Viridian Forest - Buscando treinamento!

Agora sim, depois de um longo tempo, conseguiram enfraquecer Simisear ao máximo. Nada que garantisse a vitória, infelizmente. A partir de agora, precisariam contar com a sorte E acertar Simisear o máximo que pudessem, sempre desviando também de seus ataques. Nada fácil a missão dos dois companheiros.

- Char, se correr é o que você pretende, fique à vontade! Cora para desviar do Dig de seu oponente! Agora fique atento, se Simisear errar seu ataque, e esperamos que ele erre com essa sua corrida, você deve atacá-lo com um Scratch rapidamente, e então sair correndo de novo!

- Aguarde que ele te ataque pela segunda vez, e então tente desviar de seu ataque (Asaph esperava por um Rock Throw, mas poderia estar perfeitamente enganado). Em seguida, é correr e arranhar mais uma vez! (Scratch).

Uma das características de Asaph era tentar manter o bom-humor, principalmente em situações difíceis. Isso encorajaria seus Pokémon e, além do mais, se alguém estivesse filmando, se a vida fosse um "Grande Programa da Vida Real", onde todos estivessem olhando, pelo menos ele estaria fazendo as pessoas rirem com aquilo tudo. Talvez o jovem não fosse lá muito certo das ideias, essa é que era a verdade.

- Vamos lá garoto, a partir de agora vamos correr e arranhar, não há nada mais a fazer! - Falava mais para si mesmo do que para o próprio Charmander.

- Muito bem garoto, muito bem! - Asaph dava leves batidinhas na cabeça do lagarto alaranjado. Estava exausto, não havia a menor dúvida em relação a isso - Garotão, boa notícia: Agora falta bem menos do que faltava! - Será que o jovem realmente acreditava que piadas sem graça como aquelas melhorariam a situação?

- Infelizmente não há muito mais a se fazer amigão, acho que já tentamos de tudo em matéria de estratégia. Mas veja, vamos tentar algo diferente desta vez. Continue esperando o ataque de Simisear, acho que se você não correr você tem maiores chances de se esquivar, sabia? Se for possível, espere ele atacar duas vezes, e só então você corre e atinge o Símio com o Scratch, também duas vezes! Veja bem, vá se aproximando dele bem lentamente, um passo de cada vez. Como Simisear conhece o terreno, pode entender muito bem seus movimentos através dos passos que você dá.

- Então vamos lá garotão, vamos com tudo! Mas devagarinho, com cautela, está bem?

O fantasma atrás do treinador certamente não estava rindo por um simples "bom humor". Mas o louco rapaz parecia manter um humor melhor nos últimos momentos. Seria uma esperança de vitória? Insanidade prévia ao pensar em uma derrota? Que os próximos passos não sejam perdidos!

Nenhuma outra alternativa restava ao jovem além de ir com tudo naquela batalha. Estavam perto, já não era tão impossível quanto parecia no começo da batalha. Não que agora Asaph menosprezasse os oponentes, ao contrário, os respeitava muito. Mas, pela primeira vez, sentia-se confiante de que poderiam vencer. Bastaria apenas realizarem os movimentos corretos, e evitar ataques do oponente.


- Charmander, desta vez quero que você procure uma pedra no chão ou um pouco de terra e atire no símio! Corra velozmente de modo a pegá-lo desprevenido e acerte-o com um arranhão! (Scratch). Depois, procure desviar de seus ataques e contra-ataque rápido com mais um Scratch, sempre com muita cautela!

Asaph sabia que, se Charmander fosse atingido duas vezes, cairia. Mas não estava pensando em sorte ou mesmo azar. Tinha uma grande e crescente confiança em seu Pokémon. Confiança que grava esperança, e não a teórica sorte.

Parecia estar quase acabando, Asaph já começava a pensar em algo diferente a se fazer que talvez lhe garantisse a vitória. Pelo fato de sua energia estar baixa, Charmander deveria tomar cuidado com ataque que lhe pudessem atingir, principalmente porque já era dada ordem de acabar com isso por parte do fantasma.

-Finalize-o - Gritou o manipulador.

E então o símio voltou a atacar. Estava fazendo mais uma vez suas acrobacias e indo em direção à salamandra, quem procurava por algo para acertar os olhos de Simisear.

Sem achar pedra alguma que pudesse carregar, Charmander decidiu utilizar da segunda opção que seria a terra. Quando pegou o suficiente para arremessar, o golpe fora-lhe dado, o que o fez dar alguns passos para trás antes de cair. O Pokémon de Asaph teve certa dificuldade para se levantar devido à baixa energia que lhe restara, mas ainda teve forças para jogar a terra nos olhos de seu oponente, irritando-os e forçando-os a se fecharem.

Aproveitando a brexa, Charmander avançou cansado até seu oponente lhe atacando com seu arranhão, o que o fez recuar, não foi muito, mas o bastante para cair em alguma cova. Tendo a chance de aproveitar novamente para atacar, a salamandra não pensou duas vezes antes de pular na cova para atacar seu oponente. Um grito fora ouvido e a silhueta de alguém podia ser vista entre a fumaça.

-Vente. - Voltava a dizer o oponente do jovem.

Logo uma forte brisa batia levando embora toda a fumaça que cobria o campo, deixando-o visível novamente, o mesmo com Pokémon que estava de pé. Fixando os olhos, era possível ver que era tal Pokémon, Charmander.

Hora da Batalha
Campo: O chão prende pelos pés aquele que ficar muito tempo parados. Um impacto forte pode fazê-lo puxar para dentro. Há túmulos próximos ao local.

