Re: [Missão Rocket] Mega Sigiloso

por **thito** Qui Ago 19 2021, 20:51

Algo parecia querer dificultar o trabalho Rocket. Matte não olharia agora, mas certamente iria reparar se tinham câmera ao redor antes de seguir porque aquele gesto parecia coisa de alguém observando a conversa. De novo, o objetivo não era perturbar os mortos ou destruir a corporação, apenas "passear" por cada andar desse monte, desde aquele nível térreo até o nível mais alto.

Buck - estava escrito no crachá - tocou num ponto crítico. O único que Matte esperava passar despercebido, na verdade. No entanto, como ele já tinha pensado nisso, apenas replicou com a vez de que estava muito preocupado em não gerar frustração no outro.

— Na real tem um problema nisso. Ela tem problema de autoestima e fica estressada e violenta. Com esses itens meio fru-fru ela fica bem mais tranquila, e como é meu pokémon de apoio emocional, não posso simplesmente... sabe, deixar ela descontrolada. - Dava de ombros com as palmas das mãos voltada pra cima com um sorriso meia-boca, dando a entender que não tinha muito o que fazer. - Além disso, eu tenho mais umas 5 ou mais, um de cada cor.

Tirava, devagar, duas azuis e uma amarela para ele ver que deixar a rosa com ele não daria em nada, só trabalho desnecessário.

— Será que pode deixar essa passar, mestre? - Agora esticava a mão para um cumprimento com uma nota de PK$ 100 escondida no interior, mas que ele visivelmente conseguia identificar a nota de valor. - Prometo que não vamos criar nenhum tipo de problemas pro senhor.

O que ele imaginaria que Azula pudesse roubar? Flores? Ossos?? As joias de uma antiga estrela do rock que foi sepultada com todos seus bens em terra acreditando que levaria o luxo no pós-vida??? De toda forma Matte estava usando parte de sua lábia (vide skill) para fazer a cabeça do guarda abaixar as defesas e o suborno era só pra deixar o terceirizado mais tranquilo. Que fique registrado que nunca fiz isso, mas colegas comentam que sempre da certo, ainda mais quando você não ta errado e só quer seguir em paz sem ser incomodado. Matte ainda tinha sorte de ser branco e a abordagem ser tranquila e tinha plena noção de que se não fosse a situação seria outra.

Missão de Inteligência — Matte

por **Victoria** Sáb Ago 21 2021, 10:55

Quando Matte começou com aquele lenga-lenga, o guardinha já estava pronto para ser mais incisivo. Já estava até pensando no discurso! Ele ouvia aquilo tudo e esperava o momento certo de atacar, já com a boca e garganta salivada; evitando a secura que viria com o decorrer do esporro. O problema é que o Rocket aqui em questão foi mais esperto; ele reconheceu o quão tosco era sua desculpa e usara um artifício extra, que deu mais que certo.

O nosso guarda era até um bom profissional, mas não era lá tão honesto assim. Quando Matte lhe tocou com a maldita nota de 100 Pk$, ele simplesmente engoliu todo o seu discurso e quase se engasgou; dando tossidinhas leves. Após o vexame, tocou com os dedos a cédula, virou um pouco o corpo para a direita e puxou-a para o seu lado.

Levou dois ou três segundos para entender "o que ele fez" e "o que eu fiz", ma quando finalmente assimilou que - a partir de agora - era um corrupto, o homem abaixou-se um pouquinho e sussurrou:
- Preciso ao menos fingir - E começou a tocar Matte.

Ok, tocar é um termo meio estranho, mas fora exatamente isso que o policial fez. Eu não posso dizer "revistar", simplesmente porque o guarda não estava atrás de nada que o Rocket tinha! Ele simplesmente tocou-o em vários lugares, sem se preocupar exatamente com onde e nem o que achara. Fizera esse "apalpo" de duas mãos umas cinco vezes: uma no pescoço-nuca, outras duas no torço, uma de baixo do braço e outra nas coxas. Ao fim, liberou o rapaz e apertou o ponto no ouvido, falando em tom alto e claro:
- Capitão, na escuta? - Perguntou em voz alta, sendo respondido pelo ponto no ouvido - O cidadão está livre, sir! Pachirisu não tem Pick Up e o garoto foi revistado - Uma segunda resposta fora dada e Buck voltou-se a Matte para finalizar - Pode subir, senhor... desculpe o incômodo. Só seguir pelas escadas, mas você vai ter que atravessar um andar de cada vez., já que as escadas não são contínuas. A empresa ta tentando mudar isso...

