Pokémon Mythology RPG
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@18 Lost

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O monotreinador agia como um menino assustado e isso parecia divertir o seu algoz. Ao ouvir as palavras do homem que o sequestrara, Vincent ficou ainda mais preocupado. Não havia nenhuma menção sobre os seus dois pokémons. E se eles não tiverem ali? Se o maltrapilho o enganou – ou se enganou – as chances dele recuperar os membros do seu time iam se tornando cada vez mais escassas.

A ideia de não ver mais o Croagunk e, principalmente, Violeta, enchia o coração do rapaz de tristeza. Logo ele percebeu que se continuasse daquele jeito, acabaria chorando na frente do mascarado, o que só pioraria sua situação. Após dar algumas fungadas, na esperança de tragar um pouco de coragem com o ar, ele enfim resolveu falar:

– Estou... ou estava indo para Hoenn, assim como muitos moradores da nossa região.  Mas o próximo navio só sairá daqui a... três dias. – Agora que falou isso, Vincent percebeu que não tinha certeza, afinal não sabe quando tempo passara dormindo. – Com tanto tempo livre, resolvi conhecer melhor a cidade, mesmo que não desse para sentir sua plenitude devido à chuva... – Sua voz apresentava certa frieza, mas o mesmo se mostrava disposto cooperar com o seu interrogatório. – Entretanto, me perdi. Tentando voltar ao Centro Pokémon, acabei encontrando esse homem que você se referiu. Não tenho nenhuma ligação com o mesmo, apenas o ajudei dando alguns trocados para que pudesse se alimentar... Achei que fosse um mendigo. – Agora o rapaz já não sabia se o homem era quem dizia ser. Embora pareça não ter mentido a respeito do ódio que as pessoas desse lugar sentem dele – Acontece que ao chegar ao centro pokémon, percebi que dois dos meus parceiros não estavam mais comigo. Voltei e ele me informou que talvez eu pudesse encontrá-los por aqui. Forcei-o a me trazer até esse lugar e então fomos pegos.  – Terminou sua história, mesmo que de forma resumida. – Agora, se eles não estão com vocês... Peço que me deixem ir, preciso procurá-los e não tenho interesse em me meter nos negócios de vocês.

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Vincent provava ser uma pessoa muito observadora, pois em pouquíssimo tempo de conversa com aquele bandido ele percebia algumas características do mesmo. A primeira e mais clara de todas é que o homem se divertia com o fato de ter controle total sob Vincent. A segunda, porém sutil, é que o homem não era paciente. Por tal razão, o loiro cooperou o máximo que pode ao responder aquelas perguntas. Queria sua liberdade o mais breve possível. Encontrar seus amigos era uma prioridade e aquele tempo em que ficou desmaiado poderia causar um prejuízo irreversível.

O homem ouviu o relato inteiro calado, processando todas as informações que o loiro dizia. Mas ainda assim, ele não se sentia convencido para soltá-lo... não completamente. Após Vincent terminar seu relato, o homem retirou um par de algemas de seu bolso e se encaminhou até a parte de trás da cadeira, desamarrando as mãos do monotreinador e algemando-o logo em seguida.


- Tente fazer alguma gracinha e você pode pagar caro por isso. - Avisou o rapaz. - Aquele homem que te trouxe até aqui está recebendo o castigo que merece. Nós falamos para ele nunca mais voltar aqui e, mesmo depois de já ter levado uma punição severa, continua insistindo em se meter com a gente.

Com as mãos algemadas, mas ao menos livre para circular pelo local, Vincent sentiu um objeto metálico e gelado em sua nuca. O algoz apontava o mesmo revolver de antes. Aparentemente, mesmo sendo inocente naquela história, o loiro ainda não tinha a confiança daquele bando.

- Saia pela porta a sua frente e siga para a segunda porta à esquerda no corredor. Estou indo logo atrás de você. Tem algo que eu gostaria que você visse.

O que será que estava passando pela mente daquele maníaco? Para onde ele estaria levando Vincent?

