Re: Capítulo 01 - Que seja feita a minha glória!

por **Koujiro** Seg maio 11 2015, 11:30

Charmander salvara a vida de Kazuo. Quando a placa de madeira fora retirada da armadilha, acionou algum mecanismo que liberou outra pedra, esta que acertaria Kazuo no tronco e que poderia resultar em um golpe fatal. Mas, percebendo o que estava acontecendo, Charmander derrubou seu treinador, tirando-o da linha da pedra e assim salvando sua vida.

Após alguns segundos, Kazuo controlou sua respiração e se ergueu do chão. Colocou uma das mãos na cabeça de Charmander e do fundo do coração, agradeceu ao seu companheiro, a quem os laços a cada segundo se fortificavam.

-Você salvou a minha vida. –Disse sorrindo e inteiramente grato. –Obrigado.

Charmander ficou parado sem jeito, e após alguns confusos segundos se virou em direção a armadilha, acenando para que Kazuo continuasse, e este assim fez. Aproximou de novo da armadilha e mais uma vez levantaria o tampo, para retirar o Pokémon de seu interior. Mas dessa vez, Kazuo sabia que estava se metendo com uma pessoa capaz de matar, e sua raiva se agravou.

por **Surik** Seg maio 11 2015, 14:58

De certa maneira, o Kazuo que levantava de vez aquele tampo de madeira para libertar o Pokémon que estava preso era um rapaz que tinha outro sentimento. Sentia raiva, porque agora sabia que, quem quer que estivesse fazendo aquilo, era mesmo capaz de ferir gravemente um ser humano.

Que espécie de ser desalmado aprisionaria Pokémon e criaria armadilhas que poderiam matar pessoas?

O Pokémon arroxeado, ao ver o treinador ali, acabou por entender que ele não era o criador do problema. Não estava mais acuado, embaixo do buraco, mas olhava diretamente para o treinador, como aguardando que o mesmo fizesse alguma coisa.

por **Koujiro** Ter maio 12 2015, 10:14

Kazuo Akamia ficou impressionado pelo fato de que apenas com alguns movimentos e alguns detalhes simples, como quase morrer, foram capazes de mudar a ideia do Pokémon preso. Agora parecia que o mesmo tinha respeito para com o jovem treinador. E isso alegrava profundamente.

Kazuo tentou distinguir que Pokémon era, mas a sua falta de experiência o prejudicava. Havia apenas um Pokémon de pelo roxo cujo o garoto tinha conhecimento, o dentuço Rattata, mas esse não tinha antenas... ou tinha? Sorrindo, Kazuo segurou o tampo e deu um puxão, assim tentando tirar o ser de seu confinamento.

por **Surik** Ter maio 12 2015, 12:40

O jovem percebeu uma mudança na postura do Pokémon que estava ali. De fato, aquele que se sentia com medo de que Kazuo fosse o responsável por aquela armadilha agora havia compreendido que não era nada disso: se tratava de alguém desconhecido, mas que, pelo menos a princípio, não tinha a menor intenção de machucá-lo.

A tampa que ele já havia levantado agora estava em suas mãos, e ele nada fez além de jogá-la para o lado. O arroxeado saltou do buraco e olhou para Kazuo e Charmander com uma expressão agradecida. Tinha mãos muito pequenas, que ficavam muito próximas ao seu corpo, como Kazuo podia perceber.

Assim ele virou as costas e começou a caminhar. Estava pensando sinceramente em voltar para a sua vida normal de antes de cair em uma armadilha na Rota 1 após fugir de uma tempestade sem precedentes por toda Kanto.

por **Koujiro** Qua maio 13 2015, 09:02

Kazuo puxou a tampa, libertando o Pokémon confinado. O mesmo, após sair, olhou para Kazuo e Charmander com um olhar de puro agradecimento e Kazuo se permitiu um sorriso em resposta.

-Agora está livre pequenino!

O Pokémon deu as costas e partiu, deixando Kazuo para trás. O jovem treinador pode perceber um pouco mais de sua silhueta, ele era peludo e roxo, como pudera ver antes e tinha pequenas mãozinhas juntas ao corpo. Com um movimento hábil, retirou rapidamente a mochila das costas e abriu o primeiro fecho, tirando de lá a Pokedéx dada para ele pelo professor Oak. Apontou o aparelho para o Pokémon e apertou um botão n base do mesmo, que liberou uma pequena luzinha, como um flash da câmera fotográfica, antes de mostrar os dados do mesmo. Mas antes de lê-la, Kazuo gritou:

-Hey, espere! –E correu, junto de Charmander na direção do Pokémon arroxeado.

por **Surik** Qua maio 13 2015, 09:13

Venonat
Kongpang

Seus olhos grandes podem atuar como radares. Eles são compostos por diversos outros olhos menores. São ótimos para enxergar no escuro ou ver coisas minúsculas.