Progresso:

por **thito** Sáb Ago 21 2021, 11:45

No final das contas Buck não parecia se importar com Pachirisu e o Pickup. Eram apenas ordens de cima. Como ele nem funcionário do cemitério era - visto a terceirização - tampouco tinha uma afetividade mais direta com o lugar. O que preocupou foi a história do toque, porque ele poderia encontrar algo afiado, isto é, se tocasse direito. A "revista" foi quase ensaiada, como se fosse apenas para as câmeras (que Matte ainda não tinha reparado para evitar suspeitas, mas ao se despedir para subir prestaria mais atenção como se fosse uma ingênua curiosidade pelas instalações).

Ao ser liberado, acenava com a cabeça em cumprimento a Buck pela cooperação. Nada mais precisava ser dito.

Azula odiava ser tocada, mas para subir as escadas era a melhor opção, visto o peso que o aparelho fazia equiparado à massa muscular dela. Sem estresse! Assim que chegassem no próximo nível ela seria devolvida ao chão. Ainda tinha um longo percurso para caminhar até o último andar do cemitério e ainda a parte externa da montanha, que é onde provavelmente existem cavernas e se encontra Steve Stone.

Lembrando disso, Matte poderia simplesmente ter dito que estava procurando o especialista e sua equipe... Bom, agora era indiferente. Encontraria a comitiva de exploração do senhor Stone quando fosse o momento. Até lá.... - Nada de roubar - Azula era avisada.

Missão de Inteligência — Matte

por **Victoria** Dom Ago 22 2021, 13:28

Bleh... "nada de roubar". Pediu para que Azula não fizesse o que nasceu para fazer! A pokémon, tentando se mostrar muito mais forte do que é, ajeitou o cachecol, encaixou bem a máquina entre o lenço e seu corpo, prendeu-a bem com o atrito e mostrou as duas mãos livres, como quem dizia "Viu!! Eu conseguiria se precisasse!!". Balançou um pouco as mãos livres, indicando que conseguiria levar aquilo "sem as mãos" e, segundos depois, o objeto escorregara por debaixo do cachecol e alcançara o seu pé.

No desespero, Azul moveu rapidamente seus braços para baixo e segurou-o com precisão, evitando que ele caísse no chão e/ou fosse parcialmente revelado. "Ufa", pensou a esquilo, enquanto suspirava aliviado. Ali ela se tocara: mal conseguiria segurar um Hold Item que Matte lhe mandasse, quem dirá roubar algo do cenário.

Fora (ainda mais) frustrada que Pachirisu continuou a caminhada. O colo lhe incomodava? Certamente, mas era pequena demais para subir aqueles degraus com aquele peso, então ela apenas aceitou. Chegaram então no primeiro andar e FINALMENTE deram de cara com as primeiras covas. Nenhum funeral, nenhuma alma viva; apenas mortas. Nenhum pokémon, nenhum barulho e nenhum incômodo. Câmeras? Sim, estas existiam, mas ficavam estrategicamente localizadas nas entradas e saídas das escadas, vendo muito pouco dos "cadáveres" em si.

Nada demais. Um cemitério bem normal, bem vazio e bem "fantasma". Nenhum luto, nenhum choro... nada. A única coisa que destoava era uma cova ao fundo, que provavelmente fora de uma criança recém enterrada. Ela era decorada com cata vento e brinquedos; sendo muito mais colorida do que as demais. Se Matte nada quisesse interagir, poderia seguir para a próxima escada, que ficava no polo extremo oposto do andar. Havia um caminho entre-covas que lhe permitia transitar bem.

Progresso:

por **thito** Dom Ago 22 2021, 13:49

Preciso mencionar o olhar fuzilador que Matte lançou pela gracinha de Azula? Atenção: nada nessa frase teve sentido fofo. Ainda bem que já estavam longe dos guardas e o ninja apenas fez revirar os olhos.

Naquele andar, os túmulos eram presentes e ao mesmo tempo refletiam ausência. Não era triste ou medonho, apenas... vazio. Substancial e afins. A presença de uma cova colorida não incomodava, apesar de destoar. Como não estavam por ali para visitar ou fazer orações, apenas dariam uma volta para mapear o local com o aparelho e seguiríamos para o próximo nível. - Se precisar de ajuda para subir as escadas me avise. - Avisou à Azula.

Matthew com toda certeza ficaria curioso ou sensível ao infante homenageado ao fundo, mas Matte era pragmático e obstinado demais para desviar o caminho com algo assim. Se não afetava diretamente a missão, não teria motivos para interferir no cenário, ainda mais com a promessa de bom comportamento feito no momento passado.

