Arrebentando em Viridian

A notícia na TV não era nada animadora, aquela chuva incomum estava deixando o povo apavorado, colocando grande risco na vida da população, enchente, deslizamento, entre outros... Isso fez Will pensar em sua casa, Vermilion era uma cidade costeira, mas felizmente seus pais viviam a uma distância segura do mar. Quando deixou sua cidade já havia ouvido as notícias ruins, e agora, alguns dias depois, a chuva continuava.

Com a saudade ele foi até o telefone público do Centro Pokémon e ligou para casa, contando as novidades do dia e querendo saber como andava sua família. Will descobriu que o seu pai havia comprado uma fazenda próxima a cidade, um grande terreno com uma pequena floresta, uma pastagem, uma área de rochas e um rio que cruzava a propriedade. Will ficou feliz com a notícia, seu pai não tinha lhe dado certeza sobre o lugar, mas agora com essa propriedade, Will poderia enviar seus Pokémon para lá e deixá-los ter uma vida confortável, já não tinha que se preocupar em alocar seus companheiros. Seus pais iriam se mudar amanhã, e a máquina de transferência Pokémon estava para chegar... Luke seu irmão mais novo estava ansioso para ver o primeiro Pokémon que Will enviaria para casa, ele queria fazer novos amigos. Após uma breve conversa com a família e Will convencendo sua mãe que estava bem, ele desligou para ir encontrar com Kimberly.

Na TV foi anunciada a hora, e restava 30 minutos para a hora marcada. Assim pegou um casaco, guardou suas manoplas e recolheu seus Pokémon. Antes de sair verificou se estava chovendo, colocando a capa da chuva se fosse necessário, depois seguiu em direção ao ponto de encontro, pegando informações pelo caminho para chegar ao Ginásio da cidade.

“O que será que ela quer fazer?” – Caminhava com essa pergunta em mente.

Off:

Will foi o primeiro a chegar, como sempre, procurava ser pontual, fazendo questão de chegar com antecedência em qualquer compromisso. Mas apesar de estar “aliviado” com essa tarefa, não conseguiu evitar de ficar nervoso frente a presença do Ginásio de Viridian. – “Então esse é o Ginásio mais difícil de Viridian!” – Surpreso, ele levantou a cabeça para estudar o símbolo do ginásio. Já havia ouvido os boatos sobre o desafio daquele lugar, um treinador inexperiente como ele não teria a mínima chance de vencer, mas nem por isso o jovem não deixou de fazer sua promessa.

Parado bem em frente a porta do Ginásio, ele ergueu a mão fechada apontando-a para o seu maior desafio. - “Na próxima vez que eu estiver aqui, será para conquistar minha oitava insígnia! Então me espere, eu irei derrotá-lo Green!” – Nesse momento tomou o maior susto da sua vida...

Sentiu uma presença próxima, e quando se virou para ver quem era se deparou com Kimberly o assustando. O lutador não fez um barulho, mas saltou pra trás assustado. A garota ria dele? Ou pra ele? Ele não sabia, mas encabulado deixou que ela o levasse.

- Você não pode fazer esse tipo de coisa garota! Meu coração quase saiu pela boca! – respondeu tentando parecer engraçado. – Sim! Eu e meu time tivemos um bom descanso, mas por favor não me chame de Campeão, estou longe disso – sorriu constrangido – E ai? Pra onde você vai me levar? Eu sou um garoto de família kkkkkkk

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Kimberly insistiu em não dizer o que planejava, apesar disso só aumentar a curiosidade de Will, ele então, resolveu entrar no jogo, esperaria para ver, ainda que muito ansioso!

Ela então lhe indicou o prédio a sua frente, um edifício com sete andares, Will fez questão de contar. Ele o analisou como pode, mas não conseguiu nenhuma pista da surpresa. Continuou sendo guiado por Kimberly, achando estranho o fato de não entrarem pela entrada principal.

- Tem certeza que não tem problemas em subir por aqui? – Perguntou olhando ao redor, meio assustado, meio energético, agia como um ladrão preocupado em ser pego. – Porque não vamos pela entrada da frente? – Will questionou, mas não tinha como resistir a Kimberly. Derrotado, virou-se e começou a subir...

- Espero que não estejamos aprontando nada! – Subiu, acumulando coragem a cada degrau que conquistava.

“Será que ela quer me levar ao terraço!?” – pensou Will enquanto subia os degraus, cada vez mais cuidadoso, pois temia escorregar na escada. – Não é uma questão de medo, mas de certo e errado! – Tentou se justificar, pois não queria parecer um covarde. – De quem pertence esse prédio? Você sabe com o que trabalham? – Dizia Will mais confiante, curioso sobre a tal “organização”, falava alto o suficiente para superar o barulho do vento e da chuva... Continuou, subindo e subindo, imaginando se parariam no telhado ou em algum andar do prédio.

Quando Will chegou no topo do prédio, percebeu que ele era o mais alto na região, e o melhor, proporcionava um cenário de tirar o folego. Respirou fundo observando tudo o que podia, mas dedicando algum tempo no aglomerado de árvores que imaginou ser a Floresta de Viridian, seu próximo destino!

Se provou um bom ouvinte, deixando que Kimberly falasse, concordando com suas citações e aproveitando a bela imagem que ela queria mostrar. Um pouco constrangido com a demonstração de carinho ele se deixou ser guiado pelas ações da jovem, cada vez mais encantado por ela. Seu coração batia rápido, e ele estava cada vez mais nervoso. Era incrível o efeito que ela criava sobre seu corpo. Quando ela o encarou, ele teve certeza. – “Agora Will, vamos!” – motivou a si mesmo, e como resposta à pergunta final de Kimberly, ele sorriu e respondeu. – Seria por isso!? – avançou devagar, e a beijou, abraçando-a ao mesmo tempo. Ficou assim por um longo tempo, se ela o permitisse, e no final, com olhos apaixonados, disse com sinceridade. – Você é incrivelmente bela!

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