[Friend Safari Fight] Cookie

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Minha testa franzia naquele helicóptero. Provavelmente o piloto comera alguma comida estragada antes do voo. O cheiro não era agradável, e a falta de janelas no local não colaborava com aquela situação. O jeito era abrir minha jaqueta e meter a cabeça pra dentro, com a intenção de sentir o cheiro do meu perfume. Do mesmo jeito, não era uma situação muito agradável.

Fora uma experiência estranha aquela viagem no topo das montanhas de gelo, nas proximidades de Pewter. Estava com dor de garganta, seguindo pelas ferroadas na cabeça. Típicos sintomas de um resfriado rápido, que não estava sendo tão rápido assim. E o único sintoma que eu deveria ter que não me acompanhava naquele momento era as interrupções nasais, em outras palavras, nariz entupido. Me pouparia de passar por aquela situação.

O jeito era contar as horas pra chegar no safari. Era uma promoção incrível daquele departamento! Ficava imaginando quantas espécies magníficas eu podia encontrar naquele lugar. Também pensava em como era. Se é um safari para Pokémon do tipo Fight, no mínimo deve ter árvores resistentes para treinamentos, bambus, sacos de pancada - ou não. Eu apenas devia esperar.

Soltava um sorriso grande. Mesmo com aquele cheiro desagradável, a viagem estava sendo boa. Estava empolgado para descobrir o que iria me esperar naquele lugar.

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Ainda com a cabeça na jaqueta, me revirava para alcançar uma Pokéball. Precisa pegar Zubat, para me ajudar. Na primeira tentativa, liberava Vulpix, que saía da Pokéball sonolenta, implorando pra voltar. Ela então percebera meu rosto esverdeado, sedento por ajuda. Foi então que ela me ajudou, liberando Zubat, que logo batia suas asas para soltar pelo menos um ar puro. Não funcionara muito certo, já que Zubat apenas estava movimentando o ar preso ali no helicóptero. Após algumas turbulências, não me aguentei. Acabei vomitando dentro de um saco plástico. Por sorte, o barulho fez o motorista pousar. Inicialmente, pensei que fora por minha causa, mas finalmente havíamos chegado.

Tapava meus olhos. Estava ansioso. Ia me guiando apenas pelas paredes, até achar o local de descer. Quando finalmente botei meus pés no chão, os abri. Eu imaginava uma floresta. Uma floresta com trilhas, sacos da pancadas, bambus, árvores resistente, armadilhas. Mas aquilo ali era... Um dojo? Quer dizer, não havia nada na volta. Era apenas um dojo. Cara, se o safari for ali dentro, no momento que eu abrir a porta vai vir Pokémon pra mais de metro! Do chão, do céu, da direita, da esquerda, pela frente, por trás, lá da puta que o pariu. Era algo arriscado.

Não sabia o que fazer. Possivelmente eu iria me ferrar naquele lugar, então tinha que fazer algo ao menos... Er... Inteligente.

Pegava minha mochila, olhando todas as Pokéballs nela. Havia Vulpix, Pichu, Sableye e a Pokéball vazia de Zubat. Não tinha muitas opções. Depois de pensar um pouco, ergui minha cabeça e olhei para Zubat. Ela estava ansiosa para saber quais desafios lhe esperava. Quer dizer, óbvio que eu não iria usá-la. Não ainda. Ela ainda está muito fraquinha pra lutas desta altura.

- May... Querida... Você gostaria de me ajudar? - falava graciosamente, soltando um leve sorriso.

Ela confirmava com a cabeça, batendo suas asas.

- Você tem uma capacidade supersônica grande, através de seus golpes, não é mesmo? Você gostaria de se aventurar ao redor daquele lugar usando sua habilidade para prever o que há lá dentro? Não pretendo arriscar nossas vidas por algo que não vá valer apena, entende? Você faria isso por mim?

Ela concordava. Bastava ver se ia funcionar.

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Estava um pouco "empolgado", vamos dizer. Eu tinha medo de entrar naquele lugar e encontrar muitos seres, mas ao mesmo tempo, estava curioso para saber o que eu iria encontrar. Eu confiava em May. Ela era uma bebê, digamos, mas ela não era fraca. Pelo menos não como o antigo dono a julgava. Ela é uma Pokémon que tem muito espírito de luta. Eu só queria que ela soubesse usar.

Não imaginava que algo fosse acontecer. Estava bem calmo, com as mãos dentro de minha mochila, procurando algo para beliscar. Ainda estava enjoado da viagem. Finalmente encontrava meu bolinho de carne enlatado,junto ao meu equipamento médico que vou precisar logo logo, que não aparentava ser nem um pouquinho apetitoso. Apenas olhava, até que eu ouvia um grite.