Missão de Inteligência — Matte

por **Victoria** Seg Ago 23 2021, 20:38

Pois com pragmatismo e objetivo, Matte seguiu para o segundo andar. Pachirisu subira com suas próprias pernas; apesar de atrasar um bocado seu treinador. Fazer o quê? Ela não queria ser carregada; muito menos ter que admitir que seria melhor que fosse. Subiram então até a entrada do segundo andar e ali não viram nada de muito novo, salvo uma pequena diferença.

Nesse andar, havia uma lanchonete. Dali da porta, não era possível ver muito bem, mas quando Matte fosse andando através do andar, ele repararia uma coisa MUITO peculiar.

Aquela era uma lanchonete-bar; extremamente peculiar. Tão estranhamente localizada que poderíamos comparar com os bares aleatórios no meio do campus da UFRJ da Urca. Afinal de contas, o que diabos um BAR está fazendo dentro de um CEMITÉRIO?! Pois é, meu rapaz; coisa estranha. A questão que deveria ficar era: por que não?

Simples: por que não?

O velhinho do boteco fundara aquilo a ANOS atrás e ganhara a melhor clientela possível para um barzinho fuleiro: homens de luto. Era padrão; aqueles que não superavam, choravam suas mágoas e marcavam presença no seu bar favorito. O mais engraçado é que a pergunta que fica é "ok, mas como Matte reparou isso?". Bem, havia uma placa enorme, em letras garrafas: LITRÃO DA PROMOSSÃO: CRYSTAGONAL 7,00 Pk$.

Além disso, haviam duas almas penadas (e bem vivas) sentadas em cadeiras de plástico, encostadas em uma mesa de plástico e bebendo em um bendito copo americano. Quantas almas penadas mortas estavam sentadas ali com eles? Não da para saber.

Progresso:

por **thito** Seg Ago 23 2021, 21:57

Triste. Pensa numa cena triste, mas tão triste que só animaria universitário fudido com o preço de uma crystagonal litrão por apenas 7 conto. Deve ter sido nesse momento que uma pessoa passou pela mente do nosso.. anti-herói (?)

- ...Por que será que sempre lembramos de Winnie quando tem bebida envolvida? - Não sei te dizer, mas se você me perguntar quantas vezes encontrei minha namorada no bar da faculdade sem termos marcado nada, eu diria que muitas. Não atoa Matte tinha medo da menina de cabelos rosados brotar do nada falando alto e balançando um copo de cerveja. A imagem disso o fez se arrepiar todo. De um modo ruim (para ficar claro pros pervertidos de plantão)!! - ...Matthew precisa urgente conversar sobre alcoolismo com ela, ou vai acabar levando a gente junto pra uma lista de espera por um fígado novo. Vamos.

O ninja evitou encarar demais. Bêbados tinham o costume de fazer amizade rápido e fácil demais e, eram o quê? 10 da manhã? De um dia de semana!! Não ousava imaginar que tipo de gente estava bebendo num cemitério sob essas circunstâncias. Parecia encrenca (do tipo depressiva demais para ficar encarando, então menos ainda sentado no mesmo ambiente). Era por isso que ele aguardaria Azula na escada que daria para o próximo andar, afinal, ela ainda tinha que dar um rolezinho pelo salão da morte antes de poderem subir.

Missão de Inteligência — Matte

por **Victoria** Qua Ago 25 2021, 10:01

BORING! Mais um andar ultrapassado e nenhum tipo de interação; começo a achar que Matte realmente só quer se livrar de mim. Fazer o quê? Não houve mais dilemas, o menino apenas passou o andar seguinte (e o próximo) sem nenhum tipo de empecilho. Já estavam no quarto andar (e último) quando alguma coisa interessante FINALMENTE aconteceu. Com Azula indo devagar-demais, demoraram mais do que apenas "alguns posts" para subir. Claro que não houve intervenção; mas houve sim uma lerdeza. Coisa que algumas outras pessoas não tiveram.

... Coisa que fez Matte & Azula serem alcançados.

Uma pequena caravana havia chegado no Monte Pyre pouco depois de Matte ser abordado - e disso ele não sabia - e começara a subir as escadas para o enterro de... 'algo'. Não direi o quê e nem quem; não importa por hora. Esse grupo, subindo as escadas em um ritmo normal, ultrapassou a cova das crianças e depois os bêbados; chegando ali, exatamente onde a dupla estava.

