Pokémon Mansion: Novas Amizades e Muitas Confusões!

Embora o começo complicado, as coisas estavam começando a melhorar na batalha. Vladimir era ainda prejudicado pela falta de ataques, mas com o tempo, aquilo se ajeitaria. Ariana também tinha poucos movimentos, mas sua agressividade compensava aquilo. Ela aproveitava a oportunidade que a estratégia da estudante havia criado para expor seu pior lado.

Totodile se tornou um alvo fácil e ficou coberto pelas teias da pequena aranha. Parecia uma múmia de tantas teias o envolvendo e sufocando. A dor e o desespero impediam-no de pensar direito. O crocodilo começava a asfixiar e tentar obter a liberdade a todo custo. Melissa ergueu a mão e acariciou a garganta, engolindo em seco. A lembrança das mãos do homem de máscara a sufocando. Queria acreditar que era um sonho, então apenas balançou a cabeça, afastando os pensamentos. Não era a primeira vez que usava uma estratégia agressiva, mas não a impedia de se sentir um pouco mal pelo Pokémon.

Lover brincando com Pidgey e a esmagando, Ariana contra Dustox e um Zubat. Talvez fosse pela agressividade de ambos que raramente utilizava-os em batalhas... Teria que achar uma forma de contornar aquilo e tornar as estratégias menos cruéis, mas como o faria?

-Ariana, use Screech novamente, para que o barulho deixe Totodile atordoado! Enquanto ele se recupera do som, use String Shot para enrolar os braços dele junto do corpo, para tentar impedi-lo de mover e usar Scratch! Depois mova as teias que o prendem pelas pernas, para erguê-lo e tentar mantê-lo de cabeça para baixo, totalmente indefeso para o próximo movimento! Se for preciso, mova as teias para jogar Totodile contra mais delas, prendendo-o ainda mais!

A jovem loira dava os novos comandos, tentando imobilizar totalmente o Pokémon Water e impedi-lo de qualquer ação que fosse. Sua boca amarrada impedia um Water Gun, se seus braços fossem amarrados, não poderia usar Scratch. Se obtivesse sucesso, seria necessário apenas mais um Screech e Ariana poderia atacar de forma direta. Era melhor do que continuar a espremê-lo, além disso, a cada vez que usava essa estratégia, Ariana parecia ficar cada vez pior... Era melhor começar a tomar cuidado e a escolher melhor as batalhas que ela enfrentaria. Quem sabe, com golpes melhores, a pequena Joltik melhorasse?

Ariana começou a fazer um barulho altíssimo e incrivelmente incomodo, que além de roubar a atenção do Totodile acabava fazendo com que a defesa dele diminuísse mais um pouco. Então logo começou a usar seu String Shot novamente para enrolá-lo com sua teia novamente. Pelo visto Melissa não tinha gostado muito da ideia de sufocá-lo, ainda mais com o que aconteceu - se aconteceu - a algum tempo atrás com o homem mascarado.

Usando suas teias, Ariana prendeu os braços do Pokémon Aquático, mas antes que pudesse fazer o resto, um forte jato d'água foi lançado contra ela, a empurrando para longe e impedindo de controlar as teias e então, usando novamente seu Scratch, o Totodile começou a se livrar dos fios, era difícil, mas logo sua mão estava livre e então começou a trabalhar nos braços.

Hora da Batalha
Campo: Campo gramado com uma árvore e um pequeno lago próximos, mas em direções opostas. Céu aberto com uma leve brisa.

Novamente o som desagradável e alto demais. Pelo menos, fazia o efeito desejado e a defesa de Totodile encolhia ainda mais. A defesa reduzida facilitaria as coisas para Ariana. Mais teias enrolavam-se no crocodilo, mas o Pokémon Water não iria desistir tão facilmente. Podia se assustar fácil, mas era esforçado.

A loira observou com atenção o Pokémon, tirando alguns fios de cabelo ainda úmido da face. A pequena aranha começava a ficar impaciente. A defesa baixa, a velocidade prejudicada, a paralisia, talvez não tivesse mais que esperar de qualquer forma. Melissa sorriu para a pequena aranha. “Você não é nem um pouco gentil nas batalhas... Queria saber como isso nunca te incomodou...”, a jovem pensou, observando a Pokémon aranha, que liberava pequenas faíscas, claramente impaciente.

-Ariana, aproveite as teias para se ocultar e locomover, evitando os ataques de Totodile. Use Fury Cutter quando conseguir chegar perto, para causar danos diretos nele, ocultando-se entre as teias em seguida. Repita o processo. Vamos tirar proveito da paralisia e da velocidade reduzida dele!

