Pokémon Mythology RPG
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12@ Turbulência

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OFF :


- Me encarar, Vincent? Como você pretende encarar a você mesmo?! Pretende tentar me eliminar de dentro de si? Talvez o que você deva fazer seja, sim, aceitar a você mesmo. É ótimo ver toda esta raiva emanando de você, mas parece que você ainda não entendeu muito bem o que está acontecendo. Me diga, quem foi que matou a Ace?

Aquele homem nada mais fez do que abrir um sorriso sarcástico no canto de sua boca. Parecia ter falado algo com o único propósito de atordoar o treinador.

- Já é hora de finalizar esta batalha - Disse, dirigindo-se desta vez ao gigante verde que, como tudo naquele lugar, estava parcialmente encoberto pela fumaça.

De que modo aquele Venusaur agia talvez fosse um grande mistério. O fato é que sabia exatamente como proceder, mesmo em situações desfavoráveis como a que se encontrava naquele momento.

Violeta seguiu o que seu treinador dissera. Movimentou-se velozmente de modo a atingir Venusaur utilizando a fumaça para encobrir os olhos do oponente. este, por sua vez, sequer se preocupou com o golpe, apenas se movimentou no último instante, virando seu corpo de modo a que a Pokémon de Vincent ficasse exatamente de frente a ele. E recebeu o impacto do ataque de Koffing na cabeça Assurance). Rapidamente, os olhos de Venusaur brilharam, e rapidamente pegou impulso em suas patas traseiras, atingindo a Violeta, que estava diante dele (Mimic - Assurance). O dano causado por este ataque foi dobrado e este fator, aliado à diferença de níveis entre ambos, fez com que o dano causado à Koffing fosse realmente considerável.

Ela voltou para a fumaça e utilizou um outro Smokescreen, aumentando a fumaça no local. Venusaur parecia forçar a vista. Não estava exatamente vendo a Koffing, mas a fumaça ficava mais densa onde Koffing passava utilizando aquele ataque. A experiência do Pokémon de planta o fez preparar uma grande bola de energia e lançar na direção onde Koffing pareceria estar (Energy Ball). O ataque foi um golpe de sorte, e acabou funcionando. Violeta foi lançada a vários metros de distância, caindo no chão rolando várias vezes no solo. Quando Koffing parou, pode-se ver que estava totalmente sem energia. O ataque de Venusaur fora poderoso, ainda que Koffing fosse resistente a ataques daquele tipo.

Hora da Batalha
Campo: Enorme passagem subterrânea no Limbo. O local é amplo e alto e o solo é de terra firme.

12@ Turbulência - Página 4 109
Vs.
12@ Turbulência - Página 4 3

Koffing (♀) Violeta
Trait: Levitate
Hold Item: ---
Lv. 14
0%
Status: Fainted

Venusaur (♂)
Trait: ?
Hold Item: ???
Lv. 24
26%
Status: Def. -5/ Atk. +2 / Acc. -2

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Spoiler :





O monotreinador caminhou rapidamente ao encontro da Pokémon gasosa, pegando-a nos braços. “Eu sinto muito, Violeta.” Lamentava-se mentalmente. Venonat o seguiu, agarrando-se em sua calça. O veneno ainda corria nas veias de Vincent e as suas opções de pokémon estavam se esgotando diante do poder daquele terrível Venusaur. Além disso, o oponente tentava desestabilizá-lo a todo o momento.

Vincent sabia onde ele queria chegar, a insinuação sobre a morte de Ace. Uma tentativa de fazê-lo se reconhecer como o algoz do pobre sujeito. Mas balançou a cabeça negativamente quando tal pensamento inundou sua mente, não iria cair na pilha, havia uma batalha que precisava ser ganha. Sem falar que estava cada vez mais difícil falar... ou respirar.

– Você diz que os Pokémon venenosos são traiçoeiros, certo? – Falou pausadamente enquanto pegava outra pokéball. – Mas há outro tipo que é tão ou mais traiçoeiro quanto. Não é, Gastly!?

A pokéball do Pokémon fantasma se abriu e esse, em uma atitude semelhante a de Violeta, flutuou animado pelo campo de batalha. Enquanto o fantasma se familiarizava com a situação, Vincent recolhia a Pokémon ferida para descansar dentro de sua esfera bicolor.

– Gastly use o Double Team para manter-se seguro. Dance com seus clones no campo, não permita que todos se tornem um alvo fácil de um ataque só. Em seguida... lamento, mas preciso que use o Curse. – Orientou, naquilo que achava ser seu melhor trunfo.

