[Friend Safari Fight] Cookie

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Meu último movimento havia surtido efeito. May havia conseguido trazer Holy até mim, caso Sableye venha a desmaiar. Sableye, por sua vez, havia conseguido deferir alguns golpes naquele Pokémon sem desmaiar. Aquele Pokémon era top! Espera... É claro! Hitmontop! Pedro havia um quando consegui Vulpix. Ele e aquela Ninetales eram super amigos! Sinto saudades do Pedro. Ele realmente era um bom amigo. Me pergunto o que ele faz da vida nesses últimos tempos.

Seria bem bacana se do nada ele aparecesse. Sabe, vendo o quão forte me tornei. "O quão forte." Se me tornei algo foi um fracote, que luta com Pokémon para proteger seus companheiros de si mesmo. Angelo Peete. O panaca da Viridian Forest. Isso daria um belo livro de comédia para bêbados e moradores de rua.

Grande Angelo Peete. Enfim, tanto faz. Naquele momento, o que importava era nocautear aquela ameaça e fugir dali. Quer dizer, fugir não. É óbvio que eu iria capturá-lo. Seria uma ótima aquisição para minha equipe. Só me pergunto se ele iria me aceitar. Ou talvez eu mude de ideia, ter alguém que não vá com a minha cara na minha equipe não é algo muito interessante. Assim como prometi a Misaha, Pegar Apenas A Quem Me Queres.

- Sableye, muito bem. Use um Night Shade. Quando ele vir lhe atacar, use o Astonish para lhe assustar. Aproveite que seus olhos brilham no escuro para dar mais medo ao "grandalhão", hehe. Gogo!

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Sableye estava ficando exausto. A luta certamente não iria muito longe, tendo em vista que ambos os Pokémon estavam com a vida baixa. Infelizmente, eu deveria apelar para mais um parceiro entrar na luta, para evitar a possível derrota, que poderia diminuir a felicidade que Sableye está ultimamente, prejudicando o tratamento contra sua "doença".

- May, venha cá. Siga meu som.

Após May chegar, eu olhava para cima - vai que ela está lá, afinal. Soltava um sorriso e logo dizia:

- Preciso de sua ajuda. Vá aonde Sableye está, segundo a luz. Use dois Supersonic no Hitmontop antes dele lutar. Vamos tentar atordoá-lo enquanto o Sableye usa dois Night Shade, depositando suas últimas energias nele, tudo bem? Eu confio em você, querida May! Vamos á luta, hehehe! Gogo! - continuava, com outro sorriso estampado em minha face.

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Por que raios sempre quando vou bem numa luta acontece alguma filha da putagem que resulta na morte de algum Pokémon? Gostaria de saber isso. É o destino? Nah, é só azar mesmo. O jeito vai ser arranjar um outro Pokémon, já que pelo andar da carruagem, essa luta ia acabar logo e quem iria perder sou eu.

- Que droga! Volte Sableye. Daremos um jeito em você depois.

Pichu, seu filho da puta, acorda logo...

- May... Quero que ignore tudo o que anda acontecendo. Foque-se no barulho desse ordinário. Quando ele vier lhe atacar, você vai usar o Astonish duas vezes. Por favor... Use-o com segurança e sabedoria... Tente tirar a quantidade máxima de HP que conseguir...

Pichu... Eu não quero fazer aquilo que fiz da outra vez... Acorde...

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- Seu vacilão. Você tava acordado o tempo inteiro?

Colocava a mão sobre a cabeça, coçando o cabelo - coçando, na minha linguagem, é praticamente puxando ele pra sair da cabeça. Olhava então para a direção de onde os choque vieram. Cuspia no chão, irritado. Olhava para Pichu. Aquele travesso estava me saindo um ótimo de um "ator". Maldito, hehehe... Paciência, Angelo. Paciência.