A estudante comandava a companheira, esperando conseguir acabar rápido com a luta utilizando a defesa reduzida. Daria certo um ataque direto? Fury Cutter não era exatamente seu ataque preferido, mas não possuía muitas opções... Aquilo parecia relembrar a criadora de que precisava treinar seus companheiros e ser menos desleixada em relação a força de seu time. Isso estava lhe prejudicando a cada dificuldade que passava.

Ariana se esgueirou pelas teias, aproximando do Totodile sem ser notada, enquanto isso, o Pokémon aquático continuava trabalhando nos fios que o prendiam, conseguindo se libertar cada vez. Depois de já ter feito um bom progresso, Ariana já estava bem atrás do Totodile, então saltou nele e usou seu Fury Cutter, o ataque repentino fez com que o Totodile se virasse surpreso e esse reflexo acabou o libertando da maioria dos fios.

Então o Totodile mexeu um pouco seus pés e eles também foram libertos, mas quando ia andar para atacar a Joltik, a paralisia o infligiu e impediu-o de mover-se. Ariana aproveitou-se do momento e avançou contra ele usando outro Fury Cutter, o ataque adquiria uma maior intensida e causava um dano ainda maior no Totodile. Mas, ao recuperar os movimentos, o Pokémon aquático usou seu Scratch e cortando os fios de seu caminho, foi para longe da árvore.

Hora da Batalha
Campo: Campo gramado com uma árvore e um pequeno lago próximos, mas em direções opostas. Céu aberto com uma leve brisa.

A pequena aranha demonstrava seu lado sorrateiro pela primeira vez para a estudante. Aproveitava-se da distração do Pokémon Water, ocupado demais em se libertar, parecendo nem ao menos desconfiar que a elétrica podia querer atacá-lo diretamente. Joltik utilizou bem sua vantagem, assustando o outro e o ferindo, os danos agravados pela defesa baixa.

Mais um golpe certeiro e que causava maiores danos em Totodile. A energia do mesmo caía. No entanto, ele se libertou das teias da aranha, afastando-se tão rápido quanto podia. A pequena aranha liberou algumas faíscas, descontente por sua “presa” ter escapado de sua armadilha. Melissa suspirou, a luta estava bem perto de encerrar, era apenas questão de tempo, depois poderia tentar se localizar.

Não adiantava tentar novamente envolver tudo em teias. A loira duvidava de que o crocodilo iria se deixar envolver tão facilmente de novo. Um truque dificilmente funcionaria com perfeição muitas vezes, não importa o quão bom fosse. No entanto, aproximação direta nunca foi sua estratégia favorita com Ariana. Utilizava-a com Utau, mas já tinha tanta confiança nela que, se ficasse cega, deixaria a Pokémon Ice guiá-la.

Agitou de leve os cabelos louros, para tentar fazê-los secar mais rapidamente, correndo os dedos entre os fios, desembaraçando-o levemente. Repetia o processo enquanto pensava em como continuar. Simplesmente ordenar o ataque direto? A paralisia não era algo que podia prever, mas tirando Water Gun, Totodile tinha que chegar perto de sua Pokémon para atacar. Isso já era uma vantagem extra para ela.

Os orbes róseos fitaram o crocodilo azul. A jovem sorriu de leve. Devia ter algum problema... Simpatizava apenas com aqueles que tinham algum traço realmente marcante, ou cuja personalidade não fosse muito comum... Nenhum de seus companheiros podia ser descrito como “um Pokémon qualquer”.

-Ariava, ele deve estar com sua velocidade prejudicada por causa da paralisia, aproveite para avançar em sua direção e use seu Fury Cutter mais uma vez! Aproxime-se em zigue-zague, para dificultar a pontaria dele! Se errar ou ele ainda conseguir ficar de pé, use outro Fury Cutter para terminar o combate!

Rachel comandava. Era bom ter algo lhe distraindo das lembranças, fossem reais ou sonhos. A possibilidade de ter um novo companheiro também era agradável. O tipo água fez muita falta em diversos momentos e havia gostado de Totodile. Da mesma forma que havia gostado de Ariana por sinal. Primeiro a surpresa e a chateação, para depois descobrir uma criaturinha de personalidade e querer descobrir mais dela.

Ariana começou a avançar em zig-zag contra o Totodile, que acompanhou o movimento com os olhos e antes que ela o alcançasse, usou seu Water Gun, o jato d'água ia de um lado para o outro, tentando acompanhar a Pokémon, que era pega algumas vezes pelo golpe, mas não recebia tanto dano e conseguiu continuar a investida até chegar ao Totodile. Próximo a ele, ela saltou e usou seu Fury Cutter outra vez, dessa vez o golpe era mais forte e machucou bastante o Pokémon Aquático. O Totodile já estava bem ferido e com o corte, não conseguiu resistir mais e acabou caindo no chão desmaiado. Ariana saíra vitoriosa do combate e Melissa poderia tentar capturar o Pokémon agora.