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OFF :


O rapaz lutava contra o veneno e contra a dor de ver sua Pokémon derrotada. Lançou seu quarto Pokémon e recolheu Violeta. Era possível ver a preocupação de Venonat com o jovem, não exatamente em relação ao Venusaur em campo, mas sim com seu treinador. Sua situação era preocupante e ela sabia muito bem quais seriam os efeitos do veneno no corpo de humanos. Vincent corria perigo.

O treinador executou a melhor tarefa que poderia naquele momento. Foi, na verdade, uma excelente estratégia. Seu Gastly foi ordenado a utilizar um move que, de fato, deixaria Venusaur em maus lençóis. Mas, primeiro, era necessário distrair o oponente.

Então, Gastly começou a duplicar-se, e a cópia duplicou-se, e assim se formou uma "roda de Gastlies" em torno de Venusaur (Double Team).

- Use seu chicote - Uma única frase, carregada de significado.

Imediatamente, Venusaur liberou poderosas e longas vinhas. Seu enorme corpo, na verdade, moveu-se pouquíssimo. As vinhas encarregaram-se de varrer todos os clones e, em certo momento, atingiram o Gastly verdadeiro (Vine Whip).

Em seguida, os olhos do fantasma brilharam em um tom de vermelho intenso, enquanto ele olhava fixamente para o oponente. Instantes depois, uma aura vermelha cobria o corpo de Venusaur e este mesmo possuía um olhar aterrorizado. Estava amaldiçoado.

Em resposta, Venusaur lançou um pó que tomou conta de todo o campo. Gastly, com isso, ficou sonolento, sentiu seus olhos pesarem e caiu em um profundo sono (Sleep Powder).

Venusaur, em seguida, sentia os efeitos do ataque de Gastlly.

Hora da Batalha
Campo: Enorme passagem subterrânea no Limbo. O local é amplo e alto e o solo é de terra firme.

12@ Turbulência - Página 4 92
Vs.
12@ Turbulência - Página 4 3

Gastly ()
Trait: Levitate
Hold Item: ---
Lv. 12
34%
Status: Asleep; Evasiveness +1

Venusaur ()
Trait: ?
Hold Item: ???
Lv. 24
1%
Status: Cursed. Def. -5/ Atk. +2 / Acc. -2

- Acredito que você tenha percebido que esta batalha se aproxima do seu fim, Vincent. A questão aqui é: Até quando você vai vencer batalhas e continuar sendo quem você não é? Parabéns por esta excelente estratégia, afinal não importa sacrificar um Pokémon se você conquista a vitória, não é verdade? Este é você. Um assassino, um egoísta - palavras que foram ditas e seguidas de uma sonora gargalhada.

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Spoiler :


Assassino? Egoísta? Vincent se perguntou. Tudo que estava fazendo era garantir a sobrevivência tanto dele quanto dos seus parceiros, seu instinto era de proteção, de sobrevivência, completamente diferente do estilo sórdido do rapaz à sua frente... Ao menos era isso que o jovem de cabelos dourados tentava se convencer.

Por sorte, Gastly não havia tido o fim dos demais companheiros que entraram em campo até então, isso o deixava aliviado. Não gostava de ver seus parceiros sofrerem e aquela situação já estava caótica o suficiente.

– Lamento, Gastly. – Murmurou, com a cabeça baixa. – Retorne. – Um raio vermelho emanou da esfera bicolor que o jovem enfermo tinha em mãos, trazendo Gastly para dentro dela.

Vincent encarou o oponente e sua fera por alguns segundos, em seu olhar emanava um misto de medo, dúvida, ansiedade e raiva. Pensou em responder suas provocações, mas limitou-se a concentrar sua atenção a Pokémon inseto que lhe acompanhava. “Nada do que ele fala interessa” Pensou. “Se somos ou não iguais, nesse momento serei o que ele espera que eu seja e darei o que merece” Concluiu.

– Venonat, conto com você agora. – Disse com gentileza. A Pokémon se espantou, balançando o seu corpo negativamente, como se recusasse a sair do lado do treinador. Este, percebendo sua hesitação, insistiu. – Lembre-se, é o amuleto da sorte. – Disse, apontando para o pequeno ovo pendurado em volta do seu corpo. – Nada irá acontecer com você enquanto estiver segurando-o... – Agachou, ajoelhando-se e apoiando uma das mãos no chão. Já estava difícil demais se manter em pé. – Vá lá e... acabe com ele. Use o... Swift!

Percebendo o estado do seu mestre, Venonat encheu-se de coragem e pôs-se em frente dele, encarando a fera de grama com um olhar dedicado. Aquele poderia ser o último movimento da luta.