Charmander (M) Trait: Blaze Hold Item: ??? Lv. 12 12% Status: Normal
Vs
Simisear (M) Trait: Blaze Hold Item: ??? Lv. 16 0% Status: Fainted.

O Pokémon do jovem parecia muito cansado, mas essa não era a única coisa com a qual deveria se preocupar. O fantasma que encontrou primeiramente na primeira rota de sua jornada fugia por um portal, no qual do outro lado aparecia uma cidade fantasma e uma torre. O outro que parecia controlá-lo apenas sorria e voltava a dizer algumas palavras.

-Brincar de fantoches é divertido... Nossa brincadeira ainda não acabou... Não enquanto você estiver em meu território.

Ele riu enquanto desaparecia no nada. A salamandra retornava ao lado de seu treinador que via o portal, sua chance de voltar para seu mundo, se fechando. Parece que sua única opção era coninuar andando, ou poderia ficar ali para morrer.

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Off: Exp no próximo post u-u

Asaph corria para a direção do portal, por onde haviam passado o fantasma e aquele Shuppet. Gritou para que Charmander o seguisse e, mesmo cansado, a Salamandra correu junto com eles. Aquele portal parecia a única saída que eles teriam, não queria de modo algum desperdiçar esta oportunidade.

Mas foi em vão, o portal desapareceu, e a chance de Asaph de sair daquele lugar parecia evaporar da mesma maneira. Aquele fantasma que parecia controlar todos também desaparecera e, ao fim de tudo isso, Asaph tinha muito mais perguntas do que certezas em sua mente.

- Charmander, você lutou muito bem, estou realmnte orgulhoso de você, e também de Swinub e Poliwag! Vocês foram incríveis, não estou acreditando que conseguimos derrotar um oponente tão forte! ão que você não seja forte, é que.. - E então parou, Charmander já caia na gargalhada pela falta de jeito do treinador com as palavras, e mais ainda com os Pokémon.

Asaph poderia ir até aquele Simisear e tentar capturá-lo, afinal de contas ele não parecia ser treinado por ninguém, mas achou melhor não tentar fazer isso. As palavras daquele fantasma ecoaram em sua cabeça. "Não enquanto você estiver em meu território". Ele tinha razão, haviam vencido uma batalha, mas ainda não sabiam como sair daquele lugar.

- Sabe, Char, agora estou com bem menos medo do que quando chegamos nesse lugar estranho! Olhe, você está fraco, esta batalha foi extenuante para você, eu sei. Vou retornar você à sua pokébola e procurar a saída daqui, está bem? Não precisa se preocupar, se eu precisar lhe chamarei novamente. Mas agora é importante que você descanse!

Apontou a pokébola e retornou a Salamandra de fogo, que parecia agradecida com o gesto. Agora, havia apenas uma coisa a fazer. Asaph começou a correr para sair daquele estranho cemitério onde estava e voltar à "estrada" que anteriormente percorria. E continuou correndo. Já havia estado naquele lugar por tempo demais, sentia fome, frio, e queria chegar a um Centro Pokémon o quanto antes para que seus amigos se recuperassem.

O rapaz se esforçava, mas nada parecia contribuir muito. Mesmo a vitória sobre aquele estranho Simisear não parecia ter lhe facilitado muito as coisas. Caía uma forte chuva, e as árvores mortas, secas, do caminho por onde passava não tinham como oferecer um mínimo de abrigo. Asaph pensava. Era estranho chover em um lugar onde aparentemente não há evaporação de água. Sua cabeça analista formulava estranhas hipóteses enquanto percorria o local, conformado com a pesada chuva que caía sobre seus ombros. Era bom ter retornado Charmander, uma chuva destas certamente lhe faria muito mal.

Avistou, depois de um bom tempo, algo que se assemelhava a uma caverna, de onde emanava certa luz. Estava completamente encharcado. Seus pés e a parte de baixo da calça tinham mais lama do que água, na verdade. Tentou em vão limpar a lama de seus sapatos utilizando a água da chuva, que caía no exterior da caverna.

Ficou a poucos centímetros da entrada, dentro da caverna. Era ótimo não sentir mais os pingos gelados da chuva sobre si, e experimentou essa ausência por alguns minutos. Se após a batalha Asaph já estava cansado, agora se sentia totalmente exaurido. Sua cabeça doía por conta do extremo esforço feito até aquele momento para conseguir sair daquele lugar. Ter andando tanto tempo pesado com as roupas molhadas pareceu ter sugado toda a vitalidade que ainda havia em si; Então abriu novamente os olhos.

Um pouquinho à frente, o corredor da caverna faria uma curva à direita, de onde viria a luz que o atraiu até aquele lugar. Por que seguir por esta caverna? Por que não tentar dar a volta neste "monte"?, refletia, certamente ela contém algum perigo ou me trará algum problema! Bom, há alguns momentos em que é necessário deixar a razão de lado. Os problemas que viessem, o que poderia ser pior que enfrentar um louco Simisear controlado como aquele era? Resolveu entrar na caverna.

Caminhava para o interior desta, contornando a singela curva à direita. A passos lentos, para não ser pego de surpresa pelo desconhecido. Dentro de si próprio restava alguma esperança de que aquela luz, na verdade, era oriunda do portal que o levaria de volta a seu próprio mundo. Esperança, algo que foi tirado de si no momento em que chegou ao Limbo, mas que voltava a invadir seus pensamentos.