Hora da Batalha
Campo: Campo gramado com uma árvore e um pequeno lago próximos, mas em direções opostas. Céu aberto com uma leve brisa.

480 de EXP para Ariana, que passou de level e ganhou 3 pontos de felicidade

Mesmo com Ariana tentando evitar os ataques do Pokémon crocodilo, os jatos d’água dele algumas vezes acertavam seu alvo. Graças ao tipo provavelmente, os danos não eram altos, não impedindo a pequena aranha de alcançar seu oponente e utilizar seu novo golpe. Fury Cutter era certeiro, seu dano crescente, a defesa reduzida e a pouca energia que restava para Totodile, tudo isso fez com que o combate logo terminasse.

Melissa sorriu perante a vitória de sua pequena companheira, lançando uma Pokébola contra Totodile, tentando capturá-lo. A loira estava satisfeita. Lentamente seu time se tornava mais forte e um tipo importante era adicionado a sua equipe. Um novo companheiro para conhecer e fortalecer. Assistia a esfera balançar, aguardando o resultado da captura. Se o Pokémon Water conseguisse se livrar da esfera, iria lançar outra para tentar capturá-lo.

A estudante via sua companheira voltar para ela, a escalando e se escondendo entre os fios amarelos de seu cabelo, embora um pouco irritada com a umidade ainda presente neles. Vini continuava saltando, tentando alcançar a bolsa da garota, que sabiamente a afastava dele. Os olhos róseos voltaram para o campo, tentando conseguir mais detalhes do mesmo, agora que não havia batalha, ou um Totodile lhe mordendo para distrair. Tentava saber onde estava e enxergar alguma construção. Onde houvesse construções, poderia haver pessoas, não? Talvez uma cidade, embora talvez isso fosse sonhar alto demais...

Logo após o termino de sua batalha, a futura criadora usou uma pokeball para tentar capturar o totodile abatido, a esfera englobou o pokemon e ficou balançando incessantemente enquanto a jovem tentava separar Venonat de sua bolsa, não demorou mais de dois minutos para se ouvir o som de estabilidade da ball, totodile havia se juntando a equipe de Melissa. No entanto, antes mesmo dela ir recolher a pokeball, a esfera sumiu, teletransportou-se automaticamente sem nenhum aviso prévio. Sabendo que tinha sua equipe cheia, obviamente, a ball devia ter ido para o seu storage. Esclarecido isso, Melissa agora buscava por ajuda, precisa saber aonde estava e como saia de lá.

De forma que não podia explicar, uma fadiga e sonolência se abateu sobre a moça e seus pokemon, as pálpebras pesavam e por fim se fechavam, Melissa, Ariana e Vini caíram no sono em meio a um lugar desconhecido. Era impossível dizer quanto tempo ficaram nesse estado, pois quando acordaram, havia um ranger ao lado dela que logo tentou checar se ela estava bem, pois segundo ele, ela e seus companheiros foram encontrados num quarto da Mansão Pokemon, desmaiados, mas ilesos. Os rockets haviam deixado o local e agora os rangers e alguns treinadores estavam deixando o lugar. O ranger aconselhou a aprendiz de criação a fazer o mesmo e ir logo á um centro pokemon para cuidas dos seus pokemon. O pesadelo havia acabado enfim, mas as sequelas ficariam na mente da jovem para sempre.

Era difícil decidir se prestava atenção na captura, ou se tentava separar Venonat da mochila. Melissa chegava a conclusão que nenhum Pokémon seu era realmente normal, todos tinham alguma característica (ou mais) marcante demais. Pelo menos, o som característico da captura alcança os ouvidos da estudante, que olhou a esfera com um sorriso. A loira nem ao menos se preocupava quando esta sumia, sabia que já tinha todo o time lotado e que, com certeza, Totodile havia ido para o Storage.

A briga havia acabado e tudo estava em paz, mas ainda havia a questão: como sair daquele lugar? Nem sabia onde estava, quem dirá como sair dele! No entanto, novamente a sonolência surgia. Ficar acordada se tornava impossível e a jovem adormecia no local. Dormia pesadamente, respirando profundamente, sem saber o que realmente acontecia ao seu redor. Quando despertava, sentia como se tivesse dormido por tempo demais, levando um breve susto quando viu outra pessoa, respirando aliviada ao ver que era um ranger.

Melissa sentia-se confusa com tantos acontecimentos, seguindo a sugestão do jovem e indo até o centro Pokémon. O templo em ruínas, o homem mascarado, a batalha contra o Feraligatr, aquele estranho local onde havia enfrentado Totodile, levaria alguns dias até poder dizer se havia sido real ou um sonho. Pelo menos, tudo havia terminado, embora ainda sentisse o peso no coração, por não ter conseguido ajudar o homem no templo.