Pokémon Mythology RPG
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@18 Lost

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Após um breve momento de calmaria, a tempestade voltou a ser presente na vida do monotreinador. O loiro agora se viu envolvido em uma nova trama, saíra da mira do revolver do sequestrado e acabou nas mãos de outro algoz. Não, na verdade, voltou para as mãos do primeiro dos seus problemas, daquela que roubou os seus pokémons e o envolveu em toda aquela confusão.

Alicia, esse era o nome da habilidosa ladra. Vincent percebeu nas feições da mesma que ela parecia se divertir com a situação em que o mesmo se meteu. Sentia-se aliviado por ela ter compreendido e reforçado sua mentira, mas agora estava totalmente a mercê das vontades dela.

– Está bem... – ele respondeu, aceitando jogar o jogo da garota. – Mas se apresse, Richard não gosta muito de esperar. – Completou, tentando parecer um desses mafiosos que via nos filmes. Não tinha certeza sobre a paciência do tal Richard, mas deduziu que ninguém realmente gosta de esperar.

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Os momentos seguintes pareceram durar uma eternidade para Vincent. Os funcionários de Leon pareciam curiosos para encher o loiro de questionamentos, mas o medo que eles tinham de Richard falava mais alto. Afinal... Quem era esse cara e por que ele tinha tanto poder ao ponto de fazer um mafioso desistir de todos os crimes que iria cometer contra Vincent?

Finalmente, para o alívio - ou desespero - do monotreinador, a jovem Alicia retornou. Com o mesmo sorriso malicioso de sempre, ela fez um sinal com os olhos para que Vincent abrisse a porta para ela. Enquanto esperava o ato forçado de cavalheirismo do rapaz, ela acenava para Leon e despedia-se dele.


- Tchauzinho, Leon. Espero que o incomodo de hoje não se repita!

- Seremos mais cuidadosos. Mandem lembranças para Richard!

A jovem então pegou Vincent pelo braço e, ao reparar que estava chovendo, abriu um grande guarda-chuva negro para protegê-los da torrente. Agora ela parecia um pouco tensa ao caminhar e ficou em silêncio por um bom tempo. Apesar após algumas quadras caminhadas e com a certeza de que estavam sozinhos ela abriu o jogo para o loiro:

- Pode ficar calmo. Não vou furtar você novamente. Não sei de onde você conhece Richard, mas ele não gosta nem um pouco quando usam o nome dele em vão. Não tente escapar porque só vai piorar as coisas, ok queridinho?

Ainda segurando firmemente o braço de Vincent, a jovem voltava a exibir seu sorriso maldoso. Era um enigma identificar e entender qualquer uma das mirabolantes ideias que se passavam na cabeça da garota.

- Como o caminho é longo, quero que você me divirta um pouco. Que tal um joguinho da verdade? Você faz três perguntas para mim e eu devo dizer apenas a mais pura verdade. Depois disso, será minha vez de fazer as perguntas.

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O monotreinador nem teve tempo de comemorar a saída da loja, logo foi agarrado pela gatuna que passou a conduzi-lo sabe-se lá para onde. O rapaz encarava o rosto da jovem enquanto caminhava sob a intensa chuva, percebendo a tranquilidade da mesma. Apesar de não apontar uma arma para ele ou ter um tom agressivo, como os sujeitos de antes, a mesma o ameaçava da mesma maneira, e o fato de não ser com um revólver, tornava a situação ainda pior, afinal o desconhecido pode esconder muitas coisas.

– Eu lamento... Só foi uma forma que encontrei para sair daquela situação... – O rapaz se justificou após um breve silêncio. Não sabia o que falar para alguém que não tinha a menor simpatia, mas ela queria que ele falasse. – Um Jo-go?

