[Rota 1] Time of Adventure!

Pensamento positivo, segundo alguns é tudo que precisamos para obtermos sucesso em qualquer empreitada que, por ventura, viermos a intentar. Já segundo outros, não é tudo, mas é essencial para todo início de empreitada. Porém, observando a visão de um terceiro - mas não último - grupo, não é nada importante, não guardando qualquer vinculação com os acontecimentos no mundo fático, sem qualquer relação com o sucesso ou insucesso de qualquer ação. Enfim, independente de qualquer corrente ideológica, Laura começava sua jornada pensando positivo.

Enquanto caminhava por aquela bela estrada de terra, cercada por uma extensa planície coberta de uma grama baixa e bem esverdeada, bem iluminadas pelo sol forte do meio-dia que brilhava intensa e inabalavelmente acima da paisagem, a menina entregou um sorriso a seu pokemon, que, por sua vez, não lhe deu muita atenção, visto que estava mais interessado em explorar a bela visão de a Rota 01 lhe proporcionava.

Por fim, lembrando-se de algo importante, Laura retirou sua pokedex da mochila e apontou-a para Charmander, que dessa fvez, tirou sua atenção da paisagem e colocou seus olhos curiosos a observar o estranho dispositivo. Logo, enquanto a imagem do pokemon lagarto aparecia sobre a tela da pequenina agenda vermelha, uma estranha voz aguda, de timbre "robótico", colocou-se a enunciar:

Charmander

Uma chama arde na ponta de seu rabo desde seu nascimento. É dito que, caso esta se apague, o pokemon inevitavelmente vem a falecer.

Após ouvir os comentários feitos pelo dispositivo acerca da natureza do pokemon, Laura percebeu que Charmander lançava-lhe um olhar ainda mais curioso que o usual, parecia querer dizer algo como: "Eai? O que vamos fazer agora?"

O laço entre treinadora e pokemon parecia estar se formando muito bem. O pequeno lagarto parecia sempre reagir a tudo o que sua dona lhe dizia de forma positiva. Aparentava bastante satisfeito com seu novo apelido.

Aliás, o pokemon de fogo ficava cada vez mais animado, talvez estivesse empolgado com a ideia de fazer uma nova amizade, talvez fosse apenas mais um reflexo de sua curiosidade aguçada. Charmander, ou melhor, Blaze, se colocou a caminhar rapidamente à frente de sua mestra, farejando atentamente cada pedaço da rota e lançando o olhar investigativo por atrás de cada pedra, cada árvore, cada arbusto.

Subitamente, sem nem mesmo fazer qualquer sinal para a jovem treinadora, o réptil sai correndo em disparada pela grama, deixando a estrada principal para trás. Não seria possível ainda para Laura saber qual era a intenção de seu companheiro. O que ela faria?

Laura colocou-se prontamente a perseguir seu Charmander em alta velocidade, não gostaria de correr o risco de perder seu pokemon logo em seus primeiros contatos. Não foi muito difícil para a treinadora acompanhar seu pokemon, de baixa estatura e dotado de um corpo não desenhado para a rapidez de movimento.

Subitamente, Blaze atirou-se por detrás de um arbusto e por lá permaneceu observando uma árvore a alguns metros na sua frente. Era possível perceber um pequeno e sereno pokemon coçando suas asas com seu bico num dos robustos galhos da mesma.


Pelo jeito, Charmander tinha um certo instinto investigativo apurado...

Ao ver o pokemon que procurava, os olhos de Laura se encheram de brilho e empolgação. Orgulhosa de seu Charmander e satisfeita pelo achado, a menina se precipitou e deixou seu esconderijo, juntamente a Blaze. Aquela não foi uma boa opção, Pidgey, sendo um pássaro de extrema docilidade, fugiu ao sentir o perigo, batendo sua asas e realizando um voo para fora daquela árvore.

Voava em direção à Cidade de Pallet, mas, muito provavelmente, não pretendia chegar até lá, pararia em um local próximo, que julgasse seguro. Seu voo não era muito veloz, portanto, caso a treinadora agisse depressa, poderia talvez alcançar seu querido objetivo. O que ela faria?

A jovem Laura se arrependia amargamente pelo erro que havia cometido, no entanto não desistiria do intento de capturar aquele dócil pombo. Surgiu então uma nova ideia na mente da treinadora: usaria os suprimentos alimentícios que trazia consigo para atrair Pidgey.

E assim o fez, despejou metade de um de seus potes de comida ao chão e aguardou a vinda do pokemon voador que, por sua vez, não voava muito ao longe a percebeu a intenção amigável da menina. Sendo assim, o pequeno pássaro deu meia volta e, mudando seu trajeto, dirgiu-se até a refeição que lhe foi servida.

E comia de bom grado o passarinho, diante da afável treinadora, que o observava a apenas alguns metros de distância.