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Os pelos do monotreinador eriçaram em resposta ao cano gélido que tocou o seu pescoço. Embora o seu sequestrador parecesse menos agressivo minutos atrás, como se estivesse sido convencido da inocência do rapaz, isso não impediu que ele apontasse uma arma para ele.

Como não tinha mais nada que pudesse fazer, Vincent obedeceu ao mascarado, dirigindo-se para o lugar indicado. Enquanto caminhava em passos lentos, o rapaz se perguntava para onde estava indo. Será que seria apagado? Será que iria ao encontro do homem que o trouxera até esse local? Quando seus pensamentos chegaram naquele sujeito, o monotreinador se deu conta de que o que ele disse poderia mesmo ser verdade e que, talvez, ao forçar que o mesmo o acompanhasse, ele o tenha colocado em maus lençóis. O mistério do roubo dos seus pokémons continuava, mas, no momento, descobrir quem o roubou não era o mais importante, afinal, tal informação não poderia ajuda-lo em nada.

Ao chegar em frente a sala indicada, Vincent ficou parado de cara com a porta, aguardando que o seu carrasco a abrisse.

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A situação estava indo de mal a pior para Vincent. Quando ele finalmente achava que estava livre de seus problemas e que havia convencido o criminoso de sua inocência, o mesmo voltou a mirar um revolver nele. Mais do que nunca o rapaz foi obediente e seguiu as instruções que lhe foram passadas.

Quando chegou na sala indicada, ele aguardou que o criminoso abrisse a porta para ele e assim o fez. O que o monotreinador não esperava era a visão que teria em sua frente: uma grande quantidade de pokémons estava enjaulada naquela sala. E o pior: todas as jaulas estavam etiquetadas, com preços. O algoz então retirou seu capuz e revelou seu rosto. Seus cabelos eram negros e ele tinha um estranha cicatriz na testa.


- Seja bem-vindo à nossa loja! Dê uma olhada se quer algo daqui e, se tiver condições de pagar, o monstrinho é todo seu!

Não demorou muito para que Vincent notasse dois pokémons específicos lhe chamando desesperadamente. Croagunk e Violeta estavam aprisionados ali, lado a lado. A inicial de Vincent estava a venda por apenas pK$800. Croagunk, porém, estava custando a altíssima quantia de pK$3500. Antes que pudesse tomar qualquer atitude a respeito, porém, o jovem ouviu alguém em outra sala chamando o algoz:

- Leon, precisamos de você aqui! Estamos com uma encomenda nova!

- Agora eu não posso, estou com um cliente!

Leon... Aquele nome era familiar. Vincent já havia escutado algo a respeito disso antes. Seria aquela a chave para o monotreinador escapar dali?

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Encontrar os dois pokémons que haviam sido roubados presos em uma jaula para serem vendidos como se fossem objetos sem importância trouxe um misto de sensações para o monotreinador: raiva, por situações como aquele serem corriqueiras no submundo dos torneios de monstrinhos de bolso, e alívio, por estar diante dos seus dois companheiros.

Olhava para as várias jaulas que estavam espalhadas pela sala quando ouviu o seu sequestrador falando com alguém. Assim que, enfim, o nome dele foi revelado, o jovem loiro foi tomado por um flash de recordação. Antes de toda aquela confusão acontecer, o homem, que agora Vincent desconhecia o paradeiro, havia alertado sobre esse tal de Leon.

– Aqueles dois pokémons são os que eu estava procurando, liberte-os. – Vincent falou, em um tom sério. O rapaz percebeu que, se queria sair dali, talvez devesse agir como um deles e parar de se mostrar vulnerável. Por mais que repudiasse aquela atividade, ele não poderia fazer nada para pará-la, ainda mais naquela situação. Então fingiu agir com naturalidade diante dos negócios do sequestrador – O Richard não está gostando nada dessa situação. – Repetiu a frase que o mendigo havia lhe ensinado, torcendo para não passar o ridículo. – Liberte-os e posso até mesmo comprar um ou outro desses monstrinhos, só para não passar em branco.