Vincent se surpreendeu com a proposta da mesma e, novamente, ficou em silêncio. Pensava em que poderia perguntar e o que ela poderia querer saber a seu respeito. Um jogo da verdade? Mas como terei certeza que o que ela diz é verdade?, pensou, direcionando seu olhar para frente. Enquanto estavam em silêncio, os dois caminhavam mais rápido que quando um deles resolvia abrir a boca.

– Acho que não tenho alternativa a não ser fazer o que você propõe. Então, que seja. – Ele respondeu, desviando de uma poça de água numa calçada quebrada. – Afinal, quem é Richard? – Após pronunciar a pergunta, deu-se conta de que acabou entregando para a jovem que ele realmente não conhecia tal sujeito. Agora, só lhe restava mais duas perguntas: – Para onde você está me levando? E o que acontecerá comigo? – Concluiu.

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Diante das perguntas de Vincent, foi possível perceber que Alicia ficou claramente desapontada com as respostas que ele fez. Ela encheu a sua boca de ar e fez um biquinho, formando uma careta um tanto quanto engraçada e mostrando que apesar de fatal, ela tinha um lado delicado.

- Estou desapontada com você, queridinho. Perguntinhas batidas, hein? Achava que iria perguntar quem que era o Luke ou como eu fiz para ter pego seus pokémons sem perceber... - Após um breve suspiro, a jovem então começou a responder as perguntas de Vincent. - Primeiramente, já estava na cara que você não conhece Richard, pois você não é um Rocket. Ele é meu chefe e possui um cargo chamado como Admin. Todas nossas atividades na região de Vermilion são monitoradas por ele. Pela lógica, acho que já dá pra saber que estou levando você para nossa base e que vou dedurar você para ele, né? Para que você tenha ouvido falar sobre ele, é porque possui algum contato quente!

A tranquilidade no qual Alicia falava aquilo era assustadora. Como uma pessoa poderia considerar como casual o fato de um Rocket levar um completo desconhecido para um encontro provavelmente desagradável com seu dono. Ela observa Vincent atentamente enquanto ele parecia processar as respostas. Estava tão focada em observá-lo que ela quase pisou numa imensa poça.

- Antes que você venha com mimimi ou enrolação: minha vez de perguntar! Já que você fez as perguntas, significa que você aceitou entrar no jogo! Quero apenas a verdade, hein? Já lhe contei mais do que eu deveria e mereço o mesmo em troca! - A jovem voltava a exibir seu sorriso malicioso e agora ficava com o rosto levemente corado. - Acho que Leon acreditou que você era um Rocket por causa dos seus pokémons roubados! Croagunk e Koffing são típicos pokémons de Rocket. Aonde você conseguiu eles? Por que você possui tantos pokémons venenosos? E... está solteiro?

Após a última pergunta, que mais parecia um flerte do que um questionamento, a jovem desviou um pouco o olhar. Mas ainda assim permanecia atenta ao que o rapaz tinha para falar.

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As bochechas pálidas do monotreinador logo adquiriram um tom rosado. Onde aquela garota queria chegar? Vincent sempre teve uma autoestima baixa e, por conta disso, sempre foi um verdadeiro fracasso com o sexo oposto. Desde que saiu em jornada, meses atrás, ele nunca parou para pensar nessa questão, tendo como foco apenas os monstrinhos venenosos.

– Sol-Solteiro? – Ele exclamou, surpreso. De fato, Alicia soube surpreender nas perguntas. Mas por que isso lhe interessava? Afinal, deixou claro que estava indo entregar a cabeça do rapaz em uma bandeja para o chefe da organização criminosa na cidade. – Sim, mas... – Ele continuou, confuso, mas logo abaixou a cabeça com vergonha.

Começou pela última pergunta, já que essa foi aquela que conseguiu desconstruí-lo. Quanto as outros, pensou um pouco antes de responder. O trato era falar a verdade, mas seria possível confiar em uma ladra tão sorrateira? Talvez a graça daquele jogo fosse a ambiguidade. Seus pokémons eram comuns para os malfeitores, logo, ele poderia arriscar uma nova mentira...

