07. Elétricos

07. Elétricos

-Eu tenho uma ideia, não se preocupe. – Dizia, pegando a Pokébola de Grimer de minha pochete e o libertando. –Certo, Grape, tenho um trabalho para você. – Sorria. –Quero que você cerque aquela área ali com um grande círculo de gosma. – Dizia, apontando para o local onde o Growlithe havia corrido anteriormente.

Me virava para Ellie, que no momento se perguntava para quê aquilo serviria. –Está se perguntando por que é que eu faria isso? Simples, Grimers são Pokémon que espalham pedaços do corpo venenoso e gosmento deles por onde andam, portanto, quando Growlithe nos vir, tentará fugir e acabará preso, lento ou envenenado por causa dessa simples “jogada”. – Exclamava, parecendo mais esperto do quê eu realmente era, apesar de que eu não sabia se iria funcionar.

-Agora esperamos o Grape fazer o seu trabalho para depois procurarmos pelo Growlithe, certo? – Dava um pequeno sorriso para a garota. –Você queria capturar o Growlithe? Provavelmente ele já tem um treinador e por isso, você talvez não conseguirá o ter e, por causa disso, se eu achar algum parecido eu te dou. – Erguia meu braço e levantava o dedo do meio e o indicador, em um sinal de paz e amor, ou algo do gênero.

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-Ou é isso ou o Growlithe tem sim um treinador. – Dava uma discreta risada. –Durante a minha infância já vi muitos treinadores procurando comida com a ajuda de seus Pokémon, talvez, se aquele Growlithe tiver um treinador, este esteja faminto ou algo do tipo. Mas, vamos deixar de lado isso e procurar o Growlithe, ok? – Começava a correr, talvez acompanhado pela garota, mas como meu pescoço doía por causa da última noite, decidi apenas não olhar para trás e verificar.

-Há muitos casais fazendo piqueniques por aqui... Você tem alguma Pokébola contigo para ver se vai capturar o Growlithe? – Tinha a impressão de estar falando sozinho, ou ela que estava quieta de mais.

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-Nunca se sabe. – Respondia à ela, que estava indignada sobre saber que pessoas mastigariam comida que foi dada à eles pelos Pokémon que a levava pela boca.

A garota aparentava não ter ouvido o motivo da pergunta anterior, então, o disse novamente. –Bem, se você tacar a sua Pokébola no Growlithe e ele for protegido por uma espécie de escudo, quer dizer que ele já pertence à alguém, por isso, se você tivesse, nós poderíamos descobrir esse “mistério”. – Fingia que não tinha comigo, já que realmente me preocupava em gastar as minhas Pokébolas.

-Ainda não me apresentei corretamente, certo? Eu me chamo Dallas Grave, sou um treinador que acabara de iniciar sua jornada e quase passou para as oitavas de final da copa união, além de quê eu nasci em Pallet e vivi em uma pequena escola próxima ao sul da cidade, onde há água à sua volta. – Talvez se eu revelasse tais informações, descobriria o motivo de ela ser tão familiar para mim, assim como Ellie também descobrir.

-Meus outros dois Pokémon estão meio fracos no momento então não posso lhes apresentar no momento, mas, Grape, aquele Pokémon semelhante à uma gelatina de uva também conhecido como Grimer, é o meu mais fraco companheiro, mas não o subestime, ele faria tudo e até um pouco mais para fazer um trabalho com êxito, por isso, não se preocupe com nosso objetivo, pois não iremos falhar!

Com uma expressão de empolgação estampada na face, desviava o meu olhar para o rastro de gosma de Grimer e então passava do seu lado e seguia em frente, acompanhado de Ellie que vinha logo atrás. –Ah, Ellie. – Dizia enquanto corria. –Poderia me mostrar o seu Pokémon? – Parava de falar para recuperar o fôlego. –Uma garota como você deve ter um parceiro de aventuras impressionante! – Ainda fixando o meu olhar na minha frente, colocava a minha mão sobre os meus olhos para enxergar de longe melhor e ver se conseguia avistar o cão de fogo.

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Tentando terminar a minha fala, era rapidamente interrompido quando uma delicada e fria mão encostou em minha face e tampou o meu nariz e boca, me fazendo então não conseguir respirar naquele momento. –Quanto as Pokébolas, você terá chances de qualquer jeito se lançar ela no Growlithe, mas qualquer coisa iniciamos um combate contra ele.

Começamos a correr e então avistamos Growlithe, correndo assim como nós. Rapidamente me lancei tentando pegar Growlithe e, como se estivesse brigando comigo mesmo, tentava pará-lo somente com minhas mãos, enquanto Ellie parecia rir daquela situação um tanto cômica. –Me ajude a pegá-lo, logo mais estará de noite e não teremos tantas chances em encontra-lo. – Growlithe talvez nem estava em minhas mãos e eu estava fazendo papel de bobo, tentando "pegá-lo" enquanto me rastejava no chão.

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-Caraca, uma preguiça! – Me surpreendia, falando enquanto ainda estava no chão. –Vamos lá Ellie, nós conseguimos! – Mesmo que isso fosse bom de algum modo, eu pensava no meu Pokémon que estava vagando sob à luz do fim do dia em volta de uma área somente por ordens minhas, que tristeza. Me levantava e pegava a Pokébola de Grape.

-Grape, chega cara, venha cá! – Apontava a esfera bicolor para a minha frente enquanto a preguiça e o cão batalhavam e logo um fio escarlate de luz surgiu, indo rapidamente até o meu companheiro que era sugado no mesmo instante.