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A memória de Vincent havia ajudado o rapaz e o fez lembrar das dicas que o mendigo havia lhe passado tempos atrás. Ao mostrar um lado raivoso e citar o nome de Richard, Leon ficou claramente nervoso. Apavorado, ele começou a questionar Vincent, mas o rapaz permanecia com uma expressão séria e isso fez o homem largar o revolver e ceder aos pedidos do jovem.

- Não sei como Richard conseguiu arranjar mais um espião para se infiltrar aqui dentro. Se algo acontecer com você, claramente eu passaria por sérios problemas. Pois bem, cumprirei com suas exigências, desde que me prometa que vai mandar minhas saudações para ele e fazer elogios a respeito de meu atendimento. - Disse Leon, ainda claramente nervoso. - Podemos esquecer todos os mal entendidos que ocorreram por aqui?

Antes que Vincent respondesse a pergunta, Leon caminhava até as gaiolas de Croagunk e Koffing e os soltou. Os dois pokémons correram até seu dono e demonstraram o claro alívio em retornar até ele.

- Fique a vontade para olhar os pokémons à venda. Se você não se importar, vou trazer a nova encomenda para cá. Talvez algo novo acabe lhe agradando.

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O monotreinador ficou aliviado e até emocionado em ter os seus pokémon sob sua posse novamente. Desejou abraçá-los e pedir desculpas pelo transtorno, mas controlou suas emoções, limitando-se a fazer um pequeno carinho sobre suas cabeças. Antes que algum problema voltasse a acontecer, retornou os monstrinhos para suas pokébolas e as guardou em um lugar seguro.

Pensou em sair correndo o mais rápido que podia da loja, mas sabia que bastaria um disparo ao longe para que sua vida fosse embora, o que faria com que seus parceiros tivessem os mesmos destinos que os demais pokémons que estavam dentro de jaulas. Ao invés de fugir, decidiu continuar a farsa, podendo, então, sair pela porta da frente sem se preocupar com a retaguarda.

Não, não precisa – O monotreinador falou, temendo que, ao sair de sua vista para pegar algum outro pokémon, Leon acabasse encontrando alguém que negasse a sua história. – Eu acho que ficarei com aquela ali. – apontou para uma jaula qualquer, sem olhar para qual era. Ao virar o rosto e analisar o enjaulado, notou que era um velho conhecido da região. – Isso, o Charmander.

Para atravessar o Monte Lua, Vincent e seus amigos tiveram a ajuda de um pokémon daquela espécie. Na ocasião, o rapaz percebeu que não tinha nenhum monstrinho capaz de emitir luz como aquele e que poderia precisar de um futuramente, acabou que a compra viria a calhar, mesmo que ele não gostasse da forma com que aquilo era executado. Tirou a carteira que estava escondida no bolso e separou a quantia necessária para a compra, desejando que tudo ocorresse bem e ele pudesse sair sem levantar suspeitas.

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Continuando com sua farsa, Vincent permanecia com uma pose mais séria. Leon parecia angustiado com a presença do loiro ali e aparentemente não seria tão difícil escapar daquele local. O monotreinador então avistou um Charmander a venda e decidiu comprá-lo, pois sabia que o mesmo poderia ser de grande utilidade no futuro.

O jovem desembolsou a quantia de pK$750 e acabou recebendo uma pokébola levemente enferrujada de Leon. Usando o item, o pequeno réptil retornou para a esfera e imediatamente foi teletransportado para o storage. Nos segundos que antecederam o retorno, foi possível perceber a sensação de alívio do monstrinho alaranjado ao se livrar aquele local.


- Espero que tenha ficado satisfeito com a compra. Mande meu cumprimentos para Richard.

Não demorou para que Leon guiasse Vincent de volta até a sala que ele esteve preso anteriormente. Lá o mercador devolveu a mochila do rapaz e fez questão de garantir que todos os pertences - e pokémons - do loiro realmente haviam sido devolvidos. O que ele não esperava era que, ao chegar na saída do estabelecimento, iria dar de cara com um rosto conhecido: a mesma garota que havia encontrado mais cedo - e principal suspeita de roubar seus pokémons - estava aguardando por Leon. Em suas mãos, quatro pokébolas.