- Seu bobo! Hehehe! Concentre-se no chão e use dois Thundershock. Não perdemos tantos Pokémon pra desistir agora. Eu juro que vou te fuzilar, Hitmontop maldito. Use essa capacidade travessa pra desviar dos golpes. E não vem dizer que ele é mais rápido que você que você só não é mais rápido que o The Flash por falta de vitamina. Não pensa que me esqueci daqueles tempos em que você era um ladrãozinho de rua, hehehe. Vamos, Holy! Esperança!

Vejamos...

A FUCKING BATTLE ROYALLE

No meio da escuridão, com todos meus Pokémon desmaiados, nada mais normal do que sentir medo. Quer dizer... Medo não é a palavra. Angústia. Essa é a palavra. Essa é a sensação. Aquela vontade de se livrar daquilo e sair bem... Sem sequelas...

Ver o chão se rachando na minha frente fora assustador. Naquele momento, eu apenas estava apertando Pichu. Ele também estava com medo, e por auto defesa, descarregava uma forte rajada elétrica em mim, me deixando meio zonzo. Por sorte, não doía tanto. Era algo mais momentâneo, passando. Eu estava no escuro, e havia uma cratera que levava ao subterrâneo. Sério, dá um puto medo estar em um lugar escuro, silencioso e cheio de Pokémon fortes.

Me sentia mal por aquele Hitmontop. Ele só estava se defendendo, e eu que cheguei atacando. Mas é que sabe... Eu faço de tudo para proteger aqueles a quem eu amo... Seja na vida real, longe das lutas, ou até mesmo nesse mundo sangrento, onde vence o mais forte.

Queria compensá-lo de alguma maneira, mas sequer fazia ideia de onde ele estava. Era perigoso demais cair lá embaixo. Tanto que né, se eu cair e tiver algo, ou ALGOS - isso existe? -, eu não conseguiria voltar. Não sem a ajuda de uma escada ou algo do tipo. Pensei em liberar Sableye, já que ele se daria perfeitamente bem no escuro.

Peguei a esfera vermelha e atirei no ar, mas a bola apenas emitia uma luz vermelha, e não liberava nada. Por fim recordava que ele havia ficado ferido. Tentei inúmeras vezes até ela liberar ele. Apenas funcionara quando eu mostrara um pequeno líquido gélido e verde, com uns tons amarelados. Sableye estava pálido, seus diamantes estavam apagados. Com um pouco de esforço, coloquei o líquido em sua boca, e aos poucos, ele ia recuperando o fôlego. O item era um Full Restore, que recuperava perfeitamente o Pokémon. Aos poucos, o Pokémon sem sentimento começou a expressar melhora, soltando pequenas tosses. Em pouco tempo, ele estava em pé. Sorria, fazendo um "YES!" no Pichu. Algo ridículo para o momento, mas perfeitamente "combinativo" - isso existe² - comigo.

- Boa luta, companheiros. Queria dizer o mesmo para Zubat e Vulpix, tsc... Enfim, vamos mais adiante?

Soltei um sorriso, esperando um de volta de Sableye, mas eu acho que ele não respondeu. Além de estar escuro, ele tem seus problemas. Suspirei, colocando a mão sobre a cabeça e a coçando. Era uma mania minha.

- Sableye, você está me ouvindo?

Sem resposta, como de costume. Mas ele estava, eu sabia.

- Quero que você olhe se temos como atravessar essa cratera sem cairmos lá embaixo. Veja se há alguma escada que leve á um andar acima ou algo do gênero. Seja cuidadoso. Pichu, vá soltando pequenas faíscas no ar de acordo com que Sableye for andando para o seguirmos. Ele enxerga, a gente não. Tudo bem pra vocês?

Pichu saltava, como se fosse um sim. Sableye apenas começava a caminhar... Fico imaginando um futuro onde ele crie sentimentos... Quer dizer... Ele é muito frio...

Vamos ver o que me aguarda.