Capítulo 3 - O Aprendiz

Off: Olá, eu sou a Julieh e serei sua narradora nesta rota. Espero que goste do que eu planejei (apesar de ser simples) e que possamos fazer uma rota divertida. ^-^

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Adentrando a Rota 22 entrava um jovem mono-treinador que havia acabado de se tornar aprendiz no Ginásio de Viridian. Como novo aprendiz do Ginásio especializado no tipo Ground, Gustavo mal podia esperar para fazer alguma missão para o Líder ou aprender algo novo a respeito do tipo de pokémon que ele tanto gostava, mas primeiro ele havia sido instruído a se fortalecer. E era isso que ele pretendia fazer agora na rota 22.

Fazia algum tempo desde a última vez que Gustavo havia passado por uma rota, fazendo que o mono-treinador estranhasse um pouco o sentimento de caminhar naquele lugar, fora da cidade e onde poderia encontrar vários pokémons selvagens ou até outros treinadores. Não muito tempo depois de adentrar na rota, Gustavo ouviu um grito que se dirigia a ele.

- Ei você aí! Segura esse pokémon!

De repente, um pokémon amarelado passou rapidamente por entre as pernas do garoto, quase derrubando-o. Por sorte, Gustavo conseguiu se equilibrar, mantendo-se de pé, mas não por muito tempo. Logo depois do pokémon ter passado e sumido de vista um garoto apareceu correndo e trombou com Gustavo, dessa vez derrubando o mono-treinador. Caído próximo a ele estava um garoto que deveria ter a mesma idade de Gustavo. O garoto desconhecido passava a mão em seu curto e bagunçado cabelo negro enquanto olhava ao redor em busca do pokémon que perseguia.

- Droga! Eu perdi ele de vista. Como foi culpa sua, você vai ter que me ajudar a encontrar aquele Sandshrew de novo, está entendido?

O garoto se levantou e tirou o pó de suas roupas, uma simples camiseta verde com detalhes que se assemelhavam a pokeballs em preto e uma bermuda preta. Ele sorria e oferecia uma mão para ajudar Gustavo a se levantar, apesar da forma imperativa que havia falado, parecia ser uma boa pessoa.

Concordando em ajudar o garoto a encontrar o pokémon, Gustavo pede que seus parceiros ajudem a procurar, afinal são todos pokémons ground, eles poderiam ter uma ideia melhor de onde o Sandshrew tinha ido. Depois que os pokémons saíram em sua busca os dois garotos também começaram a procurar. O garoto de verde era bem energético, procurando atrás de cada arbusto ou árvore que via, o que era bastante, enquanto ainda falava rapidamente com Gustavo.

- O Sandshrew não é meu, não. Pelo menos ainda não. A propósito, eu sou Alexander, mas você pode me chamar de Alex. Eu acabei de começar minha jornada pokémon e decidi que aquele pokémon será o primeiro que eu vou capturar. Mas quando eu tentei agarrá-lo ele saiu correndo. Eu deveria ter começado com uma batalha pokémon mesmo... AH!

Alex parou de repente e olhou para Gustavo com uma cara surpresa. Ele parecia estar pensando em algo e então voltou a falar.

- Agora que você sabe que ele ainda não é meu você vai querer ele pra você. Mas eu vou avisando que não vou deixar ninguém que seja mais fraco do que eu ficar com aquele Sandshrew! Você está entendendo... Errr... Como era o seu nome mesmo?

Alex finalmente parou de falar e deu um tempo para Gustavo responder, mas não ficou parado por muito tempo, voltando a procurar o Sandshrew enquanto esperava a resposta.

Como um mono-treinador do tipo Ground, Gustavo realmente gosaria de capturar aquele Sandshrew, mas como Alex era que havia encontrado primeiro o pokémon, era justo que ele tivesse sua chance para capturar o Sandshrew primeiro. Alex olhou um pouco desconfiado para Gustavo.

- Eu tenho a impressão que você está me induzindo a escolher a primeira opção... Não gosto que me digam o que eu devo fazer, mas acredito que essa deve ser a melhor opção mesmo. Vamos achar o Sandshrew e então decidimos quem irá capturar ele.

Concordando com Gustavo, os dois garotos voltaram a sua busca, mas não encontravam o Sandshrew em lugar nenhum. Mimir foi o primeiro a voltar, mas sem resultados. Por outro lado, Jordan voltou com boas e possíveis más notícias, ele havia encontrado o Sandshrew, mas a direção que ele indicava era subindo uma montanha que existia na Rota 22. Alex que não parecia muito confiante em subir a montanha disse:

- O que me diz, Gustavo? Você acha mesmo que o Sandshrew subiu a montanha? Eu... Se ele realmente estiver lá eu vou atrás dele, mas se possível preferia ficar por aqui...

Alex olhou com incerteza para a montanha. Ele parecia estar em conflito sobre ir ou não ir, mas no final desistiu.

- Tudo bem. Você pode subir a montanha e eu fico procurando por aqui. Como eu não tenho coragem de subir a montanha com você eu deixo você tentar capturar o Sandshrew se ele estiver lá, mas se ele estiver por aqui eu também vou tentar capturar ele. Como eu estou deixando você capturar o Sandshrew pode levar os seus dois pokémons, não sou tão egoísta para diminuir suas chances assim. – Alex falava com um tom de superioridade, mas depois olhou preocupado para Gustavo e completou – Cuidado, montanhas são traiçoeiras.

Dito isso, Alex voltou a procurar o Sandshrew nos arbustos e outros lugares que poderiam servir como esconderijo para o pokémon. Para Gustavo restava descobrir como ele poderia subir a montanha, não havia nenhum caminho por perto e naquele lugar a subida era bem íngreme. Havia apenas um lugar que era um pouco menos íngreme e seria possível subir, mas ainda poderia ser perigoso. Talvez em algum outro lugar houvesse um caminho mais fácil para subir? Não havia como saber.

Não querendo demorar procurando um caminho para subir a montanha, Gustavo formula um plano um tanto quanto insano que fez seus pokémons duvidarem um pouco se daria certo. Mas como o mono-treinador parecia confiante sobre seu plano, os dois concordaram em ajudar.

Primeiro, encontraram uma árvore velha para conseguir a madeira. Jordan usou Metal Claw como pedido para tentar derrubar a árvore, mas seriam necessários mais de um golpe para derrubá-la. Quando o Drillbur preparava o segundo golpe, um Pidgeotto desceu da árvore e parecia irritado. Olhando bem, seria possível notar que a árvore abrigava o ninho da ave assim como o de outras aves. Por ser uma grande e antiga árvore, provavelmente era importante para alguns pokémons que viviam ali e sempre tiveram aquela árvore por perto. Talvez não fosse uma boa ideia cortar aquela árvore, mas usando árvores menores e mais novas seria preciso cortar várias para poder fazer um jangada de tamanho considerável. Além disso não havia garantias de que o plano funcionaria. Valeria a pena continuar com aquele plano?