Winnie na cidade grande.

Lá estava eu, mais perdida que barata tonta, em uma cidade gigantesca e cheia de gente, mas espera, aquilo ali é um trem? CARAMBA! Que legal! Fiquei viajando durante alguns minutos encarando a estação de trem até que me dei conta que eu não tinha o que fazer lá, então simplesmente me forcei a seguir em frente.

Ainda perdida, resolvi parar em um banco qualquer e soltar meus bichinhos, como Balder tinha acabado nocauteado naquela batalha, seria a primeira vez que eu iria falar com ele depois da vitória, o que eu julgava muito importante, então soltei meus Pokémons.
- Hey babys, venham aqui.
Chamei cada um deles para subir no banco, Tyr conseguiu facilmente mas Poliwag teve um problema e tanto, aqueles braços e perninhas pequetitos não o ajudavam, ele ia precisar da minha assistência, sentei mais perto de onde ele estava e tentei puxa-lo, o que foi relativamente difícil, um balde d'água de 12kg não era algo muito fácil para um menina levantar, mas no fim acabei conseguindo botar ele no banco ao lado de Chikorita. Ok, isso me deixará com o braço doendo pro resto do dia... Em falar em dia, que horas devem ser? Peguei minha bolsa e botei minha mão dentro - sem tirar os olhos dos dois bichinhos -, peguei o celular e levei até meu campo de visão.
- Nossa, já são mais de 6 horas! Já está tarde, daqui a pouco escurece - Suspirei - Uma dica que mamãe sempre me deu, era de não andar sozinha anoite em cidades grandes, ela sempre disse que isso é muito perigoso. Melhor achar um lugar para ficar.
Minha ideia inicial era levantar e ir atrás de alguma acomodação, mas eu meus pequeninos estavam a tanto tempo na pokebola, eu deveria deixar eles esticarem a perna antes, não que Balder tenha pernas esticáveis, mas né.

- Bom, antes de irmos, venham aqui - Sai do banco e meus Pokemons me acompanharam em um pulo - Queria dizer que estou muito orgulhosa de vocês, ok? Tyr que batalhou com toda a força até o final e Balder, que é tão novo mas foi tão bem.
Ambos sorriram e se encararam, depois se distraíram com o barulho de alguns galhos quebrando, mas acabaram por ser ignorando o barulho depois de um tempo. Agora eles pareciam animados, aparentavam gostar de estar ali, mas eu tinha que ir embora, era um pouco arriscado esperar até escurecer, não se ignora conselho de mãe.
- Amores, vamos? Voltem para a pokebola, precisamos ir.
Ao falar nisso, reparei no semblante triste dos dois, eles não queriam simplesmente voltar, eles me obedeceriam se eu mandasse, mas não queriam. Pensando melhor, eu tinha alguns minutos ainda, acho que deveria deixar eles brincando mais um pouco, ainda está tão claro, e por mais que eu não conheça a cidade, é só pedir informação para alguém depois.
- Tudo bem, fiquem mais um pouco - Agachei para ficar na altura dos dois - Brinquem mais um pouco, mas não se acomodem, já já vamos embora!

Distrai-me por um tempo brincando com os pequenos, mas não deixei de vigiar o tempo.

Bom, já está dando a hora, acho que devo ir para algum lugar seguro, centro pokemon talvez ou algum outro lugar movimentado, aqui tem muita gente estranha, pessoas diferentes. Levantei-me e me preparei para recolher tudo, já estava bem escuro, mas ainda dava para ver os caminhos sem o auxilio da luz dos postes. Eu me arrumava apressada, estava um tanto quanto nervosa com a situação, você já parou para andar em um lugar desconhecido sozinho? Onde você ouviu dizer que é perigoso? Sabe aquela sensação de que você vai ser assaltado a qualquer momento? Então, era assim que eu estava.