A jovem estava em estado de choque ao ver o loiro naquele local, ainda mais acompanhado de Leon. Ela não dizia nenhuma palavra, mas provavelmente uma simples frase dela poderia comprometer o monotreinador. Qual seria a reação dele?

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Enquanto seguia em direção da saída com todos os seus pertences e parceiros, Vincent planejava quais seriam seus próximos passos, que eram, no fim das contas, bem simples: ir para o Centro Pokémon e só sair de lá no dia da viagem para Hoenn, livrando-se de qualquer encontro inesperado com um daqueles sujeitos. Entretanto, um rosto conhecido topou o seu caminho e, quando os seus olhares se encontraram, o coração do rapaz voltou a disparar com medo de que toda sua farsa fosse descoberta.

Foi ela!, constatou, virando-se para frente. Continuou caminhando em direção da saída como se não tivesse visto nada. Se tivesse sorte, ela não falaria nada e todo mundo sairia lucrando. Exceto por aqueles pokémons presos... E o inocente que foi capturado por minha culpa!, Uma voz que Vincent não esperava ecoou em sua cabeça. Como poderia simplesmente ir embora e deixar aquele homem para trás?

Apesar de atormentado por questões morais, o rapaz continuou caminhando, cerrando o punho trêmulo com força. Não poderia fazer nada, não podia voltar a ser um refém. A polícia, lembrou-se, desanimando logo em seguida: Eles não chegarão a tempo. De qualquer forma, teria que sair dali e continuou marchando enquanto torcia para que a garota não abrisse a boca, deixando a vingança ou justiça pelo tormento que lhe fora causado para trás. Ao menos até que encontre algum reforço.

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Era claramente visível a tensão que havia entre a jovem e Vincent. Agora que ele avistava a mesma em flagrante num ato criminoso, estava mais do que óbvio que ela havia sido a verdadeira culpada do furto que o rapaz sofreu horas atrás. Ela não conseguia conter sua aquietação e seus olhos estavam arregalados, provavelmente na esperança de que o rapaz não fizesse nenhuma acusação ou algo do tipo. Para que ele estivesse no mesmo ambiente que ela, é porque ambos eram familiarizados com o aquele local. Pelo menos era isso que ela pensava.

Mas nem tudo eram flores para Vincent: um pouco irritado, Leon recebeu a jovem com certa raiva. Seu comentário apenas entregou a farsa para a jovem, que logo mudou sua expressão de medo para um sorriso maldoso.


- Alicia, sua malandrinha! Trouxe de propósito dois pokémons do novo empregado do Richard apenas para que ele viesse para cá nos espionar! Aposto que ele pagou uma boa quantia para você...

- O novo empregado do Richard? - Se perguntou a jovem. Logo após trocar olhar com o loiro, pareceu entender a situação e resolveu torturar o jovem psicologicamente. - Ah sim! O Luke!

- Luke? Mas o nome dele não é Vincent?

- Claro que não, bobinho! Vincent foi um nome falso que arranjamos para ele. Afinal, não queremos nos expor muito! Sabe como é, né?

- Compreendo. Pois bem... Venha comigo, temos que acertar valores sobre essas novas maravilhas que você trouxe. Espero que nenhuma dela seja do Richard!

- Mas é claro que não.

Alicia então se retirou da sala acompanhada de Leon, deixando Vincent a sós com alguns empregados do capanga. Seria a oportunidade perfeita para ir embora sem grandes problemas! Pelo menos era o que ele pensava... Em poucos segundos a jovem charmosa retornou para a recepção e falou em alto e bom som para todos ouvirem:

- Luke, espere aqui com os demais! Faço questão de acompanhar você até a base para reportar os resultados da missão para Richard!

Apesar de aparentar ser inocente, a jovem provava ser uma excelente manipuladora. Qual seria a reação do monotreinador?

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