mais fundo, conforme se avançava, sem nenhuma movimentação, seria um lago? Não consigo ver além, por causa dessa maldita neblina. Fico dividida.

Não sei nadar, não tenho Pokémon aquático que possa me ajudar, se ficar muito fundo ou haver alguma coisa na água, estarei com problemas... Em contrapartida, talvez houvesse algo além. Talvez construir uma jangada? Mas como faria? Nunca construí uma antes e nem vi nada sobre como fazer... Talvez Cass pudesse usar Confusion nas pedras do templo e jogar no lago, para ver a profundidade do mesmo. Valia a pena tentar.

-Cass, consegue usar teleport para nos levar de volta ao templo? – Noto o olhar confuso de Utau. – Pegamos algumas pedras para jogar no lago e ver até onde afundam. Não temos ninguém que possa me ajudar no lago e natação não é meu forte. Você sabe.

Minha companheira baixava a cabeça. Desejando ter evoluído para vaporeon e, dessa forma, resolver o problema, me abaixo ao seu lado e acaricio seu pelo macio. Ela me salva mais vezes do que posso contar, mas sei que não gosta de ficar encurralada como estamos agora. Ela volta a manter o foco e faço um sinal para Cass nos levar de volta as ruínas.

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Nada. Nada. Nada... Nada... Estou ficando com tédio. Há apenas neblina e o templo por aqui? Que lugar chato! Embora seja melhor morrer de tédio do que ter que fugir ou enfrentar algo que pode nos matar de forma dolorosa... A sorte da Mel é algo que sempre me deixa preocupada.

Sigo o Venonat, ficando sempre do lado da minha criadora. Minhas orelhas erguidas, tentando captar algo, embora os olhos do nosso companheiro mais novato e a habilidade de sentir sentimentos do ralts sejam mais eficientes para detectar alguma coisa. Paro de andar quando essa loira desastrada também para e noto que encontramos um lago.

Oh Oh... Isso não é legal... Não temos ninguém que possa ajudar a Mel ali e ela é uma péssima nadadora. Ela agora deve estar fritando os poucos neurônios que possui, tentando pensar em alguma solução. Não vejo se há algo para se fazer aqui, quem sabe tentar dar a volta? Mas seria mais fácil se não houvesse tanta neblina...

Estranho o pedido de voltar ao templo, mas ela logo me explica o motivo. Tentar ver até onde as pedras afundam? Bem, se Castiel conseguir levar elas com teleport até o lago, poderia dar certo, mas o teleport dele não é exatamente confiável...

Odeio ficar com escassez de opções, precisar de algo que não se tem e não saber para onde ir. Me sinto encurralada e com cada vez menos opções. Se eu fosse uma vaporeon agora, seria mais fácil, mas e depois? Estou ficando nervosa. Melissa tenta me animar e acaricia meu pelo. Ergo a cabeça, não é momento para me preocupar. Agora retornar para o templo, achar alguma pedra grande e solta, de preferência da altura da Mel, voltar para o lago com teleport e ver até onde a pedra afunda.

Vendo que a água ficava cada vez mais funda, tanto Melissa quanto Utau não viam nenhuma opção, a criadora não era boa nadadora e não tinha nenhum Pokémon para ajudá-la no momento, então teria que se manter em uma profundida segura e para garantir isso teve a ideia de usar pedras, que poderia ser encontradas no templo.

Todos se juntaram perto de Castiel e então ele começou a emitir um leve brilho, após alguns segundos a criadora estava no meio do nada novamente. Realmente aquilo não era muito confiável, porém o Venonat parecia saber onde estava e logo tomou a frente, pouco tempo depois já estavam vendo o templo, mostrando que ao menos aquilo tinha os poupado uma boa caminhada.

Chegando mais perto logo era possível ver algumas pedras soltas, uma bem pequenas e outras maiores, porém quando chegou perto para tentar pegar alguma, uma voz, bem conhecida por Melissa principalmente dos eventos ocorridos nesse lugar, voltou a ressoar, juntamente com o brilho que inundava o templo.

- Tão frio... - dizia a voz e nesse mesmo instante a criadora se sentia na missão de esquentar o cristão da forma que fosse, usando suas mãos para passar seu próprio calor ou usando um Pokémon, logo começando a pensar se estava com algum que dispunha de algum golpe de fogo.