Você quer brincar no barro? Um Digglet quer fazer?

Após sair do centro pokemon de Vermilion vou diretamente a rota onze, meu objetivo? Ir para Pewter, passando pela caverna dos Diggletts e encontrar uma boa aventura, eu ainda me deliciava com a vitória recém conquistada no contest, e meus pokemons pareciam felizes com isso. Ao chegar a rota onze me deparo com um grande campo coberto por mato verde claro e me pego pensando que tipo de pokemon viveria nesse habitat,  ao longe era possível visualizar a entrada da caverna onde lá havia vários pokemons terrestres, dou meus primeiros passos observando em volta, olhando as árvores que cercavam a rota e o chão coberto pelas pequenas plantas, o vento batia de leve no meu cabelo balançando as pontas e o aroma de primavera me fazia espirrar levemente. Me esticava, alongava e seguia a caminhar pela pequena rota onze...

-As coisas são bem silenciosas por aqui...

Compartilhei ao vento meus pensamentos, fiquei imaginando vários Paras, ou Bedrills naquelas árvores, ou pior Ariados, só de imaginar já me arrepiei inteiramente, alisava meus braços com as mãos quentes para ver se a sensação passava, por outro lado poderia viver ali vários pokemons pequenos e adoráveis como Hoppip, Bellsprout, Oodish ou Ratattas, eram muitas opções de vida em um local tão pequeno e calmo, arrumei meu cabelo e dei mais alguns passos olhando para as árvores para ver se reconhecia alguma com alguma Barry.

OFF: Sério, tá muito divertido o modo que você jogou a personalidade dela. Rí alto aqui. E muito obrigado por assumir a rota o/

Após vencer o contest, eu Valentain me encontrava na pequena rota 11, onde o matagal era verde, enquanto andava por lá percebi a formação de uma garoa, lembro que quando estava no centro pokemon havia visto na televisão que a situação climática estava meio caótica, mas uma chuvinha não iria me parar. Enquanto eu procurava e avistava algumas barrys ouço uma voz fina e estridente, me viro lentamente e... BAM!

Dou de cara justamente com ela Talibãna Rupaul, minha velha prima e amiga ou era rival? de infância, nem eu me lembro mais de tanto tempo que faz que não a via, desde criança ela já apresentava uma certa androgênia mas eu não a julgava, as vezes nos conversávamos sobre os meninos de Viridian e de Cerulean, sobre como eles eram todos feios e sem graças.

Ru,como gostava de ser chamada, já reclamava da chuva que estava por vir, sendo assim a chamei para irmos para baixo das árvores das Barry´s assim ficaríamos protegidos da chuva e eu ainda poderia colher algumas, enquanto ela pensava sobre a ideia ela passava o dedo sobre as suas pedras negras que eram sua marca registrada.

-Querida, se não nos abrigarmos logo vai acabar com o seu look e você vai afundar o salto no barro e ele ficará pavoroso.

Disse a ela, pois parecia meio indecisa, acho que a ideia de irmos para debaixo de uma árvore que poderia estar com alguns pokemons insetos, insetos esses que eram motivo de repulsa por meio de Ru,a deixavam meio desconfortável, eu segui lentamente em direção a árvore enquanto ela processava a ideia, várias oran berrys seriam ótimas em caso de uma batalha surpresa, enquanto seguia percebi que se Ru estava aqui, ela provavelmente tinha um pokemon, entretanto qual seria?

-Ru, você seguiu os seus pais? Digo, você tem um pokemon Ground? E o que você faz por aqui nessa rota querida?

Estava a um metro mais o menos da tão esperada árvore de Barrys quando virei minha cabeça para ouvir a resposta de Ru.

Logo que eu comecei a ouvir os motivos de Ru, eles me pareceram interessantes e até óbvios, ela queria brilhar em um contest, como eu não havia pensado que ela a rainha do "extravaganza" não iria querer ser o ato principal desse tipo de evento, ela seria o show, pensar em Ru como uma coordenadora era ao mesmo tempo engraçado e assustador, com todo o seu conhecimento em moda e beleza ela com certeza seria uma adversária formidável, entretanto o modo como ela iria exibir o seu tipo favorito, era o que me intrigava, a menina sonhava com as fitas magavilhosas como ela mesma dizia, ela queria o seu lugar ao sol, mas com essa chuva estava ficando difícil por a cara no sol.

Assim que ela explicou o motivo de sua vinda ela me mostra quem ela tem como parceiro, confesso que no inicio imaginei algo como um Oníx, já que é um pokemon grande e chamativo como a própria personalidade dela, mas assim que de seu cinto ela lança um buraco na terra, eu fiquei meio... confesso... WTF? Sério, cade o pokemon? Mas com um olhar treinado logo vejo algo tremulando atrás de sua perna, um pequeno Diglett com a visão nebulada, aquela visão que olhava para o nada e ao mesmo tempo para tudo, era bonitinho confesso, mas esperava algo mais chamativo vindo dela.