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OFF :


Vincent comandava sua Venonat com um dos joelhos apoiados no chão. Era quase impossível se manter lúcido, estava usando suas últimas forças para tal. O veneno provocava-lhe não somente uma dor lancinante como também o retirava a consciência, cada vez mais. Estavam, todavia, muito próximos do fim da batalha.

Desesperada em tentar fazer seu melhor diante do enorme oponente, Venonat produzia estrelas diante de seu corpo e as lançavam contra Venusaur (Swift). Ao mesmo momento, ouviram a voz do "treinador" oponente.

- Vamos acabar com esta também, ele não passará pelo próximo desafio e não sairá daqui com vida!

Venusaur assentiu com a cabeça e levantou-se sobre as patas traseiras mas, em seguida, forçou a dianteira de seu corpo e o túnel onde estavam tremeu intensamente (Earthquake). Foi o ataque mais poderoso de Venusaur até aquele momento, desferido com tanta raiva que seus olhos adquiriram um vermelho intenso, deixando a pobre Venonat com mais medo ainda. Ao mesmo tempo lançaram seus ataques, ao mesmo tempo sentiram o dano. Venusaur foi atingido pelas estrelas de Venonat e perdeu suas forças, caindo de lado.

Hora da Batalha
Campo: Enorme passagem subterrânea no Limbo. O local é amplo e alto e o solo é de terra firme.

12@ Turbulência - Página 4 48
Vs.
12@ Turbulência - Página 4 3

Venonat ()
Trait: Coumpoundeyes
Hold Item: Lucky Egg
Lv. 12
31%
Status: Normal

Venusaur ()
Trait: ?
Hold Item: ???
Lv. 24
0%
Status: Fainted.


O oponente de Vincent começou a caminhar em sua direção. Pegou uma pokébola que era em sua maioria de cor grafite e tinha alguns detalhes em amarelo, parecia-se, na verdade, com um "U". Recolheu Venusaur que jazia no campo de batalha enquanto caminhava e só parou quando chegou diante do treinador. Venonat correu e se colocou entre ambos, mas sem ter muito como agir naquele momento. Ele se manteve de pé por alguns instantes e, em seguida, chutou a face de Vincent, que estava sem possibilidade alguma de reação. O treinador que estava ajoelhado sobre um dos joelhos caiu de lado e ouviu sua voz.

- Meus parabéns pela vitória, Vincent. Meus pêsames pelo veneno. Dê adeus ao mundo dos vivos!

De modo automático, Vincent fechou os olhos mesmo ouvindo os gritos de Venonat, que tentava de alguma forma impedir isso.

Sonhou com o helicóptero onde estava, com os últimos lugares que visitou. Via Koffing, Venonat e os outros Pokémon usados em sua batalha. Sonhou com Victoria, que olhava para ele com um sorriso triste, como se desejasse dizer-lhe algo que até aquele momento ela não tinha falado a absolutamente ninguém.
Tudo tornou-se escuridão. Vincent estava sozinho, parado, pisando em nada, olhando para nada, sentindo nada, e se sentindo nada. Estava vazio. Será que estava de pé? Ou deitado? Talvez de cabeça para baixo?

Ouviu uma voz feminina, extremamente suave e profunda.

- Todos os que passam por este lugar são confrontados. A grande verdade é que muitos seres humanos não conhecem a si mesmos. Aqui, todavia, todos entendem quem são, quem gostariam de ser, ou quem não devem ser. Vincent, Pokémon venenosos não são mais traiçoeiros do que outros. Não se deixe enganar pensando que você os escolheu porque você gosta do sofrimento alheio. Não é a verdade e você sabe muito bem disso. O que há nas suas veias não é veneno, mas sangue.

O jovem treinador fez o máximo esforço para produzir algum som, mas sua boca se manteve fechada, era impossível abri-la. O tempo passou naquele lugar como se fossem dias inteiros. Estas palavras foram reproduzidas, mas não de maneira audível, e sim em sua própria mente, por todo o tempo em que permaneceu na escuridão. Depois de se cansar de ver o tempo passar e não conseguir sequer mover algum de seus membros, uma força estranha o forçou a fechar os olhos e estes se abriram depois de cerca de cinco segundos.

Venonat berrava ao lado do corpo do treinador, que acordava do estranho sonho. Estava realmente desesperada. Não havia nenhum outro sinal de vida diante deles, seu oponente havia simplesmente desaparecido. Vincent não estava morto, afinal.