[color=#666666]Kazuo ouvia as informações transmitidas por uma voz robótica vinda da Pokédex após ouvir o bipe agudo que o aparelho emitiu, enquanto corria na direção do Pokémon. Não precisou ir muito longe, é verdade, principalmente porque o Pokémon parou e virou-se em sua direção, entortando um pouco a "cabeça" e tendo em sua face uma expressão confusa.

Qual seria o próximo passo do treinador diante do Venonat que estava ali à sua frente?[/color[]font]

por **Koujiro** Qua maio 13 2015, 09:51

Ainda correndo em direção ao misterioso Pokémon arroxeado, a Pokédex cuspiu as informações deste, informando ao treinador que se tratava de um Venonat. Kazuo lembrava de ter, algum dia, ouvido falar deste espécime, mas não sabia ao certo se era uma boa ou má adição a equipe. “Este é um bom Pokémon? Não faço a mínima a ideia!”.

Quando se aproximou do Venonat, este já estava com a cara virada em direção ao treinador com um olhar peculiar, que para o treinador parecia ser “confusão”. Rapidamente, Kazuo tratou de emitir um largo sorriso e diminuiu a velocidade e com a voz calma começou a conversar com o mesmo. Vendo a “performance” de seu treinador, Charmander tentou imitar, mas diferente do garoto, fez uma cara engraçada, como se tentasse sorrir, mas não sabia ao certo como fazê-lo e de novo dois caminhos enfumaçados saíram de suas narinas.

-Hey Venonat... eu sou um jovem treinador e queria muito que fizesse parte da minha equipe... está disposto a me acompanhar nessa jornada? –Kazuo pretendia captura-lo de forma amigável, mas caso Venonat se recusasse, teria que ser mais persuasivo e aí é que Charmander entraria na história, e Venonat seria o primeiro oponente da dupla!

por **Surik** Qui maio 14 2015, 11:09

Kazuo percebia a fuga de Venonat e logo tntava evitá-la. Primeiro, de uma forma direta e amigável, e um plano B já traçado em sua mente caso as coisas não saíssem bem como planejado.

Charmander ajudava como podia, e àquela altura da aproximação Kazuo entendia que o "como podia" significava sendo um grande trapalhão que no mínimo causaria uma boa impressão, deixando Venonat bem mais simpático a uma aproximação maior.

Como Kazuo esperava uma resposta, o que ele viu foi o arroxeado balançar a cabeça, de maneira negativa, indicando que não tinha muita vontade de atender seu pedido, ao menos voluntariamente.

Então virou-se mais uma vez e mais uma vez se pôs a caminhar.

por **Koujiro** Qui maio 14 2015, 14:35

Off::

Venonat negou em seguir Kazuo e este começou a se sentir estranho, com raiva... e determinado. Esperou em silêncio que Venonat desses alguns passos para a frente e disse, baixinho, para que só Charmander pudesse escutá-lo:

-Charmander, vamos fazê-lo mudar de ideia. Ataque com Scratch! –Aquele era um ataque bem simplório e Kazuo sabia muito bem disso, mas infelizmente era o único ofensivo que a dupla sabia, e o segundo ataque de Charmander, Kazuo queria esperar o movimento do Pokémon roxo para ver se seria eficaz naquela batalha!

por **Surik** Qui maio 14 2015, 15:35

Kazuo se sentiu enraivecido diante da atitude de Venonat. Oras, qual era o problema? Será que ele e Charmander não eram fortes o suficientes para ele? Bem, agora ele verificaria na prática que não era verdade.

Charmander preparou suas garras, levantando-as em obediência ao treinador. Venonat, quando viu aquilo, virou-se e na mesma hora mostrou uma expressão de medo. O ataque teria sido plenamente desferido quando...

- Ei, o que você está fazendo? Este Pokémon é meu!

Uma voz feminina ecoava pela floresta, parecendo estar a apenas alguns metros de distância dali. Alguns segundos depois, ela se mostrou aos presentes. Era uma menina, literalmente, que deveria ter seus doze anos no máximo. Vestia-se de maneira muito simples, com um jeans e uma camiseta e um tênis. Era negra, seus cabelos ondulados e perfeitamente arrumados.

- Então foi você quem desmontou a minha armadilha, certo?

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