E para completar ela me explica a trágica história de seu pokémon, o pequeno teve seu alimento roubado diversas vezes, eu não sabia se eu chorava pela história ou se eu ria pela dramatização da "queen", e entre as opções eu me virei e comecei a colher as pequenas e azuladas berrys.

-Sabe, se você quer vencer, eu te digo, pegue outro pokemon e fortaleça o seu pequeno Diglett, afinal qual é o nome dele mesmo? Sabe, estou indo para Pewter, não quer ir comigo de lá? Em seguida irei para Viridian tentar o contest, ate lá você pode encontrar vários pokemons, e fortalecer o seu.

Dizia enquanto arrancava delicadamente cada berry das folhas úmidas da árvore, e ela recolhia seu parceiro devido a umidade alta, e ia se esconder da chuva embaixo da mesma árvore em que eu me encontrava, afinal cabelo volumoso é uó.

Logicamente o pokemon de Ru não estava aos seus pés, ele era básico, e isso era tudo que Talibãna Rupaul não era, a ideia de um pokemon ground num contest era intrigante, afinal ficar jogando barro em vários lugares em uma arena não é algo gracioso, mas o que eu estava falando, eu gosto de pokemons venenosos, eles que são vistos como assustadores e as vezes feios, bem eu quero ver como ela se sai.

Para Ru, seus pais com uma tentativa de sabotar a mesma, por puro recalque lhe deram um pokemon tão simplório como um Diglett arisco e fraco, segundo ela mesma, a busca por um outro parceiro estava sendo complicada, um Cubone havia atravessado seu caminho antes de nos encontrarmos, mas a garota não havia conseguido exito, e eu já sabia o que fazer... Mas antes, barrys!

Subi na árvore que não era nem muito alta nem baixa, e com delicadeza fui puxando as frutas, entretanto a última estava mais difícil e quando a puxei uma revoada de água caiu sobre Ru e sobre mim. É claro que Ru ficou nervosa, e não via a hora de sairmos dessa rota úmida e fria, ela era um misto de determinação e pena.

-Bem, é assim, vamos para a Digletts cave, e lá procuramos um outro pokemon para você, seu Diglett não será muito útil em contests assim.

Passou sobre a minha mente todos os pokemons ground de Kanto e Johto, qual seria o pokemon perfeito para a magnitude da princesa da terra? Onix era um pokemon imponente como a garota, Wooper era meigo e talvez seria um bom achado, Sandshrew era outro que passava pela minha mente, sendo assim peguei ela pela mão e disse:

-Vamos até a caverna!

Após eu ter sugerido a Ru que encontrasse um pokemon novo e estonteante que combinasse com sua personalidade, ao contrário do seu Diglett que era mais flopado que o Artpop, Talibãna decidi tomar frente e ir em direção a caverna, com a ideia fixa de lacrar as inimigas, mas após um passo ela se encontra parada, sem saber pra onde ir mesmo com a entrada da caverna berrando na sua face bafônica, e na minha cabeça a unica coisa que se passava era:

Meu deus... Ela é mais cega que o Digglet dela.

Revirei os olhos rapidamente, eu apenas apontei para a caverna onde podia se ler na entrada: Diglett´s Cave. Sério, eu não me lembrava que ela era tão sem noção assim, logo que ela avistou a caverna rochosa, a garota entrou rapidamente, claro sem esquecer de rebolar como se fosse uma Nidoqueen usando Iron Tail ou um Mankey dançando twerk, que é uma visão beeeeeeeeeem estranha.

Ao chegarmos dentro da caverna podia se ver em seu centro um buraco com uma escada, o provável caminho para a caverna, provavelmente vários pokemons de rock e ground estariam lá dentro nesse momento se abrigando da chuva, o que é meio assustador, entrar em um lugar escuro, com vários olhos te espreitando... Medo define, mas enquanto Ru se prontificava para ir na frente colocando sua lampada rosa eu apenas roía as unhas como um Raticate, e antes que eu pudesse colocar a minha lanterna Ru já deslizava no pau, berrando seu nome para quem pudesse ouvir, e eu espero que os pokemons não se assustem ou fiquem nervosos com a nossa intromissão na casa deles, e pelo barulho o buraco era fundo.

Respirei fundo e bati meus pés contra o chão.

-Vamos lá Valen! Você consegue, você vai arrasar.

Dizia para mim mesmo, precisava de confiança, em seguida pego na escada e escorrego rapidamente gritando.

-Ru, me esperaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Cai sobre um chão rochoso típico de caverna e ao meu lado estava Talibãna, fazendo pose ajustando sua lanterna em seu cabelo e com movimentos de uma Hair Style, prendeu em tranças a mesma a mantendo sempre em seu capacete de cabelos dourados.

-Demorou demais querido, tive tempo de ver uns vinte pokemons diferentes nesse local, e nenhum me agradou.

O que era obvio que ela estava apenas sendo tediosa, se tivesse visto ao menos um Zubat no pouco tempo que esteve lá, era sorte, ou não. Comecei a seguir pelo caminho tortuoso em direção a Pewter esperando ela me seguir, segurando a lanterna em punho.