– Eu consegui no... laboratório de Pallet, sou fã do tipo venenoso e pretendo me tornar um grande especialista sobre eles. – Respondeu, desistindo da ideia de mentir. – Estou aqui na cidade só de passagem, pretendo ir para Hoenn nos próximos dias. Por tanto, não há porquê prolongarmos isso. Eu a perdoo pelo roubo – Mentiu pela primeira vez. Ainda se sentia mal pelo trauma que os atos da garota fizeram seus dois pokémons passarem. – Deixe-me ir e esqueceremos tudo que aconteceu.  

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A forma como Alicia se comportava por vezes parecia surpreender Vincent. Dono de uma auto-estima baixa, ele claramente se sentia desconfortável com os prováveis flertes e, por tal razão, questionava se os mesmos eram apenas parte dos métodos macabros da garota ou se ela de fato estava interessada nele.

Com as respostas simples e diretas do rapaz, a garota ficou claramente descontente. Ela parecia ter uma expectativa a mais nadas respostas dele, mas não especificava o que era exatamente. Ao invés disso fez uma cara de emburrada e foi sincera (ou pelo menos pareceu ser sincera) com ele:


- Até gostaria de te dar uma chance de fugir do Richard... Mas todos os capangas do Leon viram a nossa conversa e eu encobri você. Qualquer palavra daquele maldito traficante e eu acabo perdendo toda a confiança que meu chefe tem em mim. - A jovem explicou. Ela parecia se divertir com o fato de Vincent se sentir intimidado pelo Rocket. - Não se preocupe... Ele só vai perguntar algumas coisas para você. Você não aparenta ser uma ameaça para gente... -A garota fez menção de que havia terminado a sua fala, mas logo olhou o rapaz nos olhos e, dando uma piscadinha enigmática, adicionou mais uma frase, talvez para assustá-lo ou apenas como uma piada. - ...pelo menos é o que eu acho!

Aos poucos, a chuva parecia dar uma trégua e uma belíssima lua cheia surgia nos céus, clareando um pouco a paisagem. Parecia ter sido a primeira trégua da torrente em dias. Talvez fosse um sinal de algo bom que estava por vir? Alicia agora caminhava calada, centrada em chegar no seu destino. Provavelmente aquela poderia ser a última oportunidade do jovem tomar alguma atitude ou fazer algum questionamento antes de conhecer o temido Richard.

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Alicia continuava a jogar com a ambiguidade, deixando o monotreinador confuso, acuado e, de certa forma, curioso. Ouviu tanto falar sobre aquele sujeito que era quase impossível não tentar imaginar como ele era de fato. A sua mente até formava a imagem do mandachuva da cidade, assim, quando Vincent ouvia falar o nome do mesmo, visualizava um homem alto, forte, barbudo e com algumas tatuagens.

– O que eu posso fazer para que esse Richard tenha alguma simpatia por mim? – Ele perguntou. Já que não havia outra alternativa, tentaria algo para que não fosse pego totalmente de surpresa.

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Percebendo que não teria mais alternativas, Vincent acabou sedendo. Iria conhecer o famoso Richard e por tal razão já começava a criar toda uma imagem do homem. O imaginava como um rapaz de meia idade, másculo e com uma grande barba, traços típicos de um grande vilão. De qualquer forma, ele precisava arranjar uma forma de não criar atritos com o homem. Por tal razão, questionou Alicia.

A jovem ficou um pouco surpresa com a pergunta e começou a ficar pensativa a respeito do mesmo. Era possível perceber o quanto a jovem era cuidadosa ao falar a respeito de seu líder. Após alguns passos de caminhada, ela formulou uma resposta um tanto quanto simples, direta e, ao mesmo tempo, nem um pouco específica:


- Acho que o mais importante de tudo é você ser você mesmo. Richard não suporta os capangas iniciantes que ficam puxando saco dele. Acredito que para uma "visita especial" como você a regra deve ser a mesma. Fale a verdade o máximo que puder, já que uma mentirinha de vez em quando não faz mal a ninguém. E... é, basicamente isso.