O efeito do envenenamento não passou completamente, o jovem ainda estava muito desnorteado e acabou vomitando quando tentou levantar a cabeça. Aos poucos recobrou seus sentidos. Estava um pouco melhor, enfim. Quanto tempo haveria se passado enquanto ele estava desacordado? Mais uma pergunta que provavelmente jamais seria respondida. Diante deles o mesmo túnel amplo, mas nenhum oponente verde gigante para derrotar. Pelo menos não por enquanto.

Experiência! :

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OFF :


Após ter vencido a batalha, sentiu-se inútil; sequer tinha forças para se vingar do homem que matara Ace e ainda precisava ser protegido pela sua pokémon ferida que, mesmo com tanto empenho, não conseguiu evitar que o mesmo recebesse um golpe no rosto. Caiu e ali ficou, levantar ou mesmo falar alguma coisa se tornou uma tarefa impossível. “Então é assim que os envenenados sentem? Não é de se admirar que rejeitem tanto os Pokémon venenosos...” pensava.

O homem de cabelos negros falou alguma coisa, mas as palavras se tornaram confusas demais para serem entendidas. Aos poucos tudo fora escurecendo e apenas alguns sons se fizeram presentes. “É o fim?” perguntou-se, ganhar acabou não servindo de nada! Já não sentia mais dor ou qualquer outra coisa, foi como se tivesse sido tomado por um vazio inefável e agora pairasse em um céu negro, sem estrelas.

Algumas imagens vieram em sua cabeça, como um sonho, mas logo passaram e o breu voltou. Escuridão que insistia em acompanha-lo por um longo tempo. Uma voz doce passou a falar dentro de sua cabeça repetidamente. Palavras que o fizeram refletir sobre tudo que passou até aqui, de sua infância à escolha de se tornar um monotreinador do tipo venenoso, de sua primeira captura à batalha contra o sujeito que se dizia ser ele...

Precisava retornar a si, não poderia ir embora agora, não poderia continuar se dando por vencido. O que seriam dos seus Pokémon em um lugar como aquele? Justo eles que não o abandonaram e que cumpriram seus comandos mesmo que sofressem duras consequências. Tinha que retornar, pelos seus parceiros, mas também por ele mesmo.

Ao fechar os olhos, ouviu a voz de sua Venonat fraquinha. Concentrou-se nela e, aos poucos, a voz foi ficando mais perto, mais perto, até que... Voltou, estava no mesmo lugar em que enfrentara o Venusaur!

Ao olhar para sua parceira, que o encarava desesperada com seus grandes olhos vermelhos, Vincent sorriu, erguendo uma de suas mãos e afagando o espaço entre suas duas antenas. Instantaneamente as tais palavras que ouvira no escuro voltaram a sua mente, “Pokémon venenosos não são mais traiçoeiros do que outros”. Venonat por si só era prova disso. Em nenhum momento saiu do seu lado, em nenhum momento deixou de confiar no que ele estava dizendo. Mesmo os Pokémon venenosos não sendo as mais amáveis e desejáveis criaturas, poderiam ser parceiros fiéis e gentis como qualquer outro, e foi nisso que ele se apoiou quando resolveu iniciar sua jornada, provar a si e a todos que eles não são o demônio como são pintados.

Venonat se tranquilizou ao ver que seu mestre estava vivo, agarrando-lhe calorosamente. Após um mal-estar, Vincent se levantou, tranquilizando a parceira com palavras gentis. A dor e a fraqueza de outrora já estavam amenizadas, sentindo-se bem melhor, o monotreinador e a sua fiel companheira seguiram por aquele túnel que não parecia ter fim.

Caminharam em passos lentos, pois Vincent ainda não se sentia 100%, pelo que pareceram horas, mas por mais que andassem o cenário sempre era o mesmo. Ele já havia se dado contra que leis comuns do seu mundo não existiam naquele lugar... Tempo ou espaço, nada fazia sentido, deveria desistir de tentar entender aquele mundo. Por hora, resolveu continuar caminhando em busca de uma saída.

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OFF: :


Estava tudo bem, afinal. Pelo menos parcialmente. Eles ainda estavam no mesmo local, Vincent ainda não se sentia tão bem assim, e metade de seu time estava sem condições de luta, caso passassem por algum problema.

Caminharam, pois, por um longo tempo. Longo demais, estavam cansados já, de tanto caminhar!

Aquele lugar estava sendo realmente difícil de se suportar. Nada no Limbo parecia fácil, mesmo quando se tinha uma pequena esperança aquilo parecia fugir de suas mãos em um segundo!