O problema é que não eram dois ou três; eram vinte ou trinta, cavalando em direção ao andar mais algo. Passaram em tropa! Ultrapassando Azula e quase pisoteando-a; alcançando Matte que ficava logo na frente, esperando sua esquilinha. A caravana ocupou o espaço vago entre Pachirisu e Matte; deixando-os completamente perdidos. O Rocket não conseguia ver sua pokémon; e nem ela senti-lo por perto.

Progresso:

por **thito** Qua Ago 25 2021, 20:17

OK. ok! Matte não era a melhor companhia do mundo, mas qual a novidade? Azula era mais interessante, porém, na atual conjuntura ambos estavam... chatos. Caminha caminha. Sobe sobe. Desvia desvia. Sobe sobe. Faz pausa para água. Sobe mais. Reclama com a gestora que me passou uma missão de caminhar por TODO o cemitério (do qual nunca tivemos o interesse de passar perto, muito menos a passeio... SERÁ QUE PRECISAMOS LEMBRAR DO PAI "MORTO" QUE NUNCA DESCANSOU PORQUE O CORPO NUNCA FOI ENCONTRADO?). Se Matthew estivesse bem de espírito, com toda certeza ficaria deprimido com esse lugar. Não pela atmosfera. Quer dizer, ela não atingia Matte porque ele não ligava pra essa conexões afetivas, mas... você entendeu!

O loiro estava super tranquilo, em sua máscara civil, quando o trem que vinha não sei da onde atropelavam ele e sua mascote. Tipo assim... Cadê a educação, bando de Mamoswine? O pior não era nem o tumulto, mas o afastamento da pequena...

- Isso é um problema... Aquela cleptomaníaca briguenta é capaz de usar da mão leve pra se aproveitar dos coitados. - Sussurrou como se comentasse para as vozes em sua cabeça (o que era bem normal para eles).

Você acha que Matte estava ligando pro bolso/bolsa da caravana? Era sobre sua honra. Tinha dado a palavra - além dos 100 conto - que Pachirisu não faria uso da habilidade ladina enquanto estivessem de passagem pelo cemitério. Isto é, se ela não fosse pisoteada no processo e causasse um estardalhaço.

Sim, Matte tinha o que fazer, mas revelaria as habilidades ninja no processo, sabendo que poderia estar sendo gravado? Não. Era besteira, Azula se virava e se fizesse merda, lidariam com isso depois.

- Com licença senhora - ele acompanhava uma das tias com cara de fofa. - Precisam de ajuda para carregar alguma coisa? Acho que estamos indo para o mesmo lugar, só cheguei um pouco mais cedo para fazer minhas preces a um outro amigo.

Falso? Não. Sagaz! Era comum mulheres de idade gostarem de tagarelar. Era só pensar na mãe. No primeiro dia de faculdade fez até piquenique com os jovens de 13 e 16 anos que estavam na mesma turma que ela.

Missão de Inteligência — Matte

por **Victoria** Sáb Ago 28 2021, 21:42

Deixa sua mãe saber que você ta chamando ela de "senhora de idade", meu jovem! Você vai tomar boas palmadas em casa, viu?! Mas agora, Matte, peço perdão por te levarem ao Cemitério em missão; mesmo sendo tão delicado para você. O que posso lhe dizer é que... bem, quem não tem problemas paternos, vai ter. Quem não vai ter, já teve. E quem não teve, tem. E quem tem, teve e terá... onde eu tava? Ah, você entendeu.

Ah, que seja, vamos ao que interessa. Primeiro que Matte começou a falar com uma velhinha; uma pessoa potencialmente aberta. De fato, a velhinha escolhida estava aberta à conversa, o erro-de-calculo da vez era apenas um: o luto. O tal do luto deixou a velhinha mais conversadeira do que de costume, passando uma das mãos no ombro de Matte, abrindo um sorriso-terno e falando:
- Aceito sim meu jovem, vem cá, vem cá... Benettite, traz a sopa! - Gritou. Seu grito invocou uma Banette de quase dois metros; extremamente gorda. Em sua mão um caldeirão de Sopa - Você pode levar isso aqui pra mim? Vô pro último andar.

Só que para além do panelão-de-sopa que a velha deu pra Matte segurar, ela fez uma maldita cara de cachorrinho-pidão; com o beiço flexionado e a íris completamente dilatada. Ela ia começar com uma ladainha qualquer, mas antes de eu começá-la aqui, devo dizer que Azula ouviu seu bate-papo e correu em sua direção; ainda não lhe achou, mas pelo menos sabia que estava por perto.

Progresso:

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