Não demorou muito para que a dupla finalmente chegasse ao seu destino: um bar. O local estava movimentado, com pessoas bebendo e jogando conversa fora alegremente. Alicia arranjou um lugar para os dois no balcão e logo foi atendida pelo bartender.

- Você já sabe o que eu quero, Buddy. O de sempre, ok? Meu amigão Vincent vai querer o mesmo!

Não demorou muito para que o grande e musculoso atendente trouxesse dois canecos de uma cerveja de cor caramelo para a dupla. Alicia tomou um grande gole da bebida e colocou seu caneco de volta no balcão. Ela observou que Vincent a observava estranho, sem entender nada.

- Que foi? Posso parecer nova, mas eu tenho 18 anos, ok? Além disso, estamos só nos disfarçando por enquanto. A entrada do ofício de Richard fica nos fundos. Aproveite para beber um pouco e se soltar... Richard vai gostar disso!

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Spoiler :


Vincent sentiu um déjà-vu. Estar sentado em uma mesa de bar na companhia de uma bela garota que insiste para que ele ingira alguma bebida alcóolica... Desde que começou a viajar na companhia de Victória, tal cena era bem constante. Antes de sua companheira de viagem, não conseguia entender como alguém conseguia beber algo tão ruim e ainda pagar por isso. Mas hoje em dia, tinha que admitir que não era tão ruim quanto pensava meses atrás.

Sentiu o gosto amargo da cerveja na garganta, mas continuou a beber. Victoria lhe ensinou que as pessoas não bebem por causa do gosto, bebem para ficarem bem. Após virar metade da sua caneca, o loiro depositou-a sobre o balcão.

– Vai demorar muito?
– Ele perguntou, levando a caneca ao encontro de sua boca logo em seguida.

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off :



Vincent parecia ter um sexto sentido impressionante, visto que, ao se encontrar naquela situação acompanhado da jovem Rocket, ele por vários momentos lembrava-se de sua parceira Victória. Aquele tipo de ambiente em que estavam parecia ter sido feito sob medida para a jovem que havia introduzido o álcool para o mono treinador venenoso. Provavelmente o rapaz não iria se surpreender de encontrar a garota festejando por ali, embora fosse a última coisa que desejasse, visto que envolve-la em uma situação complexa com um executivo Rocket não seria nada agradável.

O problema era que o pior realmente havia acontecido. Após alguns minutos bebendo um pouco e aguardando o sinal de Alicia, o loiro logo ouviu a voz de sua amiga chamando-o pelo nome. Pelo tom de voz - e pelas bochechas levemente coradas que Vincent viu logo depois - Victória estava claramente alcoolizada. Provavelmente havia passado um pouco de sua cota.


- Mas que surpresa encontrar você aqui, Vincent! - Comentou Victória, aproximando-se de seu amigo e abraçando-o. Logo ela desviou o olhar para Alicia e deu uma leve risadinha. - E ainda trouxe uma "amiga" com você! Por essa eu não esperava!

A mulher dava uma leve cutucada em Vincent como se estivesse provocando-o. Provavelmente aquela deveria ser a primeira vez que a mulher havia visto Vincent acompanhado de uma garota em um lugar como aqueles. Como ela estava um pouco alcoolizada, não dava para saber se ela via aquilo como algo bom ou ruim. O que o rapaz percebia, porém, era que Alicia estava claramente descontente com aquele encontro repentino.

- Você não vai me apresentar sua amiga?

Victória deixava mais uma risadinha maliciosa escapar e Alicia observava para Vincent com ainda mais raiva. Como ele poderia contornar aquela situação?

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