Re: #Cinnabar - Pleiteando um estágio!

por **Ayzen** Ter Fev 02 2021, 13:47

Então, depois do primeiro dia que o narrador apresentou, apareceram vários dias seguidos, de muita pesquisa e muito trabalho. Não que eu esteja reclamando do trabalho, estava aprendendo muito, mas pra mim que chegou ontem e nunca pisou em um laboratório, era tudo novo e estava tentando adaptar isso. Mas depois de duas semanas, aí sim, com certeza sabia do que estava fazendo. Todo dia testava a mega evolução e confesso que só queria ficar vendo o efeito toda hora. Até gravei para assisti de noite!

Swampert, ao menos, não ficava estressado com aquilo. Era calmo demais e queria ajudar. Quantas vezes fosse possível, ele fazia. Com os dias, eu aproveitava o tempo para ler os atributos de TODA minha equipe. Dos antigos aos novos. Dos menores aos maiores. Eram dados mais pessoais, confesso, mas acho que isso não comprometeria a pesquisa que me era dada.

Uma tabela Excel era preenchida com o que o professor Roger pedia. Ele queria dados, então dados tinha nela. Não fazia ideia como analisar aqueles números, mas claro que isso com certeza seria avançado demais para alguém sem formação como eu. A harmonia do laboratório permanecia impecável, como sempre.

Um dia, quando cheguei, lá na recepção estava Luna e o seu pai. Logo cedo? O que seria aquela visita? - Bom dia!- sorri para a menina. Ter ela e o pai ali era curioso, afinal, se estavam juntos, teriam interesse em algo ali e o sr. Henrique não parece o perfil de viver em laboratórios com números e pessoas bebendo café. - Já tem um tempo que não nos vemos. Como você tá?- estendia a mão para ela e também para o seu pai. - Sr. Henrique. Está tudo bem?

por **Koi** Ter Fev 02 2021, 17:01

– Bom dia. Tudo bem, sim, obrigado. Espero que esteja contigo também.. Há dias que Luna não esquece o encontro de vocês e insiste em querer te ver pra te entregar algo. Como hoje eu tinha um tempo livre pela manhã, viemos antes dela ir pra escola. – explicou, dando alguns passos para se afastar e dar alguma privacidade à pequena que se portava com um pouco de timidez.

– Eu vou bem, obrigada. Prometi que ia te ajudar a encontrar o Pokémon especial, e eu vou. – dizia com convicção, daquele seu jeito ingênuo e ao mesmo tempo sábio; remexendo na mochila – Deve encontrar a minha mãe. Ela vive no Ice Path, é a sacerdotisa de lá. – Henrique estava li pra agitar a cabeça positivamente e confirmar o que fosse preciso – Entregue isso a ela e fale da gente. Ela vai te mostrar o caminho pra encontrar o Pokémon especial.

Luna estendia dois itens para Ayzen, ou melhor, três. O primeiro era aquele pingente grande, esférico, azul e brilhante; a orb que outrora fez parte do corpo de um Dragonair, mas ela não ia confessar isso, ele teria que descobrir sozinho. Ela estava embrulhada em um tecido bem fino, sedoso, cheio de estampas solares e lunares. Seria a suposta Relíquia da Sorte que ela possuía, ou somente um tecido bonito, de fato. E o terceiro era um presente para o próprio loiro, o desenho que Luna tinha feito lá naquele segundo dia, com Ayzen, Swampert e o próprio Dragonair na mesma página, bem coloridos agora.

– Você é muito bom. Por favor, aceite e busque. – sorria largamente, e seu pai também, só que com ternura ao vê-la.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

por **Ayzen** Ter Fev 02 2021, 19:12

Encontrar com Luna ali era surpresa, confesso, mas no fim eu estava diante de uma menina bem singular. Eu sorri para ela ao passo em que o pai se afastando, dando a nós mais um momento a sós. Eu fazia questão de me agachar para ficar do mesmo tamanho que ela e ficava curioso com a visita. Surpresa maior ainda foi receber os itens que me entregava, fazendo-me ficar meio que sem graça.

A história do Pokémon que iria me ajudar era real e ela insistia em repetir mais uma vez. Eu não me importava com isso, afinal, Luna teria tempo para poder mostrar suas fantasias. Mas eu ficava meio surpreso por ela ter me dado um item tão importante. Estava pronto para negá-lo, afinal, era algo muito íntimo dela, mas o item vinha com uma responsabilidade maior: Encontrar a mãe da pequena. - Luna?!- fiquei sem saber o que fazer. Claro que eu dava leves olhadas para Henrique, sabendo que o homem só acenaria positivamente.