Minha corrente de pensamento foi cortada pela voz de uma pessoa. Gelei, a pessoa pedia ajuda, não prestei atenção na voz, apenas pensei no pior, demorei um pouco para tomar coragem e me virar, mas quando virei acabei quebrando a cara, era apenas uma velhinha que parecia ser simpática como aquelas da TV. Ela me lembrava a minha avó, eu adorava a forma que minha avó contava histórias o dia todo para mim.
- Claro que posso - Sorri para a velhinha - O que deseja?
Acabei esquecendo que tinha que tomar um rumo, ignorei minha linha de raciocínio toda e fiquei ali para oferecer ajuda para a vovó

A pobre velhinha tinha perdido seu amiguinho, um presente dos netos, ela não sabe muito bem o nome, então deve ser um presente bem recente, ainda mais para fugir assim, e talvez seja um tanto quanto arisco. E se ele tinha um lenço azul, temos uma referência melhor para acha-lo.
- Skittles? Nunca ouvi falar, Ele é uma espécie de gatinho pelo que entendi, né? - Falei analisando os detalhes, orelhas pontudas e rosa, me parecia familiar, talvez eu já tinha visto em algum lugar, na TV talvez, mas não sabia o nome - Podemos ir para a Rádio procurar, que tal?

Falando isso olhei meus pequenos pokemons e decidi que deveria volta-los para pokebola, eles já brincaram bastante, e eu tinha a necessidade de ajudar a velhinha, era da minha personalidade gostar de ajudar, não gostaria de deixa-la na mão.
- Vamos para a rádio? Podemos perguntar se alguém viu - Comentei, mas o fato dela não saber o nome direito atrapalhava bastante - Você não sabe o nome do pokemon, mas imagino que tenho um apelido para chama-lo, tem? Se tiver podemos chamar a atenção dele assim.
Sorri de lado, não muito contente, aquilo daria um trabalho imenso. Voltei meus pokemons para a pokebola e me ajeitei para irmos.

Nossa, por mais que clichê, Salem era um nome um tanto quanto legal para um gato.
Ok, temos que adiantar nossa busca, o sol já está se pondo, o céu ficou naquele termo bonito, preparado para ser tomado pela escuridão e frieza da noite, escuridão essa apenas cortada pela luz de postes e talvez a lua, não sei se ela foi convidada hoje, mas de qualquer forma, não importa.

Dei um pulo rápido para passar is pensamentos ruins e olhei para e velhinha. Agora tinha dado um nome ao rosto: Celma.
- Muito prazer Celma, eu sou Winnie - Sorri simpaticamente - A propósito, adorei o nome do seu gato.
Nosso dialogo foi atrapalhado por um vulto, ao meio daquela luz de pôr-do-sol, ainda era possível avistar sombras. Tenho duas notícias para vocês leitores, uma boa e uma ruim, não perguntarei qual quer primeiro, não esperarei a resposta, então começarei pela boa e seguirei com a ruim: O vulto aparentava ser a sombra de um gato, contudo correu para um beco e já estava escurecido demais para becos serem lugares seguros. De qualquer forma, não poderia simplesmente ignorar a imagem e fingir que não vi, gatos gostam de becos vazios, isso pode ser bom de alguma forma, becos vazios não tem pessoas. Eu precisava checar antes que a luz se esgotasse, becos não tem postes de luz.
Peguei a mão de Celma e a levei em direção ao beco.
- Eu vi algo por ali - Falei e apressei o passo - Torça para que seja seu gato.

Fui em direção ao beco. Na minha mente, tornei aquele beco o mais medonho que já vi.

Nossa, como o gato foi longe, por que corre tanto pequeno? Venha logo quero sair daqui. Continuei atrás do pequeno gato.

Com a escuridão do local, a unica coisa que eu conseguia ver de característica do gato, era o lenço azul, o que me fazia estar certa de que aquilo acabaria rápido.
Encurralamos o gato, orelhas pontudas, lenço azul, contudo bípede, pelagem clareada e com uma medalha na cabeça. Que pokemon é esse? Nunca o vi, mas certamente não é o que estávamos procurando. Vasculhei minha mochila com a mão esquerda, sem tirar os olhos do monstrinho, e depois de alguns segundos tirei a mão da mochila segurando minha pokedex. A abri e tentei detectar o pokemon.

Meowth
Nyarth

Meowth retira suas garras afiadas das patas para silenciosamente esgueirar-se furtivamente sem deixar nenhum rastro. Por alguma razão, este pokémon ama moedas brilhantes.

Assim que ouvi isso reparei que o pokemon se preparava para atacar, já estava em uma posição, mas se tirasse meus pokemons para me defender, ele somente ia correr ou batalhar, não falaria de onde veio o lenço que Celma disse que era idêntico, um pokemon selvagem como ele deve te-lo conseguido de alguma forma.
- Calma, calma, calma - Repeti a palavra com intuito de tranquilizar o pokemon - Só quero saber onde conseguiu o lenço.