Era a voz de May.

- Merda!

Colocava rapidamente a mochila com as alças pra frente, tentando pegar alguma coisa para me ajudar. Sei lá, uma barra de ferro, até mesmo um Pokémon. Finalmente pegava uma coisa redonda. Era o maldito bolinho de carne! Imediatamente tocava-o no chão, tentando pegar outra Pokéball, ainda correndo para achar May. Conseguia pegar duas esferas, e logo as soltava. Era Vulpix, ainda sonolenta, e Pichu, bem hiperativo. Vulpix percebia a gravidade da situação, e logo despertava, carregando Pichu nas costas e indo comigo rumo a May.

Merda, merda, merda, merda.

- SEJA LÁ O QUE FOR, NÃO TENHAM PIEDADE! SE ESTIVER PERTO DA MAY, PODEM MATAR! COMECE COM UM FIRE SPIN PARA O ATORMENTAR ENQUANTO HOLY USA UM THUNDER WAVE, CERTO BAIXINHA? DEPOIS, IMEDIATAMENTE, USEM O ROUND JUNTOS! USAMOS O ROUND POR CAUSA DE SEU PODER QUE DUPLICA QUANDO UTILIZADOS POR DOIS POKÉMON AO MESMO TEMPO! VAMOS TRUCIDAR ESSE FILHO DA MÃE! YAAAAAAAAAAAAAAAAH! - dizia, como se fosse um daqueles ninjas ou espadachins que chegam na arena gritando para degolar o adversário.

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PUTA MERDA! Somente um garoto desastrado como eu pra tropeçar em pleno momento de "guerra". Quer dizer, eu devo ter algum problema. Sair gritando daquele jeito só pode ser coisa de retardado mesmo. Mas naquele momento, nada importava. Nada além de salvar meus Pokémon. Vulpix do meu lado, May na frente do demônio e Pichu lá na puta que o pariu, desacordado.

Droga, seu lesado, pensa em algo, rápido... Não há mais tempo...

No desespero, o máximo que saiu foi isso.

- May está a frente de nós, bem no fundo, certo Baixinha? O grandalhão tá na nossa frente... Huh... USE O FIRE SPIN DUAS VEZES. USE CERTEIRAMENTE, ELE ESTÁ OCUPADO COM A MAY, EU ACHO. NÃO USE NEM PRA BAIXO, NEM PRA CIMA. UM CENTRALIZADAMENTE, PARA IR DIRETO NO GRANDALHÃO. MAY, SE O FOGO DESVIAR DO GRANDALHÃO, BATA SUAS ASAS E MANDE O FOGO DE VOLTA COM O VENTO. SE NÃO DER, APENAS FUJA. VOU FICAR CANTAROLANDO, TENTE ME ACHAR ATRAVÉS DO SUPERSONIC. DESVIE DE TUDO O QUE VIER EM VOCÊ.

Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá TátátáLálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá Lálálá Tátátá... Vamos May, você consegue...

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HOLY SHIT! Ok, isso estava complicado. Meu oponente não era nenhum Magikarp da vida não. Ele era bem poderoso, e eu o subestimei, causando a derrota de minha preciosa Vulpix. Esse Pokémon não era fraco. Comecei a pensar sobre quem ser ele. Aquela roda de fogo que o prende me mostra sua imagem. Eu já o conheço, só não lembro de onde.

Estava tudo escuro, e nenhum dos meus Pokémon liberados conseguiam enxergar no escuro. Eu precisava achar era Pichu, que era o meu mais poderoso. Tendo em vista disso, resolvi liberar Sableye, que possui visão noturna. O problema são que seus olhos brilham, o que facilitaria o ataque de Hitmontop. Por favor, sem mais Close Combats...

- Sableye, corte um pedaço de madeira no chão com suas garras e atire no Pichu. Não atire NELE, mas ao lado, para que Zubat possa pegá-lo.

Parei um pouco, engoli seco e pensei.

Preciso achar um jeito de derrotar essa praga endemoniada aí... Huh...

- Sem dar tempo dele atacar, use dois Night Shades nele! Não hesite e não dê tempo dele lhe atacar! Se ele vir pra cima, desvie. Use sua visão ao seu favor. May, se for necessário, use Supersonic de longe para atrapalhá-lo. Se concentre no Pichu, mas fique naquelas. Isso tem que dar certo... - suspirava.