A relíquia da sorte, o desenho, o embrulho... Surpresa foi ver o desenho do Dragonair ali junto de Swampert e eu... O mesmo Pokémon que eu tinha visto com Jirachi na noite em que eu me aventurei no mar. O pior era que a menina me cativava e eu me sentia responsável por isso. Algo dentro de mim pedia para poder fazer com que aquilo chegasse até sua mãe, como gesto de carinho. - Pode deixar.- soltei um suspiro. - O herdeiro do sol encontrará a sacerdotisa lunar!- era uma promessa.

por **Koi** Ter Fev 02 2021, 21:20

Luna sorria largamente quando Ayzen aceitava seus presentes e sua proposta, que apesar de todo um contexto místico tinha sim um propósito real, concreto, e que ela gostaria de se ver cumprir. Não falo dessa história de encontrar com a mãe dela e, possivelmente, dar-lhe notícias ou até convencê-la a voltar pra casa. Não. Me refiro ao encontro de um amigo especial com uma criatura especial que ela tanto gostava, afinal carregou aquela esfera azul o tempo inteiro e, realmente, era um bem íntimo seu.

– Obrigada! E boa sorte. Ainda vamos nos encontrar e você vai me dizer como foi. – estava empolgada, óbvio, por isso era toda sorrisos.

– Então, mocinha, tudo certo? Vamos deixar o seu amigo trabalhar? – ela concordou; esticou os braços pra um abraço tímido de adeus (ou seria até logo?) e começou a se encaminhar até a porta, no que seu pai aproveitou o caminhar lento para uma última palavra rápida e particular com o loiro – Bem, vejo que você é praticamente tão cético quanto eu sobre a parte mística disso tudo. Eu mesmo demorei a compreender como Luara, uma mulher da ciência, decidiu abraçar as tradições familiares sem nem contestar mas... Enfim, aconteceu. Agora, ela de fato conhece Pokémon raros até mesmo pro radar de um especialista. Se tem alguém que pode lhe ajudar a encontrar este, é ela. – seguiu seu caminho pra porta – Você é muito sortudo por isso. Nem eu tive a honra, e olha que fui casado com a própria sacerdotisa! – riu bastante disso, antes de partir com um aceno também.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

por **Ayzen** Ter Fev 02 2021, 21:47

Estava imerso naquela aura mística que Luna trazia consigo. O item raro em minhas mãos. O desenho fofo. Eu estava meio que perdido naquilo tudo. Entendia a saudade da pequena e eu queria poder ser o fator que iria trazer a mãe de volta, mas sabia que a mãe de Luna não voltaria, pois já tinha tomado sua decisão. Mas se ela não voltava, eu poderia ir levar a lembrança da filha para a mulher... Henrique comentava sobre o fato de que Laura fosse uma especialista xamã-druida invocadora de Pokémons especiais, mas o que eu tinha em mente mesmo era fazer realizar o desejo da pequena.

- Entendo... Irei levar suas lembranças para ela.. É mais fácil para mim, não é, mesmo?- dizia sorrindo para o homem, enquanto tinha comigo aquela missão. Será que Luna falava real do Dragonair? Assim, era um Pokémon bem legal e bem raro... Só vi um em toda a minha vida e com Jirachi, mas fazia sentindo a menina falar isso... Pera, ou não? Um nó se dava em minha mente, porque estava tentando justificar algo racional que não era tão racional...

De qualquer jeito, eu estava disposto a ir além. Por Luna! Se a mãe dela iria me ofertar um Dragonair, aí não sei, mas queria fazer a vontade da pequena. Claro, depois do meu estágio, que eu estava levemente atrasado. CORRE!

por **Koi** Ter Fev 02 2021, 22:27

Em meio à realidades e misticismo Ayzen aceitava mais uma missão. Sim, para ele que vivia entre idas e vindas pelo mundo, era muito mais fácil tentar encontrar uma mulher num lugar distante. Mais fácil do que pra família dela em Cinnabar, que se resumiam a uma criança ingênua e sonhadora e um homem parcialmente limitado para cuidá-la. Inclusive, há de se pontuar e admirar como Henrique tem criado a filha apesar de tudo, sem deixar que ela perca sua inocência mesmo diante de tantas adversidades. Enfim...

É tarde, é tarde, tão tarde até que arde! Tá, talvez nem seja tanto, mas com certeza era uma alteração na pontualidade matinal do Ranger em chegar ao laboratório. Não encontraria Roger em sua sala se fosse até lá, pois o preceptor já tinha descido à sua procura no laboratório em si. Ali, conversava com os poucos que tinham chegado bem cedo e o secretário excêntrico que cuidava das papeladas - bebendo chá, é claro.

– Ayzen, olha você aí! Bom dia. – Roger diria ao vê-lo, pela primeira vez em dias o chamando pelo primeiro nome, sem muitas formalidades; tinha acontecido algo? – Sim, sim. Se sentindo sortudo hoje? Se não, deveria. O senhor Hatter acaba de me informar que conseguimos uma bolsa pra você! – Cirilo e Rômulo, os que estavam lá, deram os parabéns de imediato – Eu nem sabia que você tinha demonstrado interesse! Ora pois... Agora, mais do que nunca, é oficialmente um membro desse laboratório e podemos até cogitar uma pesquisa extra e... – empolgado, traçaria vários planos.