Continuavam caminhando, então... Enfim, depois de tanto tempo seguindo em linha reta por um largo túnel, Vincent, e Venonat também, é claro, percebeu algo.

O túnel ia se estreitando. Era esquisito, a coisa acontecia de modo que Vincent e Venonat pareciam estar subindo uma estranha rampa. Não era íngreme, mas era possível perceber que era uma subida. O teto fazia o caminho contrário, se inclinava cada vez mais, ficando mai baixo. As paredes seguiam o mesmo movimento.

Passado mais um bom tempo de caminhada (tudo se resumia a caminhar, pelo visto) o túnel ia chegando ao seu fim. A coisa foi tão absurda que, agora, Vincent e Venonat não podiam mais andar lado a lado. Ela ia na frente, com o jovem a seu encalço.

Enfim, avistaram o fim do túnel. Estava alguns metros à frente, apenas. Seu tamanho era de certa de 70 centímetros acima da cabeça de Vincent. A largura já não chegava a um metro, sequer. Quando chegaram ao final do estranho local, Vincent pode perceber que havia uma espécie de compartimento, um buraco na parede de terra, que tinha uma ferramenta.

Uma pá. Venonat olhou para seu treinador, olhou para a pá, olhou para o teto do, agora minúsculo, túnel e olhou novamente para seu treinador, com uma expressão de satisfação, como quem tivesse conseguido realizar uma tarefa importante.

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OFF :


Após caminhar por horas – ou minutos, não sabia muito bem – o cenário começou a mostrar algumas mudanças, para alivio do monotreinador que não suportava mais aquele apático túnel e enxergava naquilo uma esperança para que o mesmo estivesse chegando ao fim. O caminho se estreitou tanto que se tornou inviável que treinador e pokémon seguissem lado a lado, assim, Venonat segue em frente, sendo acompanhada por Vincent em passos arrastados. O inseto venoso estava machucado pelo confronto com Venusaur, mas mesmo assim se mostrava competente e ansiosa para ajudar seu treinador. Ele reconhecia isso.

De repente Venonat parou, virando-se na direção do treinador e o encarando dando alguns pulinhos.

– O que houve? Acabou? – Questionou Vincent, analisando o local que a mesma estava. Foi então que se deu conta de que havia um compartimento onde ela estava. Lembrou-se daquele que a mesma encontrou quando chegaram aqui. – Ótimo, Venonat. Parece que conseguiremos sair daqul.

Vincent foi até a pá e a agarrou. O melhor a se fazer seria atravessar aquela passagem, mas antes resolveu bater com a ferramenta nas paredes estreitas daquele lugar apertado, visando se certificar que seus olhos não estavam lhe enganando.

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OFF: :


O rapaz estava contente por ter Venonat ali, ela sempre se mostrava muito leal, buscando ajudá-lo em qualquer situação que se mostrasse, fosse contra um poderoso Venusaur ou uma caminhada por um entediante túnel.

Quando chegaram ao local, foi ela quem demonstrou a maior alegria ao treinador. Parecia que ela também queria desaparecer, o quanto antes, daquele estranho lugar.

Quando o jovem pegou a pá e deu algumas batidinhas nas paredes do, agora, estreito túnel onde estavam, buscando se certificar que aquilo não era uma ilusão ou algo do tipo, Venonat enlouqueceu. Balançava as mãos e as antenas, tentando impedir o treinador de bater nas paredes.

Bom, Vincent conseguiu verificar que o túnel onde estavam era mesmo real. Uma pequena caixinha de terra, com paredes e teto muito estreitos. Conseguiu também uma Venonat que, agora, ficava pulando enlouquecida, apontando para o teto do pequeno compartimento onde estavam.Usava seus pequenos braços e antenas, fazendo gestos que seriam hilários caso fossem vistos por alguém mais.

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Venonat parece não ter gostado muito da ideia e suspeita de Vincent, contestando-o como se quisesse dizer que ele estava apenas perdendo tempo. O monotreinador sorriu e, após confirmar o que queria checar, agachou-se e acariciou a Pokémon inseto.

– Está com pressa de sair daqui, não é Venonat? – Questionou enquanto afagava os pelos do inseto. – Tudo bem. Vamos ver o que nos espera. – Concluiu. Levantando-se e olhando para cima, para o local apontado por sua Venonat.

É hora de começar o trabalho! Vincent fincou-a a pá que encontrou no estreito teto, tentando cavar uma passagem. A lógica seria fazer um buraco no solo, mas o mesmo já havia aprendido que naquele lugar a lógica não é exata.



Spoiler :

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