Os outros garotos logo diriam da tradição daquele laboratório: novos bolsistas deviam pagar uma rodada de pizza pra pra todos! Nada grave, eles não eram muitos e tampouco comilões. Quanto ao trabalho? Bem... Ora, mais artigos pra ler vieram, mais dados pra colher também, assim como mais subsídios, o que incluía um apoio da própria instituição à publicação científica. O que isso significa? Que Ayzen não precisaria esperar tanto por um trabalho final e maior do preceptor, podendo publicar algo de sua própria autoria - com supervisão do orientador, é claro.

E... O que isso significa? Mais artigos pra ler, claro, pois tinha que estudar melhor o famoso Método Científico pra saber como proceder. Estudar mais metodologias pra correr suas próprias análises. Sinto muito, mais aqui estamos falando de números e um pouco de estatística. Softwares fazem isso depressa, de fato, mas era preciso saber onde vai cada valor e porque... Bem, boa sorte! Mas, relaxe, há mais semanas pela frente, sem Jirachi, sem Festival e sem solicitações dos amigos pra te tirar da cidade.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

por **Ayzen** Ter Fev 02 2021, 22:52

Que dia louco! Não bastava a missão recebida de Luna, o que poderia me render mais do que só uma viagem (algo me dizia), agora estavam dizendo que eu tinha recebido uma BOLSA. MUITO DINHEIRO E PODER. Recebia uma bolsa de iniciação científica, o que me daria um retorno financeiro. Nunca cogitei a bolsa, na verdade, nem lembrava que tinha marcado a opção, mas agora que marquei, lá estava o dinheiro entrando. Claro que eu não me importei em pagar pizza, afinal, eu era RYCCAH agora.

Mas com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Meu estágio ali em Cinnabar havia sido ampliado para mais algumas semanas. Agora, era muito estudo, um estudo direcionado, o que me fez ver que o meu estudo sozinho nos últimos meses era nada comparado aquilo. Nossa! Eu começava a me cobrar demais, só que para alguém que não tinha mais nada pra fazer, era compreensível que eu daria conta de tudo.

Rotina permaneceria a mesma. Exercícios matinais, café reforçado e pesquisas. Parecia que de manhã sempre tinha aquele ritmo mais dinâmico e de tarde era mais cada um por si. Cada um por si, digo, sem o preceptor, porque se tinha estagiário, era para poder desenrolar as atividades sem ele. Dei tudo de mim neste período e também começava as minhas pesquisas, principalmente com a ajuda de Cirilo, sobre Eevolution.

Odeio metodologia, devo dizer, mas era o jeito. Mantive-me sempre atento, estudando sempre, consultando sempre. Até comecei a pesquisar sobre as diferenças na Eevolução por Happiness guiada por interação e por shakes. Teria muito trabalho pela frente, mas sem deixar Dr. Roger sem apoio para poder ter sua pesquisa sobre as Megas em avanço constante.

No fim do estágio, eu só tinha que agradecer ao prof Roger e toda a equipe dos estagiários. Cada um foi fundamental para que eu crescesse como pesquisador, o que me ajudaria em todas as áreas. E, sim, escolhia a minha área: iria me tornar pesquisador Pokémon junto do prof Oak e sob indicação do Dr. Roger.

por **Koi** Ter Fev 02 2021, 23:10

Tanto esforço e tanto estudo resultaria no famigerado artigo científico. Nada ainda digno de uma Nature da vida, infelizmente, mas era o primeiro registro dos passos de Kitshomo naquela profissão. Deixaria a si próprio, seus pais e preceptor muito satisfeitos!

Seu trabalho apareceria numa boa revista da área de Mega Evoluções e trataria do resultado de todo seu esforço com Swampert e a Mega. Ênfase na Happiness do monstrão! Destaque para as fotos do fofíssimo aquático tomando algumas páginas em diversos ângulos. Quase um ensaio completo de modelo, tanto na sua forma normal quanto na Mega. Tava lindo! Foram os Pk$ 1.000,00 mais bem recebidos e investidos!

Kitshomo tinha mesmo uma veia para a ciência tanto quanto para lidar com Pokémon, por isso a profissão escolhida não podia se encaixar melhor em ambas as coisas! Seus pais ficarão bem orgulhosos, sem dúvida. Mas o que importa é que um futuro brilhante o aguarda nessa longa jornada.

E espero que saia deste laboratório levando e perpetuando um legado de conhecimento. Sobretudo, que nunca se esqueça que talvez seja quase tarde. Mas dificilmente será tarde demais pra encontrar maravilhas. Não se preocupe, você é tão são quanto eu e, sendo assim, malfeito feito!

~ ROTA ENCERRADA ~

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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